sexta-feira, 4 de junho de 2010

SEM CONTROLE.

Aumento dos gastos públicos mostra incapacidade gerencial do governo Lula, dizem tucanos


Os deputados Luiz Carlos Hauly (PR) e Fernando Chucre (SP) criticaram, nesta sexta-feira (4), o governo federal por mais um recorde negativo. No último mês de abril, o aumento das despesas atingiu o maior nível em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) desde o início do governo Lula. De acordo com o Ministério da Fazenda, entre abril de 2009 e abril deste ano, os gastos representaram 18,6% do PIB. Por outro lado, as despesas do governo com investimentos foram de meros 1,2% durante o mesmo período.



Na avaliação dos parlamentares, o aumento do gasto público e a falta de investimento é mais um sinal da total incapacidade gerencial do atual governo. Segundo eles, gastos de custeio continuam sendo feitos de forma exagerada.



“É uma ação predadora, temerária e desastrosa”, reprovou Hauly, lembrando que o governo Lula gasta muito mal. Para ele, a gestão Lula “emprega mal o dinheiro público, investe pouco e aumenta muito o custeio da máquina pública”.



Já Chucre acredita que as despesas governistas aumentaram por causa dos gastos em propaganda e dos reajustes dados ao funcionalismo público. “Trata-se de um gasto de péssima qualidade, porque é de custeio em detrimento do investimento. E o país precisa de recursos, principalmente na área de infraestrutura”, ressaltou.



O crescimento nas despesas continua sendo a principal crítica do mercado ao governo. Esse fato levou alguns analistas a levantar dúvidas sobre a capacidade do Palácio do Planalto de voltar a cumprir este ano a meta de superávit primário, de 3,3% do PIB, principalmente por conta da eleição presidencial em outubro. Os especialistas defendem uma política mais austera de contenção de gastos, o que atenuaria a necessidade de o Banco Central aumentar juros para conter as pressões na inflação.



“Infelizmente, essa é a forma do PT governar: aumentar custo, investir pouco e não ter qualidade na administração pública. Não é à toa que o Brasil passa por tantas dificuldades em áreas como segurança e saúde, por exemplo”, concluiu Chucre.



Investimentos em 2º plano



→ Matéria publicada hoje pelo "Estadão", mostra que o pior momento para os investimentos foi em 2003, quando o governo Lula gastou 0,3% do PIB. Naquele ano, a equipe econômica foi obrigada a fazer um ajuste fiscal forte para eliminar os temores em relação à manutenção das políticas que garantiram a estabilidade econômica pelo governo.

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