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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

BRASILEIROS USAM LUZ PARA EXTERMINAR MOSQUITOS DA DENGUE



Técnica desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos usa terapia fotodinâmica para tornar pernilongos estéreis

O inseto alterado em laboratório compete com o macho selvagem para procriar mosquitos incapazes de transmitir a dengue
Pesquisadores brasileiros buscam forma de exterminar o pernilongo transmissor da dengue sem causar danos ao meio ambiente (James Gathany/PHILL, CDC)
Preocupados em eliminar o mosquito da dengue de uma forma não prejudicial ao meio ambiente — ao contrário dos larvicidas usados para o extermínio do mosquito, que contaminam o ambiente —, uma equipe de pesquisadores da USP de São Carlos resolveu testar um novo método para solucionar o problema: a terapia fotodinâmica. O projeto, de autoria da mestranda em biotecnologia Larissa Marila de Souza, tem como objetivo impedir a proliferação do pernilongo transmissor da doença, o Aedes aegypti, usando diferentes fontes de luz, como o sol ou lâmpadas fluorescentes.
Para testar a hipótese de que a terapia fotodinâmica, até então usada apenas no tratamento de lesões malignas e no controle microbiológico, funcionaria também nos mosquitos, Larissa mergulhou larvas do pernilongo em uma solução com uma droga fotossensibilizadora, ou seja, cujo comportamento e ativação são controlados por meio da luz. Depois disso, ela expôs as larvas a diferentes tipos de iluminação, e os resultados foram significativos: na exposição à luz solar e às lâmpadas fluorescentes, a mortalidade foi de 90% das larvas. Na exposição aos LEDs, essa porcentagem caiu e ficou entre 70 e 80%. 
Esterilização — Os cientistas realizaram também experimentos com pernilongos da dengue adultos, e os resultados se mostraram tão promissores quanto os dos testes feitos somente com larvas. Após alimentar os mosquitos adultos com a droga fotossensibilizadora (dissolvida em uma mistura de sangue de carneiro e açúcar, para atrair os animais), os pesquisadores perceberam que os ovos resultantes do acasalamento entre esses mosquitos não eclodiram. Em outras palavras, os pernilongos passaram a ser incapazes de se reproduzir de maneira correta. 
“Ainda precisamos fazer mais experimentos para saber, com certeza, se a não eclosão dos ovos está relacionada à presença do fotossensibilizador no organismo”, explica Larissa. 
A orientadora do projeto, Natália Mayumi Inada, conta que agora a equipe está testando a eficácia de outras substâncias químicas fotossensibilizadoras. Entre elas, estão a clorina, capaz de matar fungos e bactérias, e a curcumina, produzida a partir das raízes do açafrão. 
Fonte Revista Veja

sábado, 20 de julho de 2013

ESPIRITO SANTO TEM MAIOR REGISTRO DE DENGUE EM 18 ANOS



Raynna Elias Araujo, 23, auxiliar administrativo, procurou o Posto de Saúde Jardim Camburi porque está com os sintomas da dengueDesde 1995, quando começaram a ser notificados, os casos de dengue nunca foram tão altos quanto neste ano no Estado. De janeiro e julho já foram 72.166 registros. Esse total ultrapassa e muito os 54.648 casos constatados no mesmo período de em 2011, até então considerados os números mais altos nesse intervalo.



De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a explicação para isso é a entrada do sorotipo 4 isolado no Espírito Santo, no ano passado. Como esse tipo de vírus não circulava por aqui, praticamente todos os capixabas estavam – e ainda estão – suscetíveis a ele. “Quando um paciente fica doente, cria imunidade contra o sorotipo que o acometeu. Então, nesses últimos 20 anos, o capixaba foi sensibilizado contra os tipos 1, 2 e 3 da dengue”, lembra a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Gilsa Rodrigues. Agora, o cenário é diferente: o sorotipo 4 encontra caminho livre.



Segundo ela, a falha no combate ao mosquito tem se mostrado persistente. “O vírus é diferente, mas o vetor é o mesmo: ele gosta de água parada e calor. Essa grande quantidade de casos mostra que a eliminação dos focos não está sendo eficiente. É preciso comprometimento da população”, explica.



Recorde



O maior registro de mortes por dengue no Estado aconteceu em 2009 (quando foram contabilizados 53.708 casos, no total). Naquele ano, houve 63 óbitos. No ano passado, 11 pessoas perderam a vida pela doença. Em 2013, já foram 19 – até a segunda semana de julho
 
Fonte: A Gazeta

terça-feira, 24 de abril de 2012

DENGUE TOMA CONTA DO RIO, E AÍ CABRAL?

Fim da picada – O ano de 2006 caminha para a sua metade quando o então presidente Luiz Inácio da Silva disse, com excesso de confiança, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. Naquele momento a massa pensante logo percebeu que se tratava de um chiste eleitoral, pois Lula era candidato à reeleição, mas durante a campanha a tese perdurou como se fosse verdade. Meses depois, a farsa veio à tona.
Tão logo a petista Dilma Vana Rousseff venceu a eleição presidencial de 2010, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, tentou fazer do seu secretário da Saúde, Sérgio Côrtes, o substituto do então ministro da pasta, José Gomes Temporão. Cabral Filho deixou a Granja do Torto anunciando que Côrtes seria o novo ministro da Saúde, mas esqueceu de combinar com a petista.
Quando a FIFA escolheu o Rio de Janeiro como sede provisória da entidade durante a Copa do Mundo de 2014, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse em tom de galhofa: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”.
Nesta terça-feira (24), um anúncio da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que a Cidade Maravilhosa está sob uma epidemia de dengue. De acordo com o secretário Hans Dohmann (Saúde), a capital fluminense ultrapassou o índice de 300 casos por cem mil habitantes, com tendência de crescimento. Do dia 1º de janeiro até 21 de abril de 2012, foram registrados 50.016 casos e 12 mortes pela doença na cidade.
Para se ter ideia da extensão do problema, em apenas uma semana o número de casos na cidade aumentou em quase 10 mil. Na análise anterior, com informações e registros referentes até a data de 14 de abril, o Rio contabilizava 40.252 casos de dengue.
Que Lula sempre abusou das inverdades e que Eduardo Paes é um galhofeiro todos sabem, mas para a sorte dos brasileiros o governador Sérgio Cabral Filho não conseguiu emplacar seu pupilo no Ministério da Saúde. Resta saber o que o prefeito carioca mostrará de agora em diante aos executivos da FIFA.

FONTE: Ucho.Info

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

TESTE VAI AJUDAR A PREVENIR DENGUE HEMORRÁGICA

Reynaldo Dietze, médico, mostra o Rapid Check, um teste rápido de detecção do vírus HIV - Editoria: Cidades AG - Foto: Bernardo Coutinho
O infectologista Reinaldo Dietze afirma que cerca de 500 pessoas serão estudadas

Os númerosRecorde: Desde a década de 1990, quando a dengue passou a ser notificada no Estado, o ano de 2011 foi o que apresentou o maior número de registros, superando os 53.708 de 2009

Casos:
O Estado encerrou 2011 com 54.648 casos

Mortes:
Foram 25 óbitos em 2011

Livres:
No ano passado, só oito dos 78 municípios capixabas não tiveram casos da doença, segundo a Secretaria de Estado sa Saúde (Sesa)

Suspeitos:
Neste ano, 69 casos são suspeitos da forma mais grave da doença (dengue com complicação e dengue hemorrágica)

Óbitos:
Três mortes são investigadas. Os números são do boletim divulgado na última quinta-feira pela Sesa, referente ao período de 1º de janeiro a 11 de fevereiro


Rosana Figueiredo
rfigueiredo@redegazeta.com.br

Uma pesquisa que será desenvolvida no Estado vai identificar quem tem mais chances de desenvolver dengue hemorrágica. Os estudos estão previstos para começar em um mês, quando o número de casos da doença deve crescer e uma nova epidemia deve ocorrer.

Cerca de 500 pessoas vão participar da pesquisa, que vai analisar a quantidade e o tipo do vírus contraído, as partículas de tecidos lesionados e a quantidade de outras substâncias, como proteínas. O monitoramento dos pacientes será feito com coleta de material (sangue) e análise dos sintomas apresentados.

"Nossa intenção é identificar pessoas com chances de desenvolver a forma grave da doença. Como ainda não temos a vacina contra a dengue, queremos evitar complicações e mortes", explica Reinaldo Dietze, infectologista e coordenador do Núcleo de Doenças Infectocontagiosas da Ufes.

Seleção
Os pacientes serão selecionados nas unidades de saúde onde há mais registros da doença e no Hospital das Clínicas (Hucam). Além de analisar o histórico médico de cada paciente, os pesquisadores vão examinar doentes no início do ciclo, entre o 3º e o 5º dias da doença.

Os especialistas vão comparar os resultados dos exames de sangue com os sintomas apresentados. A variação das substâncias analisadas, como as proteínas, é que vão revelar a possibilidade de haver dengue hemorrágica, segundo especialistas.

"Vamos acompanhar pacientes em 2012 e 2013, nas épocas de epidemia da doença, que geralmente ocorre no início do ano. Os resultados devem sair no final de 2013", afirma Dietze.

Segundo ele, um estudo semelhante, concluído recentemente nos Estados Unidos, mostra resultados que ainda não podem ser aplicados, pois os testes são muito caros e demorados. Mas segundo ele, essa pesquisa representa um avanço muito grande, pois, em breve, alguém pode desenvolver uma forma mais rápida de realizar esses testes.

"O estudo desenvolvido aqui no Estado será mais abrangente, porque terá um número maior de pacientes acompanhados – cerca de 500 pessoas – e analisará um número maior de substâncias, como a medição da carga viral presente no sangue dos doentes", explicou.

Estudo americano também prevê forma letal da dengue
Um estudo desenvolvido nos Estados Unidos por pesquisadores da Universidade do Texas também promete identificar, de forma eficaz, os pacientes que podem desenvolver a forma mais grave da dengue. O estudo deve diferenciar a doença de sua forma mais severa, a hemorrágica.

A intenção dos pesquisadores é descobrir, com antecedência, a suscetibilidade de um paciente em desenvolver a forma mais grave da doença e assim reduzir as taxas de mortalidade de 20% para menos de 1%.

Para isso, os especialistas poderiam utilizar terapias preventivas como transfusões de sangue para evitar complicações consequentes de hemorragias e falência de órgãos.





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

GUERRA ÀS DOENÇAS TROPICAIS

Embora as doenças tropicais aflijam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, elas são geralmente chamadas pelos especialistas de "doenças esquecidas". E, seja por deficiência dos serviços de saúde pública, seja pela falta de pesquisa de novos remédios pelos principais centros médico-científicos e pelas indústrias farmacêuticas, não recebem os cuidados e a atenção devida. Na verdade, são as populações pobres que têm sido esquecidas, como disse Caroline Anstey, do Banco Mundial (Bird). Há anos a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os governos de vários países procuram amenizar o problema, mas não há meta definida de erradicação desses males. Isso pode começar a mudar com a destinação de US$ 785 bilhões para a erradicação de dez doenças tropicais, como a hanseníase, a malária, a doença de Chagas, a esquistossomose e a dengue, até 2020. Metade dos recursos virá da Fundação Bill & Melinda Gates, em parceria com o Bird, a OMC e os governos dos EUA, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos, como foi há pouco anunciado em Londres. Como assinalou a OMC não se trata apenas de uma questão humanitária. Essas doenças causam perdas bilionárias de produtividade.



Sem desmerecer a importância de doações filantrópicas, há uma forte motivação econômica nessa iniciativa, que pode vir a ser a maior na área de saúde pública, em termos globais, até agora. Com a expansão das economias dos países em desenvolvimento nos últimos anos, houve um aumento apreciável do poder aquisitivo das populações das regiões tropicais, fortalecendo mercados antes de pouca importância no comércio internacional. Os 13 maiores laboratórios farmacêuticos do mundo, que se engajaram na campanha, têm pleno conhecimento disso e não ignoram que, além de vender novos medicamentos que vierem a ser desenvolvidos, terão também de subsidiar ou doar milhões de doses, uma vez que, se o objetivo é a erradicação de endemias, o esforço não pode ficar limitado pela baixa renda de boa parte dos povos que vivem em países tropicais.

Até agora as grandes indústrias farmacêuticas mundiais não vinham dando a importância devida à pesquisa e desenvolvimento de remédios para tratamento de doenças comuns nos trópicos, concentrando-se na produção de medicamentos destinados ao mundo desenvolvido ou às camadas de maior renda dos países emergentes. A introdução de novos tratamentos ficava, em grande parte, a cargo dos institutos de pesquisas dos países tropicais - e o Brasil obteve avanços significativos nessa direção - ou de instituições públicas de países que foram, no passado, grandes impérios coloniais, como a Grã-Bretanha e a França. O ingresso de laboratórios internacionais na campanha deve dar grande impulso à pesquisa nessa área. A Bayer se comprometeu, por exemplo, com um projeto para tratamento e possível cura da doença de Chagas, que mata 10 mil pessoas por ano na América do Sul.

O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que esteve na reunião de Londres em que foi lançado esse programa, considera possível a erradicação e o controle das doenças tropicais mais virulentas. O Ministério está atualmente empenhado no combate a três doenças que afetam milhares de brasileiros, mas que vinham merecendo menos atenção das autoridades: o tracoma (infecção bacteriana nos olhos), a helmintíase (transmitida por alimentos contaminados) e a esquistossomose (transmitida por caramujos).

É lógico que, para que essa campanha tenha êxito, não basta medicar, mas é necessário também prevenir. Pode haver, no futuro, vacinas contra aquelas doenças, assim como contra a dengue. Mas essas doenças, como advertem as autoridades sanitárias, podem ser evitadas e controladas com maior vigilância por parte da população para coibir a proliferação dos seus vetores.

É também fundamental que se expandam os serviços de tratamento de água e as redes de esgoto, que ainda são precários no Brasil. Se o clima tropical favorece o surgimento dessas doenças, elas se tornam muito mais facilmente transmissíveis na ausência de condições mínimas de higiene e saneamento.

Fonte: O Estado de São Paulo

sábado, 17 de dezembro de 2011

BRASIL TERÁ BIOINSETICIDA CONTRA A DENGUE EM 2012

O país contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano. Um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e fabricado por uma indústria farmacêutica promete ser divisor de águas na luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
O bioinseticida é resultado de quase dez anos de pesquisas coordenadas pela cientista Elizabeth Sanches, que trabalha na Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de medicamentos. Criado a partir do Bacillus thuringiensis e do Bacillus sphaericus, ele será produzido na forma de comprimidos, para dissolução em caixas d'água, ou em apresentações maiores, para utilização em açudes e reservatórios.

“No caso da dengue domiciliar, é recomendável a utilização do comprimido hidrossolúvel. O produto tem duas ações concomitantes: paralisa os músculos da boca e do intestino da larva e causa infecção generalizada nela”, explicou Elizabeth, engenheira bioquímica e bióloga

A pesquisadora garantiu que o bioinseticida não apresenta qualquer risco para o meio ambiente. “Nós fizemos todos os testes referentes a impacto ambiental e toxicologia da formulação em animais de sangue quente, inclusive. Temos a segurança dos produtos que desenvolvemos, justamente por serem aplicados em ambientes domiciliares.

A Farmanguinhos concluiu o treinamento dos funcionários da empresa BR3, vencedora da licitação e que poderá iniciar a produção dentro de alguns meses, segundo Elizabeth. “A empresa acabou de ser treinada e está bem adiantada na implantação do projeto. Eu penso que no meio do ano que vem nós já tenhamos produtos dessa parceria tecnológica”.

Além do produto contra a dengue, a Farmanguinhos licenciou mais dois bioinseticidas: contra a malária e contra a elefantíase. A pesquisadora disse que produtos com ações semelhantes já são utilizados em outros países, como a China, mas não podem ser simplesmente importados para aplicação no Brasil: “O produto tem que ser desenvolvido com especificidade para o local de aplicação. Justamente para podermos ajustar a formulação para aquele ambiente”.
Agência Brasil
 
 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

RIO DEVE TER A PIOR EPIDEMIA DE DENGUE DA HISTÓRIA

A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, no Grande Rio, registrou 11 casos de dengue tipo 4 em moradores da cidade neste ano. A confirmação de novos pacientes com esse sorotipo reforça o risco de epidemia no Estado no próximo ano, já que a população não tem imunidade contra esse vírus. Desde agosto, o município do Rio está em estado de alerta para a dengue, por determinação do prefeito Eduardo Paes, que disse esperar “a maior das epidemias da história”.

“Por nós termos identificado o vírus 4 no Rio de Janeiro e ser a primeira vez que esse vírus circula aqui, obviamente causa preocupação pela possibilidade de aumento de casos no ano que vem. Fizemos um alerta há alguns meses para todas as prefeituras, com base no fato de já termos um número significativo de caso de dengue tipo 1 esse ano e o surgimento dos casos do tipo 4”, afirmou o superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

O superintendente acredita que foi apenas coincidência o fato de o vírus 4 ter sido isolado somente em Niterói. “O tipo 4 não está restrito a Niterói. É questão de tempo isolar o vírus em outros municípios”, afirmou. O Estado contabilizou, até 15 de outubro, 161.315 casos de dengue - cinco vezes mais do que o notificado no ano passado - e 133 óbitos pela doença. Ao longo de 2010, houve 41 mortes. O novo relatório sobre a dengue será divulgado amanhã.

Este ano, o dengue tipo 1 prevaleceu no Estado. Esse foi o sorotipo da doença que provocou a epidemia de 1988. “A população que nasceu depois não teve contato com o sorotipo 1 e não está imunizada. O vírus 4 também não havia circulado no Estado. Então, há uma grande parcela da população que está suscetível aos dois vírus.
Se vai haver mais ou menos mortes depende da capacidade de organização dos serviços de saúde”, afirmou o infectologista Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário da UFRJ.

Em outubro, representantes do Ministério da Saúde estiveram no Rio para cobrar das prefeituras plano de combate à dengue - naquele momento, 52 dos 92 municípios não haviam apresentado planos de contingência em caso de epidemia. “Criamos um ranking de municípios com boas práticas e nas últimas semanas tivemos um aumento grande de prefeituras cumprindo as metas pactuadas. A reunião teve impacto positivo importante”, afirmou. De acordo com Chieppe, o Estado montou 56 centros de hidratação este ano e já licitou a compra de novos equipamentos.

Depois de casos registrados no Norte e Nordeste, os dois primeiros casos de dengue 4 no Sudeste foram registrados em Niterói. Duas irmãs, de 21 e 22 anos, tiveram a confirmação em março. Elas não haviam viajado, o que aponta para uma transmissão autóctone (dentro do Estado). A prefeitura fez, na ocasião, uma operação de bloqueio, dedetizando todas as casas da vizinhança, no bairro do Cafubá, na Região Oceânica, que registrou outros três casos. Os demais ocorreram em São Domingos (três), São Francisco (dois), na Zona Sul, e um no Engenho do Mato, também na Região Oceânica.

Fonte: O Estado de São Paulo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

MORTES SUSPEITAS POR DENGUE


                               
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, 15 vítimas da doença foram submetidas a investigações sobre causas de óbito desde janeiro de 2011.
Exames confirmaram uma morte por dengue e descartaram outras oito. Seis casos ainda estão em análise.
A Secretaria da Saúde aponta que 9.175 pessoas foram infectadas pelo Aedes aegypti em Ribeirão neste quadrimestre.
No ano passado, quando a cidade registrou 30 mil casos da doença, 11 mortes foram investigadas --em Nove registros, a dengue foi confirmada como causa.
O professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Victor Hugo Aquino, acredita que o número de casos graves deve aumentar em consequência de uma hiperendemia de dengue.
Ele estima que 70% da população de Ribeirão já esteja infectada por algum dos sorotipos da doença.
Apesar de ficar imune ao tipo de vírus contraído na primeira vez, a pessoa corre risco de ter, numa segunda infecção, a forma hemorrágica, a mais grave da dengue.
Neste ano, foram registrados 20 casos desse tipo -um terço do total de 2010.
A Secretaria da Saúde, no entanto, não considera que esses dados sinalizem o recrudescimento da epidemia.

Saiba mais sobre a transmissão e sintomas da dengue

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera no verão devido ao aumento de criadouros --pneus, garrafas, vasos etc que acumulam água. A prevenção é feita com a eliminação de possíveis criadouros do mosquito, como pneus garrafas, vasos e caixas d'água destampadas.


Os sintomas aparecem de 3 a 15 dias. Na dengue clássica, a pessoa contaminada tem febre alta seguida de dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas na pele. Pode haver sangramento gengival, gastrointestinal e nasal. Na dengue hemorrágica, o doente sente os mesmos sintomas, bem mais intensos. Há risco de morte

Fonte: Folha.com - Cotidiano.






quarta-feira, 13 de abril de 2011

MITOS E VERDADES SOBRE A DENGUE.

O paracetamol é proibido nos EUA? Não é seguro?


Mito. O paracetamol não é proibido nos EUA e é liberado para uso no mundo inteiro. Mas como todo remédio, tem risco. O paracetamol é uma droga segura, desde que usada com cautela e não ultrapasse a dose máxima da medicação (4g ao dia). Dos remédios usados para a dengue, ele é o mais seguro. No entanto, deve-se tomar muito cuidado ao consumir a droga e álcool ao mesmo tempo. A pessoa deve ir ao médico para saber se o que ela tem é realmente dengue. Qualquer medicamento, por mais simples que seja, deve ser prescrito por um médico.

Há risco em utilizar certos medicamentos quando está com dengue?

Verdade. Muitos medicamentos analgésicos têm um componente chamado ácido acetilsalicílico, que é a aspirina, esse é perigoso em casos de dengue. A orientação do uso do paracetamol é justamente para evitar o uso de algum remédio que contenha aspirina.

O uso indiscriminado de paracetamol pode fazer mal?

Verdade. Qualquer medicamento tem o lado de remédio e o de veneno. Nada de abuso. Utilize com recomendação médica.

Agente da dengue atuando no Barro Vermelho Foto: Fábio Vicentini

Cuidados

Esse ano está muito chuvoso, o que aumenta os reservatórios de água. Por isso, prevenção é fundamental. Com qualquer suspeita de dengue, procure um posto de saúde. Fique atento entre o terceiro e quinto dia de doença que exige um tratamento muito rápido. Qualquer sinal de tonteira, queda de pressão, enjoo, dor abdominal tem que procurar logo um serviço médico.

A dipirona pode ser usada em casos de dengue?

Verdade. Pode ser utilizada para febre e dores no corpo sem aumentar o risco, porque ela não vai atrapalhar na coagulação das plaquetas. Porém, a dipirona está em múltiplas formas e fica mais complexo para a pessoa olhar a fórmula química e saber se tem o ácido acetilsalicílico no meio. Já o paracetamol é mais conhecido e é fácil do paciente identificar. Mas a dipirona em si não tem problema em ser usada.

Inhame ajuda a subir as taxas de plaquetas?

Mito. Não tem fundamento.

Vitamina C é importante para os pacientes com dengue?

Mito. Ela previne infecções de uma forma geral, fortalece o organismo e facilita o combate às infecções, mas só é válida antes de contrair a infecção, para o organismo se preparar e combater o agente que vem. A vitamina atua de maneira inespecífica, apenas fortalecendo o organismo para que ele fique mais resistente. Em uma alimentação normal, geralmente, você tem a dose diária necessária. Não precisa tomar comprimidos. Frutas ácidas têm vitamina C.

Existe dengue assintomática?

Verdade. De um modo geral, todas as doenças infecciosas podem se manifestar ou não, depende do organismo da pessoa. Quando aparece um caso de dengue, certamente várias outras pessoas foram infectadas e não chegaram a desenvolver a doença. Só o exame de sangue vai dizer se a pessoa foi infectada. Isso é muito comum e boa parte da população já foi infectada, sem ter qualquer manifestação.

Entre o quinto e o sétimo dia as plaquetas tendem a cair mais?

Verdade. Isso acontece quando não é o tipo complicado. Mas quando é dengue hemorrágica, o risco maior ocorre entre o terceiro e quinto dia, em que a plaqueta pode cair muito. A partir do quinto dia, dificilmente vai ter uma manifestação mais séria. O fato de cair as plaquetas em um caso de dengue mais branda (a não hemorrágica) não quer dizer nada.

Beber líquido é muito importante?

Verdade. A dengue hemorrágica se caracteriza por um extravasamento de líquido do sangue. Se você toma muito líquido, já estaria prevenindo a doença porque o tratamento básico é injetar líquido na veia em grande quantidade. As pessoas que têm dengue não morrem sangrando, mas por desidratação. Quem estiver com dengue é fundamental se hidratar adequadamente.

A faixa etária interfere na gravidade da doença?

Mito. O nosso maior problema é que já circulam vários tipos diferentes no Estado. Quanto mais infecções repetidas, maiores são as chances de ter uma dengue hemorrágica.

Qual é a função da plaqueta?

Ela atua na coagulação do sangue. Em qualquer lesão que sangra, a plaqueta ajuda a estancar a hemorragia. Na dengue hemorrágica, as plaquetas extravasam do sangue, diminuem, com isso, favorece o sangramento.

Cuidados


Esse ano está muito chuvoso, o que aumenta os reservatórios de água. Por isso, prevenção é fundamental. Com qualquer suspeita de dengue, procure um posto de saúde. Fique atento entre o terceiro e quinto dia de doença que exige um tratamento muito rápido. Qualquer sinal de tonteira, queda de pressão, enjoo, dor abdominal tem que procurar logo um serviço médico.


Fonte : A Gazeta - http://glo.bo/fdiwjN
 
Aloísio Falqueto e Carlos Urbano.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A DENGUE, SEMPRE PRESENTE.

Neste verão, praticamente todo o País está sob ameaça de uma epidemia de dengue - doença que atingiu 700 mil pessoas e causou mais de 600 mortes em 2010. Teme-se que o número de casos neste ano atinja 1 milhão, com 16 Estados classificados pelo Ministério da Saúde como de risco muito alto de epidemia e 5 outros de alto risco. O governo se mobilizou rapidamente e, na semana passada, a presidente Dilma Rousseff realizou uma reunião com a presença de 12 ministros para traçar um plano de combate à doença, a ser colocado em ação imediatamente. Talvez esta tenha sido a mais ampla reunião ministerial para tratar de um assunto relativo à saúde pública e a expectativa é de que o governo consiga deter o avanço da doença, com a colaboração indispensável dos Estados, dos municípios e da população. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já anunciou a convocação, nesta semana, dos governadores dos Estados mais afetados para engajá-los nessa campanha, para a qual foi destinada uma verba de R$ l,08 bilhão.


Uma das prioridades é resolver as deficiências do atendimento às pessoas já infectadas, principalmente nos Estados do Norte e do Nordeste. Em Rondônia, onde o governo estadual decretou estado de calamidade pública, há superlotação dos hospitais e centros de saúde. A internação, no entanto, é essencial para o tratamento eficaz da moléstia e a ideia é de que o Exército monte hospitais de campanha para superar a crise.

Mas os projetos mais importantes devem concentrar-se na prevenção. Se a erradicação do mosquito transmissor da doença é tida como impossível em um país tropical como o nosso, medidas devem ser tomadas para eliminar o maior número possível de criadouros. Em regiões do Norte do País, com densas florestas que facilitam a proliferação do mosquito, a tarefa é ingrata. Não estranha, assim, que a infestação seja alarmante nos Estados do Amazonas - onde se registrou um caso de dengue tipo 4, que se acreditava ausente no País há 28 anos - e do Acre. Mas muito se pode fazer em áreas urbanas ou rurais mais habitadas. A rotina básica de prevenção, amplamente divulgada, mas nem sempre levada a sério pela população, é não deixar sem cobertura caixas d"água e não permitir que água se acumule em objetos abandonados.

No Nordeste, o armazenamento de água na estação chuvosa para atender às necessidades nos períodos de seca é prática comum e necessária. Mas ainda são pouco difundidas as técnicas para que esses tanques sejam protegidos para não servir de criadouros para mosquitos. O mesmo se aplica a açudes ou represas.

O risco atualmente não é muito menor na Região Sudeste, particularmente nas cidades afetadas por grandes enchentes neste início de ano. Não só as poças d"água servem como criadouros, como há um grande acúmulo de lixo. Bem a propósito, o governo federal cria condições para o desenvolvimento de projetos de saneamento e de tratamento de resíduos sólidos - o que exige especial atenção por parte dos Estados e das prefeituras.

Como se tem visto nas grandes enchentes que têm assolado São Paulo e a região metropolitana nas últimas semanas, objetos jogados fora, indo de garrafas PET a móveis e outros objetos caseiros, não entopem bocas de lobo nem contribuem para o acúmulo de entulho nos córregos, mas criam, depois das vazantes, focos naturais de criação de mosquitos. Daí a importância da reciclagem ou da destinação final do lixo nos grandes centros urbanos. Mas está claro que a maior responsabilidade pelo combate ao mosquito transmissor da dengue cabe à população, que deve ser conscientizada para fazer um descarte ambientalmente correto de materiais inservíveis, evitar acúmulo de água em vasos ou recipientes, etc.

A disposição do governo de combater a dengue de forma sistemática e entrosada é um bom sinal. A prática dirá se se trata do início de uma política efetiva de combate a uma doença endêmica ou de uma resposta meramente política - e sazonal - a um problema de saúde pública que tantos prejuízos têm causado ao País.

Fonte: O Estadão - http://bit.ly/gAhN3a

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ARMADILHA PARA MOSQUITOS (DENGUE)

SERVE PARA QUALQUER MOSQUITO, ATÉ O COMUM "PERNILONGO" OU MESMO O DA DENGUE.


Como matar mosquitos ecologicamente correto.

Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.



O que nós precisamos é, basicamente:

200 ml de água,

50 gramas de açúcar mascavo,

1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontra em qualquer supermercado ) e uma garrafa plástica de 2 litros

A seguir estão os passos a desenvolver:

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guardar a parte do gargalo:


2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixar esfriar. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa.



3. Acrescentar a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono.



4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.



5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.



Em duas semanas você vai ver a quantidade  de mosquitos que morreu lá dentro da garrafa.



Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução do mosquito, podemos utilizar esse método muito útil em escolas, creches, hospitais e residências.


Não se esqueça da dengue.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

VACINA ONTRA DENGUE CHEGA EM 5 ANOS.

Com faxinaços e mutirões de educação, Ilhéus e Itabuna atacam as áreas mais infestadas pelo mosquitoUm protótipo de vacina para dengue está sendo testado em seres humanos no Estado do Espírito Santo e deverá estar aprovado para uso em larga escala dentro de três a cinco anos. Enquanto a vacina não chega, o poder público lança mão dos meios mais tradicionais de luta contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que este ano já provocou um total de 936.200 notificações em todo o País, até o dia 10 de outubro.

O anúncio sobre a vacina foi feito pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que esteve nesta quinta-feira, 18, em Salvador, onde participou da abertura do 1º Encontro Estadual de Regularização da Saúde no SUS-BA, no Hotel Othon, em Ondina. Na oportunidade, o ministro lançou a Campanha Nacional de Combate à Dengue de 2010, fazendo uma explanação sobre a situação da doença no País, com base no estudo Risco Dengue, cujos resultados foram divulgados em setembro.

O levantamento apontou os dez estados brasileiros com maior risco de enfrentar epidemia de dengue no verão 2010/2011, ranking no qual está inserida a Bahia. As dez unidades da federação estão recebendo a visita de mobilização do ministro, que, antes de aterrissar na Bahia, passou por Sergipe, Ceará e Piauí e agora segue para Pernambuco, Amazonas, Amapá, Maranhão, Paraíba e Rio de Janeiro.

“Gostaria de estar aqui anunciando a vacina. Enquanto não é possível, usaremos outras armas”, disse Temporão, ao iniciar sua fala. Estiveram presentes no evento os secretários de Saúde do Estado, Jorge Solla, e de Salvador, José Rodrigues Saturnino, a diretora do Conselho Nacional de Secretários Estaduais (Conass), Suzana Ribeiro, além de integrantes que compõem as equipes de saúde nas áreas federal, estadual e municipal.

A educação da população, maior aliada na luta contra o mosquito transmissor da dengue, é a principal estratégia do poder público, que promete intensa divulgação das formas de prevenção, inclusive com peças publicitárias mais incisivas, que mostrem o risco de óbito. Este ano, a dengue teve 14.342 notificações da forma grave e matou 592 pessoas no Brasil. Em 2009, foram 8.714 casos graves, com 312 óbitos.

“Vamos intensificar a ação dos agentes de endemias, principalmente orientando sobre a importância da colaboração da população”, informou o secretário da Saúde de Salvador, José Rodrigues. A capital baiana tem hoje 1,7 mil agentes de endemias, número considerado suficiente pelo secretário. Porém, ele declarou que a equipe deve receber reforço de 150 trabalhadores temporários durante o verão, para suprir aqueles que estarão de férias.

Salvador é a capital brasileira com o terceiro maior Liraa – Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti, que atingiu 3,5 este ano, ficando atrás apenas de Rio Branco (6,5) e Porto Velho (4,3). O Liraa de Salvador em 2009 foi de 2,6.

Fonte: http://bit.ly/9bLZrb

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DENGUE, A GRANDE AMEAÇA.

A dengue volta a preocupar. Uma nota do Ministério da Saúde destaca o que acontece em Roraima e alerta os gestores do SUS que devem intensificar as ações de controle da doença no sentido de evitar a disseminação do vírus da dengue tipo 4 (DENV4). A informação é do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.


Os ministérios da Saúde, da Defesa e das Relações Exteriores já estão se articulando para que o Exército faça um mutirão na fronteira do Brasil com a Venezuela para combater a dengue tipo 4. Há 3 casos confirmados em Boa Vista (RR). O Brasil não registra a presença desse sorotipo há 28 anos.

As investigações diagnósticas comprovaram que o caso de dengue notificado em 30 de julho passado é autóctone. Isso significa que a transmissão da doença ocorreu no território do Município de Boa Vista, capital do Estado. Foram notificados 8127 casos de dengue no estado com 222 casos graves e 8 óbitos suspeitos. Em relação a 2009 (com 4651 registros), o crescimento do número de casos é de 74,7%.

O município de Boa Vista é responsável por 61,2% do total das notificações do Estado, dos quais 199 são graves e 3 óbitos. Comparado ao mesmo período do ano passado o aumento de casos notificados chega a 44,8%.

Situação nacionalO presidente da CNM se mostra preocupado ao citar números nacionais: “até o momento foram notificados 942.153 casos de dengue, com 51,2% confirmados”. Os demais foram descartados ou estão sob investigação epidemiológica. A Região Sudeste lidera o número de notificações com mais de 403 mil casos.

Os estados com maior incidência são Acre, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Roraima e Mato Grosso. Os estados de São Paulo e Minas Gerais se destacam pelo total de casos registrados. Só esses oito estados são responsáveis por 75% do número total registrado no Brasil.

Com relação à incidência da doença quando comparada ao mesmo período do ano de 2009, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa 1.344 casos para cada 100 mil habitantes. Porém, o crescimento no número de casos foi maior na Região Sul, com uma variação de 3.020 no mesmo período.

As atividades de monitoramento da circulação do vírus da dengue em 2010 no país demonstraram a circulação dos sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-3. Agora se confirma a circulação do sorotipo DENV-4, merecendo maior empenho dos gestores do SUS para o controle da doença.

Casos graves e óbitos

Até a semana epidemiológica 26 foram notificados 9.688 casos graves de dengue, sendo 2.271 de Febre Hemorrágica e 7.417 casos de dengue com complicações. O levantamento confirma um aumento de 30,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram confirmados 7.180 casos graves. Sete Estados concentram 7.600 (78,4%) casos graves e 302 óbitos (82,3%). São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Rondônia.

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna. Na maioria dos casos seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV -2, DENV -3 e DENV -4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Os sintomas da dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

• Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes;

• Pele pálida, fria e úmida;

• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;

• Manchas vermelhas na pele;

• Sonolência, agitação e confusão mental;

• Sede excessiva e boca seca;

• Pulso rápido e fraco;

• Dificuldade respiratória;

• Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

Municípios com maior incidência

As informações de saúde mostram que 26,4% do total de casos de dengue no país, até o momento, estão concentrados em oito municípios: Belo Horizonte-MG (6,2%), Goiânia-GO (4,2%), Campo Grande-MS (3,8%), Ribeirão Preto-SP (3,6%), Rio Branco-AC (2,8%), São José do Rio Preto-SP (2,2%), Betim-MG (2,1%) e Araçatuba-SP (1,5%). No momento, esses municípios apresentam tendência de redução na ocorrência de casos da doença. Porém, ainda há riscos de transmissão da doença.

A CNM alerta os gestores

É necessário intensificar as atividades de prevenção da dengue em cada Município, independente de sua situação epidemiológica atual, tais como:

- atividades de educação em saúde esclarecendo sobre a doença;

- envolvimento da comunidade para desempenhar a sua parte como munícipe nas atividades de prevenção;

- monitoramento contínuo dos Índices de Infestação pelo Aedes aegypti para identificar áreas de maior risco para a transmissão da dengue;

- identificação das áreas prioritárias e eliminação ou redução dos criadouros do mosquito.

“Estes cuidados no controle da dengue têm como objetivo reduzir a ocorrência de casos graves e óbitos no país”, afirma Ziulkoski