Asérie de eventos alusivos aos mil dias que faltam para a Copa do Mundo constitui celebração de uma conquista que o Brasil alcançou, mas não está se preparando convenientemente para abraçá-la.
Há duas grandes preocupações. Uma diz respeito às condições de infraestrutura urbana para atender à demanda. A estimativa é de que meio milhão de estrangeiros estará circulando pelo Brasil durante o Mundial. A outra é quanto ao legado que os investimentos para a Copa deixarão para a sociedade. Não se pode abrir mão dessa perspectiva com o uso do dinheiro público.
Das 81 obras para mobilidade urbana nas 12 cidades-sedes da Copa, 52 ainda não começaram. Já os 12 estádios estão em construção ou reforma, mas alguns em ritmo lento. Entre os projetos que até agora não saíram do papel estão o metrô de Belo Horizonte e o trem-bala entre Rio e São Paulo. Estimativas oficiais admitem que o metrô não deve ficar pronto nem para as Olimpíadas de 2016. Já o trem-bala não se sabe sequer se é viável. O custo é astronômico.
Além disso, atraso nas obras pode se agravar. É que o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável a contratos de obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, é alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Foi impetrada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele entende que o RDC desrespeita os princípios de impessoalidade, moralidade e eficiência administrativa, previstos na Constituição.
A propósito, há poucos dias, a Justiça Federal determinou a paralisação das obras do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos. Entendeu que a dispensa de licitação não se justifica com base na urgência, pois a necessidade de ampliação do aeroporto é antiga.
Outros projetos voltados para a Copa estão sujeitos a esse tipo de ocorrência. Ou o governo toma providências para evitá-la, ou os mil dias que faltam para o evento pode ser pouco para preparar o país
Fonte: A Gazeta
Há duas grandes preocupações. Uma diz respeito às condições de infraestrutura urbana para atender à demanda. A estimativa é de que meio milhão de estrangeiros estará circulando pelo Brasil durante o Mundial. A outra é quanto ao legado que os investimentos para a Copa deixarão para a sociedade. Não se pode abrir mão dessa perspectiva com o uso do dinheiro público.
Das 81 obras para mobilidade urbana nas 12 cidades-sedes da Copa, 52 ainda não começaram. Já os 12 estádios estão em construção ou reforma, mas alguns em ritmo lento. Entre os projetos que até agora não saíram do papel estão o metrô de Belo Horizonte e o trem-bala entre Rio e São Paulo. Estimativas oficiais admitem que o metrô não deve ficar pronto nem para as Olimpíadas de 2016. Já o trem-bala não se sabe sequer se é viável. O custo é astronômico.
Além disso, atraso nas obras pode se agravar. É que o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável a contratos de obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, é alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Foi impetrada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele entende que o RDC desrespeita os princípios de impessoalidade, moralidade e eficiência administrativa, previstos na Constituição.
A propósito, há poucos dias, a Justiça Federal determinou a paralisação das obras do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos. Entendeu que a dispensa de licitação não se justifica com base na urgência, pois a necessidade de ampliação do aeroporto é antiga.
Outros projetos voltados para a Copa estão sujeitos a esse tipo de ocorrência. Ou o governo toma providências para evitá-la, ou os mil dias que faltam para o evento pode ser pouco para preparar o país
Fonte: A Gazeta
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