Raynna Elias Araujo, 23, auxiliar administrativo, procurou o Posto de Saúde Jardim Camburi porque está com os sintomas da dengueDesde 1995, quando começaram a ser notificados, os casos de dengue nunca foram tão altos quanto neste ano no Estado. De janeiro e julho já foram 72.166 registros. Esse total ultrapassa e muito os 54.648 casos constatados no mesmo período de em 2011, até então considerados os números mais altos nesse intervalo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a explicação para isso é a entrada do sorotipo 4 isolado no Espírito Santo, no ano passado. Como esse tipo de vírus não circulava por aqui, praticamente todos os capixabas estavam – e ainda estão – suscetíveis a ele. “Quando um paciente fica doente, cria imunidade contra o sorotipo que o acometeu. Então, nesses últimos 20 anos, o capixaba foi sensibilizado contra os tipos 1, 2 e 3 da dengue”, lembra a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Gilsa Rodrigues. Agora, o cenário é diferente: o sorotipo 4 encontra caminho livre.
Segundo ela, a falha no combate ao mosquito tem se mostrado persistente. “O vírus é diferente, mas o vetor é o mesmo: ele gosta de água parada e calor. Essa grande quantidade de casos mostra que a eliminação dos focos não está sendo eficiente. É preciso comprometimento da população”, explica.
Recorde
O maior registro de mortes por dengue no Estado aconteceu em 2009 (quando foram contabilizados 53.708 casos, no total). Naquele ano, houve 63 óbitos. No ano passado, 11 pessoas perderam a vida pela doença. Em 2013, já foram 19 – até a segunda semana de julho
Fonte: A Gazeta
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