Vilmara Fernandesvfernandes@redegazeta.com.br
A agilidade dada à desapropriação de alguns imóveis em Vitória não se repetiu para reformar as propriedades ou para utilizá-las. Alguns prédios levaram anos até passarem por algum tipo de obra, e outros continuam praticamente abandonados.
Um exemplo dessa situação é a antiga União Capixaba de Ensino (Uces) - um esqueleto de prédio em uma área de 22 mil m2 - adquirido pelo município por R$ 15,2 milhões. A propriedade, em Tabuazeiro, foi desapropriada pelo município em 2007. Todo o processo foi concluído em 78 dias, mas as obras demoraram mais de três anos.
Só em 2011 começaram as obras que vão permitir no local a instalação de uma escola de ensino fundamental e outra de educação infantil. O gasto aos cofres públicos será de, no mínimo, R$ 6,9 milhões.
Outro caso
Um destino diferente teve uma área de mais de 5 mil m2 comprada em 2006, na Vila Rubim, por R$ 2,8 milhões. O galpão seria destinado à criação de um centro educacional de atendimento em horário integral para estudantes das escolas de ensino fundamental de Vitória. No entanto, apenas uma pequena área vem sendo utilizada para projetos educativos.
O restante permanece praticamente abandonado. O fato foi constatado por uma vistoria do próprio município, em 2010. O estudo apontou que a edificação tem pisos alagados, infiltrações e partes até com risco de ruir.
Crise
A secretária de Gestão Estratégica, Marinely Santos Magalhães, destaca que algumas obras demoraram a ser realizadas em função de vários fatores. Uma delas foi a crise econômica, que impôs uma redução de custos.
Outra situação vem das características da execução das obras. "É uma caixa de surpresa. Após começar os trabalhos, às vezes se descobrem situações que demandam mais tempo para serem resolvidas."
PRB e PSDB exigem apuração de denúncias
As denúncias de supostas irregularidades em processos de desapropriação de imóveis realizados pela Prefeitura de Vitória mobilizaram ontem diretórios municipais do PRB e do PSDB, que exigem a apuração dos fatos.
Ex-ouvidor da Prefeitura de Vitória, entre 2005 e 2010, e presidente da executiva municipal do PRB, Jadilson Luiz Damascena vai requerer hoje à Corregedoria da Câmara de Vereadores investigação do vereador Zezito Maio (PMDB).
Para Damascena, denúncias envolvendo o nome de Zezito Maio estariam "sujando o nome da Câmara e de alguns pares que não compactuam com as ações". Ele quer, inclusive, que se apure a evolução do patrimônio do vereador.
Zezito, segundo o Ministério Público, teria atuado na negociação de um imóvel da Colônia de Pescadores da Praia do Suá, que resultou em um prejuízo de R$ 600 mil ao município. O vereador se diz inocente.
Já o presidente do diretório do PSDB, Luiz Emanoel Zouain, promete entrar na Justiça com uma ação popular para investigação de 10 processos de desapropriação da prefeitura.
Zouain quer que a prefeitura apresente os laudos técnicos de avaliação das desapropriações. (Claudia Feliz e Gazeta Online)
A agilidade dada à desapropriação de alguns imóveis em Vitória não se repetiu para reformar as propriedades ou para utilizá-las. Alguns prédios levaram anos até passarem por algum tipo de obra, e outros continuam praticamente abandonados.
Um exemplo dessa situação é a antiga União Capixaba de Ensino (Uces) - um esqueleto de prédio em uma área de 22 mil m2 - adquirido pelo município por R$ 15,2 milhões. A propriedade, em Tabuazeiro, foi desapropriada pelo município em 2007. Todo o processo foi concluído em 78 dias, mas as obras demoraram mais de três anos.
Só em 2011 começaram as obras que vão permitir no local a instalação de uma escola de ensino fundamental e outra de educação infantil. O gasto aos cofres públicos será de, no mínimo, R$ 6,9 milhões.
Outro caso
Um destino diferente teve uma área de mais de 5 mil m2 comprada em 2006, na Vila Rubim, por R$ 2,8 milhões. O galpão seria destinado à criação de um centro educacional de atendimento em horário integral para estudantes das escolas de ensino fundamental de Vitória. No entanto, apenas uma pequena área vem sendo utilizada para projetos educativos.
O restante permanece praticamente abandonado. O fato foi constatado por uma vistoria do próprio município, em 2010. O estudo apontou que a edificação tem pisos alagados, infiltrações e partes até com risco de ruir.
Crise
A secretária de Gestão Estratégica, Marinely Santos Magalhães, destaca que algumas obras demoraram a ser realizadas em função de vários fatores. Uma delas foi a crise econômica, que impôs uma redução de custos.
Outra situação vem das características da execução das obras. "É uma caixa de surpresa. Após começar os trabalhos, às vezes se descobrem situações que demandam mais tempo para serem resolvidas."
PRB e PSDB exigem apuração de denúncias
As denúncias de supostas irregularidades em processos de desapropriação de imóveis realizados pela Prefeitura de Vitória mobilizaram ontem diretórios municipais do PRB e do PSDB, que exigem a apuração dos fatos.
Ex-ouvidor da Prefeitura de Vitória, entre 2005 e 2010, e presidente da executiva municipal do PRB, Jadilson Luiz Damascena vai requerer hoje à Corregedoria da Câmara de Vereadores investigação do vereador Zezito Maio (PMDB).
Para Damascena, denúncias envolvendo o nome de Zezito Maio estariam "sujando o nome da Câmara e de alguns pares que não compactuam com as ações". Ele quer, inclusive, que se apure a evolução do patrimônio do vereador.
Zezito, segundo o Ministério Público, teria atuado na negociação de um imóvel da Colônia de Pescadores da Praia do Suá, que resultou em um prejuízo de R$ 600 mil ao município. O vereador se diz inocente.
Já o presidente do diretório do PSDB, Luiz Emanoel Zouain, promete entrar na Justiça com uma ação popular para investigação de 10 processos de desapropriação da prefeitura.
Zouain quer que a prefeitura apresente os laudos técnicos de avaliação das desapropriações. (Claudia Feliz e Gazeta Online)
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