sábado, 15 de agosto de 2009

Passado e futuro de Atilio Vivácqua.

O Distrito de Marapé, um dos mais prósperos do Município de Cachoeiro de Itapemirim, foi emancipado logo após a revolução de 64, passando a se chamar Atilio Vivácqua, em homenagem ao Senador pertecente a influente família do sul do Estado e que relevantes serviços prestou ao país. Sua economia sempre se baseou na agricultura tendo o café como principal fonte de renda e geração de empregos , lavouras brancas praticamente para subsistência. Uma pecuária leiteira razoável e uma de corte precária fechava então o potencial econômico do novo Município, tornando-o totalmente dependente das chamadas transferências Constitucionais ( FPM e ICMS). Em 1990 eu tinha assumido o primeiro mandato de vereador e fui eleito Presidente da Câmara Muncipal , consequentemente Presidente da Constituinte Municipal que tinha a responsabilidade de adaptar as Leis Municipais à nova Constituição, recentemente promulgada em l988. Uma noite, estavamos reunidos, eu , alguns vereadores, o prefeito José Luiz e algumas lideranças para discutirmos o futuro do Município. Que caminho seguir? Insistir na lavoura e pecuária? tentar transformar a cidade em dormitório, tentando atrair as pessoas para aqui residirem e trabalharem em Cachoeiro de Itapemirim? Ou aproveitar nossa posição geográfica privilegiada e tentar atrair industrias para aumentar a geração de empregos e melhorar a arrecadação do Município? Depois de muitos debates, algumas reuniões e muitas dúvidas resolvemos investir na industrialização. Esbarramos então numa grande dificuldade pois a Prefeitura não tinha dinheiro para adquirir área para um parque industrial e cometemos um erro terrível. Doamos com autorização da Câmara Municipal uma das poucas áreas disponíveis no centro da cidade para instalação de uma siderúrgica, dando o prazo de 02 anos para sua instalação caso contrário a Prefeitura retomaria o terreno, o que para felicidade geral acabou acontecendo e nos livramos de ter uma industria altamente poluídora no que hoje é a Praça que construí nos meus 88 dias de governo, em frente ao Hospital e a rodoviária. Apesar disso, continuamos nossa tentativa de atrair as industrias, o que acabou acontecendo e hoje representam a principal atividade econômica, responsáveis pelo nosso maior movimento financeiro e geração de empregos. Precisamos investir na melhoría da qualidade de nossa agricultura e pecuária , precisamos investir na prestação de serviços, principalmente no segmento de turismo rural e esportivo para que não voltemos a cometer o erro do passado de ficar o Município dependente de apenas um segmento econômico.

2 comentários:

  1. Está aí uma coisa que eu não sabia!!
    Uma bela aula de História, e uma ótima visão e também lição, para o futuro!
    abraço

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  2. Ainda sinto muita falta de Atilio Vivacqua, deichei muitos amigos nesta cidade, ainda me lembro do consultorio do dr Marco, la no sindicato rural, muitas vezes minha mãe me levou até la, hoje vejo esta cidade que se tornou "a Atilio Vivacqua", eu ainda acho que poderia continuar como marapé, em todo lugar que ando todos só diz marapé, pq não fazemos uma pesquiza de opnião, e perguntamos ao povo a possibilidade de novamente ser Marapé.
    grande abraço, ao ilustre Dr. Marco Sobreira

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