Os profissionais da mídia que militaram na imprensa durante os mais de 20 anos de regime militar - somos hoje um dos poucos remanescentes para contar a história - sabem que não era fácil fazer notícia, porque a todo momento tinham no seu encalço algum agente da censura dizendo o que podia e o que não podia ser noticiado.
Veio, na década de 1980, a abertura democrática e com ela os primeiros sinais de retorno da tão desejada liberdade de imprensa. Bons tempos aqueles! Lula e seus seguidores do ABC paulista davam os primeiros passos para criar o PT.
E como era útil a imprensa naquele tempo! A mídia espontânea - às vezes não tão espontânea... - era a principal ferramenta com que o grupo contava para difundir suas ideias e propostas de criar um partido sem patrão e também o projeto de eleições diretas. Ah, santa imprensa!
Passaram-se os anos, o PT chegou ao poder, como sonhara e tentara várias vezes, e de estilingue passou a vidraça, e nessa condição passou a demonizar a imprensa, porque ela não mais fazia a vontade dos seus ideólogos; estava incomodando e muito.
Crítica da mídia não mais fazia o gênero deles. Elogio, sim; crítica, não. E aí surge a ideia "luminosa" de se criar um marco regulador dos meios de comunicação de massa. Nome palatável a ser dado à pretendida censura petista.
O PT, em seu recente Congresso Nacional em Brasília, resolveu tirar uma proposta, pondo em discussão nacional o tal marco regulador. Na verdade mais do que tirar uma proposta, tirou a máscara que escondeu por algum tempo antes das últimas eleições, e resolveu vir a público defender essa ideia.
Não temos dúvida de que essa proposta será objeto de acaloradas discussões intramuros partidários e depois será levada para o Congresso, onde o PT e os partidos da base do governo vão aprová-la, e o Brasil estará reinaugurando a censura aos meios de comunicação, e lá vai a liberdade de imprensa, talvez - sem querermos ser pessimistas demais - atrás dessa censura disfarçada venhamos a perder outras conquistas democráticas.
Nossa sugestão é que da mesma forma que estão acontecendo movimentos de massa contra a corrupção, venham também movimentos de rua contra a mordaça, porque só uma imprensa livre é capaz de trazer a público a incompetência dos arrecadadores e administradores dos nossos impostos
Fonte: A Gazeta
Veio, na década de 1980, a abertura democrática e com ela os primeiros sinais de retorno da tão desejada liberdade de imprensa. Bons tempos aqueles! Lula e seus seguidores do ABC paulista davam os primeiros passos para criar o PT.
E como era útil a imprensa naquele tempo! A mídia espontânea - às vezes não tão espontânea... - era a principal ferramenta com que o grupo contava para difundir suas ideias e propostas de criar um partido sem patrão e também o projeto de eleições diretas. Ah, santa imprensa!
Passaram-se os anos, o PT chegou ao poder, como sonhara e tentara várias vezes, e de estilingue passou a vidraça, e nessa condição passou a demonizar a imprensa, porque ela não mais fazia a vontade dos seus ideólogos; estava incomodando e muito.
Crítica da mídia não mais fazia o gênero deles. Elogio, sim; crítica, não. E aí surge a ideia "luminosa" de se criar um marco regulador dos meios de comunicação de massa. Nome palatável a ser dado à pretendida censura petista.
O PT, em seu recente Congresso Nacional em Brasília, resolveu tirar uma proposta, pondo em discussão nacional o tal marco regulador. Na verdade mais do que tirar uma proposta, tirou a máscara que escondeu por algum tempo antes das últimas eleições, e resolveu vir a público defender essa ideia.
Não temos dúvida de que essa proposta será objeto de acaloradas discussões intramuros partidários e depois será levada para o Congresso, onde o PT e os partidos da base do governo vão aprová-la, e o Brasil estará reinaugurando a censura aos meios de comunicação, e lá vai a liberdade de imprensa, talvez - sem querermos ser pessimistas demais - atrás dessa censura disfarçada venhamos a perder outras conquistas democráticas.
Nossa sugestão é que da mesma forma que estão acontecendo movimentos de massa contra a corrupção, venham também movimentos de rua contra a mordaça, porque só uma imprensa livre é capaz de trazer a público a incompetência dos arrecadadores e administradores dos nossos impostos
Fonte: A Gazeta
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