quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DILMA CANCELA VIAGEM A MINAS PARA FUGIR DE PROTESTOS.



Constrangimentos – Até o final da tarde desta quinta-feira (15), a assessoria da Presidência da República não tinha certeza da viagem da presidente Dilma Rousseff (PT) a Minas Gerais, na sexta-feira. A viagem, que contemplará visitas a obras e anúncio de investimentos no “PAC da Mobilidade”, poderá ser cancelada por “falta de ambiente”. É que deverá ocorrer pelo menos três protestos de caminhoneiros, professores e operários.

As manifestações ocorrem em um momento complicado para a presidente Dilma, que há três semanas busca uma agenda positiva para contrapor às notícias dos escândalos que assolam seu ministério. Em nove meses de administração, cinco ministros foram obrigados a entregar a carta de demissão, já que quatro deles foram envolvidos em denúncias de enriquecimento ilícito, corrupção e uso indevido de verba pública.

Os professores da rede pública estadual, que estão em greve há cem dias, querem melhores salários e intentam aproveitar a presença de Dilma Rousseff para que a paralisação tenha repercussão nacional.
Na agenda da presidente está programada uma visita às obras do Mineirão, estádio que poderá receber alguns jogos da Copa do Mundo de 2014. Ocorre que os trabalhadores estão de braços cruzados. Hoje pela manhã, 900 trabalhadores fizeram manifestação dentro do canteiro de obras pedindo melhores condições de trabalho. A reforma faz parte de um esforço do governo federal em dotar o País de condições para receber a maior competição esportiva do planeta.

Dilma também poderá ver de perto as obras de um viaduto próximo a Belo Horizonte, na BR-381. A visita também está ameaçada porque caminhoneiros preparam um protesto contra o grande número de acidentes e mortes nas rodovias de Minas Gerais. A manifestação está sendo organizada para não chamar a atenção, mas o serviço reservado da Presidência já sabe que haverá mobilização significativa da categoria.

No sábado à noite, Dilma Rousseff deverá viajar para Nova York. Como primeira presidente do Brasil, será a primeira mulher a abrir um debate da Assembleia Geral das Nações Unidas, em ano “de turbulência incomum e alta ansiedade”, como afirmou nesta quinta-feira (15) o secretário-geral da organização, Ban Ki-Moon.

Mesmo nos Estados Unidos, Dilma poderá ser constrangida. É que um requerimento apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) não permitiu a votação da Lei de Acesso à Informação. A mandatária brasileira participará justamente de um debate sobre transparência governamental.
Na manhã desta quinta, decidiu-se que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional só deverá votar o projeto de lei da Câmara, que regulamenta o acesso a documentos governamentais, depois de receber resposta a um requerimento de informações sobre o tema, enviado ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general José Elito Carvalho Siqueira.

A provocação do presidente da comissão, Fernando Collor, provocou um bate-boca com o líder da bancada do PT, senador Humberto Costa (PE). “Tivemos oportunidade de ouvir opiniões as mais diversas de dentro e fora do governo sobre o tema, que extrapola os limites de governo e oposição”, disparou Costa.

Fonte: Ucho.Info

Um comentário:

  1. CARO MARCO

    SERÁ QUE ELA SABIA DESTAS BOMBAS DE EFEITO RETARDADO?????

    Marisa Cruz

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