Não está provado que o ministro Orlando Silva roubou dos cofres públicos. No entanto, no mínimo, deixou roubar. Fechou um olho. Fez de conta que não sabia. Permitiu rolar a bandalheira. Deve ser demitido sem consideração alguma. No mínimo, por incompetência, desleixo e incapacidade técnica para exercer o cargo. Os fatos são contundentes.
Copa do Mundo e uma Olimpíada, se não consegue controlar meia dúzia de convênios na sua pasta? A conclusão óbvia é que sobram motivos para a demissão do ministro do Esporte.
A lista de fraudes é bem parruda e pode ser resumida dando uma rápida olhada no noticiário dos últimos dias, que resgata antigas mamatas. A Controladoria Geral da União ( CGU), por exemplo, está cobrando R$ 49 milhões que foram fraudados do Programa Segundo Tempo. Desde que ele começou, nas mãos do PT, ainda antes do Mensalão, já havia uma imensidão de falcatruas. O ministro não fez nada, absolutamente nada, para corrigir os malfeitos.
Entre as "entidades" que fraudaram convênios está a Associação dos Funcionários do Tribunal de Contas da União, com R$ 2,5 milhões. Impossível não suspeitar de que se trata de um cala-boca para quem deveria fiscalizar com rigidez a roubalheira institucionalizada. O resultado deste tipo de patrocínio está aí: somos um dos países mais corruptos do mundo, que perde R$ 70 bilhões por ano em maracutaias. Praticamente o mesmo valor que o governo gastou em oito anos de Bolsa Família. Para provar que este é mesmo o país da piada pronta, entre os fraudadores está o "Grupo Quadrilha Junina Galera dos Matutos". Sinergia total: é o dinheiro de quadrilha para quadrilha.
Com todas as evidências relacionadas pelos órgãos de fiscalização ONGS vetadas por fraudes e convênios continuaram sendo beneficiadas. E estas ONGs são ligadas intimamente aos políticos e militantes do PCdoB. É só fazer as conexões nos estados beneficiados. Basta olhar o Instituto Contato, de Santa Catarina, comandado pelos dirigentes do partido no estado e que teve origem com João Ghizoni, ex-secretário de esportes do ministério, que concorreu ao senado pelo PCdoB nas últimas eleições. Basta olhar a ONG da jogadora Karina, que montou uma máfia em São Paulo, usando laranjas e apoiando prefeituras e candidatos comunistas em eleições.
Entidades que nada têm a ver com esporte para crianças, em turno oposto, que é o foco do Programa Segundo Tempo, receberam caminhões de dinheiro público, não executando os projetos e embolsando o dinheiro. Associações de criadores de cavalo, associações de funcionários de órgãos públicos, clubes de tiro, o que demonstra má gestão, descontrole e irresponsabilidade com dinheiro público.
Esquemão
Houve uma operação da Polícia Federal que mostrou verdadeiros absurdos, envolvendo autoridades, mas o Ministro do Esporte não paralisou o Programa Segundo Tempo. Ao contrário, continuou liberando verbas para entidades sob suspeita e sob investigação, como se nada tivesse ocorrido. Além do mais, o ministro aparece em vídeos dando apoio a entidades dirigidas por comunistas, membros do seu partido, mesmo depois que elas passaram a ser investigadas. Dá o seu aval pessoal a caloteiros, embusteiros, fraudadores, ladrões, corruptos, como se fosse o Conselheiro Acácio, alheio aos fatos que se passavam sob o seu nariz.
O acusador do ministro Orlando Silva, o policial João Dias Ferreira, que está sendo desqualificado na injustificável defesa do ministro, relatou aos congressistas como o dinheiro do Ministério do Esporte era desviado para o PC do B e, sintetiza os já notórios motivos do interesse dos partidos em ocupar a máquina pública."Você protocola o projeto, passa para análise, depois passa por um diretor no ministério, em seguida vai para o jurídico e aí entra o partido para negociar. " Segundo ele, 20% do valor do convênio vai para os cofres partidários. A negociata no Esporte obedece à mesma lógica do mensalão: a prática de arrecadação de fundos mediante o desvio de dinheiro público para uso particular ou dos partidos que dividem o poder. "Me acharam com cara de mané", disse Dias Ferreira ao declarar que resolveu denunciar o esquema porque ministro e equipe tentaram ludibriá-lo fraudando um documento que o responsabilizava por desvios. Dilma Rousseff, em visita à África, não terá escolha, bye, bye Mr. Silva.
Magrit Schimit - Correio Brasiliense
Copa do Mundo e uma Olimpíada, se não consegue controlar meia dúzia de convênios na sua pasta? A conclusão óbvia é que sobram motivos para a demissão do ministro do Esporte.
A lista de fraudes é bem parruda e pode ser resumida dando uma rápida olhada no noticiário dos últimos dias, que resgata antigas mamatas. A Controladoria Geral da União ( CGU), por exemplo, está cobrando R$ 49 milhões que foram fraudados do Programa Segundo Tempo. Desde que ele começou, nas mãos do PT, ainda antes do Mensalão, já havia uma imensidão de falcatruas. O ministro não fez nada, absolutamente nada, para corrigir os malfeitos.
Entre as "entidades" que fraudaram convênios está a Associação dos Funcionários do Tribunal de Contas da União, com R$ 2,5 milhões. Impossível não suspeitar de que se trata de um cala-boca para quem deveria fiscalizar com rigidez a roubalheira institucionalizada. O resultado deste tipo de patrocínio está aí: somos um dos países mais corruptos do mundo, que perde R$ 70 bilhões por ano em maracutaias. Praticamente o mesmo valor que o governo gastou em oito anos de Bolsa Família. Para provar que este é mesmo o país da piada pronta, entre os fraudadores está o "Grupo Quadrilha Junina Galera dos Matutos". Sinergia total: é o dinheiro de quadrilha para quadrilha.
Com todas as evidências relacionadas pelos órgãos de fiscalização ONGS vetadas por fraudes e convênios continuaram sendo beneficiadas. E estas ONGs são ligadas intimamente aos políticos e militantes do PCdoB. É só fazer as conexões nos estados beneficiados. Basta olhar o Instituto Contato, de Santa Catarina, comandado pelos dirigentes do partido no estado e que teve origem com João Ghizoni, ex-secretário de esportes do ministério, que concorreu ao senado pelo PCdoB nas últimas eleições. Basta olhar a ONG da jogadora Karina, que montou uma máfia em São Paulo, usando laranjas e apoiando prefeituras e candidatos comunistas em eleições.
Entidades que nada têm a ver com esporte para crianças, em turno oposto, que é o foco do Programa Segundo Tempo, receberam caminhões de dinheiro público, não executando os projetos e embolsando o dinheiro. Associações de criadores de cavalo, associações de funcionários de órgãos públicos, clubes de tiro, o que demonstra má gestão, descontrole e irresponsabilidade com dinheiro público.
Esquemão
Houve uma operação da Polícia Federal que mostrou verdadeiros absurdos, envolvendo autoridades, mas o Ministro do Esporte não paralisou o Programa Segundo Tempo. Ao contrário, continuou liberando verbas para entidades sob suspeita e sob investigação, como se nada tivesse ocorrido. Além do mais, o ministro aparece em vídeos dando apoio a entidades dirigidas por comunistas, membros do seu partido, mesmo depois que elas passaram a ser investigadas. Dá o seu aval pessoal a caloteiros, embusteiros, fraudadores, ladrões, corruptos, como se fosse o Conselheiro Acácio, alheio aos fatos que se passavam sob o seu nariz.
O acusador do ministro Orlando Silva, o policial João Dias Ferreira, que está sendo desqualificado na injustificável defesa do ministro, relatou aos congressistas como o dinheiro do Ministério do Esporte era desviado para o PC do B e, sintetiza os já notórios motivos do interesse dos partidos em ocupar a máquina pública."Você protocola o projeto, passa para análise, depois passa por um diretor no ministério, em seguida vai para o jurídico e aí entra o partido para negociar. " Segundo ele, 20% do valor do convênio vai para os cofres partidários. A negociata no Esporte obedece à mesma lógica do mensalão: a prática de arrecadação de fundos mediante o desvio de dinheiro público para uso particular ou dos partidos que dividem o poder. "Me acharam com cara de mané", disse Dias Ferreira ao declarar que resolveu denunciar o esquema porque ministro e equipe tentaram ludibriá-lo fraudando um documento que o responsabilizava por desvios. Dilma Rousseff, em visita à África, não terá escolha, bye, bye Mr. Silva.
Magrit Schimit - Correio Brasiliense
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