Pimentel já conviveu com Dilma na época da luta contra a ditadura
Brasília
Predomina nos corredores e nos bastidores do governo em Brasília a informação de que é marcada pelo atrito quase constante a relação da presidente Dilma Rousseff com a maioria de seus ministros. Mas há um grupo que se destaca pela proximidade e afinidade que conquistou com Dilma. O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) é um dos expoentes desse grupo. O comportamento da presidente em relação às suspeitas que pesam sobre as consultorias milionárias do ministro, reveladas pelo jornal "O Globo", reforça o tamanho do seu prestígio no Planalto.
Quase um ano após a posse e muitas crises políticas depois, os ministros apontados como os mais influentes no Planalto são os que menos sofrem as consequências do descontentamento da presidente no dia a dia. Porém, mesmo eles, em alguns momentos, costumam receber broncas presidenciais.
VaidadeNesses quase 12 meses de governo Dilma, alguns deles são traídos pela vaidade e até vendem uma proximidade e cumplicidade acima da realidade. Mas é fato que conquistaram a confiança de Dilma uma trinca de ministros apelidados de "meninos superpoderosos": além de Pimentel, Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).
Afinidade começou durante o regime militarUm novato em Brasília, o ministro da Integração Nacional, o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB), que até agora tem apresentado um estilo discreto, também vem ganhando pontos no Planalto. Outro que tem agradado é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Mas os dois não são considerados do grupo dos mais próximos.
De todos, Pimentel já era o mais próximo por ter convivido com Dilma na época da luta contra a ditadura. A primeira crise envolvendo Pimentel - a que tomou conta da campanha de Dilma, quando foi realizado um dossiê contra o candidato tucano José Serra - não a afastou de Pimentel. E na crise atual, pelo menos até agora, a presidente continua fiel ao amigo mineiro.
Consultas
Pimentel acompanhou a presidente em praticamente todas as viagens e, até antes do caso das consultorias, era consultado em assuntos importantes. Em Nova York, em setembro, Dilma discutiu em vários momentos com Pimentel o discurso que faria nas Nações Unidas.
Ele tinha longas conversas com ela sobre questões políticas e era também conselheiro de problemas cotidianos.
Fonte: A Gazeta
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