Pelo menos quatro padres católicos das regiões Norte e Noroeste do Estado já se colocaram à disposição de partidos políticos para participarem da disputa eleitoral de outubro do ano que vem.
São eles, Valdecir Lima Romão (PV), de Aracruz, Niel Joaquim de Almeida (PSB), de Baixo Guandu, Antônio Wilson (PT), de João Neiva, e Maurício Fornaciari (PTB), de Linhares. Dos quatro, apenas Maurício falou sobre o assunto. Mas apesar da discrição, a adesão partidária dos religiosos já provoca discussão dentro e fora do âmbito da igreja.
"A atividade é incompatível com o ministério", afirmou o padre Edivalter Andrade, da Diocese de São Mateus, enquanto o coordenador diocesano de Pastoral da Diocese de Colatina, padre Roberto Marcelino de Oliveira, considera que, muitas vezes, as circunstâncias justificam o ato.
No cenário de disputa política, a presença dos padres já faz a diferença. Em Aracruz, a filiação de Valdecir Lima ao PV, oficializada no dia 3 de outubro, teve forte repercussão na cidade.
O presidente municipal do partido, Lenin Amparo Rodrigues, não escondeu a empolgação ao comentar sobre o projeto do PV.
"A ideia é de tê-lo como candidato a prefeito", revelou, afirmando que a proposta conta, inclusive, com o apoio dos nove pré-candidatos a vereador do partido que são evangélicos.
Socialista
Em Baixo Guandu, a boa administração do padre Neil Joaquim de Almeida à frente da paróquia São Pedro despertou o interesse dos partidos do município. Quem levou a melhor, entretanto, foi o PSB.
O presidente do partido na cidade, Rodrigo de Araújo Martins, vai direto ao assunto. "Ele agrega as forças políticas. Existe uma grande possibilidade de tê-lo como nosso candidato a prefeito", disse, revelando que a proposta é de usar o prestígio do religioso para atrair outros partidos, como o PT, PTB, DEM e PSC.
Em João Neiva, o padre Antônio Wilson, há 20 anos desenvolvendo projetos sociais pela Paróquia São José, se filiou ao PT. A ideia inicial é de que seu nome confira maior visibilidade ao partido, que faz oposição à atual administração. O PT na cidade deve lançar a prefeito o bancário Romero Gobbo Figueiredo.
Norma da igreja
Código Canônico
A matéria que rege a questão relacionada com a participação dos padres na política partidária é abordada pelo Código de Direito Canônico, de 1983.
Proibição
No artigo 3º, o documento destaca que "os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que impliquem participação no exercício do poder civil".
Política partidária
Enfatiza ainda que os padres devem evitar o que é alheio ao estado clerical, mesmo não sendo indecoroso. Sugere ainda que os religiosos não tenham participação ativa na política partidária.
Atividades
O padre que assumir a candidatura, terá suas atividades sacerdotais restringida, impedimento que irá vigorar ao longo do processo da campanha eleitoral.
Filiação é "ato de coragem"
O padre Maurício Fornaciari, de Linhares, atualmente filiado ao PTB e que em 2006 foi candidato a deputado federal pelo PSDB, classificou como um "ato de coragem" a atitude do sacerdote que aceita participar da política partidária.
"Muitos fieis não aceitam. Dizem que política é coisa suja, é coisa demoníaca, que lugar de padre é na igreja", declarou o religioso que, inspirado em sua experiência, se dedica a incentivar jovens a se interessarem pela política. Ele planeja, inclusive, escrever um livro sobre o assunto.
O que Maurício viu do outro lado, entretanto, conforme destacou, foi decepcionante.
"O sistema é desigual, não é democrático", comentou, destacando o poder desigual das forças econômicas, as falcatruas típicas da disputa política, como a compra de votos.
Para o padre, quem quiser mudar esse quadro não deve participar da política apenas durante os pleitos eleitorais. "Não se participa da democracia apenas no dia das eleições. Temos que acompanhar o cotidiano da política", destacou.
Em Linhares, o PTB de Maurício tem como candidato a prefeito José Carlos Elias, que já administrou a cidade.
Fonte: A Gazeta
São eles, Valdecir Lima Romão (PV), de Aracruz, Niel Joaquim de Almeida (PSB), de Baixo Guandu, Antônio Wilson (PT), de João Neiva, e Maurício Fornaciari (PTB), de Linhares. Dos quatro, apenas Maurício falou sobre o assunto. Mas apesar da discrição, a adesão partidária dos religiosos já provoca discussão dentro e fora do âmbito da igreja.
"A atividade é incompatível com o ministério", afirmou o padre Edivalter Andrade, da Diocese de São Mateus, enquanto o coordenador diocesano de Pastoral da Diocese de Colatina, padre Roberto Marcelino de Oliveira, considera que, muitas vezes, as circunstâncias justificam o ato.
O presidente municipal do partido, Lenin Amparo Rodrigues, não escondeu a empolgação ao comentar sobre o projeto do PV.
"A ideia é de tê-lo como candidato a prefeito", revelou, afirmando que a proposta conta, inclusive, com o apoio dos nove pré-candidatos a vereador do partido que são evangélicos.
Socialista
Em Baixo Guandu, a boa administração do padre Neil Joaquim de Almeida à frente da paróquia São Pedro despertou o interesse dos partidos do município. Quem levou a melhor, entretanto, foi o PSB.
Em João Neiva, o padre Antônio Wilson, há 20 anos desenvolvendo projetos sociais pela Paróquia São José, se filiou ao PT. A ideia inicial é de que seu nome confira maior visibilidade ao partido, que faz oposição à atual administração. O PT na cidade deve lançar a prefeito o bancário Romero Gobbo Figueiredo.
Norma da igreja
Código Canônico
A matéria que rege a questão relacionada com a participação dos padres na política partidária é abordada pelo Código de Direito Canônico, de 1983.
Proibição
No artigo 3º, o documento destaca que "os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que impliquem participação no exercício do poder civil".
Política partidária
Enfatiza ainda que os padres devem evitar o que é alheio ao estado clerical, mesmo não sendo indecoroso. Sugere ainda que os religiosos não tenham participação ativa na política partidária.
Atividades
O padre que assumir a candidatura, terá suas atividades sacerdotais restringida, impedimento que irá vigorar ao longo do processo da campanha eleitoral.
Filiação é "ato de coragem"
O padre Maurício Fornaciari, de Linhares, atualmente filiado ao PTB e que em 2006 foi candidato a deputado federal pelo PSDB, classificou como um "ato de coragem" a atitude do sacerdote que aceita participar da política partidária.
"Muitos fieis não aceitam. Dizem que política é coisa suja, é coisa demoníaca, que lugar de padre é na igreja", declarou o religioso que, inspirado em sua experiência, se dedica a incentivar jovens a se interessarem pela política. Ele planeja, inclusive, escrever um livro sobre o assunto.
O que Maurício viu do outro lado, entretanto, conforme destacou, foi decepcionante.
"O sistema é desigual, não é democrático", comentou, destacando o poder desigual das forças econômicas, as falcatruas típicas da disputa política, como a compra de votos.
Para o padre, quem quiser mudar esse quadro não deve participar da política apenas durante os pleitos eleitorais. "Não se participa da democracia apenas no dia das eleições. Temos que acompanhar o cotidiano da política", destacou.
Em Linhares, o PTB de Maurício tem como candidato a prefeito José Carlos Elias, que já administrou a cidade.
Fonte: A Gazeta
Sou contra. Eles não têm fiéis só do partido ao qual pertecem. Aliás, o partido deles é um só e por livre opção >> Jesus.
ResponderExcluirESSES DOIS SAO LOBOS VESTIDOS DE OVELHA O waldect e queimador de cruz queima os douis
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