O Banco Mundial estima que corruptos de todo o planeta afanem juntos US$ 1 trilhão por ano dos cofres públicos. Esse valor corresponde a 1,6% do PIB mundial. Desconfio que o número é muito maior. Baseio essa desconfiança na situação atual do Brasil. Aqui, os corruptos já não se contentam com propinas ou desvios de 5%, 10%, 15% das verbas de um projeto. Muitas vezes, como se suspeita que aconteceu com o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, ou o de qualificação profissional do Ministério do Turismo, os larápios de plantão embolsam todo ou quase todo o dinheiro do projeto. Nada os detém. Nem mesmo quando os recursos são destinados ao lanche das criancinhas.
No Brasil pré-Lula, prosperava no país a geração do político "rouba, mas faz". Analisando o cenário atual, percebe-se claramente que vai longe o tempo em que no Congresso havia apenas 300 picaretas, como contabilizou um dia o então deputado Luiz Inácio. Virou até música indignada dos Paralamas, vocês se lembram? Hoje, a sensação é a de que eles são muitos, muitos mais. E, seguindo a nova ordem de que é preciso ter "casca grossa", direitistas e esquerdistas corruptos — há exceções, claro — nivelaram-se por baixo e já nem se importam em fazer obra alguma. Simplesmente roubam.
Contumazes ladrões de antigamente confraternizam hoje com os novos larápios ditos revolucionários e, juntos, vivem a debochar da cara de quem gostaria de vê-los atrás das grades.
É inacreditável como, dependendo da conveniência, essa gente não fica sequer ruborizada quando aparecem as evidências da maracutaia. Mesmo que seja um vídeo com o flagrante de uma direitista recebendo pacote de dinheiro de esquema criminoso. Ou um recibo da propina depositada na conta de um esquerdista. Os tempos são outros. Nada disso vale como prova ou faz com que o pilantra casca grossa sinta vergonha. Pelo contrário, os jornalistas que insistem em denunciar as maracutaias é que se tornam "suspeitos". Ou "golpistas" insensíveis à causa. Incapazes de entender que é preciso meter a mão na m... mufunfa! De compreender que O capital, de Marx, ou o bordão "ética na política" já não valem nada. Hoje, o lema é outro: sem corrupção, não se faz revolução. Ó, ceús! Ó, vida! Ó, novos tempos!
Fonte: Correio brasiliense - Plácido Fernandes Vieira
No Brasil pré-Lula, prosperava no país a geração do político "rouba, mas faz". Analisando o cenário atual, percebe-se claramente que vai longe o tempo em que no Congresso havia apenas 300 picaretas, como contabilizou um dia o então deputado Luiz Inácio. Virou até música indignada dos Paralamas, vocês se lembram? Hoje, a sensação é a de que eles são muitos, muitos mais. E, seguindo a nova ordem de que é preciso ter "casca grossa", direitistas e esquerdistas corruptos — há exceções, claro — nivelaram-se por baixo e já nem se importam em fazer obra alguma. Simplesmente roubam.
Contumazes ladrões de antigamente confraternizam hoje com os novos larápios ditos revolucionários e, juntos, vivem a debochar da cara de quem gostaria de vê-los atrás das grades.
É inacreditável como, dependendo da conveniência, essa gente não fica sequer ruborizada quando aparecem as evidências da maracutaia. Mesmo que seja um vídeo com o flagrante de uma direitista recebendo pacote de dinheiro de esquema criminoso. Ou um recibo da propina depositada na conta de um esquerdista. Os tempos são outros. Nada disso vale como prova ou faz com que o pilantra casca grossa sinta vergonha. Pelo contrário, os jornalistas que insistem em denunciar as maracutaias é que se tornam "suspeitos". Ou "golpistas" insensíveis à causa. Incapazes de entender que é preciso meter a mão na m... mufunfa! De compreender que O capital, de Marx, ou o bordão "ética na política" já não valem nada. Hoje, o lema é outro: sem corrupção, não se faz revolução. Ó, ceús! Ó, vida! Ó, novos tempos!
Fonte: Correio brasiliense - Plácido Fernandes Vieira
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