sábado, 8 de outubro de 2011

POLICIAIS E EX-POLICIAIS BRIGAM POR PODER E DINHEIRO PÚBLICO EM BRASILIA

Há dez meses no cargo, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), está sob o fogo cruzado de uma briga entre facções de policiais e ex-policiais envolvidos na disputa por nacos de poder e dinheiro público.

Na crônica ainda não escrita dessa guerra suja constam denúncias de grampos clandestinos, informações plantadas em blogs de aluguel e chantagens. O caso também pode trazer de volta denúncias de caixa dois e supostas fraudes no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, no período em que Agnelo era o ministro.

A presença de policiais em postos-chaves do governo do DF tem sido uma rotina. Há mais de 100 policiais em escritórios do governo. O secretário de Justiça e o subsecretário de Transportes são policiais civis. E o Distrito Federal é das unidades da federação com os mais altos índices de homicídios do país.

Disputa
A disputa, que estava restrita aos bastidores do governo do DF, transbordou por conta da briga entre policiais e provocou duas investigações: uma na Polícia Civil e outra no Ministério Público. O objeto formal da investigação, por enquanto, é o roubo de imagens do circuito interno da padaria onde os policiais discutiram, em 18 de agosto. O agente Cláudio Nogueira sacou a arma para o cabo da PM João Dias Ferreira. Fez isso para evitar a prisão do doleiro Fayed Traboulsy e do agente aposentado Marcelo Toledo.

Os dois cobravam do então presidente da Codeplan, delegado Miguel Lucena, um dos principais auxiliares de Agnelo, indicação de diretores para a corretora BRB Seguros, do Banco Regional de Brasília, e para a DFTrans, companhia de transporte.

Toledo e Fayed teriam doado R$ 500 mil para a campanha de Agnelo e, como contrapartida, exigiam cargos de duas das áreas mais cobiçadas do governo do DF. Os R$ 500 mil teriam sido repassados a Rafael Barbosa, um dos arrecadadores de campanha de Agnelo e secretário de Saúde.

Fonte: A Gazeta

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