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segunda-feira, 3 de maio de 2010
O TEMPO FECHOU NO ESPIRITO SANTO.
A primeira sessão na Assembleia Legislativa após o anúncio da retirada da candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo do Estado foi marcada por discursos acirrados e muita conversa reservada. Os deputados do PDT dispararam críticas contra o posicionamento do governador paulo Hartung em apoiar a candidatura do senador Renato Casagrande, sem discutir o assunto com os partidos que já estavam aliados com Ferraço.
A deputada Aparecida Denadai cobrou do vice-governador mais clareza quanto a justificativa que vem dando para explicar a retirada de sua candidatura ao governo.
O deputado Euclério Sampaio (PDT) foi o primeiro a discursar. O parlamentar afirmou que após essa decisão, considera Hartung um traidor da população e do próprio partido. Euclério leu uma carta assinada pelo delegado Regional do PMDB de São Mateus, Aécio Matos, que pede a expulsão do governador Paulo Hartung do partido por ele ter tomado essa decisão sem consultar o Diretório Estadual da legenda. Um dos trechos da carta diz:
"Eu, na condição de delegado regional do PMDB representando o município de São Mateus, irei propor uma anulação de vossa vontade imperialista baseada no estatuto partidário, pedindo a sua expulsão do PMDB. Tornando sem efeito os acordos de gabinete no qual o povo não é ouvido e os diretórios dispensados de opinarem", afirmou.
O deputado Euclério Sampaio (PDT) foi o primeiro a discursar. O parlamentar afirmou que após essa decisão, considera Hartung um traidor da população e do próprio partido
O presidente da Executiva Estadual do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra, negou que qualquer pedido de expulsão ou crítica direcionada ao governador tenha sido comentada no encontro do partido na manhã desta segunda-feira (03). Lelo confirmou que muitas lideranças demonstraram insatisfação com o processo, mas que em nenhum momento a crítica foi atribuída diretamente a Hartung.
Outra que não poupou críticas a mudança no processo político foi a deputada Aparecida Denadai. A pedetista cobrou do vice-governador mais clareza quanto a justificativa que vem dando para explicar a retirada de sua candidatura.
Lelo confirmou que muitas lideranças demonstraram insatisfação com o processo, mas que em nenhum momento a crítica foi atribuída diretamente a Hartung.
"O povo quer saber, vice governador Ricardo Ferraço, o nome dessa pessoa que segurou essa faca que te fez sangrar o mês de abril inteiro. O povo quer saber o nome desse traidor. O senhor vai ter toda nossa solidariedade. Quem é esse que veio tirar o tapete ou armou esse laço? Não pode ter meias palavras. O diálogo tem que ser direto. O povo não quer linguagem cheia de simbologia. O senhor tem que falar o nome e o sobrenome dessa pessoa. Temos que ter transparência na política", disse Aparecida.
Deputados contaram que dentro do plenário não havia outro comentário a não ser a mudança no cenário político. O presidente da Casa, deputado Elcio Alvares (DEM), já tinha declarado apoio a Ferraço, contrariando até mesmo a aliança nacional dos Democratas que fechou com o PSDB de José Serra.
"Temos uma conversa com o PPS de caminharmos juntos. O sentimento é de perplexidade com o que aconteceu. Todos querem encontrar um caminho. Nós também queremos encontrar o nosso. A prudência agora é a melhor maneira de encararmos esse processo. Ainda temos uma longa conversa pela frente. Vamos conversar com o PSB e o PSDB", afirmou.
O PMN, partido do líder do governo Paulo Roberto e da deputada Janete de Sá ainda não tem decisão tomada. A legenda também acenava para uma parceria na chapa de Ferraço, mas recuou após a mudança do processo. O deputado Rafael Favato (PR) disse que a tendência do partido agora é caminhar num bloco formado por cinco legendas, que tem a possibilidade de lançar uma candidatura própria.
PR e PDT formam aliança com mais três partidos
Durante uma reunião na manhã desta segunda-feira, o PR e o PDT se reuniram com lideranças do PSC, PRB E PP para formalizarem um blocão que seguirá unido durante o processo eleitoral. Na próxima quinta-feira (06) eles voltam a se reunir para assinarem um termo de compromisso. Tanto o PR quanto o PDT estudam lançar uma candidatura própria.
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