Enquanto o PT prepara a volta do ex-tesoureiro Delúbio Soares ao partido, o ex-presidente Lula retomou ontem sua vida partidária ao lado dos principais nomes envolvidos no escândalo do mensalão. Lula participou de uma reunião com dezenas de prefeitos, vices e parlamentares paulistas, ao lado do deputado João Paulo Cunha, um dos acusados no mensalão, e do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, processado no STF por corrupção ativa e formação de quadrilha.
A reunião, realizada num hotel em Osasco, na Grande São Paulo, foi organizada pelo PT paulista para dar início à campanha da sucessão municipal, no próximo ano. Lula defendeu que as candidaturas busquem ampliar ao máximo as alianças com outros partidos, encontrando "um Alencar" em cada município.
Já o ex-ministro José Dirceu falou das "turbulências internacionais" e deu munição para os petistas no enfrentamento das críticas da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Dirceu falou da conjuntura internacional, destacando que o governo brasileiro pode atravessar problemas, mas que estaria em posição melhor do que outros países desenvolvidos.
João Paulo Cunha participou da mesa de abertura do encontro ao lado de Lula, como representante dos deputados federais e como ex-prefeito de Osasco.
O evento foi fechado à imprensa. Os petistas consideram a hipótese de que o principal adversário à Prefeitura de São Paulo seja o ex-governador tucano e candidato derrotado à Presidência, José Serra. (Agência Globo)
Festival de carros oficiais em reunião petista
Uma festa de carros oficiais. Este foi o cenário flagrado ontem, na entrada da reunião dos 32 prefeitos do PT com o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, para discutir a estratégia do PT para as eleições do ano que vem. Pelo menos oito prefeitos e deputados chegaram em carros do poder público, alguns deles cometendo infrações de trânsito. O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, teve seu carro oficial estacionado na contramão, a uma quadra do hotel de Osasco onde ocorria o evento. Questionado pela reportagem, Marinho falou palavrão e perguntou se deveria chegar ao local "de bicicleta". "Falar sobre o quê? Se for sobre essa putaria do Globo, essa de carro oficial, não. Falo sobre coisas sérias".
Ministro indicado por Dilma fez defesa ilegal
O advogado Sebastião Alves dos Reis Júnior, indicado na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participou da defesa de dois lados em um processo judicial que chegou ao próprio STJ. Isso é ilegal, e ele afirma que cometeu um equívoco.
Inicialmente, em 1995, ele defendeu a Eletronorte contra o Cnec (Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores), empresa de consultoria que fazia parte do grupo Camargo Corrêa até o final de 2009, quando foi vendida para um grupo australiano.
Em 2004, quando o caso já estava no STJ, ele foi constituído, junto com sua mulher e sócia, Anna Maria da Trindade dos Reis, como parte da defesa do consórcio. Essa troca de lado, juridicamente conhecida como patrocínio simultâneo ou tergiversação, é prevista como crime pelo Código Penal e pode dar de 6 meses a 3 anos de prisão, além de multa.
Reis Júnior afirma, no entanto, que o seu nome apareceu entre os advogados do Cnec por um "equívoco". Já em relação à Eletronorte, o agora indicado para ser ministro fez parte do jurídico da empresa de 1987 a 2000 e confirma sua atuação no processo. "Eu nunca atuei em favor do Cnec. A doutora Anna foi constituída como advogada apenas para acompanhar o caso. Meu nome foi incluído por um equívoco", afirmou.
Sua indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado, após sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Reis Júnior é filho de um ex-ministro do mesmo tribunal - Sebastião Alves dos Reis
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/eXM09G
A reunião, realizada num hotel em Osasco, na Grande São Paulo, foi organizada pelo PT paulista para dar início à campanha da sucessão municipal, no próximo ano. Lula defendeu que as candidaturas busquem ampliar ao máximo as alianças com outros partidos, encontrando "um Alencar" em cada município.
Já o ex-ministro José Dirceu falou das "turbulências internacionais" e deu munição para os petistas no enfrentamento das críticas da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Dirceu falou da conjuntura internacional, destacando que o governo brasileiro pode atravessar problemas, mas que estaria em posição melhor do que outros países desenvolvidos.
João Paulo Cunha participou da mesa de abertura do encontro ao lado de Lula, como representante dos deputados federais e como ex-prefeito de Osasco.
O evento foi fechado à imprensa. Os petistas consideram a hipótese de que o principal adversário à Prefeitura de São Paulo seja o ex-governador tucano e candidato derrotado à Presidência, José Serra. (Agência Globo)
Festival de carros oficiais em reunião petista
Uma festa de carros oficiais. Este foi o cenário flagrado ontem, na entrada da reunião dos 32 prefeitos do PT com o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, para discutir a estratégia do PT para as eleições do ano que vem. Pelo menos oito prefeitos e deputados chegaram em carros do poder público, alguns deles cometendo infrações de trânsito. O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, teve seu carro oficial estacionado na contramão, a uma quadra do hotel de Osasco onde ocorria o evento. Questionado pela reportagem, Marinho falou palavrão e perguntou se deveria chegar ao local "de bicicleta". "Falar sobre o quê? Se for sobre essa putaria do Globo, essa de carro oficial, não. Falo sobre coisas sérias".
Ministro indicado por Dilma fez defesa ilegal
O advogado Sebastião Alves dos Reis Júnior, indicado na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participou da defesa de dois lados em um processo judicial que chegou ao próprio STJ. Isso é ilegal, e ele afirma que cometeu um equívoco.
Inicialmente, em 1995, ele defendeu a Eletronorte contra o Cnec (Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores), empresa de consultoria que fazia parte do grupo Camargo Corrêa até o final de 2009, quando foi vendida para um grupo australiano.
Em 2004, quando o caso já estava no STJ, ele foi constituído, junto com sua mulher e sócia, Anna Maria da Trindade dos Reis, como parte da defesa do consórcio. Essa troca de lado, juridicamente conhecida como patrocínio simultâneo ou tergiversação, é prevista como crime pelo Código Penal e pode dar de 6 meses a 3 anos de prisão, além de multa.
Reis Júnior afirma, no entanto, que o seu nome apareceu entre os advogados do Cnec por um "equívoco". Já em relação à Eletronorte, o agora indicado para ser ministro fez parte do jurídico da empresa de 1987 a 2000 e confirma sua atuação no processo. "Eu nunca atuei em favor do Cnec. A doutora Anna foi constituída como advogada apenas para acompanhar o caso. Meu nome foi incluído por um equívoco", afirmou.
Sua indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado, após sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Reis Júnior é filho de um ex-ministro do mesmo tribunal - Sebastião Alves dos Reis
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/eXM09G
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