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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

RASGANDO O DISCURSO



Coerência zero – A esquerda brasileira está rasgando o discurso do passado e perdendo a essência ideológica, processo que teve início na campanha presidencial de 2002, quando Luiz Inácio da Silva, após três fracassadas tentativas, conquistou o direito de ocupar o Palácio do Planalto. De lá para cá, a esquerda verde-loura vem passando por processo de mutação de fazer inveja a qualquer camaleão.

Nos tempos de ruidosa e ácida oposição, o PT, mais especificamente, não apenas criticava os banqueiros, mas defendia a estatização dos bancos. Entre os tantos protestos contra o capital privado, os petistas sempre surfaram no bordão “Fora FMI”. Depois que Lula experimentou as benesses do poder, todas elas patrocinadas pelo capitalismo, o PT mostrou que ser direitista é a sua vocação.

Na terça-feira (7), o Banco Itaú divulgou os resultados de 2011, que apontaram para um lucro de R$ 14,6 bilhões, alta de 9,7% em comparação com o ano anterior. O Santander registrou no ano passado lucro líquido de R$ 7,755 bilhões em 2011, 5,1% a mais do que em 2010. O Bradesco, por sua vez, auferiu em 2011 lucro líquido de R$ 11,028 bilhões, um aumento de 10% em relação ao período anterior. Até o presente momento, nenhum petista ousou contestar o lucro dos bancos, que faturaram como “nunca antes na história deste país”.

Avessos às privatizações, a ponto de usarem o tema contra os adversários nas eleições presidenciais, os petistas agora comemoram a privatização de três dos principais aeroportos brasileiros: Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília. E de novo os petistas não ressuscitaram os discursos do passado de oposição.

Se algumas qualidades são imprescindíveis ao ser humano, a coerência está entre as mais importantes. Exigir coerência na seara política é a mais hercúlea das tarefas, mas a desfaçatez que recobre o PT chega a assustar.

Fonte: Ucho.Info

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

NA BAHIA, SECRETARIA DE COMBATE À MISÉRIA FAZ FESTA MILIONÁRIA, SEM OS POBRES



Fio trocado – Por mais que alguns desavisados acreditem no impossível, coerência é algo inexistente no mundo da política. Pelo menos é essa a conclusão a que chega qualquer pessoa que acompanha o noticiário brasileiro.

Na abençoada Bahia de Todos os Santos, os servidores da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza deram incontestáveis mostras de incoerência. Para comemorar a chegada do final do ano, os servidores participaram de uma festa de confraternização animada, como acontece em qualquer parte do País. O problema ficou por conta do valor da locação do espaço para a festa.
De acordo com o jornalista Samuel Celestino, do Bahia Notícias, o aluguel custou R$ 18 mil por uma só noite. A festança, com direito a todas as benesses que o dinheiro proporciona, aconteceu no Unique Eventos, definido no site da própria empresa como o local “perfeito para quem procura alto nível”.

A cara comemoração dos “servidores da pobreza”, em Salvador, contou com a apresentação do coral da Superintendência de Assistência Social (SAS – Sedes) e um DJ que tocou até o raiar do dia. Ao jornalista Samuel Celestino um servidor que participou do regabofe não escondeu sua indignação: “Saí de lá às duas da manhã e ainda tinha bebida e comida à vontade. Garçons pra lá e pra cá o tempo todo.
Achei uma incoerência enorme uma secretaria gastar todo essa quantia apenas com a locação do espaço, fora comida e bebida”.

O secretário de Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, se valeu de uma clássica resposta e disse que no evento não foi utilizado dinheiro público. “Foi tudo patrocinado”, disse o secretário, que não soube dizer os nomes dos patrocinadores. “Vou ter que sentar com a comissão organizadora da festa amanhã (quarta-feira, 21) para saber”, completou. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza foi criada em 2007, no primeiro mandato do governador Jaques Wagner, com o objetivo de promover a erradicação da pobreza no estado.

No caso de o evento ter recebido dinheiro público, por menor que seja o valor, é caso de polícia. Considerando que as palavras do secretário são verdadeiras e que o evento de fato foi patrocinado, quem comandou esse escárnio deveria ser demitido a bem do serviço público, pois trata-se de uma afronta ao contribuinte, já que coerência é mercadoria rara na política.
Fonte: Ucho.Info