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sábado, 3 de agosto de 2013

PIÚMA, LINDA E ABANDONADA

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 7:37
Por Luciana Maximo
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Excelentíssimo senhor Governador Renato Casagrande

Hoje pela manhã saí para uma caminhada matinal pela orla da praia de Piúma, como geralmente faço.
 Não foi surpresa nenhuma constatar e registrar a destruição da orla, a situação dos quiosques.
Assim que cheguei a Piúma para residir, fiquei encantada, há três anos e, passei a acordar bem cedinho
 para fotografar o sol nascendo no fundo mar, entre as ilhas. Fiz belas fotos, talvez  1mil, 1.500. Idealizei
 um projeto para uma exposição fotográfica, protocolei na Prefeitura há meses, mas até o momento não
 tive qualquer retorno do secretário de Cultura, a quem direcionei a iniciativa. Escrevi algumas poesias
 com base nas fotografias, tive a pretensão de redigir um livro – Contemplação. Entretanto, o jornalismo
 me roubou o tempo e passei a me dedicar exclusivamente.
Agora, passados três anos volto a caminhar pela orla da praia em busca de contemplar o belo, no entanto
, o que vejo é um cenário de destruição.
O prefeito que se diz ser teu amigo declarou a poucos dias que há um projeto sendo idealizado pelo Governo
 do Estado para a orla da praia. Contudo, já ouvi tanto sobre projetos que começo a desacreditar que algo de
 fato seja feito em Piúma. Estou concordando com a população e os comerciantes que já não acreditam em
 projetos, papeis.
Hoje pela manhã ouvi algumas pessoas que são enfáticas em não mais acreditar: “É uma vergonha essa
 situação, há quatro anos escolhi a cidade para viver e o tempo passa e a coisa só piora. Piúma é linda,
 a natureza é maravilhosa, porém, está completamente abandonada. Conheço quase todos os municípios
 do estado e essa cidade é a mais feia, a mais largada. A Praia Doce é um crime ambiental, teria que prender
 o prefeito para ele respeitar o meio ambiente. Faltam políticos honestos nessa cidade, nesse país,
 faltam políticos de nível, escolaridade, conhecimentos técnicos”, assegura Nilton Gonçalves Lima.
Outra pessoa que jura não mais acreditar, senhor governador, que essa praia passará por uma urbanização
 é o garçom Marcelo Moisés: “Não acredito mais nessa história de orla. É um lenga lenga só, eles vão
 empurrar com a barriga até a próxima eleição. Há quantos anos estão falando em projetos que não saem
 do papel, falta atitude, respeito com o povo e os turistas que tem casa aqui e quem vem para cá”.
Seu Luiz Carlos Pontoni também já não mais acredita, senhor Casagrande, ele disse que se pudesse venderia
 todos os imóveis que tem na cidade, colocava nas costas os móveis e iria embora desse lindo lugar. “Não
 acredito que vão mexer na praia, tem 20 anos que moro aqui e essa novela nunca chega ao fim e não vai ser
 agora, paliativos não resolvem”, indigna-se.
Pois é senhor Governador, minhas imagens hoje são essas que segue por e-mail, será que uma exposição com
 essas fotografias no seu Palácio chamaria atenção de vossa equipe. Ou quem sabe na Assembleia Legislativa
 nossos deputados iriam se comover com tão perfeitas imagens de um descaso político. O prefeito nosso diz
 que quer fazer, mas depende de várias circunstâncias, licenças ambientais, e de dinheiro.
Hoje senhor governador, minha caminhada acabou triste, vi os quiosques despencado, o mar querendo voltar
 para o seu lugar, o calçadão caindo e as pessoas caminhando no meio do asfalto. Hoje eu vi também o sol
, mas eu não quis fotografá-lo porque ele iluminava o cenário de um descaso. Quero o ver o sol iluminando a
 alma dos nossos políticos, iluminando as belezas que Deus nos deu e, que nossos representantes não
 conseguem cuidar. Estão sempre ocupados com reuniões, licitações, são tantos ões…
Eu gostaria que o senhor governador se manifestasse logo e olhasse para nossa gente, para nossa praia, para
 esse povo que escolheu Piúma para pagar os seus impostos e abastecer os cofres do município.

Bom dia Renato Casagrande, Luciana Maximo é jornalista, nas horas vagas fotógrafa e poeta e professora de
 Língua Portuguesa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TRANSPOSIÇÃO ABANDONADA, DESPERDÍCIO INEXPLICÁVEL

O jogo de palavras com que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, tentou negar a paralisação das obras de transposição do Rio São Francisco, que estavam em execução por empresas particulares, não esconde o fato de que na origem dos problemas mostrados pelo Estado (4/11) estão a pressa eleitoral e a incompetência gerencial do governo. Planejadas como cenário para a propaganda do governo Lula e, no ano passado, para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff, as obras de transposição foram iniciadas sem que houvesse projetos adequados. Por isso tiveram de ser interrompidas para que fossem elaborados esses projetos, cuja execução exigirá a recontratação de diversos trechos. Para o ministro, porém, tudo não passa de uma simples "desaceleração".

O problema, porém, é bem mais grave. Os repórteres Eduardo Bresciani e Wilson Pedrosa percorreram trechos das obras durante três dias e constataram que elas estão se deteriorando. As estruturas de concreto dos canais, submetidas ao calor intenso e sem utilização, começam a estourar ou a rachar e há vergalhões de aço abandonados. Natural em qualquer construção interrompida, a deterioração pode ser mais rápida em obras como as da transposição do São Francisco, feitas para receber continuamente a carga de um grande volume de água e não para ficarem expostas diretamente às condições climáticas da região semiárida.

Em todo o trecho percorrido pela reportagem - com exceção da parte sob responsabilidade do Exército -, o que se constatou foi o abandono das obras. Entre os municípios pernambucanos de Betânia e Custódia, em um trecho de 500 metros do eixo leste, o concreto está quebrado e vários pedaços estão caídos sobre o leito do futuro canal. "As empresas abandonaram as obras e já começou a se perder o trabalho feito", disse o padre Sebastião Gonçalves, da diocese pernambucana de Floresta. "É um desperdício inexplicável."

O Ministério da Integração Nacional reconhece que, dos 14 lotes em que a obra foi dividida, 6 estão parados. Não se trata de uma interrupção, segundo o ministro Fernando Bezerra. "Estamos vivenciando uma desaceleração no ritmo em consequência das dificuldades e dos problemas que enfrentamos pela contratação de projetos básicos que se revelaram frágeis quando da execução", disse ele ao Estado. "A obra já não cabia dentro dos contratos e muitas frentes não puderam ser abertas."

Em linguagem mais simples, isso quer dizer que a obra mais alardeada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que ampliou a popularidade do ex-presidente Lula e garantiu boa parte dos votos com que a presidente Dilma Rousseff se elegeu -, uma das mais polêmicas dos últimos anos e uma das mais caras em andamento no País, começou a ser executada sem que houvesse projetos executivos adequados. Um governo só age desse modo por pressa, determinada por cálculos político-eleitorais, ou por incapacidade administrativa e técnica - ou pelas duas razões.

Ganhos políticos para o governo e sua então candidata certamente houve. No município de Floresta, por exemplo, em 2010 a candidata petista obteve 86,3% dos votos; em Cabrobó e Custódia, 90,7%; e em Betânia, 95,4%. No segundo turno, Dilma teve 75% dos votos válidos de Pernambuco, Estado onde começa o desvio do São Francisco.

Mas a pressa com que as obras foram contratadas já provocou revisões de seu custo total, agora orçado em R$ 6,8 bilhões (R$ 1,8 bilhão mais do que a previsão original). Segundo o governo, desse valor, R$ 3,8 bilhões já foram empenhados e R$ 2,7 bilhões, pagos.

É muito provável que, até o fim das obras, o custo seja novamente revisto. O próprio ministro Fernando Bezerra admitiu a necessidade de renegociação e recontratação de diversas frentes de trabalho. Além disso, haverá o custo de recuperação daquilo que se está perdendo com a suspensão das obras. Apesar da veemência do ministro, não é certo que as empresas arcarão com esse custo. Afinal, a "desaceleração", como diz o ministro, é de responsabilidade do governo, não das construtoras.

Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ABANDONADOS.

Evidentemente, e já pude falar disso aqui, temos 2 Brasis tão diferentes entre si que poderíamos dividi-lo usando vários critérios. Neste texto quero falar do Brasil do interior, não necessáriamente rural e o Brasil dos grandes centros urbanos, financeiros e politicos. Nesse Brasil do interior uma realidade bastante cruel me atormenta e me inspira a fazer um alerta, não às autoridades , já que não evidencio nelas preocupação com o fato, mas aos brasileiros bem intencionados que de uma maneira ou outra ajudam com suas opiniões e debates na construção de um País melhor. Refiro-me a uma geração inteira abandonada em suas pretenções de alcançar o mercado de trabalho e poder com dignidade projetar seu futuro e inserção na comunidade produtora. Antigamente, e não quero aqui discutir o mérito da questão, o ensino médio ou o 2º Grau, como querem alguns, poderia ser feito por cursos profissionalizantes, assim surgiram milhares de técnicos em contabilidade, enfermagem, laboratório, e tantos outros, que de alguma maneira lhes davam alguma capacitação para pleitearem o sonhado primeiro emprego e daí prosseguir seus estudos. O que acontece hoje, é que ao terminar o terceiro ano do 2º grau, se vêm sem qualquer qualificação profissional, e o que é pior, a maioría oríundas de escolas públicas, com remotas chances de conseguir uma vaga nas disputadíssimas Universidades Públicas. A opção que se vislumbra então, são as milhares de Faculdades particulares e cursos à distância, hoje existente em quase todos os Muncípios porém inacessíveis à maioria esmagadora desses jovens, geralmente pertencentes a camada mais pobre da população. O propagado ProUni, atende a número insignificante desses jovens(em 2009 são 30000 inscrições a mais que o número de bolsas oferecidas). Imaginem a angústia de milhares de pais, que sem condições financeiras, vivenciam a desilução de seus filhos que além de não prosseguirem os estudos, não têm condições de pleitearem vaga num mercado cada vez mais exigente e competitivo. Sem experiência não tem emprego, mas como adquirir experiência sem emprego? Portanto esta geração abandonada, sem muitas perspectivas, se torna alvo fácil para o sub-emprego, para o óscio e daí para os vicios. Gestações precoces e indesejadas muitas vezes são o caminho das jovens, revoltas e frustações muitas vezes o caminho dos jovens. No Brasil dos grandes centros, a realidade não deve ser muito diferente, mas relato o Brasil que vivo dia a dia que é, o do interior. Fica o alerta, esta é uma realidade que devería ser estudada com atenção por Sociólogos, Antropólogos, Educadores enfim, por cientistas sociais de todas as tendências. Uma geração inteira de brasileiros está abandonada à própria sorte e tudo começa pela má qualidade do Ensino Público ofertado a milhares de jovens e crianças desse País. Esse é um ano eleitoral, analise bem as propostas dos candidatos para nossa juventude e vote consciente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SALVEM NOSSAS MENINAS.

Uma notícia em especial chamou minha atenção nesse fim de semana. “25% dos registros no Brasil não consta o nome do pai”e pensando nas causas, cheguei a conclusão que talvez a mais importante seja a gravidez na adolescência. Vejamos : Desde 1970, tem aumentado os casos de gravidez na adolescência e diminuído a idade das adolescentes grávidas. Segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para ter idéia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos.
Já não causa tanto espanto sabermos que meninas de 10, 11, 12 anos tenham vida sexual ativa, assim como aparecem em consultórios portando alguma doença sexualmente transmissível (DSTs) e ou grávida. As principais causas da gravidez são: o desconhecimento de métodos anti-concepcionais, a educação dada a adolescente faz com que ela não queira assumir que tem uma vida sexual ativa e por isso não usa métodos ou usa outros de baixa eficiência (coito interrompido, tabelinha) porque esses não deixam "rastros".O uso de drogas e bebidas alcóolicas comprometem a contracepção, além das que engravidam para casar-se. A degradação da família, prostituição infantil, abandono religioso(as igrejas hoje se preocupam mais em vender discos e cobrar dizimos), falta de projetos de vida e falta de perspectivas futuras são causas que não podemos ignorar.
A mídia é outro vilão nessa questão, exagerando na erotização do corpo, algumas pessoas que são vistas na passarela, revista, cinema e televisão são para os adolescentes verdadeiros ídolos, ídolos esses que passam uma imagem de liberação sexual, e a tendência de um fã é sempre copiar o que seu ídolo faz.
Geralmente é uma gravidez não programada, que surpreende nossas meninas na fase mais bonita de suas vidas, interrompendo sonhos, discriminando-as na sociedade e muitas vezes provocando o abandono de suas famílias. O afastamento dos estudos é uma conseqüência que marcará sua condição de vida para sempre. O isolamento das amigas contribui para abaixar mais ainda a sua já combalida autoestima. O que é pior, por tudo isso, tende a esconder a sua situação e não procura assistência médica para o pré-natal, indispensável para a sua saúde e de seu filho, principalmente nesta faixa etária, colocando muitas vezes sua própria vida e a da criança em perigo , isso quando não recorre ao aborto, com seus riscos , traumas psicológicos e ilegalidade.
Quando é acolhida pela família, as conseqüências são reduzidas, embora a cobrança e o trauma vai acompanha-la para sempre, muitas vezes verá o filho criado pela mãe, o que modifica para sempre sua relação com o mesmo e cria a categoria filhos/netos.
O mais grave de tudo é a omissão do Estado diante desse grave transtorno social. A falta de uma política específica, a educação deficiente, sem escolas em tempo integral , o descaso do Programa de Saúde da Família que em tese seria o responsável por todas as ações em seu território de atuação , a falta de uma política nacional anti-drogas e o combate insuficiente à pedofilia e à prostituição infantil completam o fracasso do Governo no combate a essa tragédia nacional. Nossa taxa de nascimentos desses casos é de aproximadamente 30%, a pior da América Latina e se compararmos com taxas de 3 a 5% dos países desenvolvidos, nos faz cair na realidade sombria de nosso subdesenvolvimento.
Não podemos mais nos calar, não vejo a grande mídia atacar esse problema com o destaque que merece, não vejo a arrogância cotidiana do Presidente falar sobre o assunto, não vejo principalmente os Ministros de Saúde, de Educação e de Assistência Social divulgarem um plano com metas e datas definidas para resultados. Estamos em um ano eleitoral, escolheremos o próximo Presidente , é hora de cobrar um compromisso , um programa, uma solução, uma prioridade para nossas meninas, afinal se um País não olha por suas crianças, vai olhar por quem?