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sexta-feira, 29 de março de 2013

O FARSANTE DE SEMPRE



Perdendo o juízo – Dar explicações sobre escândalos não é o forte de Luiz Inácio da Silva, o que explica sua fuga contínua desde que a Polícia Federal flagrou Rosemary Noronha em um dos vértices do esquema criminoso de venda de pareceres, desbaratado durante a Operação Porto Seguro.
Sempre escapando dos jornalistas, Lula reduziu sobremaneira sua aparição na mídia, o que só ocorre por meio de notas divulgadas por sua assessoria e pelo instituto que leva o seu nome. Responsável pelo período mais corrupto da história política nacional, Lula tem se enrolado a cada nova explicação sobre suas viagens ao exterior pagas por empreiteiras, o que não ilegal, mas é de imoralidade desmedida.

Em entrevista concedida ao jornal “Valor Econômico” e publicada nesta quarta-feira (27), Lula disse que as tais viagens serviram para “vender” produtos e serviços brasileiros no exterior.
“Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender, me dê que eu vendo. Não tenho nenhuma vergonha de continuar fazendo isso. Se for preciso vender carne, linguiça, carvão, faço com maior prazer. Só não me peça para falar mal do Brasil que eu não faço isso”, afirmou o ex-presidente.

Lula é um farsante conhecido que se esconde na pirotecnia dos seus discursos e nas desmerecidas honrarias que recebeu nos últimos anos por ter “redescoberto” o Brasil. O ex-metalúrgico conseguiu a proeza de arruinar a economia em menos de uma década e continua ajudando sua sucessora, Dilma Rousseff, mandar pelo ralo a última década.

Vivendo em uma ainda democracia, Lula tem o direito de dizer o que bem quiser, mas não pode desdenhar a capacidade de raciocínio da população. Esse bisonho conluio com as empreiteiras remonta aos financiamentos de campanha e advém dos contratos bilionários firmados com o governo federal. Até porque, a política não aceita inocentes em nenhuma parte.

Fonte: Ucho.Info

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CONTRATOS E RELAÇÕES SOB SUSPEITA.

As informações sobre os contratos de empreiteiras com o Dnit e com prefeituras do Estado e do país lançam luz sobre os vazios na lei e o sistema hoje em vigor. Eles permitem às empresas fazerem contribuições pesadas para as campanhas eleitorais e depois fecharem contratos com prefeituras ou governos que ajudaram a eleger.
Mesmo com esses contratos firmados de acordo com a lei e por meio de licitação, cria-se um ambiente que dá margens a suspeitas. É o que ocorre agora após as denúncias envolvendo o Ministério dos Transportes.

Como mostram reportagens recentes na imprensa nacional, empresas vencedoras de contratos e aditivos milionários foram as mesmas que fizeram contribuições bastante generosas para candidatos do PR - partido à frente dos Transportes -, e também para outras siglas.

No Estado, o rebatimento desses casos foram as doações de R$ 500 mil de duas empreiteiras à campanha do senador Magno Malta (PR). Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou irregularidades diversas em obras públicas tocadas por essas construtoras.

Já no caso do contrato de R$ 66,9 milhões de uma construtura com o Dnit no Estado, o Ministério Público Federal cumpre bem seu papel ao colocar em xeque o processo e cobrar explicações. Agora se sabe que foi aberta a licitação, mas ela foi "deserta". Ou seja, não ocorreu porque faltaram interessados e houve outra modalidade de contratação.


"Se tivesse uma lei que proibisse a empresa que doa de participar de licitação, com certeza ela não faria a doação"
Neucimar Fraga (PR)
Prefeito de vila Velha
A questão é que, segundo especialistas em fiscalização de dinheiro público, há registros de empresas que combinam justamente para não haver concorrência. Por isso defendem uma lei e um controle mais rigorosos.

Além disso, chama a atenção essa mesma empresa ter doado R$ 610 mil para candidatos dos mais diferentes partidos, nas eleições de 2008 e 2010, e tocar obras para várias prefeituras. Não é um caso único, aliás, é comum. Por isso, no meio político, essas contratações são encaradas até com naturalidade, porque a lei atual não prevê restrições.

Em entrevista ontem à coluna e à Rádio CBN, o prefeito Neucimar Fraga disse o seguinte ao comentar a situação atual: "Se não tem financiamento público, a lei permite o privado. E se tivesse uma lei que proibisse a empresa que doa de participar de licitação, com certeza ela não faria a doação".

A declaração sugere que quem contribui com as campanhas o faz mais por interesses econômicos do que por convicção ideológica.

Esse cenário indica que a lei atual, além de burocrática, viria oferecendo um terreno amplo para ser burlada.

sábado, 9 de julho de 2011

METENDO OS PEZÕES PELAS MÃOS.

Não há político no Brasil que tenha aprendido tanto com Luiz Inácio Lula da Silva como Sérgio Cabral, governador do Rio: imita-o na falta de limites, na disposição de afrontar a ordem legal, na marquetagem pessoal, no destemor com que desafia o ridículo. Todos o viram há pouco a lançar uma espécie de código de ética para o governo do estado. Seria uma iniciativa meritória não estivesse em questão o comportamento do próprio Cabral, chegado a receber favores de bilionários com sólidos interesses na administração.
A promiscuidade, há muito conhecida, ganhou tinturas dramáticas com o acidente de helicóptero que matou piloto, duas crianças, uma babá e três mulheres: Mariana Noleto, namorada de um filho de Cabral do primeiro casamento; Jordana Kfuri, mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, e Fernanda, irmã de Jordana e namorada de Cabral, que se divorciou só ontem de sua segunda mulher. No Rio, todos sabem disso, mas preferem falar do barquinho que vai e da tardinha que cai. Estavam reunidos na Bahia para comemorar o aniversário de Cavendish, um homem de trajetória empresarial, como dizer?, um tanto conturbada. A Delta toca obras de mais R$ 1 bilhão no estado do Rio, mais de R$ 200 milhões desse total sem concorrência.
A proximidade do governador Sérgio Cabral com Cavendish, dono da Delta, e favores outros recebidos de Eike Batista, somados ao drama pessoal vivido pelo homem Sérgio Cabral lançaram o seu governo numa espécie de crise de credibilidade. De súbito, o político que consegue dosar com grande competência, admito, fanfarronice, dramaticidade, populismo e até certos ecos daquela estereotipia do “malandragem” carioca se viu sorumbático, um tanto abatido, atropelado pela sua falta de senso de medida, como uma espécie de ressaca que sobreviesse à alegria que leva um jovem a exagerar na dose. Foi, assim, nesse seu momento taciturno, que o tal código veio à luz, como se não houvesse leis que desaconselhassem Cabral a usar o jatinho de um ou a participar do convescote de outro…
Pois bem. Ontem, a presidente Dilma Rousseff foi ao Rio inaugurar o teleférico no Complexo do Alemão. Em um mês, a presidente teve de demitir dois ministros: Antonio Palocci saiu no dia 7 de junho, e Alfredo Nascimento, no dia 6 de julho. Embora os dois estejam envolvidos em casos de natureza distinta, pode-se dizer que uma coisa os une: a falta de liturgia ao lidar com o interesse público. O caso de Nascimento é mais grave para o governo porque envolve uma fatia da base de apoio no Congresso. Muito bem.
Cabral ainda está na sua fase de recolhimento. O grande orador do governo do Rio foi o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. E ele não hesitou: “Ninguém sabe no Brasil mais do que a senhora (Dilma Rousseff) o que é fazer obra pública neste País (…) Eu queria aqui dividir esse momento (…) por nós estarmos celebrando de vencer a burocracia toda, de vencer os ministérios públicos, de vencer todas as dificuldades que existem num processo como esse”. Em seguida, metendo os pezões pelas mãos, mostrou-se grato às empreiteiras, inclusive à Delta, a empresa de Cavendish, também citada nominalmente.
Eu sempre me emociono quando vejo um governante falar das enormes dificuldades legais que os patriotas enfrentam para governar o Brasil, como se todos eles nos fizessem um enorme favor, abrindo mão dos próprios interesses para defender os nossos. Eu estou entre aqueles que, de vez em quando, enroscam com uma exigência ou outra do Ministério Público, mas eu posso! A homens públicos não cabe fazer proselitismo contra órgãos encarregados de fiscalizar a conduta de… homens públicos! Essa era uma das peças de resistência de Lula, que atacou de modo sistemático, nos seus oito anos de governo, o Tribunal de Contas da União, por exemplo.
São dias realmente muito especiais estes que vivemos. Uma presidente que acaba de demitir a cúpula de um Ministério diante de evidências gritantes de corrupção ouve um vice-governador ser grato às empreiteiras — inclusive àquela que é pivô da crise que enfrenta o governador — e atacar os “ministérios públicos”. Esta mesma presidente impôs ao Congresso um regime de concessão de obras públicas para a Copa do Mundo que poderá, por comparação, fazer gente como Valdemar Costa Neto parecer um coroinha. Na prática, o texto devolve o país à selvageria pré-lei de licitações.
Estamos sendo governados por heróis que descobriram as virtudes revolucionárias de jogar no lixo as leis.
Por Reinaldo Azevedo