No mundo inteiro assiste-se ao triunfo da estupidez sobre o bom senso. À esquerda e à direita, princípios éticos vão dando lugar ao vale-tudo. No Brasil, corruptos de colarinho branco montam esquemas de desvio de dinheiro público, são flagrados, denunciados e já não sentem sequer vergonha. Reagem debochando da sociedade. Certos da impunidade, contam as mentiras mais cabeludas. São desmentidos por fatos, fotos, vídeos, recibos. Mas nem assim coram. Inventam outra lorota e riem-se de nós, os otários que trabalham e os sustentam pagando impostos. Aonde essa insustentável situação vai chegar?
Pobre Brasil. Depois de enxotar Collor do poder, imaginava-se novos tempos na política. Nunca que políticos ditos de esquerda se aliariam com a banda mais podre da direita e, juntos, protagonizariam a mais deslavada pilhagem dos cofres públicos de que se tem notícia na história do país. Não que antes não houvesse corrupção. Sempre houve e há quem diga que sempre haverá. Mas os pilantras de antigamente pareciam se envergonhar quando a ladroagem vinha à tona. Antigamente, um flagrante de um ministro dizendo divulgar o que é bom e esconder o que era ruim já liquidava o sujeito.
Hoje, tudo mudou. Haja cara de pau. Haja casca grossa, como recomendou o doutor honoris causa dessa gente. Em que lugar do mundo, um sujeito cassado pelo parlamento, apontado como chefe de quadrilha pelo procurador-geral da República e réu no Supremo Tribunal Federal teria encontros secretos com ministros de Estado num quarto de hotel e seria levado a sério ao dizer que a onda de denúncias contra corruptos amigos pode fazer mal ao país? Só no Brasil, não é?
Sinto orgulho da meia dúzia de parlamentares que não se deixaram seduzir pelo dogma da "revolução pela corrupção". Não fosse o assalto cotidiano e sistemático ao erário, era possível ampliar a distribuição de renda no país, investir mais em educação, saúde e reduzir as desigualdades sociais. A lenga-lenga de que se não deixar a "tchurma roubar" não se governa no Brasil é cascata. O que falta mesmo é vergonha na cara de certa "esquerda". Quando vejo esse pessoal do dólar na cueca defendendo a censura à mídia, temo pelo futuro do país. Quem vai gritar quando roubarem o leite das criancinhas?
Plácido Fernandes Vieira - Correio brasiliense
Pobre Brasil. Depois de enxotar Collor do poder, imaginava-se novos tempos na política. Nunca que políticos ditos de esquerda se aliariam com a banda mais podre da direita e, juntos, protagonizariam a mais deslavada pilhagem dos cofres públicos de que se tem notícia na história do país. Não que antes não houvesse corrupção. Sempre houve e há quem diga que sempre haverá. Mas os pilantras de antigamente pareciam se envergonhar quando a ladroagem vinha à tona. Antigamente, um flagrante de um ministro dizendo divulgar o que é bom e esconder o que era ruim já liquidava o sujeito.
Hoje, tudo mudou. Haja cara de pau. Haja casca grossa, como recomendou o doutor honoris causa dessa gente. Em que lugar do mundo, um sujeito cassado pelo parlamento, apontado como chefe de quadrilha pelo procurador-geral da República e réu no Supremo Tribunal Federal teria encontros secretos com ministros de Estado num quarto de hotel e seria levado a sério ao dizer que a onda de denúncias contra corruptos amigos pode fazer mal ao país? Só no Brasil, não é?
Sinto orgulho da meia dúzia de parlamentares que não se deixaram seduzir pelo dogma da "revolução pela corrupção". Não fosse o assalto cotidiano e sistemático ao erário, era possível ampliar a distribuição de renda no país, investir mais em educação, saúde e reduzir as desigualdades sociais. A lenga-lenga de que se não deixar a "tchurma roubar" não se governa no Brasil é cascata. O que falta mesmo é vergonha na cara de certa "esquerda". Quando vejo esse pessoal do dólar na cueca defendendo a censura à mídia, temo pelo futuro do país. Quem vai gritar quando roubarem o leite das criancinhas?
Plácido Fernandes Vieira - Correio brasiliense
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