quarta-feira, 11 de julho de 2012

AMEAÇA INACEITÁVEL


O Supremo Tribunal Federal volta a ser alvo de tentativa de intimidação motivada pelo julgamento do mensalão. Extremamente equivocado e não menos petulante, o presidente eleito da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, ameaça levar a força da instituição às ruas para defender os réus do maior escândalo de corrupção envolvendo governo e Congresso. Isso acontecerá, segundo disse, caso considere "política" e não "técnica" a ação da Suprema Corte.
Deve-se duvidar da concretização do anúncio nefasto e, por consequência, ter certeza do despreparo para o cargo do novo dirigente da CUT. Demonstra, inclusive, perigoso atraso cultural. O que é coerente com a história da maior central sindical do país e com o perfil da grande maioria dos seus integrantes é a repelência e não a conivência à devassidão.

Os mensalistas respondem a acusações de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, peculato e gestão fraudulenta. Só interesses inconfessáveis podem motivar a busca de apoio aos personagens desse lamaçal fartamente documentado por investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, acolhidas pelo STF.

A deplorável manifestação do novo presidente da CUT não é isolada. Está no mesmo padrão de absurdo da tentativa de José Dirceu de conclamar a Juventude Socialista e a UNE para defendê-lo da ação penal na qual desponta como chefe da quadrilha do mensalão. É o cúmulo da desfaçatez. Mas eles têm em quem se espelhar. Desde 2005, quando veio à tona o esquema de suborno de parlamentares para apoiar o governo Lula no Congresso, o então presidente tem sido incansável na ânsia de encobrir a sujeira e acobertar seus agentes. Sua mais recente e desastrada investida ocorreu em conversa com o ministro do STF Gilmar Mendes.

Os 36 réus do mensalão começam a ser julgados no dia 2 de agosto, frustrando todas as pressões protelatórias. Espera-se justiça.

Fonte: A Gazeta

Um comentário:

  1. Pois são, justamente as provas e o julgamento técnico que os condenarão.Mas são burros por demais.

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