domingo, 16 de novembro de 2014

OLHO DA RUA

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,crime-de-responsabilidade-imp-,1593545O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,crime-de-responsabilidade-imp-,1593545 O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,crime-de-responsabilidade-imp-,1593545O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,crime-de-responsabilidade-imp-,1593545O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,crime-de-responsabilidade-imp-,1593545 Líder da Minoria no Congresso Nacional, o deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado(Democratas-GO) defendeu nesta sexta-feira (14) a demissão e substituição de toda a diretoria da Petrobras e a destituição do seu Conselho de Administração, como sinal de que existe real interesse por parte do governo em promover uma profunda assepsia na empresa.
Na opinião do senador eleito, apenas a auditoria não resolverá os graves problemas desencadeados pelo esquema de corrupção que tomou conta da estatal. A investigação da Polícia Federal revela a cada momento que a maior empresa pública brasileira está ameaçada, fato comprovado pela da nova etapa da Operação-Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, com a prisão de mais um ex-diretor, Renato Duque, que por indicação do petista José Dirceu, chefe dos mensaleiros, comandou a área de Serviços da petrolífera entre 2003 e 2012.
“Quando uma instituição contratada para auditar a Petrobras se nega a avalizar o balanço da estatal por causa do tamanho da corrupção instalada realmente é hora de se tomar uma atitude mais enérgica. O patrimônio de empresa que é orgulho dos brasileiros está virando pó. É urgente que se tomem providências para evitar que a Petrobras deixe de existir. Se a presidente Dilma quer provar que não tem envolvimento com esse escândalo da Petrobrás, deveria começar demitindo toda a diretoria e destituindo o conselho”, avaliou Caiado.
Na opinião do líder da Minoria, o que aconteceu entre quinta-feira – adiamento da divulgação do balanço da empresa – e hoje – novas prisões e apreensões pela Polícia Federal – justifica a mudança de todos os postos de comando da empresa.
“Se a presidente Dilma quer mesmo combater esse esquema de corrupção que está corroendo a Petrobras ela precisa agir agora. Não dá mais para avalizar o aparelhamento da empresa que teve seus cargos-chave loteados para aliados. A Petrobras é uma empresa de capital aberto que depende de investidores. Quem vai querer investir numa empresa tomada pela corrupção que não consegue nem apresentar seu balanço do terceiro trimestre, uma obrigação junto a Comissão de Valores Mobiliários?”
FONTE: Ucho.Info

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

KIT FEIRA EM PRESIDENTE KENNEDY

Trezentas famílias são beneficiadas com o ticket feira em Presidente Kennedy

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A Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, por meio das Secretarias de Assistência Social e de Desenvolvimento Econômico, realizou nesta terça-feira (04), a primeira entrega dos tickets feira às trezentas famílias cadastradas no programa. A entrega ocorreu no prédio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), localizado na sede no município.
O projeto Economia Solidária “Ticket Feira” é exclusivo para as famílias carentes, residentes no município, cuja renda per capita familiar seja igual ou inferior a R$ 70, ou que tenha a renda comprometida com tratamento médico, conforme diagnóstico social apresentado pela Secretaria de Assistência Social. O valor do benefício será inicialmente de até R$ 50 por mês.
“Muitas famílias ainda não têm acesso a produtos para uma alimentação mais saudável como frutas, legumes e verduras. Além disso, nossa proposta com o ticket semanal se estende também aos produtores rurais, que vão produzir mais para atender a demanda. Temos a intenção de aumentar o valor do benefício para R$ 20 ainda este ano, bem como ampliar o número de famílias assistidas nos próximos meses”, adiantou a prefeita Amanda Quinta Rangel.

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No projeto Economia Solidária “Ticket Feira”, as ações estão dirigidas ao combate à fome, à promoção alimentar e nutricional e incentivo ao agricultor familiar e visa proporcionar às famílias em situação de risco social acesso a produtos alimentícios hortifrutigranjeiros produzidos pelo Programa Agro Ecológico Integrado e Sustentável (PAIS) e o Programa da Agricultura Familiar do município.
Os tickets serão entregues aos beneficiários em forma de cartelas. No final de cada mês o feirante credenciado vai receber o valor comercializado por meio de cheque emitido pela Secretaria Municipal da Fazenda. As famílias beneficiadas poderão utilizar o ticket durante a Feira Livre Municipal da Agricultura Familiar e da Atividade Artesanal, realizada todas as quintas-feiras, das 15 às 20h, na praça central.
“É muito importante que outros projetos possam se associar e potencializar a feira, considerando que ela representa uma ferramenta de geração de renda para os agricultores familiares e microempreendedores individuais. É exatamente isso que vai ocorrer a partir desta quinta-feira, com início do programa Ticket Feira, pois além de oferecer condições de alimentação a 300 famílias, o projeto vai movimentar aproximadamente R$ 12 mil por mês para consumo restrito da produção da agricultura familiar, promovendo incentivo e renda aos que permanecem na área rural. Nossa expectativa é termos sustentabilidade definitiva do projeto”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento, Ricardo Cordeiro.

Fonte: Blog Kennedense

A OPOSIÇÃO MAIS VIGOROSA QUE O PAÍS JÁ VIU

Tucano se reuniu com representantes de seis partidos e foi aclamado, mas disse que oposicionistas não precisam de um líder

Gabriel Castro, de Brasília
 O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participa da reunião da Executiva Nacional do PSDB, no Auditório Nereu Ramos, em Brasília
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participa da reunião da Executiva Nacional do PSDB, no Auditório Nereu Ramos, em Brasília (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
 "Pelo menos cumpriram a palavra: disseram que iriam fazer o diabo nessas eleições. O diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas nessas eleições", Aécio Neves
Em um ato com a presença de políticos do PSDB e de mais seis partidos, o senador Aécio Neves prometeu nesta quarta-feira fazer uma oposição firme ao governo da presidente Dilma Rousseff. Ele encerrou seu discurso conclamando os aliados fazer "a mais vigorosa oposição a que esse país já assistiu". O evento, realizado em um auditório da Câmara dos Deputados, foi organizado para marcar o papel do tucano na função de líder inconteste do bloco oposicionista ao governo Dilma Rousseff.  O próprio Aécio, entretanto, disse que a oposição não precisa ser liderada.
Depois de ouvir vários pronunciamentos em que foi saudado como comandante do bloco oposicionista, o tucano adotou um discurso diferente: "A oposição brasileira hoje não precisa de um líder. Ela tem viva na alma e no sentimento de milhões de brasileiros sua mais importante essência, que é a indignação com tudo o que vem acontecendo no Brasil nesses últimos anos, mas também uma esperança forte e enraizada em relação àquilo que podemos mudar", afirmou. 
Ao citar um conselho que recebeu do avô Tancredo Neves, o tucano deixou subentendido que sua ação como opositor no Congresso é um caminho essencial para pleitear uma nova candidatura à Presidência: "Voto você nunca tem, voto você teve. E você tem que trabalhar muito para manter viva, nessas pessoas que lhe depositaram através do voto sua confiança, a mesma chama que as fez acordar num domingo e ir às urnas tentar mudar o Brasil".
Aécio criticou os ataques desferidos pela campanha petista contra seus adversários e lembrou a frase em que Dilma Rousseff afirmou ser possível fazer "o diabo" nas eleições. "Pelo menos cumpriram a palavra: disseram que iriam fazer o diabo nessas eleições. O diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas nessas eleições", afirmou.
O tucano também ironizou o aumento na taxa de juros e o reajuste na gasolina, anunciados logo após as eleições: "Perguntavam: 'Aécio e as medidas amargas quais serão?' Estão aí".
No evento, onde foi aplaudido por diversas vezes, Aécio ouviu promessas de lealdade de líderes do DEM, do SD, do PPS e do PSC, além da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do vice-governador eleito de Pernambuco, Raul Henry (PMDB). Entre os tucanos, estavam o governador reeleito do Pará, Simão Jatene, o governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. "Política é fascinante porque o suposto derrotado é aplaudido todos os dias e a suposta vencedora se enclausura num mausoléu", disse Virgílio em seu discurso.
Durante a tarde, Aécio fará seu primeiro discurso no plenário do Senado após a derrota nas eleições presidenciais.
Fonte: Revista Veja

AÉCIO NEVES, UM DISCURSO PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA

quarta-feira, 30 de julho de 2014

GAZETEIRO DE BOTECO



lula_362 (nacho doce - reuters) Luiz Inácio da Silva, sabem os brasileiros, é um fanfarrão malandro que governou o Brasil como estivesse administrando um boteco mequetrefe de esquina. Essa forma irresponsável de conduzir o País levou a uma crise econômica grave e preocupante, que sua sucessora fez a gentileza de dar seguimento. Até porque, Dilma foi apresentada ao eleitorado brasileiro como a garantia de continuidade. E não se pode continuar o cenário de lambança sem que novas lambanças ocupem a cena.
A falta de credibilidade do governo do PT é tão grande, que instituições financeiras passaram a alertar seus principais clientes sobre o perigo que representa para a economia nacional a reeleição de Dilma Rousseff, que durante quatro anos nada vez em prol do Brasil, a não ser passar a mão na cabeça de corruptos e adotar silêncio obsequioso diante de escândalos dos mais variados.
Entre as instituições que dispararam comunicados aos clientes relatando o perigo que representa a reeleição de Dilma está o banco Santander, que no rodapé dos extratos bancários publicou um alerta sobre o tema. A presidente por questões óbvias não gostou do fato e classificou como “protocolar” o pedido de desculpas feito pela direção do banco, que acabou demitindo os responsáveis por tornar público o que todos os brasileiros sabem.
Como Dilma é um dos postes fincados por Lula na política brasileira, o ex-metalúrgico saiu em defesa da sucessora durante evento da Central Única dos Trabalhadores e disparou contra o banco, abusando do seu estilo relações públicas de lupanar: “Analista do Santander não entende porra nenhuma de Brasil”.
“[Emílio] Botin, pé o seguinte querido. Eu tenho consciência de que não foi você que falou, mas essa moça tua que falou não entende porra nenhuma de Brasil e não entende nada de governo Dilma. Manter uma mulher dessa em um cargo de chefia? Pode mandar embora”, disse o abusado Lula, como se fosse sua a decisão sobre o futuro da analista que revelou a verdade sobre a nossa economia.
Lula, que por questões inexplicáveis arrebatou alguns títulos de doutor honoris causa ao redor do planeta, não haveria de concordar com a conclusão da analista do Santander, que se limitou a traduzir a dura realidade que ronda a economia brasileira. Se nesse imbróglio há alguém que não entende de Brasil, Dilma é a candidata com maior chance ao cargo de incompetente-mor, que dando sequência à lambança do antecessor conseguiu em apenas três anos e meio arruinar a economia verde-loura, o que tem deixado o mercado financeiro global com os dois pés atrás em relação ao País. Ademais, se há uma pessoa que nada sabe sobre o governo Dilma, essa é a própria presidente da República.
Patrono do período mais corrupto da história brasileira e agora atuando como lobista de empreiteira, Lula deveria se contentar com a própria insignificância, pois seu linguajar chulo e ignaro não apenas saturou a paciência dos cidadãos, mas mostra o nível de degradação que o Brasil alcançou no cenário internacional. O pior é imaginar que um cidadão dessa estirpe, desqualificado e ignorante, que é incensado diuturnamente por ter mentido de maneira contumaz aos brasileiros, continua dando ordens na seara política e decidindo o futuro da nação, como se o País fosse o quintal da sua casa.

Fonte: Ucho.Info


sábado, 10 de maio de 2014

BAILE DO ADEUS



jose_sarney_25 O bisonho e autoritário reinado do clã Sarney está chegando ao fim no Maranhão. Na noite de quinta-feira (8), o Instituto Exata divulgou os resultados de pesquisa sobre a sucessão estadual. Sem um candidato disposto a correr os riscos da corrida ao Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, o grupo político comandado pelo caudilho José Sarney decidiu recorrer a Edinho Lobão (PMDB), que está senador por ser suplente do pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
Conhecido por uma existência bizarra como playboy, Edinho Lobão corre o sério risco de ser derrotado de forma acachapante por Flávio Dino (PCdoB), que em 2010 por pouco não impôs uma vergonhosa derrota à atual governadora Roseana Sarney.
De acordo com o Instituto Exata, se a eleição fosse hoje Flávio Dinho venceria no primeiro turno com 56% dos votos, contra 23% de Edinho Lobão, que chegaria em segundo. Os pré-candidatos Marcos SILVA (PSTU) e Luís Pedrosa (PSOL) aparecem cada um com 1% das intenções de voto. Segundo a pesquisa, 11% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos. Não sabem ou não responderam somam 8% do eleitorado consultado.
A pesquisa mediu também a rejeição dos pré-candidatos ao governo. Quando os entrevistados eram perguntados em quem não votariam de jeito nenhum, Lobão Filho aparece na dianteira, com 38% de rejeição no eleitorado. Flávio Dino aparece com 12%, seguido de Saulo Arcângeli com 10%, Pedrosa 9%, Nenhum (14%) e “Não sabe” (17%).
Esse cenário mostra o desgaste de um grupo que ao longo de cinquenta anos de domínio político transformou o Maranhão no mais miserável estado da federação. A situação de fragilidade do clã Sarney é tão evidente, que a governadora Roseana preferiu ir até o fim do mandato para tentar reeleger o sucessor, algo que já ingressou na seara do impossível.
A pesquisa da TV Guará/Exata foi realizada entre os dias 3 e 7 de maio, em 45 municípios do Maranhão, e ouviu 2 mil eleitores. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos.
Fonte: Ucho.Info

domingo, 4 de maio de 2014

DILMA E AÉCIO EMPATADOS NO ESPIRITO SANTO, PRESIDENTE TEM A MAIOR REJEIÇÃO


Candidata à reeleição, petista tem 23,1% das intenções no Estado, e o tucano marca 22,5%

Os capixabas estão divididos quanto à corrida eleitoral pela Presidência da República. Pesquisa realizada pelo Instituto Futura mostra que, no Estado, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem vantagem sobre o segundo colocado, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), mas os dois estão tecnicamente empatados. 

Dilma tem 23,1% das intenções de voto entre os entrevistados, enquanto Aécio Neves registra 22,5%. Em terceiro lugar aparece o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com 14,3%. 

Os dados são da pesquisa estimulada. Foram ouvidas 1,4 mil pessoas, em todas as regiões do Espírito Santo, entre os dias 22 e 28 de abril.

Na versão espontânea – na qual os nomes dos candidatos não são informados aos consultados –, Dilma assume a dianteira na preferência, com 11,7%. Na sequência está Aécio, com 7,3%, e até mesmo a ex-senadora Marina Silva (PSB) – que nem irá disputar o Palácio do Planalto – é citada, ocupando a terceira colocação (6,4%). 

Em seguida, o público ouvido apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 5,1% das intenções de voto. Em último lugar na lembrança dos capixabas está Eduardo Campos, com 3,4%.

Em um cenário estimulado com a candidatura de Lula e sem a presença de Dilma, o ex-presidente lidera com 36,8%. Aécio surge na segunda posição, com 20,9%, seguido de Eduardo Campos, com 12,4%.

Rejeição

O candidato mais rejeitado – no qual os entrevistados não votariam em nenhuma hipótese – é a presidente Dilma Rousseff, citada por 42,9% das pessoas. Na sequência está Lula, com 15,9% de rejeição. Na terceira posição vem Eduardo Campos, com 14,4%. Quem tem a menor rejeição no Estado é Aécio Neves: 13,7%. 

Eleitorado

Dilma possui a maior intenção de voto entre os mais jovens, que têm de 16 a 19 anos, com 37,8% das menções. Já o tucano Aécio Neves é o predileto dos abordados pelo Instituto Futura que estão acima de 60 anos, com 27,9%. 

Campos registra a maior intenção de votos entre as pessoas que estão entre os 20 e 29 anos, com 18,6%. O socialista detém a maior preferência entre os entrevistados das classes A e B, com 23,4%, enquanto o senador mineiro tem melhor desempenho na classe C, com 27,2%, e Dilma se sai melhor nas classes D e E no Estado, com 25,5%. 

Em relação à escolaridade, a presidente é mais mencionada pelos entrevistados que têm o ensino fundamental, com 25,3%. O senador Aécio e o ex-governador de Pernambuco têm a predileção dos eleitores entrevistados com nível superior, com 24,9% e 27,4% das intenções de voto, respectivamente.
 
Presidente tira votos de Casagrande
 
O Instituto Futura perguntou aos entrevistados se, caso o governador Casagrande e a presidente Dilma fizessem campanha juntos, qual seria o reflexo na hora de decidir o voto: 35,4% disseram que não votariam em nenhum dos dois, 21,1% votariam apenas no governador, outros 14,9% votariam em ambos e 10,6% disseram que isso não interferiria na decisão.

Fonte: A Gazeta

PESQUISA FUTURA PARA O GOVERNO DO ESPIRITO SANTO


A cinco meses da eleição, cenário indica empate técnico

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O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tem 34,1% das intenções estimuladas de voto e o governador Renato Casagrande (PSB) 30% na disputa pelo Palácio Anchieta. É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Futura a pedido de A GAZETA


Largada embolada com Dilma e Aécio

Para o Senado, Rose tem 21,9% e Coser 18,9%

Os dois estão tecnicamente empatados, segundo o instituto, se levarmos em conta a margem de erro,que é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. O resultado se refere a um dos cenários estimulados da pesquisa, em que os nomes dos possíveis candidatos são informados aos entrevistados.
Em terceiro lugar na disputa pelo Palácio Anchieta aparece o senador Magno Malta (PR), com 15,2%, seguido pelo ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi (PSDB), que tem 1,9% das intenções de voto. O republicano ainda não confirmou se estará nessa disputa, mas também não retirou o nome do páreo.
Um segundo cenário, sem o nome de Magno, também foi testado entre os eleitores. Nesse caso, Hartung aparece com 39,4% das intenções estimuladas de voto, seguido de Casagrande, com 35% – novamente, segundo o instituto, ocorre empate técnico. Guerino tem 2,2% das intenções. A Futura ouviu 1,4 mil eleitores entre 22 e 28 de abril.
A pesquisa 
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Espontânea
Na pesquisa espontânea, Hartung foi mencionado por 24% das pessoas abordadas, enquanto Casagrande foi lembrado por 18%. Nesse recorte, chama a atenção o percentual de pessoas que se dizem indecisas: 40,1%.
“Eu diria que a eleição começa embolada. O percentual de indecisos na espontânea é quase o dobro da soma do percentual dos dois candidatos que estão à frente”, afirma um dos diretores da Futura, o economista José Luiz Orrico.
Hartung, no último dia 12, entregou uma carta ao PMDB em que se coloca à disposição para concorrer ao governo. Casagrande é nome certo para tentar a reeleição, embora ainda não tenha falado abertamente sobre o assunto.
Já Magno também é autor de uma carta, enviada, em fevereiro, à direção nacional do PR. Mas o pedido era para ser candidato à Presidência da República. Ainda sem resposta positiva, o senador pretende ser candidato ao Palácio do Planalto, mas não descarta o Anchieta.
Rejeição
O nome mais rejeitado na corrida ao governo do Espírito Santo é justamente o de Magno: 27,9% dos entrevistados disseram que não votariam nele “em nenhuma hipótese”. O segundo mais rechaçado é Balestrassi, com 22,9%. Casagrande tem 12,2% de rejeição e Hartung, 8,3%.
Orrico lembra que Hartung e Casagrande fazem parte do mesmo grupo político. “A disputa entre os dois seria um racha no grupo que está no poder há 11 anos. Vai ser difícil para o eleitor compreender isso. Mas se o primeiro sentimento será de surpresa, depois o eleitor vai comparar o passado dos dois. Claro que a campanha será voltada para o futuro, para o que eles pretendem fazer no governo, mas o que o eleitor vai comparar mesmo é o passado”, prevê o diretor do instituto.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 00005/2014.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

AS AGRURAS DA PRESIDENTE

O Estado de S.Paulo
Em política, nunca se deve dizer nunca, ressalvou dias atrás o ex-presidente Lula, antes de reiterar a lealdade à candidatura de sua afilhada Dilma Rousseff à reeleição. Ela mesma invocou o termo ao responder à inescapável pergunta sobre o "Volta, Lula" que lhe foi feita por jornalistas esportivos em um jantar - cujo prato de resistência deveriam ser os preparativos para a Copa e os protestos contra o evento - segunda-feira, no Alvorada. "Nada me separa dele e nada o separa de mim", entoou. "Sei da lealdade dele a mim, e ele da minha lealdade a ele."
Menos por isso, decerto, do que por saber que Dilma não tem a mais remota intenção de desistir da chance de passar mais quatro anos no Planalto e por pressentir que a operação da troca de nomes poderá não ser, nas urnas, o sucesso que a justificaria, Lula há de calcular que, para si, melhor do que ter elegido um poste será reeleger o poste que, em vez de iluminar, estorva. Se der errado, a culpa, naturalmente, será de Dilma. Se der certo, será a consagração de sua trajetória como o maior líder de massas da história nacional. Guardadas as diferenças, ele já rodou esse filme.
Em 2009, desistiu de buscar o terceiro mandato consecutivo não necessariamente por reverenciar a regra do jogo, que o proíbe, mas por intuir que talvez não pudesse pagar o preço político da tentativa de mudá-la. Antes fazer e tornar a fazer o sucessor, e se guardar para 2018. Não obstante o "nunca", a sua tendência é de permanecer leal a esse traçado. Ocorre que, por si só, o alarido em torno do "Volta, Lula" - resultado do desgosto dos aliados com o desempenho da presidente, do seu fracasso em construir uma coalizão de interesses da qual fosse ela a líder e do receio petista de perder o poder em 2015 - agrava a sua avitaminose política e acentua a sua vulnerabilidade eleitoral.
Um episódio deixa isso claro. Horas antes da entrevista de Dilma, o líder do PR na Câmara, Bernardo Santana, da base governista, se fez fotografar pendurando na parede o retrato de Lula. Segundo ele, 20 dos 32 membros da bancada preferem que o ex-presidente seja o candidato. "Só Lula tem condição de enfrentar qualquer crise", alegou. Pouco importa que tenha se recusado a identificar os supostos 20 lulistas. Pouco importam também as divisões internas no partido que possam ter parte com o anúncio. O ponto é que, estivesse Dilma nadando de braçada nas pesquisas, Santana não se sentiria inseguro do que o espera nas urnas a ponto de aprontar-lhe tamanha desfeita.
A cena de um político aliado afixando a imagem de um Lula com a faixa presidencial é o símbolo mais contundente das agruras de Dilma. É inevitável a comparação com o hino da vitoriosa campanha a presidente do ex-ditador Getúlio Vargas, em 1950. "Bota o retrato do velho outra vez / Bota no mesmo lugar", dizia a marcha que arrebatou o carnaval daquele ano. Eis o carma da presidente. Um dia lhe perguntam o que acha do "Volta, Lula". No outro, ontem cedo, numa entrevista a rádios baianas, o que acha da fidelidade dos partidos alinhados com o Planalto. A resposta é pura Dilma sem açúcar: "Gostaria muito que, quando for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente".
Falta tocar o eleitor. Por mais que os resultados dos levantamentos de intenção de voto devam ser vistos com cautela - a três meses do início da campanha na TV e a cinco da ida às urnas, quando a disputa ainda não entrou no radar da grande maioria dos brasileiros -, o fato é que a mera coerência dos números da queda da candidata acelera o processo de seu desgaste. Sinal disso é que a equipe da reeleição, segundo uma inconfidência, já se dará por feliz se a chefe parar de cair nas próximas sondagens. A expectativa de vitória no primeiro turno se dissipou. Era, de resto, uma fantasia: nem Lula, apesar de toda a sua popularidade, conseguiu liquidar a fatura logo de saída na reeleição.
Já a aprovação a Dilma - a sua bagagem para as urnas - se aproxima perigosamente do nível que, para os especialistas, conduz antes à derrota do que à vitória eleitoral, sejam quais forem os adversários

domingo, 27 de abril de 2014

O BRASIL DO BANQUINHO DE TRÊS PERNAS


Rolf Kuntz - O Estado de S.Paulo
Monteiro Lobato criou um símbolo perfeito para o governo comandado pela presidente Dilma Rousseff, ao sintetizar no banquinho de três pernas o mobiliário e as ambições do caboclo. Para que quatro pernas, se três o sustentam e ainda evitam o trabalho de nivelamento? Os banquinhos do governo estão desenhados com perfeição nos principais indicadores e projeções da economia nacional, aceitos comodamente pelo grupo no poder. O aumento de preços na vizinhança de 6% é um bom exemplo de como funciona essa filosofia de Jeca Tatu.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu nesta semana, para o fim do ano, uma inflação dentro do limite de 6,5%, ponto extremo da margem de tolerância. A taxa anual até poderá ultrapassar essa marca nos próximos meses, mas em seguida - palavra de ministro - vai recuar e permanecer na área delimitada. Meta de 4,5%? Nem pensar, pelo menos por alguns anos.
Crescimento econômico? Muito bom, se chegar a 2,5% em 2013, como está indicado no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Contas externas? O Banco Central projeta para o ano um déficit em conta corrente de US$ 80 bilhões, muito parecido com o de 2013 (US$ 81,07 bilhões) e ainda perto de 3,6% do produto interno bruto (PIB), onde tem permanecido, sem grande agitação, desde março do ano passado.
Forçado a se mexer para atiçar o fogo, e de vez em quando provocado, o governo-Jeca se compraz na recitação monótona de façanhas discutíveis e ainda se permite, de vez em quando, alguma bravata. Uma das preferidas é a comparação das contas públicas brasileiras com as dos países mais avançados. Mas até essa lenga-lenga está ficando insustentável, porque os governos do mundo rico, menos propensos ao comportamento de Jeca Tatu, andaram tomando providências para melhorar as finanças. Resultado: o Brasil ficou muito pior na foto.
Segundo o Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia, os 28 países do bloco reduziram seu déficit fiscal para a média de 3,3% do PIB no quarto trimestre de 2013. Nos 18 países da zona do euro a média diminuiu para 3%.
No Brasil, o déficit nominal das contas públicas (resultado total, como se mede em quasetodo o mundo) ficou em 3,26% do PIB no ano passado e chegou a 3,3% nos 12 meses terminados em fevereiro deste ano. Não dá mais para esnobar os europeus, se forem consideradas aquelas médias.
Mas a bravata é igualmente insustentável quando se considera a maior parte dos resultados individuais. Em 18 dos 28 países do bloco maior o resultado fiscal de 2013 foi melhor que o brasileiro. Entre os 18 estão duas das maiores economias, a Itália, com 3% de déficit, e a Alemanha, com zero. Em quase todas as outras os resultados melhoraram de forma consistente entre 2010 e 2013. Além disso, também as economias mais afetadas pela crise começaram a vencer a recessão e suas perspectivas são de maior crescimento nos próximos anos.
Mas a dívida pública brasileira, pode insistir algum dirigente brasiliense, é menor que a da maior parte dos europeus como porcentagem do PIB. É verdade, mas esse argumento seria muito mais relevante se a classificação de risco do Brasil fosse tão boa quanto a desses países e se, além disso, os títulos brasileiros fossem aceitos no mercado com as taxas de juros cobradas dos governos europeus.
Além disso, ninguém acusou esses governos de ter recorrido a criatividade contábil para fechar seus balanços nos últimos anos, nem a truques para disfarçar indicadores incômodos, como a taxa de desemprego. Lances desse tipo têm sido frequentes no Brasil, mas em geral para outras finalidades. Empenhado em administrar os índices, em vez de cuidar da inflação, o governo tem controlado os preços dos combustíveis e recorrido a prefeituras e governos estaduais para conter as tarifas do transporte público. Além disso, forçou a contenção das tarifas de energia elétrica, impondo perdas a empresas do setor e pesados custos adicionais ao Tesouro.
Inútil no combate à inflação, essa política fracassada e desastrosa ainda levou o governo a tentar novas mágicas para disfarçar seus efeitos fiscais. Uma das saídas foi a montagem de um estranho esquema de financiamento bancário - R$ 11,2 bilhões - à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma entidade sem fim lucrativo e sem garantias próprias para oferecer aos bancos. A garantia será dada pelas distribuidoras e dependerá das tarifas cobradas. O custo será incluído no cálculo das novas tarifas a partir de 2015. Toda essa complicação, incluídos os juros do financiamento, seria evitada sem a demagogia da contenção de tarifas.
Políticas desse tipo são tão eficientes quanto as rezas de benzedeiras em atividade nas Itaocas de Monteiro Lobato. Sua serventia principal é poupar à autoridade - o Jeca de plantão - o trabalho de pensar seriamente e de enfrentar tarefas desagradáveis. Sem disposição para fazer o necessário, resta ao caboclo em função pública inventar meios de contemporizar e de empurrar os problemas para a frente. Inflação longe da meta de 4,5% em 2015 e crescimento econômico de 3%, também indicados no projeto da LDO, combinam com a filosofia do tripé.
Alguns se deixam contaminar pelo conformismo do Jeca e até enganar por sua esperteza rasa. A conversa sobre a criação de empregos é parte dessa esperteza. As demissões na indústria e a baixa qualidade dos postos criados no setor de serviços são temas postos de lado, assim como se tentou fazer com a pesquisa continuada por amostra domiciliar. Esta pesquisa - coincidência notável - vinha apontando taxas de desemprego maiores que as da pesquisa tradicional, mais limitada territorialmente. Para que pensar em modernização econômica, educação séria e criação de empregos decentes, se é muito mais cômodo levar adiante a conversa mole?

quinta-feira, 24 de abril de 2014

CAIXA DE PANDORA



petrobras_13 Engana-se quem pensa se tratar de “bom mocismo” o recuo do governopetista de Dilma Rousseff em relação a eventual recurso ao STF para impedir a criação de uma CPI exclusiva para investigar a Petrobras e seus escândalos. Líderes petistas no Senado reuniram-se na manhã desta quinta-feira (24) com chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Aloizio Mercadante, e deixaram o Palácio do Planalto com a missão de não dificultar a criação da CPI. A ideia dos palacianos é não passar à opinião pública a ideia de que o governo temeroso e por isso insiste em abafar a investigação.
No contraponto, recoberta pela conhecida malandragem política, a estratégia do governo é deixar a responsabilidade por eventuais recursos ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-Al), que já recebeu a devida parte do butim oficial para endurecer o jogo com a oposição, que no rastro da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo, impôs sonora derrota ao Palácio do Planalto.
Manda a Constituição Federal, lei máxima da nação, que uma CPI deve ter número mínimo de assinaturas, fatos determinados e conexos e prazo fixado. A proposta apresentada pela oposição seguiu à risca as exigências da lei e por isso não poderia ser rechaçada pela instância máxima da Justiça nacional. Querer ampliar o espectro da investigação apenas para atingir adversários do PT nas eleições que se aproximam é oficializar a implantação de uma ditadura de esquerda no Brasil.
Se os governistas desejam investigar o cartel de trens em São Paulo e as obras do Porto de Suape, em Pernambuco, que criem CPIs específicas, até porque a base aliada tem maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.
O ucho.info, como sabem os leitores, não está a defender que casos de corrupção deixem de ser investigados, mas que isso ocorra dentro do que determina a legislação vigente no País, o que em tese legitima o resultado de qualquer CPI.
Independentemente dessa repentina e falsa lufada de boa vontade do governo, é importante ressaltar que o PT palaciano sabe como melar uma CPI que represente risco ao partido. Não custa lembrar o caso da CPI das Ongs, proposta pelo então senador Heráclito Fortes (DEM-PI), mas que acabou em uma enorme e mal cheirosa pizza por conta do relator, o comunista Inácio Arruda, que agora defende a CPI X-Tudo.
Devidamente instruído por Lula e seus estafetas de então, Arruda produziu um relatório pífio e vergonhoso, com o estrito objetivo de impedir que a Polícia Federal e o Ministério Público descobrissem os tentáculos do Palácio do Planalto na espúriarelação com as Ongs, as
sunto que certamente esbarraria na Petrobras e abriria a tampa de uma das enormes caixas de Pandora da petroleira.
O esquema de corrupção que foi montado a partir da Petrobras, com detalhes de organização mafiosa, é vasto, quase sem fim. E o PT, assim como muitos partidos da base aliada, está envolvido até o pescoço. Por isso é preciso que os brasileiros de bem estejam diuturnamente vigilantes, cobrando de forma incisiva, os políticos, pois não deve-se descartar de a CPI terminar em nada.

Fonte: Ucho.Info

segunda-feira, 21 de abril de 2014

ENTREVISTA COM A PREFEITA AMANDA QUINTA DE PRESIDENTE KENNEDY



14 DE ABRIL DE 2014 “O melhor de Presidente Kennedy é o povo kennedense”

 Ela é jovem, focada e tem a responsabilidade de dirigir um município que possui potencial de crescimento enorme. Amanda Quinta, 25 anos, é prefeita de Presidente Kennedy e, apesar da jovialidade, tem demonstrado pulso firme e administra a cidade como os mais experientes. Com uma visão progressista, ela está antenada no que fazer para melhorar a qualidade de vida da população e garante: o principal é investir em educação. Confira a entrevista com a prefeita: Muitas cidades do Rio de Janeiro que vivem em meio à grande geração de riqueza do petróleo não são bons exemplos de desenvolvimento social.

 Como evitar que o mesmo aconteça com Presidente Kennedy?

 “Nossa administração investe maciçamente em educação e na qualificação e treinamento de mão-de-obra, para que todos os kennedenses, sem exceção, possam usufruir dos recursos que Deus nos concedeu. A prefeitura dá bolsas integrais para 500 universitários e já qualificou mais de 500 alunos, apenas em 2013, nos cursos técnicos. No verão deste ano, mais de 200 adolescentes entre 16 e 18 anos frequentaram os cursos técnicos que oferecemos em parceria com o Senai, preparando-se para um futuro melhor”. 

A prefeitura recebe royalties, porém a maior parte do PIB é gerado pelas empresas privadas de petróleo, que muitas vezes contratam produtos, serviços e pessoal de fora. Como fazer para que esta renda fique realmente na cidade? 

“Da forma que acabei de falar: qualificando a população economicamente ativa, entre 16 e 45 anos de idade, para trabalhar não apenas nas oportunidades do setor de mineração e gás, mas nas prestadoras de serviço que ficam no entorno. Vamos receber o Porto Central, na Praia das Neves, que vai gerar 1.200 empregos diretos para os kennedenses só durante as obras, previstas para começar em julho deste ano. Estamos investindo na formação dessa mão-de-obra. Quando em operação, o Porto Central, nos moldes do de Roterdã, na Holanda, pode empregar mais 2.000 moradores de Presidente Kennedy. Nosso esforço é preparar nossa gente para essas oportunidades, bem como para o turismo, a agroindústria e o comércio, nossas outras vocações econômicas”.





 Com todo o ingresso dos royalties, o que está mudando na cidade nos últimos anos? 

“Passamos, em 2012, por uma convulsão político-administrativa, que resultou na intervenção estadual. Nossa gestão, neste primeiro ano, teve que estruturar-se internamente para enfrentar os grandes desafios, contando com o decisivo apoio do governador Renato Casagrande. O município até hoje não conta com rede de esgotos e água tratada, só na sede. As obras de saneamento, que vamos iniciar este ano, com investimentos de mais de R$ 100 milhões, vão pôr fim a esse absurdo que é ter o maior PIB per capita do Brasil, enquanto 70% da população não têm água encanada nem esgotos sanitários”.

 Os projetos de exploração de petróleo têm vida relativamente curta, de 30 a 50 anos, já é hora do município começar a se preparar para quando o petróleo acabar? O que pode ser feito neste sentido?

 “Vou repetir: investir em educação, educação e educação. O saber é uma riqueza que não acaba nunca e vai elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) a níveis que garantam ao nosso povo pleno emprego e qualidade de vida em níveis de primeiro mundo. Essa é a prioridade nº 1 do nosso plano de governo e trabalhamos por ela, com planejamento e austeridade, 24 horas por dia”. Qual é o verdadeiro papel de uma prefeita? “Fundamentalmente, é lançar as bases para o futuro – com planejamento e execução de obras e ações estruturantes – sem descuidar da atenção às demandas, especialmente das famílias mais carentes, no presente”.

 Qual a sua proposta para melhorar a saúde no município? 

“Na área da Saúde, a Prefeitura já presta hoje assistência de qualidade a toda a população. Não há sequer uma família desassistida, até com exames e tratamentos de alta complexidade custeados pela prefeitura em grandes centros médicos. Em 2014, vamos iniciar, em parceria com o governo do Estado, a construção de um novo PAM – Pronto Atendimento Municipal, para melhorar o atendimento local. Estamos construindo três novas unidades de saúde no interior e vamos adquirir 8 novas ambulâncias com motorista 24 horas”.

 Senhora Prefeita, como irá dirimir o problema do desemprego no município? 

“Atraindo indústrias, que virão para o entorno do Porto Central e da Usina Termoelétrica de Marobá, e investindo na formação e qualificação de mão-de-obra. Não há outra fórmula para gerar emprego e renda”.

 Quais suas propostas culturais para o município? (música, arte, dança dentre outros). 

“Esse é um tema que olho com carinho especial. Reativamos e estamos investindo na Banda de Música, que, para nosso orgulho, já manda alunos para a Faculdade de Música do Espírito Santo. Educação Artística será oferecida em toda a rede municipal de ensino e vamos construir, até 2015, o Centro Municipal de Educação, Artes e Cultura, dotado de auditório, teatro e oficinas culturais. Cite algo de bom que só em Presidente Kennedy tem. “O povo kennedense. Não existe gente melhor, mais ordeira, mais solidária, nem mais generosa em nenhum lugar do mundo”. 

Fonte: Aqui ESclique aqui

ANISTIA, SIM!

DENIS LERRER ROSENFIELD - O Estado de S.Paulo
Chamou particularmente a atenção nas últimas semanas a profusão de notícias e artigosrememorando o golpe (ou contragolpe, conforme a perspectiva) de 1964. É bem verdade que havia uma razão para isso, eis que se trata dos 50 anos desse evento. Não é menos verdadeiro, porém, que os militares estão sendo objeto de um cerco, em que não está somente em pauta uma melhor apuração da tortura, mas, sobretudo, a própria instituição militar. Não seria apenas um necessário exercício histórico de memória, mas uma operação política com alvo determinado: a revogação da Lei da Anistia.
Há, ademais, uma série de iniciativas parlamentares com vista, explicitamente, a essa revogação - restrita, evidentemente, aos artigos que dizem respeito à violência cometida por alguns grupos militares, sem referência alguma à violência perpetrada pela chamada luta armada, empreendida por organizações de esquerda. Vale para uns, não vale para outros.
A transição democrática no País foi um exemplo para o mundo, tendo se realizado sem traumas nem eclosão de violência. São inúmeros os exemplos no planeta em que a saída de regimes autoritários ou ditatoriais se deu pela luta armada e mesmo pela guerra civil. Não é o caso do Brasil, que fez uma transição pactuada entre os próprios militares democratas, a oposição, sobretudo personificada no MDB, e os egressos do partido do governo, a Arena, que vieram a fundar o PFL. Seu instrumento central foi a Lei da Anistia, que alcançou todos os envolvidos em atos de violência anteriores. Tratou-se, naquele então, de um grande acordo nacional, maciçamente apoiado pela sociedade brasileira, aprovado pelo Congresso Nacional e, mais recentemente, validado pelo Supremo Tribunal Federal.
anistia é uma espécie de pacto que torna viável um novo começo. Se não há um perdão estendido a todas as partes, elas continuam se envolvendo em toda sorte de disputas, recorrendo à violência como um dos seus instrumentos. E o futuro se torna refém de um passado não resolvido e estranhamente presente. A partir do momento em que uma sociedade decide voltar-se para seu futuro, não sendo mais refém de contenciosos pretéritos, ela deve dar-se uma anistia generalizada, para que todos os que se envolveram em lutas se sintam seguros. Daí em diante a violência deixa de ser instrumento da luta política, que passa a pautar-se por regras republicanas produzidas por uma espécie de consenso coletivo, o qual em nosso país se concretizou numa Assembleia Constituinte.
Anistia não significa esquecimento, mas aprendizado do passado visando a um recomeço. Todos os fatos devem ser apurados, sejam de que lado forem. Isso faz parte da História de um país. Quanto mais uma nação se conhece, melhores são as condições de um futuro que não repita os erros do passado. Para que isso ocorra, contudo, a narrativa histórica deve ser fiel aos eventos pretéritos, sem escolha ideológica nem descarte dos fatos que incomodam os que fazem tal narrativa. A tortura deve ser apurada, do mesmo modo que os crimes cometidos pela esquerda. O que não pode é essa narrativa tornar-se um faroeste ideológico, com mocinhos da esquerda e bandidos da direita.
Note-se que a esquerda "revolucionária", hoje tão decantada, ficou totalmente à margem desse processo. E não só isso: ela foi completamente derrotada na luta armada, não teve apoio popular algum, tendo sido uma operação militar de intelectuais e estudantes despreparados, porém ideologicamente bem apresentados. Atualmente, procura-se envernizar essa esquerda, que não tinha nenhum compromisso com a liberdade e a democracia. Seus integrantes posam de combatentes da democracia, quando nada mais eram do que instrumentos de implantação do comunismo/socialismo no País. Seu objetivo era instituir a "ditadura do proletariado" - que, sendo ditadura, não pode, é evidente, ser democrática!
Um dos episódios mais retomados nos últimos meses como de desrespeito dos militares aos direitos humanos é o da guerrilha do Araguaia, os atores revolucionários sendo apresentados como combatentes da democracia. Ora, eles eram maoistas e seguiam as diretrizes dessa forma de marxismo asiático. Seu objetivo, claramente, consistia em criar no Brasil um Estado totalitário, aos moldes de Mao Tsé-tung. Alguns eram da linha albanesa, variante ainda mais mortífera do maoismo. Para eles, a democracia seria "burguesa" e, portanto, deveria ser completamente destruída. Nesse sentido, o que os militares fizeram ao aniquilá-la foi simplesmente evitar que o totalitarismo maoista se instalasse entre nós. Liberticidas tornam-se combatentes da liberdade!
A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, tem sido dúbia em suas declarações. De um lado, reconhece a importância da Lei da Anistia, considerando-a irrevogável; de outro, dá liberdade aos seus ministros para que lutem por sua revogação. Ministros devem seguir a posição da presidente, não lhes cabendo contrariá-la. Para tanto podem renunciar às suas funções. Se um parlamentar petista se manifesta contra a Lei da Anistia, é um direito dele numa sociedade que se caracteriza pela liberdade de expressão. Não é o caso dos ministros, que devem seguir orientações.
O grande problema da revisão da Lei da Anistia está no fato de que isso seria uma quebra de contrato: a quebra de um contrato institucional que se encontra na raiz da democracia brasileira. Não se pode, 35 anos depois, dar o dito pelo não dito, como se a palavra que uma sociedade engaja consigo mesmo nada valesse. Tal medida não só produziria instabilidade institucional, como também seria uma péssima sinalização para o futuro. Se acordos políticos podem ser arbitrariamente revogados, não há por que fazê-los, muito menos cumpri-los.
Na verdade, é uma volta da vingança sob a forma do politicamente correto. Mais ainda, tal medida constituiria uma ameaça à própria democracia.