Na eleição, ele praticamente passeou. Com nada menos do que 16 partidos na aliança e mais de 82% dos votos válidos, venceu o páreo com folga. Agora, exatamente 100 dias após subir a escadaria do Palácio Anchieta para se instalar no que se tornaria o seu local de trabalho, folga é algo que Renato Casagrande (PSB) não tem mais. Resultados ainda não apareceram, mas o governador garante que muitos estão por vir e recusa a avaliação de que a gestão esteja lenta. "É só olhar a minha agenda para ver que não há lentidão." Na última quinta, ele abriu espaço nessa agenda para esta entrevista exclusiva. Confira os melhores trechos.
Segundo parte do meio político, o governo ainda não engrenou. Há mesmo lentidão?
Não há lentidão. É só olhar a minha agenda para ver isso. Nestes primeiros meses, o ritmo de trabalho do governo foi mantido e foi intenso.
Em 100 dias, o senhor ainda não teve tempo para apresentar resultados concretos. Mas quando eles começarão a aparecer?
Já estamos dando sequência aos projetos iniciados pela administração passada e colocando em prática os nossos projetos. Nestes primeiros 100 dias, nossas grandes preocupações foram manter o ritmo de governo e deixar bem marcado o meu perfil de condução do governo, que é o perfil do diálogo. E fizemos isso. Quando viajo pelo interior, percebo que as pessoas já assimilaram essa marca. Foi esse perfil que nos permitiu, por exemplo, reunir e dialogar com as entidades para dar uma resposta à questão dos leitos hospitalares, e que nos permite estreitar a relação com o governo federal para superar a nossa agenda velha.
A que fatores o senhor atribui a crise na Saúde Pública?
Há muitos e muitos anos, a Saúde vem trabalhando no limite. Quando se trabalha no limite, acaba havendo eventualmente uma sobrecarga na rede. Só em um fim de semana, tivemos 350 internações hospitalares no Estado por trauma, sendo a maioria decorrente de acidentes.
Foi essa a maior "bomba" herdada do governo anterior?
Não herdei a bomba do governo passado. Não tem a responsabilidade de um governo. E não me cabe achar culpados, mas apresentar soluções. Foi uma questão de sobrecarga do sistema.
Até quando, então, o sistema vai operar no limite?
Até o início de 2012. Estamos buscando parcerias com o Ministério da Saúde, informatizando a rede e concluindo as obras do São Lucas e do Dório Silva.
Tantas viagens e audiências em Brasília vão mesmo resolver os gargalos do Espírito Santo?
Vão resolver, se não houver problemas imprevistos. Aliás, o trabalho que estamos fazendo já está trazendo resultados. Às vezes eles não aparecem, quando são no sentido de destravar processos, como o do aeroporto no TCU. Preciso estar sempre presente em Brasília, pois é lá que estão não só as soluções, como também as ameaças ao Estado.
O senhor é o governador do diálogo, mas, na Assembleia, a crise principiou porque deputados alegaram dificuldade em dialogar com secretários. Onde essa interlocução falhou?
Não passamos por um princípio de crise. Foram manifestações pontuais. Temos uma relação estável com a Casa. É natural que haja uma ansiedade inicial, mas deixamos claro para eles nossa disposição ao diálogo e os investimentos que serão feitos. Vamos produzir muitos resultados neste ano e nos próximos três.
No contexto das reclamações dos deputados, está a frustração com o pouco espaço para nomeações políticas. O senhor vai ceder nesse aspecto?
O critério político não tem nenhuma rejeição, desde que seja acompanhado pelo critério técnico. Todos os secretários têm autonomia para nomear do terceiro escalão para baixo.
O senhor quer governar para os excluídos. Vai conseguir agradar aos mais pobres e aos empresários ao mesmo tempo?
Aos bons empresários, sim.
A boa arrecadação registrada no primeiro bimestre garante que todos os investimentos planejados serão feitos?
Serão feitos. Pela primeira vez na nossa história, estamos começando um governo com a garantia de concluir todos os investimentos iniciados pelo anterior.
Parte desse superávit vai ser depositado no "colchão"? E, afinal, de quanto foi a reserva livre deixada por Hartung?
Assumimos o governo com R$ 1,4 bilhão em caixa, parte comprometida. Sempre teremos um pouco de recursos reservados para emergências. Vamos manter o mínimo necessário.
(Com colaboração de Leonardo Quarto)
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/h9whrx
Segundo parte do meio político, o governo ainda não engrenou. Há mesmo lentidão?
Não há lentidão. É só olhar a minha agenda para ver isso. Nestes primeiros meses, o ritmo de trabalho do governo foi mantido e foi intenso.
Em 100 dias, o senhor ainda não teve tempo para apresentar resultados concretos. Mas quando eles começarão a aparecer?
Já estamos dando sequência aos projetos iniciados pela administração passada e colocando em prática os nossos projetos. Nestes primeiros 100 dias, nossas grandes preocupações foram manter o ritmo de governo e deixar bem marcado o meu perfil de condução do governo, que é o perfil do diálogo. E fizemos isso. Quando viajo pelo interior, percebo que as pessoas já assimilaram essa marca. Foi esse perfil que nos permitiu, por exemplo, reunir e dialogar com as entidades para dar uma resposta à questão dos leitos hospitalares, e que nos permite estreitar a relação com o governo federal para superar a nossa agenda velha.
A que fatores o senhor atribui a crise na Saúde Pública?
Há muitos e muitos anos, a Saúde vem trabalhando no limite. Quando se trabalha no limite, acaba havendo eventualmente uma sobrecarga na rede. Só em um fim de semana, tivemos 350 internações hospitalares no Estado por trauma, sendo a maioria decorrente de acidentes.
Foi essa a maior "bomba" herdada do governo anterior?
Não herdei a bomba do governo passado. Não tem a responsabilidade de um governo. E não me cabe achar culpados, mas apresentar soluções. Foi uma questão de sobrecarga do sistema.
Até quando, então, o sistema vai operar no limite?
Até o início de 2012. Estamos buscando parcerias com o Ministério da Saúde, informatizando a rede e concluindo as obras do São Lucas e do Dório Silva.
Tantas viagens e audiências em Brasília vão mesmo resolver os gargalos do Espírito Santo?
Vão resolver, se não houver problemas imprevistos. Aliás, o trabalho que estamos fazendo já está trazendo resultados. Às vezes eles não aparecem, quando são no sentido de destravar processos, como o do aeroporto no TCU. Preciso estar sempre presente em Brasília, pois é lá que estão não só as soluções, como também as ameaças ao Estado.
O senhor é o governador do diálogo, mas, na Assembleia, a crise principiou porque deputados alegaram dificuldade em dialogar com secretários. Onde essa interlocução falhou?
Não passamos por um princípio de crise. Foram manifestações pontuais. Temos uma relação estável com a Casa. É natural que haja uma ansiedade inicial, mas deixamos claro para eles nossa disposição ao diálogo e os investimentos que serão feitos. Vamos produzir muitos resultados neste ano e nos próximos três.
No contexto das reclamações dos deputados, está a frustração com o pouco espaço para nomeações políticas. O senhor vai ceder nesse aspecto?
O critério político não tem nenhuma rejeição, desde que seja acompanhado pelo critério técnico. Todos os secretários têm autonomia para nomear do terceiro escalão para baixo.
O senhor quer governar para os excluídos. Vai conseguir agradar aos mais pobres e aos empresários ao mesmo tempo?
Aos bons empresários, sim.
A boa arrecadação registrada no primeiro bimestre garante que todos os investimentos planejados serão feitos?
Serão feitos. Pela primeira vez na nossa história, estamos começando um governo com a garantia de concluir todos os investimentos iniciados pelo anterior.
Parte desse superávit vai ser depositado no "colchão"? E, afinal, de quanto foi a reserva livre deixada por Hartung?
Assumimos o governo com R$ 1,4 bilhão em caixa, parte comprometida. Sempre teremos um pouco de recursos reservados para emergências. Vamos manter o mínimo necessário.
(Com colaboração de Leonardo Quarto)
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/h9whrx
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