Reportagem revela funcionamento de suposto esquema baseado na cobrança de propinas de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias
Mesmo após o afastamento, pela presidente Dilma Rousseff, de funcionários do alto escalão do Ministério dos Transportes por suspeita de corrupção neste sábado (2), a oposição quer investigações. O PSDB avalia a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso.Reportagem publicada pela revista Veja revela o funcionamento de um suposto esquema no Ministério dos Transportes baseado na cobrança de propinas de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias. Em decorrência da denúncia, foram afastados de seus cargos o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o chefe de gabinete do Ministério, Mauro Barbosa Silva, e o assessor Luís Tito Bonvini.
O líder do partido na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou que o partido vai entrar com um pedido de investigação no Ministério Público Federal, com um requerimento à Polícia Federal e com uma solicitação de auditoria especial para o Tribunal de Contas da União (TCU). Um requerimento de convocação do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, será apresentado nesta semana em uma comissão técnica da Câmara. "Os fatos são graves. O afastamento foi correto, mas há necessidade de investigações mais profundas", disse o tucano.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou a demissão do ministro Alfredo Nascimento junto com a equipe. "Será que ele não sabia? A ser verdade a diatribe contra o pessoal do ministério, a presidente tinha obrigação de demitir todos", disse.
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres(GO), considerou que Dilma deu uma resposta imediata. "Espero que ela continue nesta linha", disse. "O ministro também deve entrar na linha de tiro da presidente. Torcemos para que o surto moralizador vá adiante" completou.
Apontado como comandante informal do esquema, o deputado Valdemar da Costa Neto (SP), secretário-geral do PR, divulgou nota, neste domingo, afirmando que o partido irá à Justiça contra a revista e os autores do texto. O texto afirma que as reuniões entre o partido e o Ministério dos Transportes são transparentes e "dizem respeito ao acompanhamento das demandas por benfeitorias federais de interesse das regiões onde o partido tem representação política".
Fonte: Agência Estado
O grande prolema é que a Dilma tem o PR como Partido de sua base e por tal motivo sente-se desconfortável em tomar a medida mais acertada que é no caso, a demissão imediata, do atual Ministro dos Transportes.
ResponderExcluirCabe portanto a oposição exercer o seu papel e assumir uma posição firme e condizente com a ética e interesse do país e limitar-se a discursos vazios muito menos ficar intimidada e tentar negociar acordos políticos em prejuízo do interesse público.
@DRLUIZAUGUSTO_
Gostaria de deixar registrado neste blog duas coisas neste momento em que o Brasil perde uma de suas maiores expressões políticas, que foi o Presidente Itamar Franco.
ResponderExcluirA primeira é de que foi em seu governo que de fato o Brasil virou a página da estagnação sócio-econômica através da implantação do Plano Real, transformando-se em um país mais forte e melhor para todos os brasileiros; o resto foi consequência...
E a segunda, é que foi nos primeiros dias do Governo Collor, quando eu ainda era camelô (vendia discos de vinil usados) na Praça de São João de Meriti e cursava o 3º ano de Direito, que resolvi escrever para o recém eleito Collor, apresentando o "meu" Plano de Estabilização Econômica, que é exatamente o Plano Real, que term vários pais, mas que é fruto da minha capacidade intelectual.
Sou uma pessoa anônima e jamais tirei vantagem de ser o autor da ideia, mas tenho guardada comigo a correspondência do então Presidente da República Fernando Collor, agradecendo pelas sugestões que apresentei, as quais foram implementadas na íntegra, logo no início do Governo Itamar.
Posso afirmar que o Collor não apresentou o Plano porque estava sem condições políticas para tal, visto que foi envolvido no escândalo que lhe custou a perda do mandato.
O Plano foi estudado por sua equipe econômica, mas coube a Itamar Franco apresentar o mesmo, dando a paternidade ao então Ministro Fernando Henrique, pois naquela época não havia a reeleição e o sucesso do plano econÔmico garantiria a vitória de FHC na próxima eleição presidencial.
É isso aí e tudo o mais que foi ou for falado a respeito é chute.
E tenho dito !!!
@DRLUIZAUGUSTO_