segunda-feira, 24 de maio de 2010

FALTA DINHEIRO PROS APOSENTADOS?

Após promover a gastança, Planalto deve barrar reajuste de 7,7% aos aposentados




O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), criticou nesta segunda-feira (24) a recomendação da equipe econômica do governo para que o presidente Lula vete o reajuste dos aposentados. Aprovado na Câmara e no Senado, o aumento de 7,7% aos que recebem acima de um salário mínimo só depende da sanção do presidente, o que não deve acontecer. Para o tucano, o governo gastou de forma desenfreada e agora alega estar sem dinheiro para o reajuste dos inativos.



"O presidente Lula inchou os órgãos públicos, aparelhou o Estado com a companheirada e promoveu uma gastança generalizada. Agora a conta pesou. É triste que ele venha neste momento cobrar essa fatura dos aposentados, que estavam esperando este aumento decidido pelo Congresso", disse Almeida.



Para o deputado Professor Ruy Pauletti (RS), é inadmissível a recomendação de veto ao aumento. Na avaliação do tucano, o governo não quer dar o reajuste e, para isso, usa o argumento da falta de dinheiro. "Não dar 7,7% de aumento para os aposentados é um absurdo. E outro absurdo é o presidente Lula sair pelo mundo afora perdoando dívidas dos países e mandando dinheiro para eles enquanto os nossos aposentados passam necessidade", condenou. O parlamentar classificou de "mentirosa" a alegação da falta de recursos.



Para o líder, se a proposta for vetada, a base do governo no Legislativo - que se dividiu em relação ao reajuste - não terá coragem de afrontar o Palácio do Planalto. Assim como Almeida, Pauletti também acredita que se o veto acontecer, dificilmente os governistas terão coragem de contrariar a decisão do presidente Lula. Ou seja, os aposentados serão, de fato, os maiores prejudicados.



Em reunião nesta segunda-feira com o presidente Lula, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, recomendaram que ele negue o reajuste aprovado pelo Congresso. Segundo os ministros, as contas públicas não suportariam um reajuste acima de 6,14%, mesmo percentual definido em medida provisória. No entanto, os congressistas elevaram o percentual para para 7,7%.

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