quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

OPERAÇÃO ABAFA LIVRA PIMENTEL. ATÉ QUANDO?



Como já era esperado, a base aliada do governo barrou a tentativa da oposição de convocar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) para esclarecer as denúncias de tráfico de influência e outros quetais. O requerimento foi apresentado na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, mas não prosperou por causa do rolo compressor palaciano.

Segundo informou a secretaria da Comissão, os parlamentares alegaram não existir assunto pertinente para análise do colegiado, ao mesmo tempo em que afirmaram que por enquanto não há denúncia formal contra o Pimentel.

Até prova em contrário nada há de ilegal na atividade empresarial de Fernando Pimentel no período em que não ocupava qualquer cargo público, mas a questão recai sobre as reticências dos contratos com a empresa de consultoria do agora ministro. A contratação de Pimentel se deu exclusivamente com foco no tráfico de influência, pois não se tem notícia de que o ex-prefeito de Belo Horizonte é um economista destacado e de renome internacional.
Em outro vértice da polêmica está a questão da ética pública, que nove entre dez autoridades insistem em ignorar. A palavra pública por si só nos remete ao outro vernáculo, a publicidade. E toda autoridade pública tem a obrigação de dar publicidade aos seus atos. Os seguidos escândalos que chacoalham a Esplanada dos Ministérios comprometem sobremaneira a credibilidade do governo de Dilma Rousseff, que desde a sua posse passou a maior parte do tempo demitindo ministros e driblando as reticências da crise.

Na tarde desta quarta-feira (7), o PSDB protocolou duas representações contra Fernando Pimentel. Uma na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e a outra no Ministério Público Federal do Distrito Federal. À Comissão de Ética os tucanos requereram a abertura de processo administrativo para apurar a conduta do ministro “em razão da possível prática de ato atentatório contra os princípios éticos que norteiam as atividades dos órgãos superiores da Presidência da República e a quebra de decoro por parte do representado”.

Na Procuradoria o pedido é de abertura de inquérito civil para apurar suposta prática de improbidade consistente em enriquecimento ilícito decorrente de tráfico de influência por parte de Pimentel. Algo muito semelhante ao que derrubou o também petista Antonio Palocci Filho, ejetado da Casa Civil por conta de inexplicável e meteórica evolução patrimonial.

De acordo com a assessoria do PSDB, no documento entregue à Procuradoria, os líderes do partido na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e no Senado, Alvaro Dias (PR), enfatizam a possibilidade de haver semelhança com o caso Palocci, que levou o Ministério Público Federal a decidir pela abertura de inquérito civil para apurar prática de improbidade administrativa por parte do ex-chefe da Casa Civil. Palocci pediu demissão após denúncia de que havia faturado R$ 20 milhões como consultor de empresas.

É importante mencionar que até agora todos os ministros demitidos por causa de irregularidades integravam o amaldiçoado espólio de Luiz Inácio da Silva, o messiânico Lula. Fernando Pimentel é o primeiro da cota da presidente Dilma a ser arremessado no olho do furacão, de onde não deve sair tão cedo

Fonte: Ucho.Info

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