Partindo de um pressuposto que a doença que aflige o presidente Hugo Chávez possa realmente se tornar um problema grave para o mandatário do poder na Venezuela, quais seriam os cenários possíveis para uma melhor compreensão da posição daquele país nas relações internacionais a partir deste fato?
Dois cenários se desenham. O primeiro seria que, com o afastamento de Chávez, um grupo muito ligado a ele, originado a partir das estruturas burocráticas que já atuam em seu governo, assumiria o poder, garantindo a execução do projeto bolivarista original com a assunção ao cargo do substituto de Chávez, que no caso deve ser o vice-presidente da República.
O segundo cenário seria inverso. A oposição proporia a necessidade de novas eleições, estratégia que pode não ter o respaldo constitucional e parlamentar necessário, mas que mostraria para a sociedade civil venezuelana como a força do governo de Hugo Chávez está muito concentrada na figura de carne e osso do presidente. O primeiro cenário é mais conservador e interessante para o momento que vive a América do Sul.
O segundo é de perfil mais alternativo e encerra duas perguntas. A primeira diz respeito à verdadeira intenção da oposição venezuelana propondo eleições para a escolha de um novo presidente, sendo que talvez isso sirva apenas para conturbar o processo de mudança que ocorreria com o afastamento de Chávez. E este já seria um desdobramento positivo para aqueles que criticam o governo Chávez. O vice-presidente assumiria o poder com certo nível de desgaste, como se esta não fosse a melhor saída para a situação política do país.
A segunda questão é qual seria o posicionamento dos países do Ocidente com relação ao imbróglio venezuelano, principalmente a posição do governo norte-americano e brasileiro. Um apoio de Barack Obama pela manutenção do processo político-constitucional, com a substituição de Chávez pelo seu vice-presidente, apontaria uma mudança na agenda norte-americana com relação à América Latina, incluindo a percepção sobre Cuba.
Também se pode fazer uma ilação que neste cenário o Brasil se aproximaria mais dos EUA como um país líder da região, reforçando o papel do país como garantidor de uma ordem mínima na América do Sul, principalmente se a situação institucional na Venezuela tender ao conflito entre grupos políticos internos.
José Luiz Niemeyer dos Santos Filho
Dois cenários se desenham. O primeiro seria que, com o afastamento de Chávez, um grupo muito ligado a ele, originado a partir das estruturas burocráticas que já atuam em seu governo, assumiria o poder, garantindo a execução do projeto bolivarista original com a assunção ao cargo do substituto de Chávez, que no caso deve ser o vice-presidente da República.
O segundo cenário seria inverso. A oposição proporia a necessidade de novas eleições, estratégia que pode não ter o respaldo constitucional e parlamentar necessário, mas que mostraria para a sociedade civil venezuelana como a força do governo de Hugo Chávez está muito concentrada na figura de carne e osso do presidente. O primeiro cenário é mais conservador e interessante para o momento que vive a América do Sul.
O segundo é de perfil mais alternativo e encerra duas perguntas. A primeira diz respeito à verdadeira intenção da oposição venezuelana propondo eleições para a escolha de um novo presidente, sendo que talvez isso sirva apenas para conturbar o processo de mudança que ocorreria com o afastamento de Chávez. E este já seria um desdobramento positivo para aqueles que criticam o governo Chávez. O vice-presidente assumiria o poder com certo nível de desgaste, como se esta não fosse a melhor saída para a situação política do país.
A segunda questão é qual seria o posicionamento dos países do Ocidente com relação ao imbróglio venezuelano, principalmente a posição do governo norte-americano e brasileiro. Um apoio de Barack Obama pela manutenção do processo político-constitucional, com a substituição de Chávez pelo seu vice-presidente, apontaria uma mudança na agenda norte-americana com relação à América Latina, incluindo a percepção sobre Cuba.
Também se pode fazer uma ilação que neste cenário o Brasil se aproximaria mais dos EUA como um país líder da região, reforçando o papel do país como garantidor de uma ordem mínima na América do Sul, principalmente se a situação institucional na Venezuela tender ao conflito entre grupos políticos internos.
José Luiz Niemeyer dos Santos Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário