Três pessoas afirmaram ter sofrido agressões pela equipe de seguranças do Pronto-Socorro Central de São Bernardo na noite de ontem. Entre as vítimas estão duas mulheres. É o segundo caso de violência nesta semana em prontos-socorros de São Bernardo.
A confusão começou quando Lesle Guglielni, 35 anos, pediu para acompanhar a mulher, Karina, 29, até o corredor onde os pacientes aguardam o chamado do médico. Ela queixava-se de dores estomacais. Segundo o marido, ele pediu novamente para entrar e foi barrado de forma violenta. Em seguida, disse que chamaria a polícia. "De repente um segurança enfiou o dedo na minha cara e pegou no meu colarinho. Disse que ‘aqui ninguém acompanha ninguém' e que eu poderia pagar qualquer imposto, mas que a lei é deles. É muito despreparo", disse.
Ao presenciar a agressão, a mulher da vítima interferiu e também foi agredida. "Torceram meu braço sem dó."
Indignada com a violência contra a mulher, outra paciente, Josenilda Rodrigues, 31, decidiu registrar a cena com seu celular. "Foi absurdo. Vi cinco homens em cima dela. Entrei de boba na situação, levei um soco no estômago e jogaram meu aparelho no chão." A vítima foi embora e disse que registraria boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. De acordo com pacientes, depois do incidente o chefe da segurança dispersou os funcionários e trocou o vigia da porta da unidade.
Quem presenciou a confusão confirmou a versão dos pacientes e reclamou da falta de providências. "Ninguém deu nenhuma satisfação. E se essa mulher estivesse grávida?", disse Fábio Matos, 31.
O serviço de segurança é terceirizado. O secretário de Saúde, Arthur Chioro, condenou a conduta e afirmou que abrirá sindicância hoje para apurar o caso. "Não admitimos qualquer ato de violência. As versões (dos seguranças e pacientes) diferem, mas vamos tomar as providências necessárias. É uma situação absurda e inadmissível." Caso as agressões sejam comprovadas, os funcionários poderão ser substituídos e a empresa deverá assumir as consequências.
Caso de violência envolvendo vigias é o segundo da semana
Na segunda-feira, quatro pessoas ficaram feridas após atirador invadir a Unidade de Saúde do Alvarenga e disparar contra pacientes e vigilantes. O autor continua foragido.
André Sousa de Oliveira, 35 anos, alvo do atirador, foi baleado com vários tiros de pistola automática quando se preparava para iniciar o turno de trabalho, às 19h. Ele continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual Serraria, em Diadema. As demais vítimas tiveram ferimentos leves.
Segundo investigação do 3º Distrito Policial, o crime pode ter sido encomendado pela ex-mulher do vigilante, que disputa na Justiça a guarda dos dois filhos. Ontem, a polícia começou a procurar por imagens de câmeras de segurança das imediações para tentar identificar o autor dos disparos em fuga.
A única câmera do PS, anexo à unidade de Saúde, estava quebrada.
Maíra Sanches
Em tempo: São Bernardo é administrada pelo PT.
O Trabalho de um Segurança para tentar proteger o Patrimonio Público e a segurança do local de saúde como médicos, enfermeiros e acesso restrito, muitas daz vezes é difícil. No momento de desespero, as pessoas esquecem de respeitar regras, ainda mais no dias de hoje, que as pessoas só querem cobrar os seus direitos e não cumprem os seus deveres. A lugares restritos em hospitais que por questão até de saúde (por serem áreas isoladas)não se é permitido a circulação de pessoas...difícil entender isto!!!
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