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sexta-feira, 18 de maio de 2012

VACCAREZZA E CABRAL DEVERIAM ESTAR PRESOS

Caso de polícia – Há dias, o ucho.info afirmou que a CPI do Cachoeira tinha tudo para dar em nada. Apesar do paradoxo, a realidade da política brasileira se expõe no momento em que a sociedade cobra explicações a respeito de mais um escândalo de corrupção, desta vez envolvendo políticos de todos os naipes ideológicos – se é que existe ideologia na política nacional – e nos mais distintos escalões do poder. De igual maneira alertamos na manhã de quinta-feira (17) que um acordo inviabilizaria a convocação dos governadores Marconi Perillo (GO), Agnelo Queiroz (DF) e Sérgio Cabral Filho (RJ).
A armação se confirmou horas depois, com a suspensão da sessão da CPI que deveria aprovar requerimentos de convocação dos três governadores e da quebra do sigilo da Delta Construção, empreiteira que mais cresceu na era Lula e que até outro dia pertencia oficialmente ao empresário Fernando Cavendish, que ficou nacionalmente conhecido como patrocinador das farras de Sérgio Cabral Filho e seu bando.
Como se não bastasse a lambança patrocinada por parlamentares da base aliada e da oposição, o ex-líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi flagrado mandando, pelo celular, uma mensagem para Cabral Filho, informando que o governador fluminense contava com a proteção dos petistas na CPI. “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu [sic]”, escreveu Vaccarezza a Cabral.
Ratificando o que sempre afirmamos neste noticioso, política é um negócio milionário e privado, operado pro aqueles que se dizem representantes do povo, quando na verdade são protagonistas de uma imundice sem fim sobre um balcão cada vez mais largo e acessível apenas aos experimentados nesse tipo de crime.
Em um país minimamente sério, Vaccarezza e Sérgio Cabral já estariam devidamente presos. Na porção asiática do planeta, pelo menos um deles já teria se suicidado diante das câmeras e microfones. Mas aqui é o Brasil, terra sem lei onde prolifera a malandragem o oficial.

Fonte: Ucho.Info

sábado, 17 de março de 2012

RIO DE JANEIRO, TERRA SEM LEI

Terra sem lei – Faltavam poucos dias para a abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva disse que encerrado o evento esportivo a cidade teria o melhor e mais eficiente sistema de segurança pública do País. É fato que nove entre dez brasileiros sabiam tratar-se de mais uma declaração ufanista, mas milagres também acontecem no Brasil. Mesmo assim, a promessa ficou estacionada, para azar dos que vivem e frequentam a Cidade Maravilhosa.

Pouco mais de um ano antes, em 2006, ao se instalar no Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) afirmou que naquele momento estava decretado o fim dos criminosos. O tempo passou e nada do que foi prometido se transformou em realidade. Imaginar que a criminalidade pode ser eliminada com o acionar de um botão é devaneio, mas nenhuma autoridade pode prometer aquilo que sabe ser impossível cumprir. Em especial quando está em jogo a vida do cidadão.

Para provar que Lula e Cabral Filho são gazeteiros profissionais, um homem armado invadiu o Hospital do Andaraí, na Zona Norte carioca, na noite de quinta-feira (15), rendeu médicos que estavam no terceiro andar do prédio e roubou dinheiro e celulares, sem ser incomodado. Às 18h30 de terça-feira (13), operação semelhante ocorreu no Hospital Gaffrée e Guinle, também na Zona Norte do Rio, onde um homem armado rendeu médicos e estudantes de Medicina, levando celulares, carteiras e um computador. A polícia, como quase sempre acontece, chegou depois da fuga.

Enquanto as grandes cidades brasileiras, quase sempre reféns de criminosos de todas as cepas, não adotarem o programa “tolerância zero”, como foi feito em Nova York, a segurança pública será sempre uma pedra no caminho dos governantes, que sobre palanques prometem soluções maravilhosas.

Fonte: Ucho.Info

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A MORTE DO CINEGRAFISTA E A FANFARRICE DO CABRAL



Fim do caminho – A morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, na favela Antares, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mostra a fragilidade da segurança pública em uma das maiores cidades brasileiras, ao mesmo tempo em que escancara a falência do Estado como um todo. Alvo de uma troca de tiros entre policiais militares e traficantes que dominam a favela, Gelson Domingos morreu após ser atingido por um projétil de fuzil AR-15.

Quando assumiu o governo do Rio de Janeiro pela primeira vez, em 2006, Sérgio Cabral Filho (PMDB) abusou da gazeta ao afirmar que a partir daquela começava o fim do crime organizado. Quase seis anos depois daquela fanfarrice discursiva, o Rio de Janeiro continua nas mãos dos criminosos, como se o principal cartão-postal do País fosse um faroeste a céu aberto. Como sempre acontece quando alguma tragédia acontece no Rio de Janeiro, o nada corajoso Cabral Filho simplesmente se entrega ao silêncio obsequioso.

Os ingredientes de mais um fato trágico no cotidiano do Rio passa obrigatoriamente pela inoperância do governo federal, que ao deixar de fiscalizar as fronteiras brasileiras permite o livre ingresso de armas e drogas no território nacional. Se o comércio de drogas continua funcionando livremente nos morros cariocas e os traficantes usam armas longas para se defender, é porque há algo errado nas fronteiras. No submundo do crime um fuzil AR-15 pode custar R$ 10 mil ou mais. Diante do alto preço, muitas vezes os criminosos alugam esse tipo de arma.

No contraponto, o colete utilizado pelo cinegrafista da TV Bandeirantes não era o adequado para uma situação de confronto. A emissora paulista divulgou nota em que afirma que toma todos os cuidados necessários com os profissionais que cobrem conflitos, mas é sabido que a realidade é diferente.

O ucho.info consultou na tarde desta segunda-feira (7) um dos mais respeitados policiais civis de São Paulo, com passagem exitosa inclusive pelo Departamento de Roubo a Bancos, um dos mais atuantes no estado. De acordo com o nosso entrevistado, que falou sob sigilo, o colete ideal para uma situação como a que ocorreu na favela Antares precisa ter quantidade reforçada de Kevlar e uma placa de cerâmica, conjunto capaz de interromper a trajetória da munição de um fuzil. O colete utilizado pelo cinegrafista, de acordo com o policial de São Paulo, suporta tiros de armas de calibre 38, 45, 9 milímetros e 357. Perguntado sobre o poder de destruição do Ar-15, o policial disse que se a munição atingir o rotor de cauda de um helicóptero em voo, por exemplo, a aeronave despenca ao solo fazendo rodopios, como já aconteceu.

É preciso também deixar a hipocrisia de lado, pois de nada adianta notas de pesares e de protesto depois da morte de Gelson Domingos. Não é novidade para nenhum desses piedosos senhores, que oram surgem na mídia envolvidos por lágrimas de aluguel, que jornalistas são obrigados a se submeter a situações de risco para que emissoras alcancem elevados índices de audiência. O sensacionalismo que passou a dominar o jornalismo de algum tempo para cá resulta na morte de profissionais competentes, como foi o caso do brilhante Tim Lopes, assassinado brutal e covardemente por criminosos que controlavam os bailes funks no Rio de Janeiro.

Resta saber até quando Sérgio Cabral Filho e sua corriola abusaram do palavrório para mostrar ao mundo uma realidade que inexiste na Cidade Maravilhosa e suas cercanias.

Fonte: Ucho.Info

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VERGONHA NACIONAL.



Demorou além do esperado, mas acabou acontecendo. Depois de pegar carona no sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que renderam elogios até mesmo no exterior, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), agora se vê às voltas com o projeto que lhe deu inexplicável visibilidade nacional.

Desde que endossou as palavras de Luiz Inácio da Silva, que antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007 garantiu que o Rio teria o melhor sistema de segurança do País, Cabral Filho procurava uma fórmula de derrotar o crime organizado, algo que ele próprio disse que faria no primeiro dia do primeiro mandato. Reeleito sem ter cumprido a promessa, Cabral enfrenta problemas com as UPPs. Tudo porque alguns policiais passaram a receber regularmente mesadas de alguns traficantes que continuam atuando livremente nos morros e favelas cariocas.

De nada adianta instalar nas comunidades carentes as tais Unidades de Polícia Pacificadora, se o salário da categoria está aquém das necessidades mínimas daqueles que têm a missão de combater o crime. Só mesmo um sonhador irresponsável, sem conhecimento do que é a administração pública, é capaz de acreditar que a falência e a inoperância do Estado serão capazes de enfrentar o poderio do crime organizado.

A fuga antecipada dos chefões do tráfico no Morro do Alemão, durante a ocupação policial-militar, é a prova maior desse convívio nefasto. Em outras palavras, o sistema ineficiente do Estado institucionalizou a corrupção. Enquanto nada acontece, a PEC 300, que institui um piso nacional para policiais militares e civis e bombeiros militares patina na Câmara dos Deputados. Enfim…

Fonte: Ucho.Info

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

FAVELAS PACIFICADAS? COMO ASSIM?

A “pacificação” das favelas do Rio não passa de um acordo feito entre o governador e os traficantes, que podem “trabalhar” livremente, desde que não usem armas nem intimidem os moradores das comunidades.

Em dezembro do ano passado publiquei, aqui no Blog, um importante artigo de denúncia, mostrando que a política de “pacificação” das favelas não passa de uma manobra eleitoreira do governador cabralzinho, que inc lu i um incrível e espantoso acordo entre as autoridades estaduais e os traficantes que atuavam (e continuam atuando) nessas comunidades carentes.

O acordo está “firmado” sob as seguintes cláusulas:
1 – Os traficantes somem com as armas da favela, com os “soldados” de máscaras ninjas, com os olheiros e tudo o mais.
2 – A PM entra na favela, sem enfrentar resistência, ocupa os pontos que bem entender, mas não invade nenhuma casa, nenhum barraco, e não prende ninguém, pois não “acha” traficantes ou criminosos.
3 – A favela é tida como “pacificada”, não existem mais marginais circulando armados, os moradores não sofrem mais intimidações, não há mais balas perdidas.
4 – Em compensação, o tráfico fica liberado, desde que feito discretamente, sem muita movimentação..

Até o Blog publicar esses artigos, ninguém havia tocado no assunto. A implantação das chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) vinha sendo saudada pela imprensa escrita, falada e televisada como uma espécie de panacéia na segurança pública. Era como se, de súbito, as autoridades estaduais e municipais tivessem conseguido “colocar o ovo em pé”, resolvendo de uma hora para outra o maior problema da atualidade: a violência e o tráfico de drogas nos guetos das grandes cidades.

Não há dúvida, esse é UM DOS MAIORES DESAFIOS DA HUMANIDADE. Como todos sabem, em praticamente todos os países do mundo, governantes e autoridades da segurança pública continuam sem saber como enfrentar e vencer o problema da criminalidade e do tráfico. Menos no Rio de Janeiro. Aqui, houve uma espécie de “abracadabra”, um toque de varinha de condão e, num passe de mágica, as favelas foram “pacificadas”, que maravilha viver.

O mais interessante: não foi disparado UM ÚNICO E ESCASSO TIRO, os traficantes e “donos” das favelas não lançaram uma só granada, um solitário morteiro, não acionaram seus lança-chamas, seus mísseis portáteis, seus rifles AR-15 e M-16, suas submetralhadoras Uzi, nada, nada.

No artigo-denúncia que publiquei no final de dezembro e nos outros que se seguiram em janeiro, chamei atenção para esse fato espantoso: ninguém reparou que a tal “pacificação” foi fácil demais, não houve uma só troca de tiros?

O pior foi a atitude do governador cabralzinho, que deve pensar (?) que os demais cidadãos são todos imbecis e aceitam qualquer “explicação” que lhes seja fornecida pelas autoridades. Recordemos que foi ele quem teve a ousadia e a desfaçatez de vir a público e proclamar, textualmente: “DEI PRAZO DE 48 HORAS PARA OS TRAFICANTES DEIXAREM O CANTAGALO-PAVÃO-PAVÃOZINHO”.

Como é que é? O governador esteve como os traficantes, “cara-a-cara”, e fez o ultimato? Ou mandou recado por algum amigo comum? Como foi o procedimento? Ninguém sabe.

O que se sabe é que o governador alardeava (e continua alardeando) que, em todas as favelas onde a Polícia Militar instalou as UPPs, os traficantes e criminosos simplesmente sumiram, assustados, amedrontados, apavorados.

Seria tão bom se fosse verdade!! Mas o que é a verdade para esse governador enriquecido ilicitamente, cuja mansão à beira-mar em Mangaratiba virou ponto de atração turística? Para ele, a verdade é a versão que ele transmite, por mais fantasiosa que seja, como se fosse um ridículo Pinóquio de carne e osso (aliás, muito mais carne do que osso, já caminhando para a obesidade precoce), a inventar contos da Carochinha para i lu dir os eleitores.

Quando escrevi a série de artigos desmascarando a “pacificação das favelas”, houve tremenda repercussão (como ocorre com tudo que sai publicado nesse Blog ou na Tribuna da Imprensa). Mas a maioria das pessoas se recusava a acreditar. Não podiam aceitar que um governante descesse a nível tão baixo, criasse tão estarrecedora mistificação, tentasse manipular tão audaciosamente os eleitores.

Mas meus artigos plantaram a semente da dúvida. Nas redações, os jornalistas começaram a questionar a vera cidade do sucesso dessa política de segurança pública. Até que, há dois ou três meses, O Globo publicou uma página inteira em sua seção “Logo” (que é uma espécie de “pensata”), ironizando a facilidade com que as favelas teriam sido “pacificadas”. (Não me deram crédito nem royalties, é claro, mas fico esperando o pré-sal).

No dia 2 de julho, mais uma vez O Globo, em reportagem de Vera Araújo, comprova que meus artigos de denúncia estavam corretos. Sob o título “FEIRÃO DE DROGAS DESAFIA UPP”), com fotos impressionantes feitas em maio na Cida de de Deus, a matéria mostra que o tráfico de drogas está e sempre esteve liberado, exatamente como afirmei.

Ao que parece, a repórter nem chegou a ir à Cida de de Deus. As fotos na “favela pacificada” foram feitas por um morador do local, que as enviou ao jornal. Foi facílimo fazer a matéria, as imagens dizem tudo.

No dia seguinte, mais um repique em O Globo , mostrando que, assim com o tráfico de drogas, também a exploração de caça-níqueis está liberada na comunidade “tomada” pela PM. As fotos, novamente, são de um morador da favela, que o jornal, obviamente, não identifica.

***
PS – Isso não está acontecendo somente na Cida de de Deus.. Em todas as favelas pacificadas ocorre o mesmo.

PS2 – Aproxima-se a eleição e, na campanha, o governador vai massacrar a opinião pública com a divulgação do êxito da “pacificação das favelas”. Este é o ponto mais forte de sua “plataforma” eleitoral, ao lado das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

PS3 – Aliás, UPPs e UPAs, tudo a ver. As UPAs também são um golpe de marqueting político-eleitoral, conforme iremos demonstrar neste Blog.

PS4 – O desgoverno de Cabral é um tema longo, do tipo “E o vento levou”.

E seria bom, seria ótimo, se o vento o levasse permanentemente para longe de nós.


Por Helio Fernandes

JOGO DO CABRALZINHO COM A GRANA DA SAÚDE.

Na mesma linha de defender coisas questionáveis, que podem contribuir para o crescimento das organizações criminosas, o Governador Fluminense (na verdade, Vascaíno) Sérgio Cabral deu ontem mais uma demonstração de que joga a favor de um esquema em que as grandes máfias transnacionais brigam por hegemonia: o jogo. Cabralzinho chamou para si ontem a responsabilidade de ser um dos porta-vozes da polêmica legalização dos jogos de azar no Brasil. Como se previa, a desculpa é arranjar novos recursos para financiar a área da saúde – setor no qual Cabral tem grandes amigos, aliados e parceiros lucrando milhões na esfera federal e no Estado do Rio, onde ele é o governador.

Cabralzinho verbalizou a demagogia de que a grana resultante da arrecadação dos impostos com o jogo legalizado pode ser usada na saúde, na cultura ou em obras sociais. E fez a argumentação previsível para defender a legalização dos jogos – negócio bilionário que interessa à cúpula do PT, principalmente José Genoíno, Antônio Palocci e José Dirceu: “"Acho que no Brasil, se aberto e legalizado, ele (o jogo) poderia ser uma fonte de financiamento importante para tanta coisa. Cada país usa um modelo de aplicação desses recursos. Mas todos aplicam em áreas nobres dos serviços públicos. É um lamento que a gente não possa modificar isso, e ter jogos legalizados, organizados, controlados e com o dinheiro bem aplicado".

Assim o Brasil caminha para a desestruturação moral que tanto interessa aos esquemas da Oligarquia Financeira Transnacional que nos explora, porque permitimos. A conversa fiada do Cabralzinho será um forte argumento para o governo aprovar a famigerada Emenda 29 que prevê supostos maiores investimentos na saúde.

Por isso, pouco adianta o Exército Brasileiro ficar enxugando gelo na guerra contra narcotraficantes no Complexo do Alemão e adjacências. No Brasil, não existe vontade política sincera de acabar com o lucrativo e mafioso negócio ilegal da venda de drogas. Até porque o único caminho para combater o tráfico é agir de forma capitalista: conter a venda, inibindo o consumo, pela via de políticas públicas com foco educacional, diminuindo a geração de usuários de drogas ilícitas (e também lícitas).

Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Setembro de 2011.

sábado, 30 de julho de 2011

QUE O VENTO LEVE CABRALZINHO...

Publicado no Alerta Total – www.alertatotal.net
Helio Fernandes
A “pacificação” das favelas do Rio não passa de um acordo feito entre o governador e os traficantes, que podem “trabalhar” livremente, desde que não usem armas nem intimidem os moradores das comunidades

Em dezembro do ano passado, publiquei aqui no Blog um importante artigo de denúncia, mostrando que a política de “pacificação” das favelas não passa de uma manobra eleitoreira do governador cabralzinho, que inclui um incrível e espantoso acordo entre as autoridades estaduais e os traficantes que atuavam (e continuam atuando) nessas comunidades carentes.

O acordo está “firmado” sob as seguintes cláusulas: 1 – Os traficantes somem com as armas da favela, com os “soldados” de máscaras ninjas, com os olheiros e tudo o mais. 2 – A PM entra na favela, sem enfrentar resistência, ocupa os pontos que bem entender, mas não invade nenhuma casa, nenhum barraco, e não prende ninguém, pois não “acha” traficantes ou criminosos. 3 – A favela é tida como “pacificada”, não existem mais marginais circulando armados, os moradores não sofrem mais intimidações, não há mais balas perdidas. 4 – Em compensação, o tráfico fica liberado, desde que feito discretamente, sem muita movimentação.

Até o Blog publicar esses artigos, ninguém havia tocado no assunto. A implantação das chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) vinha sendo saudada pela imprensa escrita, falada e televisada como uma espécie de panacéia na segurança pública. Era como se, de súbito, as autoridades estaduais e municipais tivessem conseguido “colocar o ovo em pé”, resolvendo de uma hora para outra o maior problema da atualidade: a violência e o tráfico de drogas nos guetos das grandes cidades.

Não há dúvida, esse é UM DOS MAIORES DESAFIOS DA HUMANIDADE. Como todos sabem, em praticamente todos os países do mundo, governantes e autoridades da segurança pública continuam sem saber como enfrentar e vencer o problema da criminalidade e do tráfico. Menos no Rio de Janeiro. Aqui, houve uma espécie de “abracadabra”, um toque de varinha de condão, e num passe de mágica, as favelas foram “pacificadas”, que maravilha viver.

O mais interessante: não foi disparado UM ÚNICO E ESCASSO TIRO, os traficantes e “donos” das favelas não lançaram uma só granada, um solitário morteiro, não acionaram seus lanças-chamas, seus mísseis portáteis, seus rifles AR-15 e M-16, suas submetralhadoras Uzi, nada, nada.

No artigo-denúncia que publiquei no final de dezembro e nos outros que se seguiram em janeiro, chamei atenção para esse fato espantoso: ninguém reparou que a tal “pacificação” foi fácil demais, não houve uma só troca de tiros?

O pior foi a atitude do governador cabralzinho, que deve pensar (?) que os demais cidadãos são todos imbecis e aceitam qualquer “explicação” que lhes seja fornecida pelas autoridades. Recordemos que foi ele quem teve a ousadia e a desfaçatez de vir a público e proclamar, textualmente: “DEI PRAZO DE 48 HORAS PARA OS TRAFICANTES DEIXAREM O CANTAGALO-PAVÃO-PAVÃOZINHO”.

Como é que é? O governador esteve como os traficantes, “cara-a-cara”, e fez o ultimato? Ou mandou recado por algum amigo comum? Como foi o procedimento? Ninguém sabe.

O que se sabe é que o governador alardeava (e continua alardeando) que, em todas as favelas onde a Polícia Militar instalou as UPPs, os traficantes e criminosos simplesmente sumiram, assustados, amedrontados, apavorados.

Seria tão bom se fosse verdade. Mas o que é a verdade para esse governador enriquecido ilicitamente, cuja mansão à beira-mar em Mangaratiba virou ponto de atração turística? Para ele, a verdade é a versão que ele transmite, por mais fantasiosa que seja, como se fosse um ridículo Pinóquio de carne e osso (aliás, muito mais carne do que osso, já caminhando para a obesidade precoce), a inventar contos da Carochinha para iludir os eleitores.

Quando escrevi a série de artigos desmascarando a “pacificação das favelas”, houve tremenda repercussão (como ocorre com tudo que sai publicado nesse Blog ou na Tribuna da Imprensa). Mas a maioria das pessoas se recusava a acreditar. Não podiam aceitar que um governante descesse a nível tão baixo, criasse tão estarrecedora mistificação, tentasse manipular tão audaciosamente os eleitores.

Mas meus artigos plantaram a semente da dúvida. Nas redações, os jornalistas começaram a questionar a veracidade do sucesso dessa política de segurança pública. Até que, há dois ou três meses, O Globo publicou uma página inteira em sua seção “Logo” (que é uma espécie de “pensata”), ironizando a facilidade com que as favelas teriam sido “pacificadas”. (Não me deram crédito nem royalties, é claro, mas fico esperando o pré-sal).

Agora, no dia 2 de julho, mais uma vez O Globo, em reportagem de Vera Araújo, comprova que meus artigos de denúncia estavam corretos. Sob o título “FEIRÃO DE DROGAS DESAFIA UPP”), com fotos impressionantes feitas em maio na Cidade de Deus, a matéria mostra que o tráfico de drogas está e sempre esteve liberado, exatamente como afirmei.

Ao que parece, a repórter nem chegou a ir à Cidade de Deus. As fotos na “favela pacificada” foram feitas por um morador do local, que as enviou ao jornal. Foi facílimo fazer a matéria, as imagens dizem tudo.

No dia, seguinte, mais um repique em O Globo, mostrando que, assim com o tráfico de drogas, também a exploração de caça-níqueis está liberada na comunidade “tomada” pela PM. As fotos, novamente, são de um morador da favela, que o jornal, obviamente, não identifica.

***
PS – Isso não está acontecendo somente na Cidade de Deus. Em todas as favelas pacificadas, ocorre o mesmo.

PS2 – Aproxima-se a eleição e, na campanha, o governador vai massacrar a opinião pública com a divulgação do êxito da “pacificação das favelas”. Este é ponto mais forte de sua “plataforma” eleitoral, ao lado das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

PS3 – Aliás, UPPs e UPAs, tudo a ver. As UPAs também são um golpe de marqueting político-eleitoral, conforme iremos demonstrar neste Blog.

PS4 – O desgoverno de cabralzinho é um tema longo, do tipo “E o vento levou”. E seria bom, perdão, seria ótimo, se o vento o levasse permanentemente para longe de nós.

Helio Fernandes é Editor-Redator-Chefe da Tribuna da Imprensa. Publicado na Tribuna on line de 8 de julho de 2010.

sábado, 9 de julho de 2011

METENDO OS PEZÕES PELAS MÃOS.

Não há político no Brasil que tenha aprendido tanto com Luiz Inácio Lula da Silva como Sérgio Cabral, governador do Rio: imita-o na falta de limites, na disposição de afrontar a ordem legal, na marquetagem pessoal, no destemor com que desafia o ridículo. Todos o viram há pouco a lançar uma espécie de código de ética para o governo do estado. Seria uma iniciativa meritória não estivesse em questão o comportamento do próprio Cabral, chegado a receber favores de bilionários com sólidos interesses na administração.
A promiscuidade, há muito conhecida, ganhou tinturas dramáticas com o acidente de helicóptero que matou piloto, duas crianças, uma babá e três mulheres: Mariana Noleto, namorada de um filho de Cabral do primeiro casamento; Jordana Kfuri, mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, e Fernanda, irmã de Jordana e namorada de Cabral, que se divorciou só ontem de sua segunda mulher. No Rio, todos sabem disso, mas preferem falar do barquinho que vai e da tardinha que cai. Estavam reunidos na Bahia para comemorar o aniversário de Cavendish, um homem de trajetória empresarial, como dizer?, um tanto conturbada. A Delta toca obras de mais R$ 1 bilhão no estado do Rio, mais de R$ 200 milhões desse total sem concorrência.
A proximidade do governador Sérgio Cabral com Cavendish, dono da Delta, e favores outros recebidos de Eike Batista, somados ao drama pessoal vivido pelo homem Sérgio Cabral lançaram o seu governo numa espécie de crise de credibilidade. De súbito, o político que consegue dosar com grande competência, admito, fanfarronice, dramaticidade, populismo e até certos ecos daquela estereotipia do “malandragem” carioca se viu sorumbático, um tanto abatido, atropelado pela sua falta de senso de medida, como uma espécie de ressaca que sobreviesse à alegria que leva um jovem a exagerar na dose. Foi, assim, nesse seu momento taciturno, que o tal código veio à luz, como se não houvesse leis que desaconselhassem Cabral a usar o jatinho de um ou a participar do convescote de outro…
Pois bem. Ontem, a presidente Dilma Rousseff foi ao Rio inaugurar o teleférico no Complexo do Alemão. Em um mês, a presidente teve de demitir dois ministros: Antonio Palocci saiu no dia 7 de junho, e Alfredo Nascimento, no dia 6 de julho. Embora os dois estejam envolvidos em casos de natureza distinta, pode-se dizer que uma coisa os une: a falta de liturgia ao lidar com o interesse público. O caso de Nascimento é mais grave para o governo porque envolve uma fatia da base de apoio no Congresso. Muito bem.
Cabral ainda está na sua fase de recolhimento. O grande orador do governo do Rio foi o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. E ele não hesitou: “Ninguém sabe no Brasil mais do que a senhora (Dilma Rousseff) o que é fazer obra pública neste País (…) Eu queria aqui dividir esse momento (…) por nós estarmos celebrando de vencer a burocracia toda, de vencer os ministérios públicos, de vencer todas as dificuldades que existem num processo como esse”. Em seguida, metendo os pezões pelas mãos, mostrou-se grato às empreiteiras, inclusive à Delta, a empresa de Cavendish, também citada nominalmente.
Eu sempre me emociono quando vejo um governante falar das enormes dificuldades legais que os patriotas enfrentam para governar o Brasil, como se todos eles nos fizessem um enorme favor, abrindo mão dos próprios interesses para defender os nossos. Eu estou entre aqueles que, de vez em quando, enroscam com uma exigência ou outra do Ministério Público, mas eu posso! A homens públicos não cabe fazer proselitismo contra órgãos encarregados de fiscalizar a conduta de… homens públicos! Essa era uma das peças de resistência de Lula, que atacou de modo sistemático, nos seus oito anos de governo, o Tribunal de Contas da União, por exemplo.
São dias realmente muito especiais estes que vivemos. Uma presidente que acaba de demitir a cúpula de um Ministério diante de evidências gritantes de corrupção ouve um vice-governador ser grato às empreiteiras — inclusive àquela que é pivô da crise que enfrenta o governador — e atacar os “ministérios públicos”. Esta mesma presidente impôs ao Congresso um regime de concessão de obras públicas para a Copa do Mundo que poderá, por comparação, fazer gente como Valdemar Costa Neto parecer um coroinha. Na prática, o texto devolve o país à selvageria pré-lei de licitações.
Estamos sendo governados por heróis que descobriram as virtudes revolucionárias de jogar no lixo as leis.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 24 de junho de 2011

DEPUTADOS QUEREM FAZER DEVASSA EM CONTRATOS DE CABRAL.

Deputados estaduais do Rio pretendem fazer uma devassa no contratos do governo com a empreiteira Delta Construções S.A., do empresário Fernando Cavendish, e nas medidas administrativas que beneficiaram o grupo EBX, de Eike Batista. Os parlamentares de oposição querem saber se as relações de amizade entre o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e os empresários influenciaram iniciativas da administração estadual.

A proximidade entre Cabral e Cavendish ficou exposta após o acidente de helicóptero que matou sete pessoas, na sexta-feira, entre elas Jordana Cavendish, mulher do empresário, o filho dela, Luca, e Mariana Noleto, namorada de Marco Antonio Cabral - filho do governador. Cabral e seus parentes viajaram para a Bahia em jato cedido por Eike, para participar dos festejos de aniversário de Cavendish.
A Delta acumulou R$ 992,4 milhões em contratos durante o primeiro mandato de Cabral. Este ano, dos R$ 241,8 milhões em empenhos para a empresa, R$ 58,7 milhões são fruto de obras realizadas com dispensa de licitação. Os deputados estaduais solicitaram cópias de editais, contratos, aditivos, resultados de licitação e valores empenhados, faturados e liquidados até 30 de maio de 2011.

Em relação às ligações do governador com Eike Batista, os parlamentares solicitaram informações sobre benefícios fiscais concedidos ao grupo EBX, dados de licenciamento ambiental que beneficiaram as empresas do conglomerado e atos do Poder Executivo relativos a desapropriações para viabilizar o empreendimento de Porto do Açu - na região norte do Rio.
A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara confirmou que houve crescimento no volume de contratos do Estado com a Delta, mas atribuiu isso ao aumento de investimentos do governo estadual nos últimos anos, "fruto do forte ajuste fiscal feito pelo Estado e da obtenção da sua maior capacidade de endividamento para a realização de obras". A Delta, por nota, alegou que o aumento de negócios com o governo do Rio é decorrência dos "jogos da Copa do Mundo e Olimpíada e do pré-sal".

Também por nota, Eike argumentou que não tem contratos com o Estado e teve a "satisfação" de emprestar seu jato particular ao governador do Rio. Em relação aos benefícios fiscais concedidos, o grupo EBX argumenta que eles são idênticos aos disponíveis para "qualquer outra empresa que se disponha a correr os riscos de empreender projetos de qualidade e magnitude semelhantes". E conclui: "Além disso, muitos desses regimes fiscais entraram em vigor antes do atual governo do Estado ou antes da criação das nossas companhias citadas."
FAB. O Ministério Público Federal da Bahia abriu procedimento administrativo para apurar por que avião da Força Aérea Brasileira (FAB) foi usado para fazer traslado do corpo da namorada do filho do governador Sérgio Cabral. O procurador André Batista ampliou a investigação para saber se os corpos dos outros passageiros mortos na tragédia também foram transportados pela FAB.

Fonte: O Estadão

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PACTO CONTRA O TRÁFICO.

Pacto contra o tráfico. Constrangido em ceder a facções, governo uniu forças para libertar área em que ergueu teleférico - MARCELO GONZATTO, Zero Hora 05/12/2010


Detalhes da operação de guerra montada para retomar o Complexo do Alemão, no Rio, revelam que a invasão das forças de segurança não cumpriu apenas objetivos operacionais, mas também políticos.

A união incomum de forças militares e civis buscava algo além de libertar uma comunidade dominada pelo medo. Foi o momento escolhido para que os governos se livrassem do constrangimento de ter de pedir licença a criminosos para inaugurar investimentos de quase R$ 2 bilhões – incluindo um teleférico planejado para ser o símbolo da luta contra o narcotráfico, a exemplo do que ocorreu na Colômbia.

Desde 2005, um plano para tomar o Alemão de assalto – e que estava previsto para virar realidade só em 2012 – era mantido em uma gaveta do Palácio da Guanabara. Em uma reunião da cúpula do governo estadual realizada quarta-feira, 24 de novembro, o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e o governador Sérgio Cabral decidiram que era hora de colocá-lo em prática.

Para isso, foi decisiva a audácia das ações praticadas pelos bandidos. Mas também pesou a possibilidade de abreviar o caminho para um dos principais projetos dos governos estadual e federal para o Rio: a transformação do complexo de favelas em vitrine da política de segurança até a Copa do Mundo 2014, com legado para a Olimpíada de 2016.

– A segurança é prioridade até a Copa, e essas favelas (pacificadas) estão definidas como cartão-postal a ser apresentado ao mundo por Lula e Cabral – revela um petista gaúcho com trânsito no governo federal.

Nessa reunião, Beltrame redigiu um documento ao Ministério da Defesa, solicitando o emprego de blindados da Marinha. Depois, elaboraria um pedido de reforço de tropas. Tratava-se de uma formalidade, já que, por telefone, governador e presidente haviam concordado com a realização de uma ação conjunta para liberar os complexos da Penha e do Alemão.

– O presidente determinou o apoio ao ministro Jobim (Nelson Jobim, da Defesa), que estabeleceu a diretriz para os comandantes das Forças Armadas – afirma um funcionário do Ministério da Defesa.

O emprego das Forças Armadas é um tema sensível tanto para os militares, temerosos de eventuais desgastes na imagem das corporações, quanto para governos estaduais que costumam considerar esse tipo de socorro uma admissão de incapacidade. A facilidade com que o acerto foi feito é atribuída à sintonia política entre Lula e Cabral, mas pode ser explicada pelo contexto envolvendo o Alemão.

Nos últimos meses, a situação do conglomerado de favelas provocava crescente desconforto nos palácios do Planalto e da Guanabara. Afinal, mesmo com R$ 721 milhões já investidos na área e outros R$ 1,3 bilhão a caminho dos complexos do Alemão e da Penha para urbanismo e saneamento, a equipe de segurança presidencial era constrangida pela necessidade de tolerar e se adequar à influência de traficantes para que Lula pudesse inaugurar obras do PAC.

Cabral avisou Lula de que ele poderia inaugurar a obra

A principal delas é o teleférico em fase final de construção, inspirado em um modelo erguido em Medellín, na Colômbia, e que se transformou em uma espécie de monumento à vitória sobre o narcotráfico daquele país.

– Normalmente, o tráfico se retrai quando há uma cerimônia oficial nos morros do Rio. Depois, a polícia vai embora e continua como antes – comenta a socióloga Julita Lemgruber.

O problema é que, para o sucesso do projeto capitaneado pelo teleférico, desta vez o tráfico deveria ser expulso. A sensação de fortalecimento dos traficantes e a insatisfação com a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estariam dificultando até mesmo antigos acordos tácitos entre autoridades e o crime organizado. Para eliminar o domínio do tráfico sobre a comunidade, faltava costurar os termos da invasão. Houve duas exigências principais nas negociações: uma delas, do ministro Jobim, era que o Rio admitisse formalmente a incapacidade de lidar com a situação por conta própria. A outra, a ser cumprida pelo Exército, era barrar a participação de aspirantes e dar preferência a militares com histórico de atividade no Haiti. Ambas foram atendidas.

Graças ao sucesso da empreitada, a Penha e o Alemão foram libertados do tráfico, e a região queimou etapas para se tornar o principal exemplo da nova política de segurança do país. O sentimento foi resumido em um telefonema dado por Cabral a Lula logo depois da reconquista do complexo de favelas, quando bandeiras do Brasil e do Rio foram cravadas sobre o teleférico, área até então sob domínio de uma facção criminosa. O governador anunciou ao presidente:

– O senhor vai poder inaugurar e passear no teleférico, no próximo dia 21, sem se preocupar com traficantes.