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sábado, 22 de junho de 2013

UMA MARCHA PARA A HISTÓRIA

Editorial

Há muitas incertezas em torno do futuro das manifestações que estão acontecendo por todo o país. Intelectuais das mais diferentes matizes se revezam na mídia tentando encontrar explicações para o fenômeno que vem das ruas, cujo antro de articulação e mobilização parte de algo extremamente frenético e imponderável: as redes sociais. 
Quem vem acompanhando atentamente a cobertura da imprensa sobre os protestos, com certeza já ouviu ou leu as mais diferentes teses sobre as manifestações. 
Já se falou de tudo um pouco. Houve quem criticou o movimento pela falta de foco; os que condenaram seu caráter exclusivo, não permitindo a participação de agremiações políticas nas marchas; outros ainda que reclamaram comando ao protesto, alegando que sem lideranças o movimento tende a sucumbir e esvaziar. E por ai vai...
Enquanto os intelectuais de plantão quebram a cabeça para entender o fenômeno, os manifestantes seguem exibindo seus cartazes, soltando seus gritos de guerra e planejando novos protestos prometendo quebrar recordes de participação. 
Polêmicas à parte, um ponto é consensual: impressiona a capacidade de mobilização do movimento. O caso de Vitória, em especial, é ainda mais emblemático. 
Comparando a manifestação de Vitória com a de outras capitais, podemos dizer, seguramente, que a Capital capixaba levou, proporcionalmente, o maior número de manifestantes para as ruas.
Considerando que a população da Capital capixaba é de 327 mil habitantes e, segundo a PM, 100 mil estavam nas ruas nessa quinta-feira (20), podemos dizer que quase um terço dos moradores de Vitória trocou o sofá pelo asfalto. 
Os mais ponderados irão dizer que no protesto havia gente de Vila Velha, Serra, Cariacica e até de Viana. Tudo bem. Mais o grosso mesmo veio de Vitória. 
Para atestar a pujança do protesto capixaba é só comparar os números. O Rio de Janeiro levou mais de 300 mil; São Paulo 110 mil e Vitória 100 mil. Respectivamente, esses números representam 4,7%, 0,97% e 30% das populações dessas capitais.
Por trás do retumbante número capixaba pode estar a vontade de democracia represada durante os dois mandatos (2003 – 2010) do governo Paulo Hartung, que fez uma gestão marcada pelo autoritarismo e não deu espaço algum para os movimentos populares. Ao contrário, a Era Hartung asfixiou as lideranças comunitárias que ousaram criticar seu governo e cooptou os mais vulneráveis, que acabaram trocando suas causas por favores políticos. 
A participação maciça dos capixabas revela essa vontade reprimida de participação popular, que ainda não teve ressonância nos dois anos e meio do governo socialista de Renato Casagrande, como muitos esperavam.
Por enquanto, a única autoridade no Estado que desceu literalmente as escadas do poder para dialogar com a massa foi o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa. Como ele mesmo disse, “a voz das ruas merece o máximo respeito por parte das autoridades constituídas”.
Que fique o exemplo para os que ainda não acordaram.

Século Diário

sábado, 2 de junho de 2012

LUIZ PAULO (PSDB) LIDERA EM VITÓRIA - ES

De acordo com o Instituto Futura o tucano se fortaleceu com a ausência do ex-governador.

Com Paulo Hartung (PMDB) de fora do tabuleiro eleitoral em Vitória, o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas fortalece seu nome. Aliado do ex-governador, Luiz Paulo cresce seis pontos percentuais e, nesse primeiro momento, é o principal beneficiado dos votos que eram destinados a Hartung. O tucano sobe para 31,2% e lidera o jogo na Capital.

De acordo com a pesquisa Futura para A Gazeta, o deputado Luciano Rezende (PPS), outro aliado do ex-governador, aparece na segunda posição, com 21,3%, seguido da petista Iriny Lopes (13,3%). Nesse cenário, a indicação é de que haja segundo turno. Os três pré-candidatos a prefeito oscilaram positivamente após a pesquisa realizada em abril, quando Hartung apareceu na frente, com 42,5% das intenções estimuladas de voto.

Na última segunda-feira, o ex-governador pôs fim às especulações e descartou se lançar na disputa.Os dados da pesquisa estimulada mostram ainda que os deputados Lelo Coimbra (PMDB) e José Esmeraldo (PR) se mantiveram praticamente do mesmo tamanho, com 6,2% e 6%, respectivamente. O resultado completo da pesquisa você confere no jornal A Gazeta deste domingo (03).


Fonte: A Gazdta

sexta-feira, 2 de março de 2012

SAÚDE PÚBLICA: VITÓRIA EM PRIMEIRO LUGAR. SERÁ?


 Frederico Goulart
fgoulart@redegazeta.com.br

O serviço de saúde pública oferecido em Vitória foi considerado o melhor entre as cidades brasileiras com boa infraestrutura e condições de atendimento à população nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Esse foi um dos dados apontados pelo Índice de Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (IDSUS), lançado ontem pelo Ministério da Saúde para avaliar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde no país.

A capital capixaba aparece com 7,08 pontos, seguida de Curitiba (6,96) e Ribeirão Preto (6,69). Entre os Estados, o Espírito Santo ficou em 5º lugar, com 5,79. A meta do ministério era 7.

Os municípios foram divididos em seis grupos, de acordo com perfis socioeconômico e de estrutura de saúde. Nos grupos 1 – onde Vitória está – e 2, estão as cidades mais ricas, com estruturas mais complexas. Nos grupos 3 e 4, estão as cidades com pouca estrutura, de média e alta complexidade; e, nos grupos 5 e 6, as cidades menores.

Pesquisa

O índice é o resultado do cruzamento de 24 indicadores que avaliam se a população está conseguindo ser atendida em uma unidade pública de saúde e qual a qualidade do serviço. A demora para o atendimento e a satisfação do usuário, porém, não foram critérios avaliados.

A pesquisa foi feita entre 2008 e 2010 nos diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência). A Região Sul teve pontuação de 6,12, seguida do Sudeste (5,56), Nordeste (5,28), Centro-Oeste (5,26) e Norte (4,67).

O IDSUS será calculado a cada três anos. Mas o ministério pretende fornecer uma avaliação anual a prefeituras e Estados para estimular o cumprimento de metas.


Prefeitura admite que há demora no atendimento

Apesar da boa colocação da cidade de Vitória no Índice de Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (IDSUS), o prefeito João Coser aponta que a demora para a realização dos atendimentos ainda é o principal desafio que falta ser superado. "Nossa capacidade de atender ainda é inferior à demanda", diz.

Coser aponta que o número positivo está relacionado, além da melhoria da estrutura da rede de saúde da cidade, ao fato de 79,4% da cidade já ser atendida pelo Programa de Saúde da Família.

Em 2011, a prefeitura investiu R$ 210 milhões (15% do orçamento) na área da saúde, o que representa
R$ 665 por pessoa ao ano. Ao todo, a rede conta hoje com 478 médicos, 135 dentistas e 3.551 profissionais.


foto: Edson Chagas
ES - Vitória - Pamela Brandenburg, acompanhada de sua filha Alice, entrevistada sobre o atendimento no PA da Praia do Suá - Editoria: Cidade - Foto: Edson Chagas
Horas de espera
Pamela Brandenburg dos Santos, 16 anos, esperou ontem por duas horas no Hospital Infantil de Vitória e depois mais outras duas no Pronto-Atendimento da Praia do Suá só para saber o que a filha, Alice, tinha. "É impossível que esta seja a melhor saúde do país", disse a jovem.

Abaixo da média
Somente 6,4% das cidades conseguiram resultados acima de 7 pontos, média estipulada pelo Ministério da Saúde. 20,7% tiveram notas abaixo de 5

Serra entre os piores do Grupo 2
A Serra aparece entre as dez cidades com pior pontuação em um grupo com municípios que possuem menos infraestrutura e condições de atendimento. A cidade obteve 4,97 pontos, no Grupo 2. O município não quis comentar o assunto, pois não teve acesso à pesquisa.

foto: Edson Chagas
ES - Vitória - Pamela Brandenburg, acompanhada de sua filha Alice, entrevistada sobre o atendimento no PA da Praia do Suá - Editoria: Cidade - Foto: Edson Chagas
Ele se sentiu humilhado
Das 9 até as 17 horas de ontem, Luiz Cláudio Oliveira Souza, 42 anos, esperou. Depois de oito horas, descobriu que tinha úlcera e ainda saiu do Pronto-Atendimento da Praia do Suá sem receita médica. Precisa voltar hoje para saber o que fazer. "Nunca me senti tão humilhado", desabafou.
Confira a relação completa do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) por Estado e nos grupos 1 e 2:

TABELA 1 – ÍNDICES DOS ESTADOS

Unidades Federativas
IDSUS
Santa Catarina
6,29
Paraná
6,23
Rio Grande do Sul
5,90
Minas Gerais
5,87
Espírito Santo
5,79
Tocantins
5,78
São Paulo
5,77
Mato Grosso do Sul
5,64
Roraima
5,62
Acre
5,44
Alagoas
5,43
Rio Grande do Norte
5,42
Bahia
5,39
Sergipe
5,36
Piauí
5,34
Pernambuco
5,29
Goiás
5,26
Maranhão
5,20
Ceará
5,14
Distrito Federal
5,09
Mato Grosso
5,08
Amapá
5,05
Amazonas
5,03
Paraíba
5,00
Rio de Janeiro
4,58
Rondônia
4,49
Pará
4,17
Brasil
5,47

TABELA 2 – ÍNDICES DAS CAPITAIS POR GRUPO HOMOGÊNEO

Capitais
IDSUS 2012
Grupo Homogêneo
Vitória
7,08
1
Curitiba
6,96
1
Florianópolis
6,67
1
Porto Alegre
6,51
1
Goiânia
6,48
1
Belo Horizonte
6,40
1
São Paulo
6,21
1
Campo Grande
6,00
1
São Luís
5,94
1
Recife
5,91
1
Natal
5,90
1
Salvador
5,87
1
Teresina
5,62
1
Manaus
5,58
1
Cuiabá
5,55
1
João Pessoa
5,33
1
Fortaleza
5,18
1
Brasília
5,09
1
Maceió
5,04
1
Belém
4,57
1
Rio de Janeiro
4,33
1

CAPITAIS DO GRUPO HOMEGÊNEO 2

Palmas
6,31
2
Boa Vista
5,76
2
Rio Branco
5,56
2
Aracajú
5,55
2
Porto Velho
5,51
2
Macapá
5,10
2

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PMDB E PT EM CAMINHOS OPOSTOS EM VITÓRIA E NO ESP.SANTO

Mudança no tabuleiro da Capital
É difícil não avaliar como afastamento, separação, esfriamento ou algo do tipo as declarações para A GAZETA do presidente do PMDB no Estado, deputado Lelo Coimbra, sobre o PT. Ao defender um "novo ciclo" em Vitória, Lelo sinaliza que os partidos deverão ficar em lados diferentes na eleição da Capital.

Além disso, soou como mais um sinal do mal-estar entre as siglas, já apontado em colunas anteriores. Vejamos: primeiro o prefeito João Coser (PT) passou a declarar apoio à colega Iriny Lopes, após apostar na aliança com o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) durante boa parte de 2011. O meio político foi surpreendido com essa mudança de discurso.

Depois, quando A GAZETA trouxe à tona as suspeitas sobre as desapropriações da Prefeitura de Vitória, alguns peemedebistas cogitaram nos bastidores se afastar do projeto petista. E agora, por fim, Lelo indica que o PMDB trabalha com outro projeto que não o da petista Iriny Lopes.

Claro que esse movimento não seria feito sem o aval do ex-governador Paulo Hartung, maior liderança do PMDB e do grupo político ao qual Lelo pertence.

Aliás, a interlocutores próximos, Hartung já viria sinalizando, há algum tempo que a cidade quer um projeto diferente do PT. Em outras palavras: ele e seu grupo não caminharão com os petistas, pondo fim a uma aliança que começou no governo dele.

O fato vêm gerando interpretações diversas no meio político. Uma leitura mais pragmática aponta, por exemplo, que é conveniente para Hartung agora se afastar de Coser e da gestão petista na Capital, hoje envolvida em desgastes políticos e administrativos.

Outra avaliação: Hartung retorna ao campo político da "reforma", ou seja, ao seu campo ideológico de militância, que nunca incluiu o PT. "O ex-governador está se reconciliando com sua história de vida, retornando ao seu campo onde se sente mais confortável", observa o cientista político Fernando Pignaton.

O fato é que há sinais claros de mudança no tabuleiro. De um lado está o PT e Iriny, e de outro o PMDB e o bloco hartunguista. Os nomes colocados nesse grupo são Luciano Rezende (PPS), Lelo Coimbra (PMDB), Ricardo Ferraço (PMDB) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Este último se "reconciliou" com Hartung, após as críticas a ele na campanha de 2010.

Se eles caminharão juntos no primeiro turno ou não, só o tempo dirá. Mas o fato de contarem com a simpatia de Hartung é mais um sinal de que ele conta com opções para não ficar com o PT e não ser candidato, como aliás já vem indicando a aliados próximos.
Fonte: Praça oito - A Gazeta

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

JUSTIÇA MANTEM BLOQUEIO AOS BENS DO PREFEITO DE VITÓRIA

A Justiça Federal decidiu manter o bloqueio dos bens - incluindo imóveis, contas bancárias e até aplicações financeiras - do prefeito de Vitória João Coser até o limite de R$ 8,2 milhões. A decisão diz respeito à desapropriação de uma área de 10,2 mil m2 em Andorinhas, próximo à Ponte da Passagem. A prefeitura pagou R$ 7 milhões por um terreno que seria dela, mas foi cedido de graça a um comerciante. A compra foi questionada pelo Ministério Público Estadual.

Ontem, Coser antecipou a prestação de contas de sua administração na Câmara e aproveitou para falar das suspeitas de irregularidades nas desapropriações realizadas em sua gestão. Quanto à decisão referente ao caso de Andorinhas, a prefeitura explicou que se refere apenas a um recurso. Acrescentou que o mérito da ação ainda vai ser julgado e que todos os citados no processo receberam prazo para apresentar suas defesas.

Os bens do prefeito haviam sido bloqueados pela juíza da 5ª Vara Federal Cível de Vitória, Maria Cláudia Allemand. A decisão foi mantida pelo desembargador Reis Friede, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro.

Recurso
Além de Coser, foram atingidos pela decisão o procurador-geral de Vitória, Jader Guimarães; e o ex-secretário de Obras Silvio Ramos. Os três haviam ingressado com recurso.

Também respondem ao mesmo processo e tiveram os bens bloqueados o comerciante Eduardo Siepierski, que recebeu a doação da área pública; a ex-mulher dele; e o pai e procurador dele, o empresário Jan Siepierski Filho.

Fechada em 2006 visando às obras na Ponte da Passagem, a desapropriação foi questionada pelo Ministério Público Estadual (MPES). Posteriormente, a ação foi encampada pelo Ministério Público Federal, pois a área questionada pertence à União, que quer a anulação da transferência feita pela prefeitura ao comerciante, em 1988. O município recebeu a área da União, em 1982, para implantar programa habitacional destinado à população de baixa renda.

Praia do Suá

Coser, Sílvio e Jader respondem ainda a outra ação de improbidade administrativa também movida pelo MPES. Os três são acusados de causar prejuízo de R$ 600 mil aos cofres públicos na desapropriação do prédio que abriga o Pronto-Atendimento da Praia do Suá. Na mesma ação foram acusados o vereador Zezito Maio e o presidente da colônia, Álvaro Martins. De todos também foi pedido o bloqueio de bens e o ressarcimento dos prejuízos.

PSDB move nova ação contra Coser
Mais uma ação judicial foi movida ontem contra o prefeito de Vitória, João Coser (PT), por causa das denúncias sobre irregularidades na desapropriação de imóveis na cidade. O autor da ação popular é o presidente do diretório municipal do PSDB, Luiz Emanuel Zouain da Rocha.

Ele pede ao juiz da Vara da Fazenda Pública Municipal que determine ao prefeito o fornecimento da cópia integral de nove processos de desapropriação, com respectivos laudos de avaliação e os valores pagos por cada imóvel.

Os processos citados na ação já são alvo de investigação do Ministério Público e foram citados em reportagem publicada por A GAZETA, no último domingo.

Na ação popular, Luiz Emanuel requer que seja determinada a nulidade dos atos de desapropriação dos nove processos.

Outro pedido feito na ação é de decretação da indisponibilidade de bens de Coser, já decretada em outra ação sobre as desapropriações, pela Justiça Federal (ver matéria ao lado). O presidente do PSDB faz questão de afirmar que desde 2009 o partido pede informações à prefeitura sobre desapropriações.

"Não agimos de forma eleitoreira. Entre 2007 e 2008, já chamava atenção o número de desapropriações e a riqueza das campanhas de alguns vereadores", diz.

Vilmara Fernandes e Claudia Feliz - A Gazeta