Quando concorreu nas eleições de 2010, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, usou o horário eleitoral do Partido da República para dizer que até então não sabia os afazeres de um deputado federal, mas que, se eleito, dedicar-se-ia para descobrir e depois revelaria aos eleitores.
Quase um ano depois de tomar posse na Câmara, Tiririca abusa da desfaçatez e ocupa parte do programa político do PR para informar que já sabe o que faz um deputado federal. Diz o humorista que um deputado não pode contratar pessoas da própria família. E sugere que os familiares de um parlamentar devem continuar “catando latinha” e “lavando roupa pra fora”.
Com expressiva votação para a Câmara dos Deputados, com pouco mais de 1,3 milhão de votos, o que mostra a alienação política da sociedade e o descrédito dos parlamentares junto aos eleitores, Tiririca só perdeu para o então deputado Enéas Carneiro, que arrancou das urnas nada menos que 1,751 milhão de votos. Há quem diga que a eleição de Tiririca foi um voto de protesto, mas fato é que o deputado-humorista nada acrescenta à vida pública, ao mesmo tempo em que pouco se empenha para solucionar os problemas de uma nação repleta de mazelas.
Para quem não sabe, um deputado federal custa aos contribuintes, na melhor das hipóteses, aproximadamente R$ 100 mil mensais. Considerando que Tiririca está no poder desde janeiro deste ano, o campeão de votos da eleição do ano passado gastou mais de R$ 1 milhão para descobrir que o nepotismo é proibido.
Certa feita, para estocar os partidos de oposição e incensar a sua mitômana passagem pelo Palácio do Planalto, o então presidente Luiz Inácio da Silva adotou o bordão “nunca antes na história deste país”. Frase que tem tudo para se eternizar, pois a política faz do Brasil o país da piada pronta
Fonte: Ucho.Info
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