O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado pelo TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) a devolver R$ 164,6 mil ao Estado e a perda de oito anos dos direitos políticos.
Segundo os desembargadores da 2ª Câmara Civil do TJ, o ex-tesoureiro cometeu o crime de impropriedade administrativa por receber o salário de professor do Estado de Goiás no período que morava em São Paulo. A maioria dos juízes seguiu voto do desembargador João Waldeck Felix de Souza.
A ex-presidente do sindicato dos Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás) Noeme Diná Silva também foi condenada. Entre 1994 e 1998 e 2001 e 2005, ele não trabalhou na rede estadual de ensino porque estava licenciado em nome do sindicato. No entanto, ele trabalhava no PT em São Paulo. Delúbio também não poderá fechar contratos com o Estado por dez anos.
Em 2007, ele já havia sido condenado pelo juiz Ari ferreira de Queiroz, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia.
O advogado Sebastião Ferreira Leite, advogado de Delúblio, afirmou que ainda não conheceu o teor da decisão, mas disse que irá recorrer. “Seja qual for a posição do tribunal, vou utilizar dos meios que a Constituição dispõe para a defesa”, afirmou o advogado.
Ele argumentou que o Estado de Goiás sabia que Delúbio estava trabalhando no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) como representante da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Leite disse que o ex-tesoureiro não cometeu nenhum crime e prometeu recorrer a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Expulso do PT em 2005, ele também é réu no processo do Supremo Tribunal Federal que investiga o mensalão. Delúbio tentou retornar ao PT em 2009 com o objetivo de se candidatar a deputado estadual ou federal neste ano.
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