quinta-feira, 6 de maio de 2010

PE: Jarbas critica adversários e diz que Serra será eleito.

Ao confirmar sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco, nesta quinta-feira (6), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) se disse confiante na vitória do aliado José Serra (PSDB) para a presidência da República. "José Serra será o próximo presidente do Brasil e não desejo que Pernambuco fique de fora dessa nova fase da história do País", afirmou. O presidenciável tucano deverá visitar o Recife ainda este mês para uma reunião e, posteriormente, cumprir agenda no Estado.




Jarbas Vasconcelos admitiu que não tinha o interesse em disputar mais uma eleição - o peemedebista já governou o Estado por duas vezes -, mas mudou de ideia porque sentiu o "chamamento" da população. "Essas coisas pesam na hora da gente entrar numa disputa dura como será essa. Vou disputar o governo porque os pernambucanos me pediram", argumentou.



Uma das condições que tinham sido impostas por Jarbas Vasconcelos para assumir a candidatura era a presença do senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, na chapa como candidato à reeleição ao Senado. No entanto, o tucano não quis abrir mão da coordenação de campanha de José Serra e vai disputar uma vaga para a Câmara Federal.



"Sérgio (Guerra) acredita que terá mais condições de ajudar Pernambuco como coordenador da campanha de Serra. Entendi e compreendi, pois é um espaço importante para o Estado. Em suma: Sérgio não disputará a reeleição para o Senado, mas será um integrante fundamental da nossa campanha para retomar o governo de Pernambuco. Ele e o PSDB", avaliou Jarbas em seu discurso.



O pré-candidato de oposição ao governo disse não temer comparações entre seus dois mandatos e os quatro anos de gestão do governador Eduardo Campos (PSB), a quem vai enfrentar neste pleito. "Não tenho problema em comparar governos. Nossa gestão serviu como modelo para diversas administrações em todo o País", concluiu.



Críticas

Jarbas Vasconcelos aproveitou a anúncio de sua pré-candidatura para alfinetar os adversários. "Não vou fazer como o atual governador, que passou a campanha de 2006 dizendo que não queria falar do passado, evitando avaliar o governo do qual ele foi figura-chave, entre 1995 e 1998". A época citada pelo peemedebista foi durante a gestão de Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos. Nesse período, o atual governador era secretário da Fazenda e foi acusado de participar do "escândalo dos precatórios".



Jarbas Vasconcelos garantiu que não mudará sua postura de oposição ao governo Lula, mas lembrou que durante sua administração não houve dificuldades para parcerias. "Lula não é candidato a nada nesta eleição. Sem dúvida alguma Lula ajudou Pernambuco, mas Lula ajudou Pernambuco porque a gente, o meu governo, fez o dever de casa. Arrumamos as finanças do Estado. Minha relação com Lula foi republicana, respeitosa, mas sem adesismos".



Sobre sua relação com o PMDB nacional, Jarbas admitiu que sempre foi "azeda" e "ficou mais azeda" quando atacou publicamente o partido pela adesão ao governo federal em troca de cargos. "Tenho nojo a adesismo", completou. No nível nacional, o PMDB tem acordo com o PT para apoiar Dilma.

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