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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

POR QUE A PF NÃO BUSCA QUEM MATOU TONINHO?

No sábado passado, enquanto o mundo inteiro se preparava para prantear as quase 3 mil vítimas do terrorismo fundamentalista em Nova York, outra efeméride fúnebre passou em brancas nuvens pelos céus deste nosso Brasil varonil. Os dez anos da execução do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, não foram lembrados com a indignação com que deveriam tê-lo sido, neste momento em que até a presidente Dilma Rousseff definiu como "positiva" (a seu assessor palaciano Gilberto Carvalho) a mobilização popular contra a corrupção, no Dia da Pátria. A omissão passou a ser mais uma evidência acumulada de que os antigos romanos tinham razões de sobra para constatar que sic transit gloria mundi (assim passa a glória mundana).

Afinal, a vítima não era um anônimo qualquer. O compositor e intérprete de sucessos musicais Chico César, seu amigo pessoal e testemunha de muitos dos comícios e outras manifestações de apreço dos campineiros, garante nunca ter visto amor tão genuíno como o que estes demonstravam explicitamente pelo líder, baleado na noite de 10 de setembro de 2001 quando manobrava à saída do estacionamento de um shopping center. A cidade que ele administrava não é propriamente um vilarejo insignificante, o que poderia justificar a lápide fria que foi posta não apenas sobre seu corpo, mas também sobre a obra de um dirigente político que denunciou, com coragem, o banditismo em suas mais diversas formas, entre as quais as da política e da governança pública. É possível até argumentar que seus assassinos se beneficiaram do fato de a execução ter ocorrido justamente na véspera dos atentados contra as torres do World Trade Center. Mas mesmo essa desculpa é pálida, para não dizer amarela, como definia minha avó Nanita, que pontificava do alto de sua vetusta sabedoria doméstica: "Desculpa de cego é feira ruim e saco furado".

O certo é que só o acaso não justificaria ou, em última instância, perdoaria o silêncio de cemitérios que se impôs sobre o assassínio do líder que teria acrescido ao apelido familiar Toninho a expressão "do PT" para não ficar dúvida quanto ao partido a que pertencia o mártir na luta contra o crime. Nem para deixar que os dez anos de negaças e incúria das autoridades públicas os despejem no oblívio.

Toninho 13, assim conhecido por causa do número de suas postulações a cargos no Executivo municipal de sua cidade, não era decerto um militante apreciado e totalmente aprovado pelo comando do partido, como o era outra vítima de morte dada como acidental, nunca devidamente esclarecida, Celso Daniel. O campineiro chegou a ser demitido da Secretaria de Obras de Jacó Bittar, amigo do padim Lula e pai dos sócios do filho do profeta de Garanhuns, a exemplo do que também ocorreu com o ex-guerrilheiro Paulo de Tarso Venceslau, que não chegou a ser morto pelas denúncias que fez, mas sobreviveu a dois atentados na Rodovia do Trabalhador. E não escapou do expurgo partidário por insistir em não compactuar com a omissão cúmplice da direção partidária.

Quando Celso Daniel foi baleado, quatro meses depois de Toninho, tinha saído da prefeitura de Santo André para coordenar o programa presidencial na campanha, que terminaria vitoriosa, de Luiz Inácio Lula da Silva. Com sua morte, o posto foi ocupado por Antônio Palocci, abatido dos mais altos postos da Esplanada dos Ministérios não por balas de pistoleiros, mas por acusações de agressões à ética que iam desde a invasão do sigilo bancário de um pobre caseiro até a multiplicação do patrimônio pessoal sem renda que a justificasse. Só por aí já dá para imaginar o destino glorioso que poderia ter tido o moço do ABC, se não houvesse morrido.

De qualquer maneira, há semelhanças entre as vítimas. O amado e corajoso líder campineiro denunciara grupos poderosos de corruptos públicos e privados na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigava o narcotráfico. E o preparado quadro de Santo André também protagonizava um escândalo em que o produto da propina, segundo dois irmãos dele, fora transportado em malas entregues ao mesmo Gilberto Carvalho que acabou de ouvir Dilma elogiar as manifestações contra o esbulho, tendo como destinatário o então presidente nacional petista, José Dirceu. Todos os personagens dos casos citados, é claro, negam envolvimento e este último tem negado muito mais, de vez que é acusado de chefiar um bando organizado que movimentava recursos públicos e privados na compra de apoio parlamentar.

A Polícia Civil, chefiada por adversários do PT no poder no Estado de São Paulo, logo incriminou o sequestrador Andinho, dado como o matador de Toninho. Da mesma forma, concluiu que um menor teria acertado a testa de Daniel a oito metros de distância no escuro da madrugada numa mata em Itapecerica da Serra. Em ambos os casos, o comando petista não discutiu a conclusão dos subordinados de tucanos e contestou familiares dos mortos, indignados com as óbvias falhas nas investigações.

Há pouco tempo, um júri popular começou a condenar alguns participantes da execução do prefeito sequestrado. A promessa feita por Lula, candidato no palanque, em Campinas, em 2002, de mandar a Polícia Federal (PF) investigar o assassinato do prefeito baleado na direção do carro nunca foi cumprida. Márcio Thomaz Bastos, indicado para assessorar juridicamente a família do morto, Tarso Genro, Luiz Paulo Barreto e José Eduardo Martins Cardoso, no comando da pasta à qual está subordinada a PF, não moveram uma palha para cumprir essa vã promessa de seu líder supremo.

O mínimo que se pode questionar neste décimo aniversário da execução de Toninho do PT é por que nunca ninguém das cúpulas petista e federal se interessou em saber se tem razão a polícia paulista, que acusa Andinho, ou o sequestrador, que sempre negou a autoria do crime

José Nêumanne - O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CRIME POLITICO.

Crime político – A Polícia Civil de Alagoas prendeu na madrugada desta segunda-feira (12) a prefeita de Anadia, Sânia Teresa (PT), acusada de ser a mandante da morte do médico e vereador Luiz Ferreira de Souza (PPS), assassinado a tiros no último dia 3 de setembro. Foram presos também, acusados pelo mesmo crime, Alessander Ferreira Leal, marido da prefeita; e um policial militar Claudio Magalhães da Silva, primo e segurança de Sania, segundo informou há pouco a “Agência Estado”.

Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelos juízes da 17ª Vara Especial Criminal, a pedido da comissão de delegados que investigam o crime. O vice-prefeito, José Augusto (também do PPS), primo do vereador assassinado, deve assumir o comando do município. O marido e o filho da prefeita também respondem a processo por espancamento.
Recentemente, eles foram acusados de espancar o médico Claudemilniston Queiroz, de 53 anos, dentro do Hospital Municipal de Anadia.

Segundo José Augusto, seu primo morreu porque decidiu abandonar a bancada da prefeita e sair candidato a prefeito de Anadia. Na última semana, em entrevista à imprensa, o vice-prefeito disse que o rompimento de Luiz Ferreira com a prefeita traria graves consequências, como a possível cassação do mandato de Sânia Tereza.

Luiz Ferreira foi assassinado com mais de doze tiros, dentro do seu carro, na estrada, quando se dirigia a Anadia, logo após deixar a emissora de rádio, no município de Maribondo, onde tinha um programa voltado para a saúde. Durante o programa, Luiz Ferreira falou de política e revelou que tinha disposição para disputar a prefeitura de Anadia.

Fonte: Ucho.Info

sábado, 27 de agosto de 2011

CRIME CONTRA O ESTADO.

O abominável homicídio da juíza Patrícia Acioli é tragédia de proporções inimagináveis. Ceifou a vida de uma mãe exemplar, acabou com os sonhos de familiares amorosos, despertou o medo de todo o país e desnudou a dificuldade de aplicar a lei de maneira escorreita. Patrícia despertava em nós, magistrados, um sentimento genuíno de orgulho, olhávamos para ela e víamos nossa essência: a luta obstinada pelos ideais de Justiça.

Os bárbaros que tiraram Patrícia de nosso convívio não podem sair impunes. Não porque mataram uma Juíza, afinal, a vida humana não comporta gradação de valor, e sim porque atentaram contra o nosso sonho de democracia e liberdade.

A imprensa e a sociedade discutem sobre os mecanismos que poderiam proteger a Juíza. Blindagem, escolta e segurança são extremamente importantes, e a AMB tem se debruçado sobre isso, solicitando que o Ministério da Justiça, as Secretarias de Segurança Pública e os Tribunais atentem para o fato. No entanto, a solução do problema exige mudança de paradigma, é preciso combater a impunidade, afinal, todas as medidas apontadas não atacam o grande cancro da segurança pública: a ineficácia das leis penais no Brasil.

Um exemplo é demasiado elucidativo, porque de conhecimento de quase toda a população. Um renomado jornalista matou a namorada, confessou o crime, foi condenado e começou a cumprir a pena depois de quase 11 anos do crime! Qual a mensagem que isso denota para a sociedade de maneira geral e aos criminosos em particular?

Quantas outras pessoas esses covardes criminosos ainda matarão antes de começarem a cumprir a pena? Quanto tempo eles de fato cumprirão das penas eventualmente impostas?

Basta! Não mais é possível combater a criminalidade, em especial as sofisticadas e violentas organizações criminosas, com uma legislação ultrapassada e de leniência incontroversa. É preciso tratar o tema com cuidado, afinal somos um Estado de Direito.
Nelson Calandra - A Gazeta

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EM FRANCO DA ROCHA (SP) VEREADOR DO PT MATA COLEGA DO PV.

O vereador de Franco da Rocha, Rodrigo da Cruz França (PV), foi morto por seu colega Leozildo Aristaque Barros (PT) na tarde desta sexta-feira, 5. Segundo a Polícia Militar, os dois se desentenderam e Leozildo acabou dando um tiro em seu colega, que não resistiu aos ferimentos. Outras duas pessoas ficaram feridas. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional de Cajamar, mas não correm risco de vida.

 

Célio Campos/Divulgação
Célio Campos/Divulgação
Vereador Rodrigo da Cruz França (PV)

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara de Franco da Rocha, os vereadores participavam de uma romaria que acontece há 68 anos de Franco da Rocha até Pirapora do Bom Jesus. A comitiva parou em Cajamar para fazer uma pausa, e a briga aconteceu após o almoço. A PM foi acionada por volta das 15h. Rodrigo da Cruz França estava em seu terceiro mandato na Câmara.

O caso será investigado pela delegacia seccional de Franco da Rocha. Por volta das 17h30, as equipes da polícia estavam no local do crime para averiguar a situação. Leozildo fugiu após o disparo e ainda não havia sido localizado no final da tarde. A assessoria de imprensa da Câmara informou que um dos assessores de Rodrigo França foi preso, mas não soube informar o motivo, apenas que ele estava com o carro do vereador. A assessoria de imprensa do PT ainda não se manifestou sobre o caso.

Caso a responsabilidade de Leozildo pelo crime seja confirmada na investigação policial, ele poderá perder seu mandato.

O corpo de Rodrigo França deverá ser velado na Câmara. Às 17h45, o hospital de Cajamar informou que o corpo já havia sido liberado e seria levado para a cidade do parlamentar.

Fonte: O Estadão