quinta-feira, 6 de maio de 2010

Inclusão súbita de milhões em programas sociais tem finalidade eleitoreira

Os deputados Duarte Nogueira (SP) e Otavio Leite (RJ)classificaram nesta terça-feira (4) de manobra eleitoreira a estratégia do governo federal de incluir pelo menos 3,2 milhões de pessoas aos programas sociais neste ano. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, há casos em que a meta estabelecida para 2010 é 70% maior do que todos os benefícios distribuídos em anos anteriores.







A ressalva dos tucanos não é aos programas, mas a forma como o Planalto está turbinando essas iniciativas com o objetivo de colher dividendos nas urnas em outubro. Prova disso é que Duarte ressalta a importância de ampliar os programas sociais.



No entanto, o parlamentar avalia que, no momento e na forma como isso está sendo feito, há claramente uma ação eleitoreira da gestão petista. “O governo aumentou os recursos para propaganda e, ao mesmo tempo, alavanca programas sociais. Nossa preocupação é com a questão eleitoral, e não com o benefício que as pessoas irão receber”, ponderou.



Já Otavio Leite afirmou que o PSDB jamais será contra a inclusão de pessoas que precisammerecem participar de programas sociais, sobretudo os que alcançam segmentos mais pobres da população. “O que causa perplexidade é essa ação eleitoreira. Vamos continuar com esses programas, até porque fomos nós que os iniciamos”, ressaltou, ao se referir a uma eventual vitória do PSDB na disputa presidencial de outubro.






Governo não sabe explicar expansão concentrada em 2010



O programa “Agente Jovem Adolescente” é voltado aos que não terminaram os estudos e pertencem a famílias pobres. Neste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social pretende incluir mais 383 mil jovens – crescimento de 78% em apenas um ano. Essa expansão não encontra qualquer paralelo desde 2008, quando a iniciativa foi lançada.



No “Segundo Tempo”, que oferece atividades no contra-turno escolar para crianças e jovens, o crescimento será, apenas neste ano, de 47,6%. A iniciativa é tocada pelo Ministério do Esporte.



Questionados pelo “Estadão”, os dois ministérios são souberam explicar por que o crescimento desses programas se concentrou justamente no último ano do governo Lula.

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