Tucanos criticam uso de dinheiro do trabalhador em evento pró-Dilma
Os deputados Antonio Carlos Pannunzio (SP) e Nilson Pinto (PA) criticaram nesta quarta-feira (2) as centrais sindicais por terem usado R$ 800 mil oriundos do imposto sindical para promover um evento pregando a continuidade do governo Lula.
Realizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o encontro tinha como objetivo aprovar a “Agenda da Classe Trabalhadora”, mas se transformou em um típico palanque petista e, ao mesmo tempo, um espaço para ataques ao pré-candidato tucano, José Serra.
Na avaliação de Pannunzio, o governo federal está assumindo uma posição de ilegalidade, ao destinar recursos federais para sindicatos fazerem campanha em favor da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. “Esses recursos deveriam ser usados para capacitar os trabalhadores e não para financiar campanhas políticas do Partido dos Trabalhadores”, reprovou o tucano.
O parlamentou foi autor de uma emenda ao projeto que regulamentou as centrais sindicais. O dispositivo tornaria obrigatória a apresentação de todas as contas dos sindicatos ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que fossem analisadas possíveis irregularidades. O projeto foi sancionado pelo presidente Lula, mas a emenda acabou vetada.
“Infelizmente, a emenda foi vetada pelo presidente. Enquanto isso, vemos a farra com o dinheiro das centrais sindicais para apoiar a candidatura de Dilma”, acrescentou, lembrando que o Congresso não chegou a apreciar o veto de Lula ao dispositivo.
Nilson Pinto, por sua vez, observou que além de ilegal, esse tipo de atitude demonstra o receio do PT em perder a corrida eleitoral. “Usar recursos do trabalhador para fazer campanha eleitoral em favor de Dilma é um ato de desespero”, opinou.
Panfletos
→ Na porta do estádio, participantes foram recebidos com panfletos com a foto da presidenciável Dilma Rousseff ao lado da deputada federal Janete Pietá (PT-SP), que esteve presente no encontro.
Dinheiro pelo ralo
→ Ao todo, R$ 135 mil foram empenhados para o aluguel do Estádio do Pacaembu e R$ 35 mil para o pagamento da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo para coordenar o trânsito. O restante - R$ 630 mil - foi para a infraestrutura, como palco, som e transporte de militantes;
→ Só a Força Sindical pagou 500 passagens de avião para dirigentes virem das regiões Norte e Nordeste. As demais centrais também admitiram ter pago transporte aéreo aos participantes.
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