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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

2013: O ANO QUE O ESPIRITO SANTO TRAVOU

O ano de 2013 está acabando, mas os gargalos da logística ficaram no meio do caminho, prejudicando o desempenho da economia capixaba, que perde competitividade por conta da ineficiência logística. A solução de problemas, que se arrastam por décadas até, depende do governo federal, que não consegue destravar os nós da burocracia e implementar os projetos previstos.

“Nossos principais eixos logísticos – rodovias, portos, aeroportos e ferrovias – estão sob a execução direta da União. Ao longo dos últimos anos, nosso Estado não tem recebido os investimentos necessários para a melhoria de nossa infraestrutura logística”, comenta o presidente do Espírito Santo em Ação, Luiz Wagner Chieppe.

A exceção, no caso positiva, fica por conta da BR 101. As pendências no processo de concessão, após mais um ano de questionamentos via Justiça, foram resolvidas, e a concessionária iniciou as obras de melhoria. A duplicação deve começar no próximo ano, junto com o início da cobrança de pedágio.

“O governo federal deu alguns passos, mas não organizou completamente os vagões sobre os trilhos”, argumenta o governador Renato Casagrande. Ele reconhece, entretanto. que os passos dados pelo Executivo federal em 2013 “ficaram aquém de nossas necessidades”. A principal limitação do Estado na logística, destaca, continua sendo na atividade portuária.

Na área portuária foi concluída a ampliação dos berços 101 e 102 do Porto de Vitória. As obras contribuíram para melhorar a capacidade do porto, mas não resolvem os gargalos na área. “Devido às suas limitações geográficas, o Porto de Vitória perdeu competitividade por não comportar grandes embarcações”, enfatiza Chieppe. A solução só virá com a implantação do superporto, projeto prioritário para o Espírito Santo, mas que continua na dependência de decisão por parte do governo federal.

Na avaliação de Casagrande, a grande frustração do povo capixaba, neste ano, foi com as obras do Aeroporto Eurico Salles. Houve a promessa do governo federal de retomá-las em novembro último. No entanto, o compromisso mais uma vez não foi cumprido, e o reinício da construção ficou para 2014.

Br 262, o mico
O leilão para a concessão da BR 262 previsto para este ano não teve interessados, e a duplicação deverá ser feita com recursos públicos, o que implicaria em demora na realização das obras. Outra alternativa é o regime da parceria público-privada (PPP). Esse modelo, na opinião de Chieppe, “permite a clareza das ações do governo e iniciativa privada”.

A EF 118, o ramal ferroviário que fará a ligação de Vitória com o Rio de Janeiro, vai evitar que o Estado fique isolado do país nessa modalidade de transporte. O edital de concessão previsto para este ano foi adiado, e o governo federal ainda não definiu nova data para promover o leilão.

O governador disse que em 2014 deve ser mantida a mobilização das lideranças políticas e empresariais para dialogar com o governo federal e pressionar para a realização das obras previstas. O Executivo estadual, por sua vez, vai fazer as obras que são de sua competência e que contribuirão para o desenvolvimento do Estado.

Gargalos com falta de investimento

A falta de investimentos na área de logística provoca grandes perdas às empresas, que refletem diretamente na limitação de novos negócios, destaca Luiz Wagner Chieppe, do ES em Ação. Os reflexos da perda de competitividade podem ser sentidos, por exemplo, na redução do comércio exterior no Estado, com a redução da arrecadação de impostos.

Fonte: A Gazeta

domingo, 28 de abril de 2013

LULA, DILMA, MAGNO MALTA E A TRISTE REALIDADE DO ESPIRITO SANTO

Gabriel Tebaldi |              

Reunidas no aeroporto de Vitória, algumas personalidades políticas resolveram viajar. No meio do caminho, porém, além de uma pedra, havia apenas uma pista de decolagem e uma estrutura vergonhosa. Assim, logo a caótica sala de embarque lotou e virou cenário para cenas curiosas.

A primeira passageira presa foi a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Como de costume no governo federal, a ministra criticou o atraso das obras capixabas com voz de responsabilidade, deixando o ilusório sentimento de “agora vai!”. Terminada a demagogia e cansada de esperar, Ideli subiu em seu burro sem cabeça e partiu sem desenterrar os encostos que o próprio governo petista soterrou no Estado.

No caminho, encontrou o companheiro Lula chegando. O ex-presidente aproveitou a oportunidade e aconselhou Ideli a não passar pelo corredor Leste-Oeste, que ligará Campo Grande a Vila Velha. Iniciada em 2007, a obra já custou mais de R$ 180 milhões e a previsão de entrega é, no mínimo, 2015.
 Lula chegou ao “pequenoporto” de Vitória rumo aos EUA, pois será colunista do New York Times. Junto dele chegou a equipe responsável por escrever e traduzir as colunas em que Lula se esforçará para desenhar o nome. No check-in, porém, Lula descobriu que não há voos internacionais em Vitória. Surpreso, o filho do Brasil saiu de cena rapidamente, dizendo que “não sabia de nada”.

O ex-presidente Lula aproveitou a oportunidade e aconselhou Ideli a não passar pelo corredor Leste-Oeste, que ligará Campo Grande a Vila Velha
Gabriel Tebaldi

Ao contrário das autoridades, um tal José da Silva não tinha como ir embora. José morava no pequenoporto há meses por uma razão: era um dos beneficiados do Minha Casa, Minha Vida e, assim como milhares de brasileiros, sofria com rachaduras, infiltrações e ausência de rede de esgoto. Além disso, sua casa era menor que o tamanho declarado no contrato e seu teto era colado com fita adesiva.
Isso tudo existia antes das demolições do último mês, que transformaram dinheiro público em escombro no Rio de Janeiro. Dilma não teve alternativa: admitiu que há fraudes e baixa qualidade nas habitações. José agora se inscreveu num novo programa do governo: o Minha Casa, Minha Dívida.
Outro que se familiarizou com rachaduras é o senador Magno Malta. Não em suas humildes residências, mas no PR. Isolado na sala de embarque, Malta não sabia se embarcava para o Palácio Anchieta ou para o do Planalto. Após declarar que disputará eleições para o Executivo, o senador enfrentou resistência interna. No momento, o teto do PR está colado com fita adesiva e as lideranças planejam uma saída coletiva. Enquanto o desabamento e a demolição se aproximam, o partido demonstra não possuir rede de esgoto que comporte as declarações de Malta.

Dilma Rouseff

Em outra Rede no pequenoporto, estava Marina Silva e os enredados capixabas. Cercando a ex e futura candidata à presidência estava o ex-candidato a quarto lugar na prefeitura de Vitória, Gustavo De Biase. Junto dele, alguns membros do PT que saíram do partido, acusando-o de ter se “desviado do propósito” e foram para o PSOL. Agora, alegando que o PSOL também se “desviou do propósito”, a moda é a Rede. Aguardemos o próximo desvio.

Ao mesmo tempo, algumas excelências pagavam taxa extra de bagagem, como vereadores alagoanos. Lá a Câmara gastou R$ 630 mil renovando o enxoval, enquanto o Estado é o terceiro mais pobre do país. No mesmo carrinho estavam os lençóis de R$ 4 mil do deputado Henrique Alves (PMDB-RN). Em seguida, para decepção dos presentes, o ministro Joaquim Barbosa apareceu com os R$ 90 mil em materiais que serão utilizados na reforma de seu apartamento funcional em Brasília.

Diante disso, o esquecido José da Silva levantou-se e começou a indagar sobre os problemas do povo: educação, saúde, moradia, corrupção, pobreza. Na mesma hora, o autofalante chamou: “Atenção senhores passageiros com destino ao mundo de privilégios políticos distante da realidade: embarque pelo portão um (que é o único)”. Em poucos instantes, todos sumiram. Sobrou José da Silva, o típico cidadão brasileiro: alguém à espera de um embarque com destino ao país do futuro, que nunca chega.

Gabriel Tebaldi, 20 anos, é estudante de História da Ufes

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ENSAIO PARA O CAOS, IMAGINEM NA COPA

Mau atendimento, filas gigantescas, demora no embarque, overbooking... essa foi a via-crúcis dos passageiros que tentaram viajar neste fim de semana no aeroporto de Brasília. Para piorar, a Polícia Federal identificou desvios de R$ 1,2 bilhão em obras da Infraero destinadas a ampliar os terminais do DF, Goiânia, Guarulhos (SP), Congonhas (SP) e Vitória


Às vésperas do Natal, passageiros enfrentam dificuldade no aeroporto de Brasília. Queixas vão de demora no embarque a overbooking

As filas gigantescas no saguão de embarque do Aeroporto de Brasília no sábado e no domingo deram uma pequena amostra dos aborrecimentos que estão por vir esta semana, a última antes do Natal.

Vários passageiros reclamaram da demora no atendimento, dos atrasos dos voos e até de overbooking (prática das companhias de vender mais passagens do que os assentos disponíveis no avião), que é proibido. O Juizado Especial do terminal recebeu 60 reclamações de sexta-feira até as 16h de ontem.

"A tendência é que as queixas aumentem nos próximos dias", previu o conciliador do juizado Renê Cássio. Segundo ele, os passageiros têm dificuldades na obtenção de informações dos voos para poderem fazer as reclamações. Até as 18h de ontem, de um total de 1.658 voos domésticos em todo o país, 52 haviam sido cancelados e outros 121 decolaram com atraso de mais de meia hora. Em Brasília, dos 116 previstos, 17 extrapolaram a demora permitida e três nem mesmo partiram.

Chegar com antecedência ao aeroporto, como pedem as empresas aéreas, não é mais garantia nenhuma. A aposentada Iracema de Almeida e a consultora Regina Corbucci seguiram a recomendação, mas foram surpreendidas pela informação de que as aeronaves estavam lotadas. Regina não conseguiu embarcar para o Rio de Janeiro no voo das 9h40 e perdeu um compromisso. "A atendente disse que o check-in foi encerrado mais cedo. A companhia foi inflexível. É um absurdo", afirmou. Ela foi posta em outro voo da TAM e só conseguiu deixar Brasília quase seis horas depois do previsto.

Iracema e o marido chegaram ao terminal às 9h10 para o voo da TAM das 10h50 para Fortaleza, mas também foram vítimas do overbooking. Apesar de seus esforços para embarcar mais cedo, o casal só foi incluído num voo às 21h. Após uma reclamação no juizado, a companhia colocou os dois numa aeronave da Gol, com previsão de partida às 13h15. "Vou concluir a queixa quando voltar", prometeu ela.

Fonte: Correio Brasiliense

sábado, 3 de dezembro de 2011

DILMA E O AEROPORTO FANTASMA

O terceiro aeroporto de São Paulo começou a tomar forma em 20 de julho de 2007, na entrevista coletiva em que Dilma Rousseff anunciou a descoberta da fórmula para acabar com apagões e desastres aéreos. “Determinamos a construção de um novo aeroporto e a expansão dos já existentes”, acelerou a Mãe do PAC já na largada do falatório, depois de informar que as pistas de Congonhas voltariam a ser reservadas exclusivamente a voos domésticos. Os estudos sobre o novo assombro do Brasil Maravilha seriam concluídos em 90 dias. Mas até o terreno já estava escolhido.

Onde seria construído esse colosso da aviação civil?, excitaram-se os jornalistas. Caprichando na pose de superexecutiva nascida para tornar mais que perfeito o país que Lula registrou no cartório, Dilma avisou que se tratava de segredo de Estado. “Não sabemos onde será e, se soubéssemos, não diríamos”, ensinou. “Jamais iríamos dizer isso para não sermos fontes de especulação imobiliária” (veja o vídeo abaixo). Passados quase quatro anos e meio, Congonhas e Guarulhos estão na ante-sala do colapso. O deslumbramento prometido Dilma é o maior aeroporto fantasma do mundo. Nunca existiu.

Sem saber atirar, Dilma Rousseff virou modelo de guerrilheira. Sem ter sido vereadora, virou secretária municipal. Sem ter sido deputada estadual, virou secretária de Estado. Sem ter sido deputada federal ou senadora, virou ministra. Sem ter inaugurado nada de relevante, virou gerente de país. Sem saber juntar sujeito e predicado, virou oradora de comício. Sem ter tido um só voto na vida, virou candidata à Presidência. Há 11 meses, tenta enfiar-se na fantasia em frangalhos de superadministradora obcecada pela perfeição.

Como fez o padrinho durante oito anos, a afilhada esconde a indecorosa nudez administrativa com farsas forjadas por muita propaganda, muita discurseira e muito cinismo. O Brasil nunca foi um país
sério. Pode virar piada



 Augusto Nunes

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

VENDE-SE UM AEROPORTO.

A decisão da presidente Dilma Rousseff de transferir à iniciativa privada a operação de 20 terminais aeroportuários, incluindo os das 12 cidades que serão sedes da Copa de 2014, recoloca a necessidade de articulação das lideranças capixabas para que o Aeroporto Eurico Salles, em Vitória, seja incluído na lista dos terminais que serão privatizados e tenha a obra retomada e concluída.


O governo discute a elaboração do texto da medida provisória (MP) que será encaminhada ao Congresso Nacional, provavelmente, no final desse mês. Além de transferir a responsabilidade da operação de 20 aeroportos à iniciativa privada, o governo deve propor na mesma MP a abertura do capital da Infraero, a estatal que é responsável pela gestão do setor aeroportuário. Outra proposta é a permissão para que a iniciativa privada construa novos terminais no país.

A decisão da presidente da República, embora as propostas ainda estejam em discussão, é apoiada pelo senador eleito Ricardo Ferraço e pelo deputado federal reeleito, Lelo Coimbra. "Sou favorável e defendo essa ideia, pois mundo afora temos experiências bem sucedidas de aeroportos operados pela iniciativa privada", destacou Ferraço.

O senador eleito lembrou a importância da infraestrutura para o Estado e para o país e assegurou que fará todo o esforço possível para incluir o aeroporto da Capital nessa conjuntura. "Os capixabas e os usuários do aeroporto de Vitória não suportam mais conviver com esse amontoado de incompetência e irresponsabilidade", desabafou.

Com o novo cenário que se abre a partir da decisão da presidente Dilma surgem possibilidades para a conclusão da obra do aeroporto de Vitória, destaca Lelo. O parlamentar disse não ter conhecimento dos critérios utilizados para a definição dos 20 aeroportos que serão concedidos à iniciativa privada.

O principal critério para a composição da lista, avalia, deve ser a grande viabilidade econômica. Não se sabe se há estudos que apontam a viabilidade ou não da concessão do aeroporto de Vitória. Se o terminal não estiver entre os de grande viabilidade não haveria interesse do setor privado na operação desse terminal, lembra o deputado.

Volta à discussão, então, uma tese defendida pelas lideranças capixabas, no ano passado, quando a concessão dos aeroportos foi sugerida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tese defendida pelas lideranças capixabas foi a de colocar em um mesmo pacote um terminal aeroportuário altamente rentável e um com menor rentabilidade.

A proposta, segundo o parlamentar não está descartada e poderá ser novamente discutida. A ideia é aguardar o texto da MP para ver como o governo vai encaminhar a questão e a partir daí sugerir propostas que possam representar solução para o Aeroporto de Vitória.

Cidades sede

Os aeroportos das cidades que serão sede da Copa 2014, certamente, estarão entre os 20 terminais que o governo federal quer transferir à iniciativa privada. As cidades sede da Copa são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá.

A novela

A data inicial para a conclusão da obra do Aeroporto de Vitória, definida pelo ex-presidente Lula, foi dezembro de 2007. Depois foi transferida, pelos técnicos da Infraero, para dezembro de 2009. Mas seis anos após o início das obras, pouca coisa foi feita.

Como está

A obra está parada desde julho de 2008. A decisão foi tomada pelo consórcio, que alegou insegurança jurídica, por conta da retenção de 13,6% do valor das faturas determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU)

Rescisão contratual

O contrato com o consórcio foi rescindido pela Infraero no final de 2009. Para a retomada da obra está sendo aguardada decisão da Justiça a respeito do encontro de contas, que definirá quem deve a quem (Infraero e consórcio) e o valor devido.

Dilma defende melhoria durante a posse

No discurso de posse feito no Congresso Nacional, no último sábado, a presidente Dilma Rousseff falou dos aeroportos. "É preciso melhorar e ampliar nossos aeroportos para a Copa e para as Olimpíadas, mas é mais que necessário melhorar já, para arcar com o crescente uso desse meio de transporte com parcelas mais amplas da população".

"Não faz mais sentido o governo deixar de cuidar de saúde e educação para cuidar de uma coisa que não faz bem. Os aeroportos mais eficientes no mundo estão sob concessão"

Ricardo Ferraço, Senador eleito

"Não sei qual a modelagem está posta. É importantíssima essa discussão porque cria um novo cenário e abre a possibilidade para que a obra do Aeroporto de Vitória saia do papel"

Lelo Coimbra, Deputado federal reeleito

Fonte: A Gazeta - http://bit.ly/eSf3DB