Tucanos criticam desorganização nas contas do governo Lula
Deputados condenaram, nesta quinta-feira (10), a falta de transparência e a desorganização das contas do governo Lula. Eles se referem às 25 ressalvas e as 33 recomendações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na aprovação das contas do Palácio do Planalto em 2009.
No relatório, o TCU demonstrou as dificuldades que o governo tem para tocar as obras, a falta de ações fundamentais à população, a não-fiscalização do dinheiro público repassado a terceiros e a falta de destinação de recursos para a execução dos investimentos, além de acusar a falta de pagamento das multas sofridas pelo Executivo.
O deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES) afirmou que, ao invés de fazer a correção das desigualdades sociais, o presidente Lula fortalece os grandes grupos com recursos públicos.
“A gestão do PT ficará na história do Brasil como exemplo de gestão temerária reforçada pelo pior estilo populista. E cada vez ousando mais em desatinos gerenciais, como o uso da máquina para perpetuar o seu grupo no poder e cooptar aliados inescrupulosos que se apropriam do Estado e do gasto público”, salientou.
O tucano ressaltou que o Brasil está aprisionado por interesses organizados que desviam dinheiro público que deveria atender o cidadão pobre.
Para o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), as obras anunciadas por Lula ficam só na intenção. “O governo Lula se caracteriza por uma total inépcia na gestão. Não havendo uma gestão satisfatória, atualizada, transparente e republicana, a sociedade vê os investimentos acontecerem num ritmo muito aquém do ideal e daquilo que o povo brasileiro espera”, enfatizou.
Problemas
→ Matéria do jornal "Valor Econômico" revela que a Petrobras usou os recursos de forma incorreta, que as estatais gastaram demais e investiram muito pouco em comparação ao que estava previsto.
→ O TCU elencou uma série de inconsistências contábeis e procedimentos inadequados que afetaram o patrimônio. Hoje os restos a pagar, ou seja, as contas feitas pelo governo que deveriam estar quitadas chegam a R$ 115 bilhões.
→ Os técnicos do TCU também criticaram a baixa taxa de execução nas obras do PAC e a ausência de critérios que norteiam os gastos do governo federal.
(Reportagem: Artur Filho
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