A corrida infame de políticos para mudar de partido se repetiu nas últimas semanas, mais uma vez, embora em menor grau que no passado. Mas o velho enredo desta vez teve novos personagens: os recém-criados PSD e PPL. Foram, respectivamente, o 28º e o 29º partidos registrados no país. Por oferecerem brechas na lei da infidelidade partidária, acabaram se tornando mais atrativos para quem quer disputar um mandato em 2012.
Por isso, encerrado o prazo final para filiações, ambos apresentaram um "patrimônio" de mais lideranças com mandato do que outras agremiações que já existem há mais tempo.
Só no Estado, o PSD deve ter mais de 90 vereadores e cinco prefeitos. Bem menos conhecido, o PPL (Partido Pátria Livre) larga com 17 vereadores. Na Câmara dos deputados, o PSD nasceu com 54 parlamentares, formando a terceira maior bancada da Casa.
Fonte: A Gazeta
O que exatamente isso quer dizer para o eleitor? Mais opções ideológicas, programas alternativos, novas lideranças, um olhar inovador sobre a política e a gestão pública? É pouco provável. As "novidades" soam como mais do mesmo. E o que a maioria de seus filiados buscou, como quase todos os que trocaram de sigla, foi uma opção mais confortável para disputar eleição ou apoiar seus aliados.
Teve gente que se filiou e mudou de partido novamente, na última hora. Outros tentaram virar caciques fundando uma nova legenda. Como não deu certo, o jeito foi recorrer a uma agremiação já existente. Toda essa farra foi cometida nas brechas da lei eleitoral.
A norma que coibiu o troca-troca partidário poderia ter sido mais rígida. E por si só não vai fazer que a maior parte dessa sopa de letras tenha programas ou ideologias. De qualquer forma, ao menos reduziu o problema.
Já se sabe que os eleitores quase não conhecem os partidos, dificilmente se identificam com eles e raramente votam em alguém por conta da origem partidária. Até porque várias delas são "siglas de aluguel", que negociam o apoio em coligações em troca de gordas quantias. Diante disso, se questiona se haveria a necessidade de se criar novas legendas no país.
Todas elas recebem dinheiro do contribuinte, o Fundo Partidário, além de recursos de outras fontes. Este ano, segundo o site Contas Abertas, serão repassados às 27 siglas (sem incluir o PPL e o PSD) R$ 301,5 milhões.
Não há perspectiva desse quadro de inchaço partidário mudar em breve. Por ora, o filtro mais eficaz contra os mais políticos e os partidos de mentirinha são a informação e o voto consciente. É pouco, mas é o que temos
Por isso, encerrado o prazo final para filiações, ambos apresentaram um "patrimônio" de mais lideranças com mandato do que outras agremiações que já existem há mais tempo.
Só no Estado, o PSD deve ter mais de 90 vereadores e cinco prefeitos. Bem menos conhecido, o PPL (Partido Pátria Livre) larga com 17 vereadores. Na Câmara dos deputados, o PSD nasceu com 54 parlamentares, formando a terceira maior bancada da Casa.
Fonte: A Gazeta
O que exatamente isso quer dizer para o eleitor? Mais opções ideológicas, programas alternativos, novas lideranças, um olhar inovador sobre a política e a gestão pública? É pouco provável. As "novidades" soam como mais do mesmo. E o que a maioria de seus filiados buscou, como quase todos os que trocaram de sigla, foi uma opção mais confortável para disputar eleição ou apoiar seus aliados.
Teve gente que se filiou e mudou de partido novamente, na última hora. Outros tentaram virar caciques fundando uma nova legenda. Como não deu certo, o jeito foi recorrer a uma agremiação já existente. Toda essa farra foi cometida nas brechas da lei eleitoral.
A norma que coibiu o troca-troca partidário poderia ter sido mais rígida. E por si só não vai fazer que a maior parte dessa sopa de letras tenha programas ou ideologias. De qualquer forma, ao menos reduziu o problema.
Já se sabe que os eleitores quase não conhecem os partidos, dificilmente se identificam com eles e raramente votam em alguém por conta da origem partidária. Até porque várias delas são "siglas de aluguel", que negociam o apoio em coligações em troca de gordas quantias. Diante disso, se questiona se haveria a necessidade de se criar novas legendas no país.
Todas elas recebem dinheiro do contribuinte, o Fundo Partidário, além de recursos de outras fontes. Este ano, segundo o site Contas Abertas, serão repassados às 27 siglas (sem incluir o PPL e o PSD) R$ 301,5 milhões.
Não há perspectiva desse quadro de inchaço partidário mudar em breve. Por ora, o filtro mais eficaz contra os mais políticos e os partidos de mentirinha são a informação e o voto consciente. É pouco, mas é o que temos
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