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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"VAMOS ENCHER A BURRA DE DINHEIRO" OU COMO O PT COMPROU SILVIO SANTOS

Em e-mail, ex-presidente do Panamericano revela expectativa com venda para a Caixa

Executivos do Panamericano cogitaram procurar o Banco do Brasil (BB) se não conseguissem vender a instituição para a Caixa Econômica Federal. É o que revelam e-mails trocados entre Rafael Palladino, ex-presidente do Panamericano, e Guilherme Stoliar, sobrinho e braço direito de Silvio Santos. As mensagens foram apreendidas pela Polícia Federal no inquérito que apura as fraudes de R$ 4,3 bilhões no Panamericano.

Ainda assim, a prioridade era a negociação com a Caixa. "Com a grife da Caixa, vamos encher a burra de dinheiro", escreveu Palladino a Stoliar no dia 9 de janeiro de 2009. A venda de metade do Panamericano para o banco do governo, por R$ 740 milhões, foi selada em novembro daquele ano. Palladino também afirmou que o fechamento da operação acabaria com o "problema de captação de grana".

Naquele momento, o sistema bancário sentia os efeitos da crise financeira global. Pequenos e médios bancos enfrentavam dificuldades para captar dinheiro no mercado. Nos e-mails, fica claro que os executivos enxergavam no governo a salvação para os problemas do Panamericano.

No dia em que o Banco do Brasil anunciou a compra de metade do Votorantim, Palladino escreveu a Stoliar: "É exatamente isso que temos de fazer com a Caixa Federal. Se não der, vamos bater no Banco do Brasil. Fechando isso, o grupo vai ficar líquido para pagar todos os compromissos".
Stoliar respondeu: "Na conversa que tive com ele (referência a Silvio Santos), falamos da venda, ele está 100% de acordo e acha que é o nosso melhor caminho. Certamente ele já deve ter lido sobre o Votorantim".
Poucos meses antes dessa troca de e-mails, o Panamericano havia batido à porta do Banco do Brasil, mas por outro motivo, como revelou o Estado ontem. A instituição que, naquele momento, pertencia 100% ao Grupo Silvio Santos, tentou vender ao BB carteiras de crédito.

O banco estatal considerou sofrível a qualidade dos empréstimos oferecidos, rejeitou a maior parte das carteiras e comprou apenas uma pequena parcela considerada de risco mais baixo.
"Amigos". Em outro e-mail, Stoliar relata a Palladino um jantar que tivera na noite anterior com Silvio Santos. Na mensagem, conta como estava a negociação do Panamericano com a Caixa e afirmou ter comentado com o empresário que alguns "amigos" estavam ajudando na tarefa.

"Disse que vocês estão trabalhando firme para vender parte do banco e que, provavelmente, teremos a ajuda dos "amigos" nessa venda", escreveu. "Disse a Silvio quem eram os "amigos" e ele ficou de boca aberta, como qualquer um ficaria."
Para os investigadores, os "amigos" seriam políticos. Em meio às dificuldades, os executivos que comandavam o Panamericano tentaram montar uma rede de contatos políticos.
Os documentos da PF mostram que eles se comunicavam com Luiz Gushiken, ex-ministro do governo Lula, e procuraram a ajuda do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP). Além disso, tentaram convencer fundos de pensão de estatais a aplicar dinheiro no banco.

Stoliar termina a mensagem com mais uma referência a Silvio Santos. "Acho que é muito importante que Silvio esteja bem por dentro do que está acontecendo, para não ter medo e até para poder ajudar."
O escândalo do Panamericano estourou em 9 de novembro de 2010, menos de um ano depois da compra feita pela Caixa Econômica Federal. Socorrida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a instituição teve a fatia de Silvio Santos vendida para o BTG Pactual.

Procurados, Guilherme Stoliar, que atualmente é o principal executivo do Grupo Silvio Santos, e Rafael Palladino, indiciado pela PF como um dos responsáveis pelo rombo no Panamericano, não quiseram comentar.

Fonte: O Estado de São Paulo

domingo, 20 de março de 2011

31 DE MARÇO - SILVIO SANTOS VEM AÍ.


O SBT, a rede do senhor Sílvio Santos, levará ao ar mais uma novela que, pelas primeiras imagens, será novo fiasco. Nada a se admirar. Mau gosto é uma tradição da rede.

Admirável mesmo foi a guinada – que considero histórica – de mais um reconhecido capitalista para a esquerda. E, veja bem, não de um capitalista qualquer, mas de um dono de banco. Não há nada mais capitalista do que um banqueiro. Os bancários sabem do que estou falando.

Embora fosse um banco falido, era, afinal, um banco. Falido porque, segundo o sorridente empresário, alguns diretores maquiaram os números. O senhor do baú da felicidade, mostrando ter aprendido a lição, afirmou que de nada sabia. Aquilo não era com ele. Chegou a dizer que nem de dinheiro gostava, afrontando nossa inteligência.

Aí, veio a Caixa Econômica Federal e adquiriu o falido Banco Panamericano, salvando o senhor do baú. Sílvio Santos ficou muito agradecido aos amigos que, usando o dinheiro do contribuinte, o tiraram de debaixo dos escombros, sem se saber ao certo por quê. Para demonstrar sua gratidão, ele autorizou (ou determinou?) que o seu SBT exibisse uma novela na qual, novamente, os militares serão execrados.

Moral desta história imoral: mais um banco faliu e os milicos pagarão a conta. Porém, ao menos desta vez, eles não estão sozinhos, pois contam com a agradável companhia dos contribuintes.

Acredito que você, caro leitor-telespectador-contribuinte, não conseguirá resistir até o terceiro capítulo do dito folhetim televisivo. Mas, se quiser tentar, informo que o primeiro capítulo parece que irá ao ar, por coincidência, no próximo 31 de março.

A meu ver, seu destino será um fracasso de público, como “Filho do Brasil”, filme patrocinado por capitalistas que vivem de benesses do Estado. Claro que, mesmo sem saber, você também o patrocinou. Ainda bem que nesta obra os milicos, ao menos, não foram execrados. Ou foram? Sei lá. A turma mente tanto que já estamos nos acostumando. Mas acostumar-se não significa aplaudir Pinóquio. Muito menos assistir aos seus grotescos e mentirosos filmes.

Não gostamos nem da direita nem da esquerda. Muito menos de capitalistas e comunistas. Amamos mesmo é o povo brasileiro que, inocentemente, tornou-se vítima de tantas safadezas.

Hamilton Bonat