sábado, 10 de maio de 2014

BAILE DO ADEUS



jose_sarney_25 O bisonho e autoritário reinado do clã Sarney está chegando ao fim no Maranhão. Na noite de quinta-feira (8), o Instituto Exata divulgou os resultados de pesquisa sobre a sucessão estadual. Sem um candidato disposto a correr os riscos da corrida ao Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, o grupo político comandado pelo caudilho José Sarney decidiu recorrer a Edinho Lobão (PMDB), que está senador por ser suplente do pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
Conhecido por uma existência bizarra como playboy, Edinho Lobão corre o sério risco de ser derrotado de forma acachapante por Flávio Dino (PCdoB), que em 2010 por pouco não impôs uma vergonhosa derrota à atual governadora Roseana Sarney.
De acordo com o Instituto Exata, se a eleição fosse hoje Flávio Dinho venceria no primeiro turno com 56% dos votos, contra 23% de Edinho Lobão, que chegaria em segundo. Os pré-candidatos Marcos SILVA (PSTU) e Luís Pedrosa (PSOL) aparecem cada um com 1% das intenções de voto. Segundo a pesquisa, 11% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos. Não sabem ou não responderam somam 8% do eleitorado consultado.
A pesquisa mediu também a rejeição dos pré-candidatos ao governo. Quando os entrevistados eram perguntados em quem não votariam de jeito nenhum, Lobão Filho aparece na dianteira, com 38% de rejeição no eleitorado. Flávio Dino aparece com 12%, seguido de Saulo Arcângeli com 10%, Pedrosa 9%, Nenhum (14%) e “Não sabe” (17%).
Esse cenário mostra o desgaste de um grupo que ao longo de cinquenta anos de domínio político transformou o Maranhão no mais miserável estado da federação. A situação de fragilidade do clã Sarney é tão evidente, que a governadora Roseana preferiu ir até o fim do mandato para tentar reeleger o sucessor, algo que já ingressou na seara do impossível.
A pesquisa da TV Guará/Exata foi realizada entre os dias 3 e 7 de maio, em 45 municípios do Maranhão, e ouviu 2 mil eleitores. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos.
Fonte: Ucho.Info

domingo, 4 de maio de 2014

DILMA E AÉCIO EMPATADOS NO ESPIRITO SANTO, PRESIDENTE TEM A MAIOR REJEIÇÃO


Candidata à reeleição, petista tem 23,1% das intenções no Estado, e o tucano marca 22,5%

Os capixabas estão divididos quanto à corrida eleitoral pela Presidência da República. Pesquisa realizada pelo Instituto Futura mostra que, no Estado, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem vantagem sobre o segundo colocado, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), mas os dois estão tecnicamente empatados. 

Dilma tem 23,1% das intenções de voto entre os entrevistados, enquanto Aécio Neves registra 22,5%. Em terceiro lugar aparece o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com 14,3%. 

Os dados são da pesquisa estimulada. Foram ouvidas 1,4 mil pessoas, em todas as regiões do Espírito Santo, entre os dias 22 e 28 de abril.

Na versão espontânea – na qual os nomes dos candidatos não são informados aos consultados –, Dilma assume a dianteira na preferência, com 11,7%. Na sequência está Aécio, com 7,3%, e até mesmo a ex-senadora Marina Silva (PSB) – que nem irá disputar o Palácio do Planalto – é citada, ocupando a terceira colocação (6,4%). 

Em seguida, o público ouvido apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 5,1% das intenções de voto. Em último lugar na lembrança dos capixabas está Eduardo Campos, com 3,4%.

Em um cenário estimulado com a candidatura de Lula e sem a presença de Dilma, o ex-presidente lidera com 36,8%. Aécio surge na segunda posição, com 20,9%, seguido de Eduardo Campos, com 12,4%.

Rejeição

O candidato mais rejeitado – no qual os entrevistados não votariam em nenhuma hipótese – é a presidente Dilma Rousseff, citada por 42,9% das pessoas. Na sequência está Lula, com 15,9% de rejeição. Na terceira posição vem Eduardo Campos, com 14,4%. Quem tem a menor rejeição no Estado é Aécio Neves: 13,7%. 

Eleitorado

Dilma possui a maior intenção de voto entre os mais jovens, que têm de 16 a 19 anos, com 37,8% das menções. Já o tucano Aécio Neves é o predileto dos abordados pelo Instituto Futura que estão acima de 60 anos, com 27,9%. 

Campos registra a maior intenção de votos entre as pessoas que estão entre os 20 e 29 anos, com 18,6%. O socialista detém a maior preferência entre os entrevistados das classes A e B, com 23,4%, enquanto o senador mineiro tem melhor desempenho na classe C, com 27,2%, e Dilma se sai melhor nas classes D e E no Estado, com 25,5%. 

Em relação à escolaridade, a presidente é mais mencionada pelos entrevistados que têm o ensino fundamental, com 25,3%. O senador Aécio e o ex-governador de Pernambuco têm a predileção dos eleitores entrevistados com nível superior, com 24,9% e 27,4% das intenções de voto, respectivamente.
 
Presidente tira votos de Casagrande
 
O Instituto Futura perguntou aos entrevistados se, caso o governador Casagrande e a presidente Dilma fizessem campanha juntos, qual seria o reflexo na hora de decidir o voto: 35,4% disseram que não votariam em nenhum dos dois, 21,1% votariam apenas no governador, outros 14,9% votariam em ambos e 10,6% disseram que isso não interferiria na decisão.

Fonte: A Gazeta

PESQUISA FUTURA PARA O GOVERNO DO ESPIRITO SANTO


A cinco meses da eleição, cenário indica empate técnico

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O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tem 34,1% das intenções estimuladas de voto e o governador Renato Casagrande (PSB) 30% na disputa pelo Palácio Anchieta. É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Futura a pedido de A GAZETA


Largada embolada com Dilma e Aécio

Para o Senado, Rose tem 21,9% e Coser 18,9%

Os dois estão tecnicamente empatados, segundo o instituto, se levarmos em conta a margem de erro,que é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. O resultado se refere a um dos cenários estimulados da pesquisa, em que os nomes dos possíveis candidatos são informados aos entrevistados.
Em terceiro lugar na disputa pelo Palácio Anchieta aparece o senador Magno Malta (PR), com 15,2%, seguido pelo ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi (PSDB), que tem 1,9% das intenções de voto. O republicano ainda não confirmou se estará nessa disputa, mas também não retirou o nome do páreo.
Um segundo cenário, sem o nome de Magno, também foi testado entre os eleitores. Nesse caso, Hartung aparece com 39,4% das intenções estimuladas de voto, seguido de Casagrande, com 35% – novamente, segundo o instituto, ocorre empate técnico. Guerino tem 2,2% das intenções. A Futura ouviu 1,4 mil eleitores entre 22 e 28 de abril.
A pesquisa 
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Espontânea
Na pesquisa espontânea, Hartung foi mencionado por 24% das pessoas abordadas, enquanto Casagrande foi lembrado por 18%. Nesse recorte, chama a atenção o percentual de pessoas que se dizem indecisas: 40,1%.
“Eu diria que a eleição começa embolada. O percentual de indecisos na espontânea é quase o dobro da soma do percentual dos dois candidatos que estão à frente”, afirma um dos diretores da Futura, o economista José Luiz Orrico.
Hartung, no último dia 12, entregou uma carta ao PMDB em que se coloca à disposição para concorrer ao governo. Casagrande é nome certo para tentar a reeleição, embora ainda não tenha falado abertamente sobre o assunto.
Já Magno também é autor de uma carta, enviada, em fevereiro, à direção nacional do PR. Mas o pedido era para ser candidato à Presidência da República. Ainda sem resposta positiva, o senador pretende ser candidato ao Palácio do Planalto, mas não descarta o Anchieta.
Rejeição
O nome mais rejeitado na corrida ao governo do Espírito Santo é justamente o de Magno: 27,9% dos entrevistados disseram que não votariam nele “em nenhuma hipótese”. O segundo mais rechaçado é Balestrassi, com 22,9%. Casagrande tem 12,2% de rejeição e Hartung, 8,3%.
Orrico lembra que Hartung e Casagrande fazem parte do mesmo grupo político. “A disputa entre os dois seria um racha no grupo que está no poder há 11 anos. Vai ser difícil para o eleitor compreender isso. Mas se o primeiro sentimento será de surpresa, depois o eleitor vai comparar o passado dos dois. Claro que a campanha será voltada para o futuro, para o que eles pretendem fazer no governo, mas o que o eleitor vai comparar mesmo é o passado”, prevê o diretor do instituto.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 00005/2014.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

AS AGRURAS DA PRESIDENTE

O Estado de S.Paulo
Em política, nunca se deve dizer nunca, ressalvou dias atrás o ex-presidente Lula, antes de reiterar a lealdade à candidatura de sua afilhada Dilma Rousseff à reeleição. Ela mesma invocou o termo ao responder à inescapável pergunta sobre o "Volta, Lula" que lhe foi feita por jornalistas esportivos em um jantar - cujo prato de resistência deveriam ser os preparativos para a Copa e os protestos contra o evento - segunda-feira, no Alvorada. "Nada me separa dele e nada o separa de mim", entoou. "Sei da lealdade dele a mim, e ele da minha lealdade a ele."
Menos por isso, decerto, do que por saber que Dilma não tem a mais remota intenção de desistir da chance de passar mais quatro anos no Planalto e por pressentir que a operação da troca de nomes poderá não ser, nas urnas, o sucesso que a justificaria, Lula há de calcular que, para si, melhor do que ter elegido um poste será reeleger o poste que, em vez de iluminar, estorva. Se der errado, a culpa, naturalmente, será de Dilma. Se der certo, será a consagração de sua trajetória como o maior líder de massas da história nacional. Guardadas as diferenças, ele já rodou esse filme.
Em 2009, desistiu de buscar o terceiro mandato consecutivo não necessariamente por reverenciar a regra do jogo, que o proíbe, mas por intuir que talvez não pudesse pagar o preço político da tentativa de mudá-la. Antes fazer e tornar a fazer o sucessor, e se guardar para 2018. Não obstante o "nunca", a sua tendência é de permanecer leal a esse traçado. Ocorre que, por si só, o alarido em torno do "Volta, Lula" - resultado do desgosto dos aliados com o desempenho da presidente, do seu fracasso em construir uma coalizão de interesses da qual fosse ela a líder e do receio petista de perder o poder em 2015 - agrava a sua avitaminose política e acentua a sua vulnerabilidade eleitoral.
Um episódio deixa isso claro. Horas antes da entrevista de Dilma, o líder do PR na Câmara, Bernardo Santana, da base governista, se fez fotografar pendurando na parede o retrato de Lula. Segundo ele, 20 dos 32 membros da bancada preferem que o ex-presidente seja o candidato. "Só Lula tem condição de enfrentar qualquer crise", alegou. Pouco importa que tenha se recusado a identificar os supostos 20 lulistas. Pouco importam também as divisões internas no partido que possam ter parte com o anúncio. O ponto é que, estivesse Dilma nadando de braçada nas pesquisas, Santana não se sentiria inseguro do que o espera nas urnas a ponto de aprontar-lhe tamanha desfeita.
A cena de um político aliado afixando a imagem de um Lula com a faixa presidencial é o símbolo mais contundente das agruras de Dilma. É inevitável a comparação com o hino da vitoriosa campanha a presidente do ex-ditador Getúlio Vargas, em 1950. "Bota o retrato do velho outra vez / Bota no mesmo lugar", dizia a marcha que arrebatou o carnaval daquele ano. Eis o carma da presidente. Um dia lhe perguntam o que acha do "Volta, Lula". No outro, ontem cedo, numa entrevista a rádios baianas, o que acha da fidelidade dos partidos alinhados com o Planalto. A resposta é pura Dilma sem açúcar: "Gostaria muito que, quando for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente".
Falta tocar o eleitor. Por mais que os resultados dos levantamentos de intenção de voto devam ser vistos com cautela - a três meses do início da campanha na TV e a cinco da ida às urnas, quando a disputa ainda não entrou no radar da grande maioria dos brasileiros -, o fato é que a mera coerência dos números da queda da candidata acelera o processo de seu desgaste. Sinal disso é que a equipe da reeleição, segundo uma inconfidência, já se dará por feliz se a chefe parar de cair nas próximas sondagens. A expectativa de vitória no primeiro turno se dissipou. Era, de resto, uma fantasia: nem Lula, apesar de toda a sua popularidade, conseguiu liquidar a fatura logo de saída na reeleição.
Já a aprovação a Dilma - a sua bagagem para as urnas - se aproxima perigosamente do nível que, para os especialistas, conduz antes à derrota do que à vitória eleitoral, sejam quais forem os adversários