quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NO LUGAR CERTO.

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PT E GRUPO DA A.LATINA APÓIAM O CONTROLE DA MÍDIA.

Em encontro em Buenos Aires, participantes dão respaldo ao venezuelano Chávez e elogiam Dilma


Monica Yanakiew

BUENOS AIRES. O maior controle estatal sobre os meios de comunicação de massa, a descriminalização do aborto e uma política regional de combate ao narcotráfico (para limitar a presença militar dos EUA na América Latina e no Caribe) foram algumas das propostas aprovadas ontem no XVI encontro do Foro de São Paulo. Da reunião participaram 600 representantes de 54 organizações políticas de esquerda da América Latina e do Caribe, entre elas o PT.

No Foro, discutiu-se a “democratização dos meios de comunicação”, elogiando a Argentina.

Por iniciativa da presidente Cristina Kirchner, o Congresso aprovou uma polêmica lei que limita o poder de conglomerados da mídia — como o Clarín. Mas a lei, segundo a oposição, aumenta o controle do Estado sobre a divulgação de informações. A lei prevê que as ONGs terão acesso a um terço do espaço audiovisual, assim como as mídias públicas e privadas. Ao mesmo tempo, impede empresas de ter um canal aberto e um canal a cabo de TV na mesma região.

A resolução, aprovada no Foro, considera necessário que o Estado intervenha para “colocar limites na concentração dos meios” e formular “políticas públicas de comunicação”. O documento cita, além da Argentina, o Paraguai e o Brasil — três países que teriam conseguido instalar o debate sobre a credibilidade dos grandes meios de comunicação.

Um dos resultados, diz a resolução, foi “a queda nos níveis de venda e de audiência” dos jornais e das emissoras de TV.

Na declaração final do encontro, em Buenos Aires, os participantes do Foro — que tem como secretário-geral Valter Pomar, do PT — deram apoio ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nas eleições legislativas, e felicitaram Dilma Rousseff, candidata do PT no Brasil.

ELA É ELE OU ELE É ELA.

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QUEM É EIKE BATISTA?

FATOS: durante o governo militar, dita a dura, o papai do Elke, Eliezer Batista, foi o todo poderoso Ministro de Minas e Energia. Exportava minério de ferro para o Japão a um preço inferior ao custo de produção, e a desculpa era “fazer dólares”. Os japoneses entupiram seus pátios de armazenagem com estratégicas reservas de ferro brasileiro, montanhas de minério sub-faturados. Passaram a levar o minério e estocar na Austrália... E o paizão foi o único brasileiro a receber das mãos sagradas do Imperador japonês a Ordem do Crisântemo.

Aí veio a grande jogada: cada nova reserva de minérios que surgia, o paizão usava seu poder discricionário e dava a concessão ao filhotinho, quase um menino, ainda. Depois, imprensou os japoneses para se associarem, como financiadores, ao “gênio” das finanças (outro Lulinha...) e daí nasceu o bilionário.

Que se dane . os que não tiveram papai Ministro, ou Presidente ...


O BRASIL PRECISA SABER QUEM É EIKE BATISTA

Foi anunciado, em 22/01/2010, nos principais jornais do Brasil, que a empresa OGX acaba de encontrar, na Bacia de Campos, mais uma reserva de petróleo em águas rasas (150 metros de lâmina d'água).

A empresa OGX já detém 100% dos direitos de exploração de outros 4 poços já encontrados nas mesmas condições.

Agora, PRESTEM ATENÇÃO :

1- A empresa OGX - assim como todas as empresas cuja sigla termina em X, que só atuam em negócios ligados ao governo-, PERTENCE A EIKE BATISTA.

2- EIKE BATISTA é um empresário que ficou rico, do dia para a noite, já é o homem mais RICO do Brasil, e, em entrevista rescente, prometeu com muita convicção que em breve será o mais RICO do MUNDO !!!

3- POR QUE as jazidas em águas rasas (menor custo de exploração), estão sendo "repassadas" à OGX, com 100% de direitos de exploração, sendo que a PETROBRAS é, hoje, a terceira do mundo e possue tecnologia de sobra para não ter que dividir nossas riquezas com quem quer que seja ? Estranho !!!

4- Recentemente, uma empresa pertencente ao mesmo EIKE BATISTA, teve problemas na Bolívia, algo parecido com o golpe que o governo de Evo Morales aplicou na própria PETROBRAS. Sabem QUEM foi o negociador contratado por EIKE para tratar do assunto na BOLÍVIA? PASMEM ..... : Sr. JOSÉ DIRCEU !!!

5- Sabem QUEM decide tudo a respeito de negócios da PETROBRAS?

Nada mais nada menos que a CONSELHEIRA Sra. DILMA RUSSEF e mais uma equipe de petistas especialistas em golpes de todas as especialidades, inclusive no controle da IMPRENSA , através de outro CONSELHEIRO, o Sr. FRANKLIM MARTINS !!!

TODOS se tornando também MILIONÁRIOS !!!

6- Será que o presidente LULA também "desconhece" este esquema da PETROBRAS com a OGX ?

Entenda agora porque a CPI da PETROBRAS está sendo abafada pelo governo.

7- Será que o Sr. EIKE BATISTA É TESTA DE FERRO do PT e seus agentes, na organização do maior golpe financeiro JAMAIS VISTO NESTE PAÍS, para manter o PT no governo indefinidamente e tornar bilionários todos os seus colaboradores ???

Aos ingênuos, recomendo ler a revista VEJA desta semana, em especial os gráficos mostrando a evolução da fortuna do Eikinho, que se acelerou justamente nestes últimos 6 anos ...

ESSA HISTÓRIA TEM QUE SER CONHECIDA, E OS ATORES DESTA DESCOMUNAL AGRESSÃO AO POVO BRASILEIRO TERÃO QUE SER JULGADOS E PRESOS PARA QUE ESTE PAÍS SEJA PASSADO A LIMPO - DE VERDADE !!!


ALBANO MORAES

EMAIL QUE ROLA NA INTERNET. "A FORTUNA DO LULA"

Por Giulio Sanmartini


Sobre o novo mimo que Lula está adquirindo para seu lazer, Cláudio Humberto escreve o seguinte. 'A casa comprada por Lula junto à cooperativa habitacional Bancoop, no Guarujá (SP), fica no condomínio Iporanga,(foto) onde veraneiam o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e a viúva do ex-ministro de FHC Sérgio Motta.

Não custam menos de R$ 2 milhões, cada. O presidente e a mulher, d. Marisa, passaram boa parte das férias do verão passado na casa de Bastos, nesse condomínio de classe alta, quando decidiram comprar o imóvel '..

Lula, vamos dizer assim, 'trabalhou' 22 anos e foi aposentado por ter estado um dia inteiro como preso político. Recebe do Instituto de Previdência o valor liquido MENSAL de R$ 6.956,40.

Um simples mortal HONESTO que como ele não foi funcionário público, terá que trabalhar 35 anos para aposentar-se e receberá o benefício máximo pago hoje pela Previdência de R$ 2.894,28.

Caso Lula recebesse esse teto levaria 57 anos para comprar seu apartamento , mas Lula não tem instrução nem habilitação para receber o teto do benefício, como disse Brizola (em um de seus raros momentos de lucidez) 'nem bom torneiro mecânico foi', haja visto sua mutilação profissional (alias, que se sabe de fonte segura... foi feita COM ANESTESIA... pois era moda naquela epoca ( entre os espertinhos...) se cortar o dedo na prensa para se aposentar no mole (varios colegas do lula e tambem o irmão dele, tem esse dedinho decepado... que gente esperta e honesta, nao ????? outro PS: pessoas que trabalham nessa maquina AFIRMAM = é impossivel POR ACIDENTE se decepar o dedinho da mao esquerda, ele nada tem a ver com os dedos que se usa para trabalhar nessa maquina...

PORTANTO = FRAUDE PURA !!!

Se Lula recebesse mil reais por mês, o tempo para a compra dessa modesta casinha de 2 milhoes... seria de 165 anos, se fosse R$ 500,00 passaria a 330 anos pagando e finalmente se fosse o salário mínimo seriam 450 anos. Mas ele pagará a Vista !!!!

E dizer que entre os anos de 1989 a 1998 Lula nem casa tinha, pois, como ele sempre declarou..... morava de graça na casa (foto acima) de seu compadre Roberto Teixeira sem pagar nada. Portanto nesses quase 10 anos o presidente da República conseguiu comprar um apartamento de cobertura em São Bernardo (foto abaixo).

Mas o salario na presidencia é baixo............. QUE MILAGRE É ESSE ?

Pois É............ ME ENGANA QUE EU GOSTO.........

LULA ROUBA e o povo brasileiro paga a conta...... :

Outro dia Lula queixava-se numa roda de amigos que tinha que arrumar outra aposentadoria para continuar mantendo o atual padrão de vida.

Sugiro que o presidente peça ajuda ao seu fenomenal filho, que num curto e magico período, depois que o pai chegou à presidência, passou de pequeno funcionário do Zoológico (estagiário com 600 reais de salario) a grande fazendeiro de gado.

Vocês sabiam que o filho do presidente Lula, o Lulinha, que há 05 anos era empregado do zoológico em São Paulo, acabou de comprar a fazenda Fortaleza (de porteira fechada) localizada às margens da rodovia Marechal Rondon, município de Valparaíso-SP, de propriedade do sr. José Carlos Prata Cunha, um dos maiores produtores de nelore do Brasil, pela simples bagatela de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhões de reais), e a imprensa, não divulgou!!!! como isso é possível???????

Nada contra o pecuarista que é muito conhecido no meio, mas onde o Lulinha arrumou esta grana toda?

Será verdade?Se for como ele é inteligente, né?E viva a farra do BOI.........

Tem também aquela conversa mole, mal contada, da Telemar, dos cinco milhões por mês...

Pode até ser como Lula disse: 'que ninguém tem a autoridade ética e moral do PT ', acho que ele está certo = se isso é verdade, precisaremos reerguer o PRESIDIO CARANDIRU so para abrigar toda essa etica e moral petista pois ao que parece, ladroeira mudou de nome.......

Pobre Brasil... que por seus ignorantes,

e pelos cegos intelectualoides,

elege e glorifica esse LULA SAFADO

e sua quadrilha petista!!!

PETRALHADA

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

STF ATROPELA O CONGRESSO.

Caros, pretendo que este seja um dos textos mais importantes publicados neste blog.


Aos poucos, o baguncismo vai se insinuando nas instituições brasileiras, e aquilo que deveria ser o comum, o corriqueiro, que é o cumprimento da lei, vai dependendo cada vez mais da ação de homens, da interpretação de juízes, ministros, de modo que uma das bases do arcabouço legal, que é a tempestividade, vai cedendo ao intempestivo.

Um ou dois documentos para votar? NO ANO PASSADO, graças a uma iniciativa do PC do B, concluiu-se que seriam necessários dois: o título e um documento com foto. TODOS OS PARTIDOS apoiaram a mudança, uma ampla maioria a aprovou, e o presidente da República a sancionou. Pode, agora, o Supremo, a três dias da eleição, dizer que aquela lei, EMBORA CONSTITUCIONAL, não vale? Desculpem-me os respeitáveis ministros que, até agora, acataram a Adin do PT: é um despropósito absoluto!

Uma pergunta dirigida a Marco Aurélio de Mello, José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto: se o Congresso quiser votar amanhã uma nova Lei Eleitoral, com validade já para as próximas eleições, ele pode? Não! A Constituição não permite. Mas o Supremo pode, nesse caso, se comportar como um Legislativo acima da Constituição? É o que está fazendo. Só esse argumento bastaria para que o tribunal não se metesse nessa história.

Ora, os partidos se prepararam para a lei que existe, não? O que se muda ao dizer que a lei não vale é o próprio processo eleitoral. Se a que temos aí, aprovada pelo Congresso, não é boa, que os senhores parlamentares, no tempo e no foro adequados, a mudem. Não cabe ao Supremo dizer: “Ooopsss! Você aprovaram, é CONSTITUCIONAL, mas acho que a gente pode dar uma corrigidinha nos excessos, cuidar do tempero” — como disse Lewandowski, numa declaração que me parece um tanto leviana.

Qualquer lei que mude o processo eleitoral — e essa muda — só pode ser aprovada, no mínimo, um ano antes da eleição. Ora, se o Congresso quisesse voltar atrás agora, não poderia. Então pode o Supremo fazer o que o Parlamento não pode?

Estamos diante de uma aberração óbvia, contra a qual não cabe recurso a não ser a indignação. Mas é assim que as coisas começam; é assim que a ordem instituída inicia o processo de degenerescência, com pequenas concessões — até a hora em que se chega às grandes, que, cedo ou tarde, são cobradas de quem vai, como diria o mestre-cuca Lewandowski ,”temperando” a lei.

Quer dizer que o PT, por alguma razão, intuiu que seria prejudicado por uma lei que ajudou a aprovar, a favor da qual se mobilizou, e apela ao cartório, para resolver no tapetão o que ele próprio endossou no processo político? E os ministros, alegremente, assumem o lugar de 513 deputados e 81 senadores? Em que outras circunstâncias o STF se mostrará disposto a “corrigir” decisões CONSTITUCIONAIS tomadas pelo Poder Legislativo?

Já não era bom

E que se note: quando essa mudança foi discutida, o TSE foi alertado que o ideal seria que as seções eleitorais não tivessem aquelas folhas com o número dos títulos. Afinal, é esse número que, digitado, permite que se vote. Ora, se é para o sistema ser seguro, o ideal seria que:

a - as seções tivessem a listagem com os nomes dos eleitores;

b - um documento com foto identificasse o votante;

c - identificado, ele apresenta o título;

d - digitado o número, abre-se a possibilidade de votar.

Isso já não foi feito. No chamado “Brasil profundo”, nada impede que se vote em lugar do eleitor ausente. Bastam, para tanto, uma fiscalização frouxa e a disposição de fraudar. Abundam as duas coisas no país. A mudança não foi aceita. O processo já ficou menos seguro. A lei votada no ano passado era uma pequena garantia extra, que o STF agora vai derrubar. Mas as coisas não param por aí, não. As circunstâncias a tornam muito piores.

O marqueteiro pediu e os “ministros enquanto isso e enquanto aquilo”

O grande “legislador” intempestivo da causa se chama João Santana, o marqueteiro do PT. Foi ele quem pediu a Antonio Palocci, informou a coluna Painel (Folha), no domingo, que se recorresse contra a lei. E assim foi feito. Pois bem.

ATENÇÃO AGORA! Em julho, a questão foi debatida no TSE. Em favor de Marco Aurélio de Mello se diga uma coisa: ele defendeu que o eleitor pudesse votar apresentando apenas a carteira de identidade. Foi voto vencido. O tribunal soltou uma resolução endossando a lei aprovada: título mais documento com foto. Pois bem: Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, no TSE, votaram pelos dois documentos; no STF, ambos votaram por um documento só.

Encerro

Olhem aqui: se João Santana pediu para mudar a lei, é porque ele acha que um só documento é coisa boa para o PT. Eu, sinceramente, tendo a acreditar que a questão é, em si, irrelevante (mecanismo para evitar que se vote em lugar do ausente seria, sim importante). Minha questão não é de natureza eleitoral ou eleitoreira.

O que me preocupa é ver o STF nessa areia, atropelando a Constituição em vez de protegê-la. Seria exagero dizer que se está dando um pequeno golpe na eleição. Mas não é exagero dizer que, se fosse um golpe, não haveria a quem apelar, uma vez que o tribunal ao qual se apela seria o seu próprio promotor.

Eis aí um péssimo sinal.

Por Reinaldo Azevedo

LIBERDADE DE IMPRENSA.

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PELA VIDA.

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NOTA DO PSDB E DEM SOBRE O PNDH3.

Nota do DEM e PSDB sobre decreto 7.037/09 -

Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3)

1. O cerceamento da liberdade de pensamento e expressão pelo Estado compromete e condena a versão particularíssima de direitos humanos que o governo federal impingiu à Nação por meio do Decreto 7.037, de 21.12.2009. O Decreto, não obstante o compromisso explícito do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, de revê-lo e abri-lo à discussão com o Congresso Nacional, está em pleno vigor, mantendo ambiente de receio e espanto na sociedade brasileira.

2. Nesse decreto, em nome de uma causa nobre – os direitos humanos -, constam decisões que a negam, invertem e agridem, tais como, entre muitas outras:

-Restrições à liberdade religiosa (proibição de uso de seus símbolos em locais públicos);

- Restrições à liberdade de imprensa e à produção cultural;

- Quebra do monopólio do Judiciário para a resolução de conflitos (cláusula pétrea constitucional)

- Estímulo às invasões de terras e afronta ao direito de propriedade

- Banalização do aborto, tema cujo âmbito de discussão e decisão é o Congresso Nacional.

3. Repudiamos a tentativa de estabelecer, em nome dos direitos humanos – que devem pairar acima de ideologias e partidarismos -, um regime de restrições incompatível com o Estado democrático de Direito e as aspirações da sociedade brasileira.

4. Os partidos que assinam esta nota se comprometem a lutar contra esse decreto, pela dignidade e pelos direitos humanos de todos em nosso país, não importa o credo político ou religioso, tendo sempre em mente que:

- é dever do Estado brasileiro proporcionar a todos oportunidades de emprego e renda, garantir acesso à moradia, saúde, educação, segurança e promover a superação da pobreza;

- o desenvolvimento econômico e social do país pode e deve ser buscado por caminhos de liberdade e respeito efetivo aos direitos humanos e civis;

- o Congresso Nacional, com ampla consulta à sociedade, é o foro adequado para o debate de temas éticos envolvendo a vida em família e o direito à vida;

- a busca de realização dos verdadeiros direitos humanos não se coaduna com a imposição de modelos de Estado ou civilização fabricados em núcleos de militantes e em laboratórios intelectuais, por mais prestigiados que sejam;

- será com a participação de todos que iremos realizar o sonho de uma grande Pátria com liberdade, deveres e direitos equânimes garantidos a todos.

5. Por sua abrangência e pretensa transversalidade, o referido Decreto equivale a uma mini-constituinte. Se outro mérito não tem, revela a verdadeira face ideológica de um governo que faz profissão de fé democrática, mas que, em conferências com sua militância (que pretende substituir a sociedade civil), conspira pelo obscurantismo.


Rodrigo Maia – Presidente Nacional do DEM

Sérgio Guerra – Presidente Nacional do PSDB

CÉSAR CIELO ENTREGA MAIS UMA VERGONHA DO GOVERNO LULA.

Dessa vez não foi pelo fato de ter ganhado alguma prova de natação,

mas pela entrevista corajosa que deu ao jornal ''O ESTADO DE SÃO PAULO''.

Cesar, bastante irritado, falou da falta de apoio da CBDA,

(Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).

César disse com todas as letras

"que não teve ajuda da confederação e muito menos do governo.

Sua vitória se deve à ajuda de seu pai e de patrocinadores."

Para tanto estava treinando nos Estados Unidos.


O presidente da confederação (CBDA) queria que ele voltasse para o Brasil, e fosse ao palácio do planalto

para fazer o cartaz do presidente. Coisas que ele rejeitou.

Daí para frente foi ameaçado de ficar sem o pouco de facilidadesque a confederação lhe dava.

"- Minha vitória tem muito pouco a ver com eles", disse o nadador quando participou do troféu José Finkel,

nas piscinas do Corinthians.

"Querendo eles ou não, sou campeão olímpico, e isso eles terão que engolir.

Desde que me tornei profissional, em março, paguei tudo:

alimentação, hospedagem, e até meu técnico (o australiano Brett Hawke)."

Cielo ficou assustado, quando lhe perguntaram se a CBDA havia ajudado em alguma despesa."

Sua resposta foi essa:

-" Sério que vocês estão me perguntando isso?' Pensei que vocês estivessem brincando.''

César Cielo contou que além de não receber auxílio da CBDA, teve problemas com o presidente Lula.

-"Entre outras ameaças,

ele ameaçou suspender os pagamentos que eu vinha recebendo dos correios, quando disse a ele que não viria para uma cerimônia no palácio do Planalto.

Ele vivia telefonando para meus pais, e não os deixava trabalhar sossegados.

Fiquei nervoso

e treinei mal por uns dias. Esse é o governo que temos."

Pelo que se vê, o dedo do governo está em tudo.

Atletas têm que ir a Brasília para pedir a benção do 'padrinho'e para fazer propaganda do presidente.

Ainda bem que não vimos medalhistas em Brasília puxando o saco do desgoverno.

QUE ABSURDO !!!

GUERRILHEIRA ASSASSINA.

ADIAMENTO PROVIDENCIAL.

Para Feldman, Polícia Federal fez manobra política ao adiar depoimento de filhos de Erenice Guerra


O deputado Walter Feldman (SP) classificou nesta quarta-feira (29) de "manobra política" a atitude da Polícia Federal (PF) de marcar somente para depois das eleições o depoimento dos dois filhos da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, acusados de participar de esquema de corrupção e de tráfico de influência no Palácio do Planalto.

O parlamentar criticou ainda o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que confirmou em entrevista veiculada na "Rádio CBN" já ter localizado Israel e Saulo Guerra. Mesmo assim, a oitiva de ambos ocorrerá somente na próxima terça-feira (5). Até o início desta manhã, se cogitava a possibilidade dos dois serem levados à força para depor, uma vez que os policiais federais tentaram por duas vezes intimá-los sem sucesso.

Dessa maneira, acredita o tucano, as investigações só serão retomadas depois do período eleitoral com o objetivo de evitar desgastes para a candidata à Presidência pelo PT. Na avaliação do parlamentar, os filhos de Erenice devem ser questionados o quanto antes para que a situação tenha logo um desfecho. “É claro que houve um adiamento proposital e que isso não ajudará no esclarecimento do caso”, alertou o tucano.

Segundo o deputado, as denúncias envolvendo a família Guerra e os demais integrantes do governo federal são graves e, por isso, a população precisaria ser esclarecida antes de domingo. “O processo eleitoral é um período agudo de embate político e todas as denúncias graves que acontecem nesse fase deveriam ter uma tramitação absolutamente urgente. A sociedade precisa ser informada sobre o envolvimento de governistas no escândalo que aconteceu na Casa Civil”, enfatizou.

Para o deputado, os fatos averiguados até o momento não representam nem o início da descoberta de todo um esquema de corrupção. Segundo o jornal “O Globo”, o consultor Rubnei Quícoli, que denunciou o esquema de corrupção na Casa Civil, confirmou em depoimento na PF a presença de Israel Guerra nas negociações em que se buscava levantar um empréstimo de R$ 9 bilhões no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Quícoli afirmou que recebeu um suposto pedido de pagamento de propina de R$ 5 milhões de Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios. O dinheiro, segundo o consultor, serviria para cobrir despesas de Erenice Guerra e da candidata do PT à Presidência.

Fonte:  http://bit.ly/9o18XL

NOSTRADADUS CONHECIA LULA?

Em suas Centúrias, Nostradamus escreveu com tanta exatidão que nos faz acreditar que conhecia o Lula .


Veja os fragmentos de um texto de Nostradamus:

.'e próximo do terceiro milênio uma besta (seria o Lula????) barbuda (céus,é ele!!!) descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul (Brasil???) ; espalhando desgraça e a miséria .' (acho que se trata da reforma da previdência ou a corrupção institucionalizada ou ainda o mensalão).

'...Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos.' (epa!!! Cadê o dedinho?)

'...Trará com ele uma horda (faz sentido...Palocci, Zé Dirceu, Dilma, Franklin Martins, Carlos Minc, Dulci, Genoíno e Cia Ltda? Sem contar os aderentes Sarney, Collor, Temer e Cia Ltda) que dominará e exterminará as aves bicudas (PSDB = Tucanos = ave bicuda!!!) ; e implantará a barbárie por muitas datas (ELEIÇÃO DA BESTA DILMA, MAIS UMA E VOLTA DO LULA POR MAIS DOIS MANDATOS???) sobre um povo tolo e leviano.' (PUTA QUE PARIU, "é nóiiiiiiis !!!) ...

AÉCIO DECLARA SEU APOIO A SERRA. (RUMO AO SEGUNDO TURNO)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

. NÃO VOTEM EM CANDIDATOS ABORTISTAS.


ALERTA, POSICIONAMENTO E CONFIANÇA.

Publicado em 21.09.2010 por RODOLFO MURTOSA - Fundador e Diretor do Instituto Jetro


Estamos às vésperas das eleições a presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais. Nos últimos dias temos acompanhado muitas manifestações que têm o objetivo de denunciar movimentos que se levantam contra a liberdade de expressão da igreja e na direção de legalizar matérias contrárias à ética cristã. De fato, estamos vivendo um tempo que exige muita reflexão em busca de discernimento. Peço sua atenção para três palavras que me vêm ao coração neste momento.

A primeira palavra é de alerta.

Alguns projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional agridem diretamente a igreja. Quero citar alguns exemplos: o PL 1.154/03 pretende proibir a veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso, o que classificaria como crime a pregação contra rituais satânicos, por exemplo. O PL 952/03 pretende classificar como crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos à boa fé das pessoas, dando margem a que pastores sejam considerados criminosos por pregarem sobre dízimos e ofertas. O PL 4.270/04 pretende enquadrar como passível de ação civil comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos, o que proibiria a pregação evangélica que contesta práticas de feitiçaria, por exemplo.

Diversos outros projetos de lei agridem a ética cristã. Somente na tentativa de descriminalizar o aborto existem mais de 30 projetos de lei. Alguns parlamentares defendem a descriminalização do uso de drogas, ou até da regulamentação da prostituição como profissão. Outro exemplo que tem ocupado as manchetes de jornais é o PLC 122/06 que pretende tornar criminosa toda a manifestação contrária à prática do homossexualismo.

Como cristãos amamos os feiticeiros, mas não a feitiçaria; amamos os adúlteros, mas não o adultério; amamos as prostitutas, mas não a prostituição; amamos os homossexuais, mas não o homossexualismo.

Esses são apenas alguns exemplos das inúmeras tentativas de atacar a Igreja, ou atacar assuntos que ferem a ética que pregamos.

Mesmo assim, não devemos nos enxergar como vítimas. Assim como nós, muitos outros segmentos sofrem seus riscos e pressões. Isso é o movimento natural de uma sociedade multifacetada como a brasileira, com valores diversos e variados.

A segunda palavra é de posicionamento.

Por sermos tão diferentes uns dos outros no Brasil, precisamos buscar candidatos que representem nosso pensamento cristão e respeito à Constituição brasileira. É importante sermos representados por pessoas com discernimento e experiência suficientes para ocuparem de fato os cargos pretendidos.

Permita-me fazer uma rápida explicação sobre o comportamento das pessoas. Encontramos na sociedade pelo menos quatro grandes maneiras diferentes de procedimentos nas relações humanas. Algumas pessoas pensam assim: o que é meu é meu e o que é seu é meu (= opressor). Esse é o pior tipo de iniqüidade de onde nasce o ditador e o opressor. Outras pessoas pensam assim: o que é meu é meu e o que é seu é seu (= egoísta). Esse pensamento domina a maior parte da sociedade e dá base ao

comportamento individualista e egoísta. O capitalismo tem muito dele. Já outras poucas pessoas pensam assim: o que é seu é meu e o que é meu é seu (= comunista) . Essa é a base do discurso comunista, mas a história demonstrou que nunca funcionou literalmente. Na prática tornou-se um sistema regido por ditadores. O último grupo pensa assim: o que é seu é seu e o que é meu é seu (= cristão). Esse grupo respeita o recurso do outro e coloca à disposição por sua deliberada vontade seus recursos próprios. Aqui está o fundamento da ética cristã, embora pouco vivida pelos cristãos.

Muito bem. Permita-me orientar o seguinte: devemos fugir de todo o candidato que pensa como o tirano: o que é meu é meu e o que é seu é meu. Identifique se seu candidato pensa e age de maneira imposta e autoritária. Não vote neles! Muitos em nome da defesa de um direito próprio, lutam para tirar o direito do outro. Cuidado que, nem todo o candidato que se diz cristão reflete todo o pensamento cristão. Muitos candidatos "lobos" se vestem de "cordeiros" para nos enganar. Você precisa conhecer a história de vida e pensamento de seus candidatos. Pesquise, converse, pergunte e vote.

Lembre-se que o exercício consciente da cidadania não se esgota na participação do processo eleitoral. Precisamos acompanhar os eleitos por meio da intercessão, da exigência de prestação de contas e do devido apoio.

A terceira palavra é de confiança.

Sei que muitas notícias que nos cercam geram profundo desconforto e temor. Mas devemos manter nossos olhos em Deus que é soberano na história da humanidade. Muitos são os textos bíblicos que nos deixam claro que o coração das autoridades está nas mãos dele. É bom notar que todos os Projetos de Lei que tramitam no congresso passam por um natural processo de lentidão. Além disso, temos a Constituição a nosso favor. Isso significa que alguns Projetos de Lei , mesmo que venham à luz, nascerão mortos, pois são inconstitucionais.

Para concluir quero citar o sábio que disse "quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio governa o povo geme." (Provérbios 19.2)

Vamos orar para que o Senhor coloque pessoas justas nos atuais cargos governamentais.

Exerça sua cidadania. Vote consciente. Vote certo.

O RECADO DAS URNAS.

População da Venezuela está reagindo ao governo de Hugo Chávez, destaca Emanuel Fernandes


Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Emanuel Fernandes (SP) afirmou nesta terça-feira (28) que o resultado das eleições legislativas na Venezuela mostra uma reação popular ao governo de Hugo Chávez e sinaliza que o "coronel" terá dificuldades para se reeleger em 2012. Para o tucano, é claro o recado deixado pelas urnas a nações vizinhas simpatizantes do chavismo: há mudanças no horizonte e o populismo de esquerda será cada vez menos tolerado.

No último domingo (26), Chávez perdeu a maioria absoluta no Congresso. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) não conseguiu eleger os dois terços de deputados necessários para aprovar as polêmicas leis orgânicas sem precisar da oposição. Atualmente, a ampla maioria que o governo detém no Legislativo permite ao presidente o endosso a todas as medidas desejadas por ele.

O grupo político de Chávez conseguiu eleger 98 deputados dos 165 parlamentares da Assembleia Nacional, mas não obteve a maioria esperada (110). A oposição, por sua vez, conquistou 65 cadeiras, mais de um terço do total. Já o partido Pátria Para Todos (PPT), ex-aliado do chavismo que se recusou a se incorporar ao PSUV, conseguiu eleger dois.

Esses integrantes do PPT devem ser assediados pelos dois lados, já que a oposição necessita de 67 deputados para impedir que Chávez possa governar por decreto. Em todo caso, será a primeira vez em cinco anos que os partidos de oposição voltam ao cenário político venezuelano. Desde 2005, tinham optado por não disputar as eleições em protesto contra as fraudes do governo.

Na avaliação de Emanuel, o novo cenário será bom para a democracia e para a população da América do Sul. “O populismo tem a característica de sacrificar o amanhã pelo hoje para conseguir votos e, com isso, mascara a realidade”, afirmou o presidente da Comissão de Relações Exteriores.

O deputado acredita ainda que o resultado abre uma nova fase na política do país vizinho. “A Venezuela vai reencontrar o caminho com a democracia clássica, sem populismo. O resultado mostra claramente que nas eleições presidenciais de 2012 a população vai dar um não a Chávez”, previu o tucano.

De acordo com o deputado, o resultado também serve de exemplo para o Brasil. Aqui, o PT, o Itamaraty e o presidente Lula sempre manifestaram simpatia com o governo de Chávez, que sofreu o maior abalo em 12 anos.

"Socialismo do século XXI" trouxe retrocesso ao país vizinho

→ Os resultados das eleições mostram que a popularidade do "coronel" está em declínio, um fenômeno proporcional ao aumento dos problemas de ordem social e econômica. A criminalidade saiu do controle, a produção de petróleo caiu 30%, a inflação disparou, a economia está em recessão, falta comida nos supermercados e a população empobreceu.

→ O "socialismo do século XXI" chavista inclui medidas como a expropriação de empresas, as invasões de terra pelo Exército, o uso da máquina pública para fins pessoais, a repressão à imprensa, a criação de milícias paramilitares para aterrorizar vozes discordantes e o apoio aos narcoguerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

→ A oposição não tinha representação no Congresso desde as eleições de 2005. Na ocasião, a abstenção nas urnas chegou a 70%, um forte contraste com as eleições de domingo, que teve a participação de 67% dos mais de 17 milhões de venezuelanos inscritos.

Fonte: Letícia Bogéa

SUMIÇO PROVIDENCIAL.

Amary cobra rapidez da Polícia Federal para ouvir filhos de Erenice Guerra


O deputado Renato Amary (SP) cobrou nesta terça-feira (28) mais agilidade da Polícia Federal (PF) para ouvir os filhos da ex-ministra Erenice Guerra no inquérito que apura casos de tráfico de influência dentro do Palácio do Planalto. O tucano espera que o sumiço repentino de Israel e Saulo Guerra não seja proposital e com intuito de evitar os holofotes da imprensa às vésperas das eleições do próximo domingo (3). As denúncias sobre o envolvimento de ambos na intermediação de negócios entre empresas privadas e o governo federal resultaram no afastamento de Erenice da Casa Civil.

“É importante que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível, pois ocorreram fatos estranhos no Palácio do Planalto. A PF e os outros órgãos de investigação precisam ter mais agilidade. Os dois filhos da ex-ministra podem esclarecer aos brasileiros o que de fato aconteceu”, exigiu o deputado.

Israel e Saulo poderão ser levados à força para depor no inquérito em que são acusados de tráfico de influência no governo. A possibilidade passou a ser cogitada pela PF depois de tentar, sem sucesso, intimá-los por telefone e pessoalmente na casa da família em Brasília. A polícia considera que os envolvidos estão resistindo ao depoimento quando o investigado ou a testemunha rejeita duas intimações.

O delegado responsável pelo inquérito, Ruberval Vicalvi, pedirá a Justiça Federal que realize a condução à força caso os dois irmãos continuem não respondendo às tentativas de intimação. “A polícia tem que buscar alternativas para encontrá-los estejam onde estiverem, seja dentro ou fora do Brasil”, defendeu Amary.

Documentos revelados pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no último sábado (25) (veja fác-simile ao lado) confirmam que Israel recebeu propina de R$ 120 mil seis dias após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ter concedido permissão de voo à Master Top Linhas Aéreas (MTA). A empresa é a principal envolvida no escândalo e mantinha contratos com os Correios.

A prova foi entregue aos policiais federais pelo lobista Fábio Baracat, que representava a MTA e confirmou em depoimento o pagamento por serviços prestados pela Capital Consultoria, empresa usada nos negócios dos familiares da ex-ministra.

Amanhã (29) a PF pretende interrogar Vinícius Castro, sócio dos irmãos Guerra na Capital. Sônia Castro, mãe de Vinícius, também deve ser ouvida. Ela teria sido usada como laranja na composição societária da empresa.

Na próxima segunda-feira (4) será a vez do depoimento de Marco Antônio de Oliveira, ex-diretor de Operações dos Correios. Ele é apontado como um dos chefes do lobby dentro da estatal. Israel, Saulo, Vinícius e Marco Antônio são suspeitos de facilitar ilegalmente a renovação de contrato da MTA nos Correios.

Fonte:  Djan Moreno

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MILITARES DEFENDENDO A DEMOCRACIA E JORNALISTAS PEDINDO CENSURA À IMPRENSA?

Vivi ontem um dia muito especial. Participei, em companhia de Merval Pereira, de O Globo; de Rodolfo Machado Moura, diretor de Assuntos Legais da Abert, e de Paulo Uebel, do Instituto Millenium, de um debate sobre liberdade de expressão. O encontro aconteceu na sede do Clube Militar, no Rio. Mais de 400 pessoas lotaram o salão da entidade — todos os assentos ocupados e algumas pessoas de pé. Enquanto conversámos, vinha um alarido da rua. Uns 20 gatos pingados da Juventude Socialista — com o apoio da UNE, parece — protestavam do lado de fora: contra o Clube Militar, contra os debatedores, contra o debate! Como todos por ali, na mesa e na platéia, defendiam a liberdade de expressão e a Constituição do Brasil, os que gritavam queriam o contrário, certo?


Não é que eles estivessem contra o que dizíamos. Eles são contra o fato de existirmos.

Também ontem, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo abrigou um encontro de defensores da censura. Sob o pretexto de combater um suposto “golpe midiático”, foram lá engrolar palavras sem sentido contra a imprensa, tentando intimidar veículos de comunicação e jornalistas. Os promotores da triste patuscada falaram em 500 pessoas presentes. Uma ova! Não havia 200. É evidente que eu não estava lá, mas estou bem-informado a respeito. Um fracasso! PT, Centrais Sindicais, UNE etc. conseguiram juntar menos gente do que juntou o Manifesto em Defesa da Democracia, anteontem, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco — e sem máquina nenhuma na convocação, feita com um miserável dia de antecendência. O documento, diga-se, conseguiu reunir mais de 20 mil assinaturas em 24 horas. Já falo a respeito. Sigamos.

Antes de sair de casa, minha mulher me alertou para um comentário de Lúcia Hipppolito na CBN. Huuummm… Querido leitor, quando você não conseguir explicar o que vê; quando o fato contraria o seu diagnóstico, o seu prognóstico ou os seus preconceitos, faça como Lúcia Hippolito: diga que se trata de “um “paradoxo!”

A saída é boa porque, a partir daí, você pode se dispensar de pensar, e ninguém se sente estimulado a lhe cobrar mais nada. Ah, sim: você precisa narrar o descrever o paradoxo com ênfase, chamando a atenção para algumas sílabas, de modo que a entonação se confunda com um argumento, entenderam?

Lúcia garrou numa conversa com Heródoto Barbeiro. Transcrevo (encomprido algumas sílabas para chamar a atenção para as suas ênfases). De início, apesar de uma certa arrogância intelectual de quem vê, com olhos muito percucientes e sábios, o Brasil numa jaula, a coisa parece ir bem:

“Eu acho o Brasil um país interessantíssimo. Eu não perderia essa campanha eleitoral por nada. Cê repara o seguinte: a gente tem um presidente em final de segundo mandato, com oiteeeeeeeennnnnta por cento de popularidade, tuuuudo indica que vai eleger a sucessora em primeiro turno, mas ele tá infeliz, Heródoto! Ele vocifera contra tudo e contra todos; ele tá raivoso no palanque; ele briga com todo mundo… Os empresários estão felicíssimos: jamais ganharam tanto dinheiro. Os banqueiros não conseguem parar de rir, mas o Lula se diz vítima do preconceito das elites. Aí cê tem o Zé Dirceu, que, depois de municiar a imprensa durante anos com dossiê contra os adversários, agora ele faz discurso contra o excesso da liberdade de informar e a necessidade de controlar a mídia.

Faço uma pausa aqui para comentar. Lúcia chamará isso tudo, daqui a pouco, de paradoxo, embora, segundo ela, não seja o maior deles — este está por vir. Bem, não vejo nada de paradoxal aí; vejo é história, nunca é paradoxal, coerente ou incoerente. Lula não está infeliz! Trata-se apenas de um governante de perfil autoritário, que decidiu esmagar a oposição, abusando escancaradamente do poder. Se não me engano, Lúcia é formada em história — Heródoto, creio, também; ao menos deu aula em cursinho sobre a disciplina. Lula não está com problema psicológico, faniquito ou transtorno de personalidade: Ele tem método!

Apontar um “paradoxo” nesse comportamento de Lula faz supor que o PT não tenha uma história de desrespeito à democracia, considerada desde sempre um caminho não mais do que tático para chegar ao poder. O relato que ela faz da atividade clandestina de Dirceu quando na oposição é uma das evidências do que estou afirmando. Quando o presidente vai ao horário eleitoral com pompa de chefe de estado e afirma que o candidato da oposição é “líder da turma do contra” — sem falar no uso vergonhoso da máquina pública na campanha —, deixa claro o seu descompromisso com a democracia.

Mais: ele não está “brigando com todo mundo”. Está brigando com a imprensa porque não quer que ela noticie as lambanças de seu governo. Dizer-se “perseguido pelas elites”, embora tenha o apoio dos banqueiros e dos grandes empresário, também não revela paradoxo nenhum, mas uma tática eleitoral — muito típica populismo. Há farta bibliografia a respeito. Voltemos à fala da comentarista.

Heródoto, os jornalistas, que deveriam ser os primeiros a defender a liberdade de expressão, abriram a sede de seu sindicato hoje em São Paulo para que as centrais sindicais façam um ato público contra a imprensa. Cê já viu isso? Agora, os intelectuais assinam um manifesto, que é o papel deles: intelectual assina manifesto. Agora, só que o manifesto é contra o autoritarismo do Lula, mas quem lidera as assinaturas são os fundadores do PT, Hélio Bicuuuudo; entusiastas do PT como Dom Paulo Evaristo Arns. Eu acho até um pouco exagerado, sabem Heródoto? Porque eu acho que a democracia não está sendo ameaçada. As instituições tão funcionando; nós vamos ter eleições; a campanha tá indo de vento em popa,; o STF tá julgando a validade da Lei do Ficha Limpa, o julgamento deve continuar hoje…

Interrompo de novo: deixo a questão do sindicato para o comentário do trecho final. Quero tratar de outras coisinhas. Não! Papel de intelectual não é assinar manifesto, não! Pode até fazê-lo. Mas seu papel essencial é pensar e produzir saber para que entendamos melhor o presente, para que nos orientemos melhor sobre o passado, para que saibamos mais de nos mesmos e do mundo. Se Lúcia quiser, posso lhe enviar uma bibliografia comentada da obra de pelo menos quatro deles: José Arthur Giannotti, Leôncio Martins Rodrigues, Celso Lafer e Marco Antonio Villa. O comentário é boboca, frívolo. Villa, aliás, tem um belo trabalho sobre o governo João Goulart que talvez diminua o assombro de Lúcia sobre certas questões (falo abaixo)

Há um fundador do PT assinando o manifesto: Bicudo! Mas poderia haver 10! Também nisso não há nenhum paradoxo. Ao contrário até. Os partidos de esquerda, mesmo essa esquerda dinheirista do PT, costumam engolir seus filhos com impressionante sem-cerimônia, como Saturno naquele quadro de Goya. Bicudo, diga-se, caiu fora quando o partido resolveu passar a mão na cabeça dos mensaleiros. Mas onde está o “paradoxo” aí? É paradoxal que ex-petistas defendam o regime democrático? Por quê?

Quanto à questão da democracia, aí são só palavras impensadas mesmo, né? Apelando à lógica elementar, é preciso afirmar: se as eleições tivessem sido suspensas e se o STF já não julgasse com liberdade, então não seria mais “democracia ameaçada”, mas democracia extinta. Lembro à comentarista que violações de sigilos, investigações conduzidas por órgãos do estado para esconder o delito — foi o que fez a Receita, certo? — e balcão de negócios na Casa Civil são ameaças evidentes às instituições. O que mais ela quer? Vamos à última, e mais polêmica, parte.

Agora o maior paradoxo de todos, Heródoto, é que o Clube Militarrrr [ela deu força à oxítona], como você sabe, que exerceu papel importantíííísimo na história do Brasil, está realizando hoje no Rio de Janeiro um papel [acho que ela queria dizer debate] sobre a democracia ameaçada. É bem verdade que o Clube Militar sempre liderou a turma que ameaçava a democracia e agora tá querendo defender. É ou não é um país interessantíssimo para a gente viver, Heródoto Barbeiro? É o país do paradoxo político. Eu não perderia essa campanha eleitoral por nada.

Lúcia trata com óbvia ironia o Clube Militar, que exerceu, de fato, papel importantíssimo na história do Brasil, como ela e Heródoto deveriam saber, formandos que são em história. Se a referência irônica é a 1964 — e caberia qualificá-la de todo modo —, lembro a ambos que o Brasil já existia antes. Por que ela não escreve um artigo tentando provar a irrelevância dos militares — ou seu papel apenas nefasto — na construção da democracia? Não escreveria porque, por óbvio, não poderia. Prefere reforçar preconceitos com entonações supostamente significativas.

Uma pergunta a Lúcia Hippolito — pergunta retórica; quem sabe isso a estimule a escrever um post a respeito: ainda que a sua leitura sobre o Clube estivesse correta, o fato de agora ele defender a democracia não deveria ser saudado como um avanço? Ah, ocorre que em seu modelo teórico, militares têm de combater a liberdade de expressão; se eles defendem, ela grita: “Paradoxo!”.

Mais: o que há de paradoxal na manifestação ridícula de ontem no Sindicato dos Jornalistas? Nada! Os que estavam lá são herdeiros — ainda que bem mequetrefes, ainda que uma gente bem chulé — das ilusões armadas (não a dos militares!) do pré-64, de 64 e do pós-64. Diga aí, dona Lúcia Hippolito: era democracia o que eles queriam então? É democracia o que eles querem hoje? Apresente-me um só texto das esquerdas de 1964 ou de 1968 defendendo o regime democrático, unzinho só, “para fazer remédio”, como se diz em Dois Córregos! Nada! Não existe!

Os paradoxos que Lúcia vê nascem de uma visão deturpada sobre o presente e desinformada sobre o passado. Como afirmei a jornalistas que me entrevistaram depois do evento, ainda que essa leitura maniqueísta do papel dos militares e da esquerda estivesse correto, forçoso seria reconhecer, então, que os militares avançaram, progrediram e aprenderam o valor universal da democracia. Já as esquerdas — tanto aqueles coitadinhos que foram protestar ontem às portas do Clube quanto as cobras criadas com dinheiro público que foram honrar anos de delinqüência intelectual no sindicato — evidenciam que não esqueceram nada nem aprenderam nada. E não há paradoxo aí.

Não há dificuldade nenhuma em provar que a história dos militares brasileiros está muito mais comprometida com a democracia do que a história da esquerda brasileira — ou da esquerda de qualquer país do mundo. Não precisa ir muito longe: ainda hoje há quem se escandalize com os chamados mortos da ditadura. De fato, depois de rendidos pelo estado, não deveria ter morrido um só preso (morte na batalha é outra coisa; escolhe-se matar ou morrer). Mas tenho a certeza de que a esmagadora maioria daqueles que foram pedir censura à imprensa são, por exemplo, defensores do regime cubano, responsável pela morte de 100 mil e pelo exílio de quase 2 milhões. Para esses vigaristas morais, matar 400 faz os bandidos eternos, mas matar 100 mil faz os heróis da civilização. Ora, tenham vergonha na cara!

Ontem, no Clube Militar, mais de 400 pessoas, entre civis e militares da ativa e da reserva, aplaudiram palavras em defesa da democracia, do estado de direito e da Constituição do Brasil. Aliás, eu só era um dos convidados, suponho, porque sou esta pessoa exótica: defendo as instituições e as leis.

REINALDO AZEVEDO.

GASTANÇA NO PLANALTO.

Multiplicação de verbas e de cargos na Presidência da República tirou recursos de áreas importantes, diz Rafael Guerra


O deputado Rafael Guerra (MG) criticou nesta segunda-feira (27) o governo Lula por multiplicar o orçamento e os cargos da Presidência da República em patamares inéditos. Em valores corrigidos, o orçamento saltou de R$ 3,7 bilhões no final do governo Fernando Henrique, em 2002, para R$ 9,2 bilhões neste ano. Já o quadro de pessoal do Planalto aumentou, no mesmo período, em pelo menos 250%.

Para o tucano, esse "inchaço" denunciado pela "Folha de S. Paulo" tirou dinheiro de outras áreas importantes. Para se ter uma ideia de comparação, até 18 de setembro o governo federal havia executado R$ 4,3 bilhões do seu orçamento de 2010 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, esse incremento de despesas ajuda a explicar os escândalos envolvendo funcionários do alto escalão da Presidência, que passou a gerenciar muito mais recursos e cargos.

“Não há dúvida de que nestes oito anos houve um crescente inchaço da máquina pública, com aumento do número de vagas e despesas. Vivenciamos um verdadeiro aparelhamento do Estado, com postos sendo preenchidos por aliados e companheiros do PT”, reprovou Rafael Guerra.

Apesar dessa expansão, ministérios e outros órgãos do governo responsáveis por ações e obras que beneficiam diretamente a sociedade tiveram, entre 2003 e 2010, um incremento orçamentária de 70% (somando-se ministérios, autarquias, fundações, Legislativo e Judiciário). Enquanto isso, na Presidência da República o crescimento foi de pelo menos 126%.

Para Rafael Guerra, ao mesmo tempo em que incha o Planalto e órgãos vinculados, o governo deixa de executar obras e ações necessárias para a população. Além disso, segundo ele, muitos dos empreendimentos que aparecem nas propagandas oficiais não saíram do papel. As verbas para a publicidade de todo o governo são, inclusive, controladas pela Secretaria de Comunicação Social, subordinada ao Planalto.

E para piorar, de acordo com o parlamentar, a gastança da era Lula terá impactos futuros. “Isso deixará uma herança pesada para o próximo governo, que enfrentará muitas dificuldades para acertar suas contas e cumprir os compromissos”, avisou.

Uma análise da distribuição interna das verbas mostra ainda exemplos de que a administração petista transformou o palácio numa espécie de superpresidência de Lula. Só o gabinete do petista teve seus recursos multiplicados por cinco. Além disso, a grande maioria dos funcionários ocupa cargos e funções de confiança, sejam os de livre nomeação, sejam os reservados a servidores requisitados de outros órgãos. A gastança também é fruto da criação de novas estruturas e da absorção de órgãos que anteriormente estavam em ministérios.

Ao longo da gestão do PT, o Palácio do Planalto foi palco de sucessivos escândalos. De lá saíram José Dirceu, chefe da Casa Civil acusado de comandar o esquema do mensalão, e Erenice Guerra, braço direito de Dilma Rousseff, derrubada por denúncias de tráfico de influência. Funcionários ligados a Erenice, como Vinícius Castro e Stevan Knezevic, também deixaram seus empregos nos últimos dias por suposto envolvimento em denúncias que atingem a agora ex-chefe.

Fonte:

NEM JESUS CRISTO ME TIRA ESSA VITÓRIA.

APELO A TODOS OS BRASILEIROS. D.SIMÃO. CNBB

SERRA PRESIDENTE - VILA DIGNIDADE.

O 3º NEURONIO.

 
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Agora está explicado porque gagueja tanto a marionete. Será que vai querer governar o Brasil por ponto eletrônico?

domingo, 26 de setembro de 2010

LULA - O FIM DA DEMOCRACIA.

A IMPORTÂNCIA DO VOTO.(b y Marisa Cruz)

QUANDO ADOLESCENTE ESPERAVA ANSIOSAMENTE CHEGAR AOS DEZOITO ANOS PARA TER MEU TÍTULO DE ELEITOR.

CHEGAR A MAIORIDADE ERA SINAL DE CERTA AUTONOMIA PORQUE PODERIA ESCOLHER OS CANDIDATOS QUE IRIAM DIRIGIR O MEU BRASIL TÃO GRANDE, TÃO PODEROSO EM RIQUEZAS NATURAIS MAS AINDA COM NECESSIDADES BÁSICAS PARA O POVO.

SEMPRE ME ESFORCEI EM OBSERVAR OS CANDIDATOS E SUAS PROMESSAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE CRESCIMENTO ECONÔMICO.

ENTRE UMA E OUTRA ELEIÇÃO TIVE DESILUSÕES POR ACREDITAR MAS SEMPRE VALEU A PENA ME DIRIGIR A URNA E ASSINALAR O NOME E O NÚMERO DE MEUS CANDIDATOS E SAIR DE LÁ SENTINDO QUE HAVIA CUMPRIDO MEU DEVER DE CIDADÃ, NÃO PELA OBRIGATORIEDADE DA LEI E SIM POR CIVISMO, CIDADANIA E AMOR À PÁTRIA.

MAIS UM ANO QUE TEREMOS ELEIÇÕES PARA GOVERNO FEDERAL, ESTADUAL E PARLAMENTARES E MAIS UMA VEZ ESTOU OBSERVANDO OS CANDIDATOS, SEUS CURRICULUNS NA VIDA PRIVADA E PÚBLICA PORQUE QUEM NÃO É SER HUMANO COM CONDUTA MORAL NA SUA VIDA PRIVADA NÃO O SERÁ NA VIDA PÚBLICA.

"DEIXAR EM BRANCO O VOTO NÃO É A MANEIRA CORRETA DE PROTESTAR CONTRA OS ATUAIS POLÍTICOS. ESTE ATO FAVORECE ÀQUELES QUE NÃO QUEREMOS MAIS NO PODER."

MEU COMPROMISSO COMO CIDADÃ É APERFEIÇOAR AS MINHAS ESCOLHAS PARA QUE A POLÍTICA NO PAÍS SEJA UMA VERDADEIRA CIÊNCIA PRATICADA POR HOMENS E MULHERES DECENTES QUE TRABALHARÃO PARA O BEM DO PAÍS E DE SEU POVO.

Marisa Cruz

Abortado enterrado e_sobreviveu

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SEMANA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO - SERRA PRESIDENTE

ATAQUES DESCABIDOS. EDITORIAL DE A GAZETA.

O Brasil viverá no próximo domingo o ritual apoteótico da democracia, quando a população escolherá livremente o novo presidente da República, o Congresso Nacional, governadores de Estado e Assembleias Legislativas.


Porém a democracia, por mais grandiosa que seja, como a brasileira, não está imune a arroubos políticos equivocados ou mal-intencionados, aproveitando-se da liberdade que é própria do regime.

É o que se viu nos últimos dias. A liberdade de expressão foi usada contra ela própria em discursos do presidente da República - cuja figura pessoal simboliza os dons políticos da democracia. Tão forte é sua liderança que a sua fala estimula movimento esdrúxulo tendo como pretexto o maldoso factoide rotulado de "golpismo midiático".

O presidente Lula tem sido contraditório - e não é a primeira vez - ao afirmar sua dúvida sobre se existe "país na face da Terra com mais liberdade de comunicação" do que o Brasil e, ao mesmo tempo, ao criticar o noticiário político dos meios de comunicação. Soa como defesa explícita da censura.

Jornais, revistas e outros meios de comunicação não são "partidos políticos", ao contrário do que declarou em comício, há poucos dias, o presidente. Conceitualmente, é impossível confundir as instituições. Tal confusão cognitiva só pode ser atribuída à intensa empolgação da campanha eleitoral, o que surpreende duplamente: pela experiência e maestria política do nosso presidente e pela posição privilegiada que as pesquisas conferem à candidata de sua predileção.

A reação do presidente à cobertura jornalística da campanha eleitoral parece intolerância à isenção e não à parcialidade, ao contrário do que ele diz. Nesse caso, é autoritarismo. Por ter cooptado a participação de dez partidos políticos à candidatura petista, talvez imaginasse o engajamento de outras instituições, entre elas a imprensa. Parece muito fácil conviver com o pluralismo desde que as diferentes correntes convirjam para a mesma direção. O encabrestamento é nocivo à liberdade.

E não faltam oportunistas. O eco das pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República agregado aos ataques do chefe da nação deu margem a articulações com intenções obscuras. É o caso de um ato intitulado "Em defesa da democracia e contra o golpismo midiático", realizado na última quinta-feira, nas dependências do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O local do ajuntamento foi escolhido como semente de cizânia. Mas a astúcia faz parte da briga pelo poder.

Os que participaram desse encontro têm direito a se manifestar, evidentemente. Mas foi uma patuscada com cheiro de chavismo. Sobraram acusações aos meios de comunicação e manipulação de conceitos. Pregou-se a democracia e, ao mesmo tempo, o "controle de mídia". Acusação de "golpismo" parte de suposto apoio de jornais e revistas à candidatura presidencial de oposição ao atual governo. A "prova" seria o noticiário sobre a quebra de sigilo fiscal. É uma distorção de valores muito grave imaginar que a imprensa deve minimizar esse escândalo, ter um cuidado para não afetar a candidatura ungida pelos atuais operadores do poder. É querer muito.

Em qualquer eleição, o candidato da imprensa é sempre a democracia, cujo representante maior, no momento, é o presidente Lula. Cabe a ele e a todos os brasileiros respeitar a Constituição Federal, que preceitua a liberdade de expressão, consequentemente, a de imprensa. Trata-se de condição essencial para a democracia.

Representa grave distorção de valores achar que a imprensa deve omitir fatos para favorecer políticos

O BRASIL PODE TER UMA DITADURA CIVIL. (HÉLIO BICUDO)

A exemplo do que fazia nos distantes e duros tempos da ditadura, às vésperas das eleições, em companhia de outros juristas e personalidades, ele ergue sua voz em defesa da democracia no país. Na semana passada, Hélio Bicudo, 88 anos, liderou um manifesto também pela liberdade de imprensa, segundo ele, ameaçada pelo governo Lula. O mesmo Lula com quem Bicudo, que foi ministro interino da Fazenda no governo João Goulart, deputado federal e vice-prefeito de São Paulo, durante a gestão de Marta Suplicy (PT), na condição de vice, disputou o governo de São Paulo e conviveu durante os 25 anos em que militou no PT.


Nossa democracia está mesmo ameaçada?

Acho que sim, porque o presidente da República ignora a Constituição, se acha acima do bem e do mal, e, com uma vitória que está delineada em favor da sua candidata, concentrará todos os poderes da República em suas mãos, além do apoio da maioria dos Estados e da população em geral. Com uma pessoa com esse potencial, e que não vê no ordenamento jurídico do país a maneira de estabilizar as discussões e debates, o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, sem dúvida.

O senhor, que ficou no PT por mais de 20 anos, imaginou que isso pudesse acontecer?

De início, não, mas no final, achava que aconteceria essa reviravolta. Foi marcante aquela carta aos brasileiros que Lula escreveu antes da sua primeira eleição, demarcando uma posição muito mais para o neoliberalismo do que para o socialismo.

O mesmo neoliberalismo tão criticado pelo PT, no governo de Fernando Henrique Cardoso. O senhor vê diferença nas práticas de ambos?

Não há nenhuma diferença, porque quem comanda as decisões políticas hoje, como ontem, é o próprio capital.

O PT indicava uma prática diferente...

O PT fazia uma oposição bastante forte nos governos Sarney e Fernando Henrique. A partir do governo Lula, a unanimidade popular que ele foi conquistando afastou a oposição do seu caminho. E o que aconteceu? Sobre o mensalão e os outros atos de corrupção apontados, nada se fez. Quando Lula diz que é presidente da República até sexta-feira à noite, e depois fecha a gaveta e só volta na segunda-feira, pratica crime de responsabilidade. Afinal, como presidente ele jurou obedecer às leis do país. E a Constituição não permite que um presidente da República participe da campanha eleitoral como ele está participando. É crime que leva ao impeachment, mas nem os partidos políticos, nem a sociedade civil movem nenhuma pedra contra isso.

Antes do primeiro governo Lula, falava-se do desejo do PT de ficar no poder por pelo menos 30 anos.

Não havia essa ideia, pelo menos no meu tempo. Pensava-se que o PT era um partido de massa, e iria trazer para os mais humildes uma estabilidade econômica.

Houve uma inclusão.

Ele trouxe em parte, porque a Bolsa-Família é mais um colaborador eleitoreiro. Apenas dá dinheiro, mas não dá nenhum estímulo para que a pessoa possa galgar outro patamar na estrutura da sociedade.

Pesquisas indicam que Dilma Rousseff seria eleita, hoje, presidenta da República. O que podemos esperar dela?

Quem continuará mandando no país vai ser Lula. Dilma diz que ela é o Lula. Então as coisas continuarão como estão, com a mesma corrupção, o mesmo manejo da coisa pública.

Como militante político, imaginava voltar às ruas em defesa da democracia e da liberdade de imprensa?

A gente fica frustrado, depois de uma longa luta em prol da democracia, ver o que estamos vendo. E acho que não temos democracia, até pela maneira pela qual se conduz a vida pública, onde um grupelho toma conta do governo, pondo nele seus parentes, seus amigos... Não é o governo do povo. Veja a própria constituição do Supremo Tribunal Federal, onde não se fez uma consulta maior para a escolha dos ministros. Ela foi pessoal, feita pelo próprio presidente. Leis passam na Câmara e no Senado, por atuação da presidência da República, que transformou o Legislativo em algo sem a menor expressão.

O senhor faz a descrição de um poder quase totalitário...

E é isso. Quem manda no país, passa por cima das leis é ele, Lula. Vai eleger a presidenta que fará o que ele quiser.

Como o senhor vê Lula?

Um homem inteligente, que poderia usar essa inteligência para implementar e fortalecer a democracia no país, mas optou por incrementar o poder pessoal.

Trata-se de um traço de personalidade?

Sim, com certeza. Ele sempre mandou no partido, afastou as lideranças que pudessem competir com ele. É o dono, sente-se acima do bem e do mal.

Em relação às denúncias de irregularidades no governo, sempre alegou nada saber.

Ele sabia de tudo, deixou as coisas escaparem. A oposição não atuou e, hoje, chegamos onde estamos.

Incompetência da oposição?

Foi inexistência de oposição.

Como o senhor deixou o PT, em 2005?

Saí porque achei que o partido não estava trilhando a estrada que havia traçado no seu nascedouro. Ele deixou de representar o povo. Pode até ter o voto do povo, mas representa os interesses daqueles que o comandam.

As muitas denúncias de irregularidades no governo Lula parecem não impactar a campanha de Dilma Rousseff.

Olha, Lula vive dizendo que a imprensa o prejudica. Eu acho que é o contrário.

Como?

A imprensa tem ajudado Lula e seus candidatos. Você não pega um jornal, um programa de televisão, que não exiba um retrato dele. O povo não vê o que está escrito além dá manchete. Funciona como propaganda.

Deixá-lo fora das páginas e fora das telas é quase impossível. Ele tem popularidade e peculiaridades. É "o cara", pelo menos para o presidente Obama...

Mis-en-scène... Pergunto: com tudo isso, o que o Brasil conseguiu, do ponto de vista internacional? Zero. A questão da popularidade não tem relação com a eficiência. Olha o caso do Irã. Tem maior vergonha do que isso? Nossa política externa é péssima. O Brasil não conseguiu colocar uma pessoa em cargo relevante no conceito internacional. Em matéria de Direitos Humanos, botaram lá em Genebra uma pessoa que jejuna nessa área. E onde estão os direitos humanos no Brasil, onde o presidente aceita que a Lei de Anistia contemple também torturadores? E a compra de 36 aviões de caça? Uma brincadeira, desperdício de dinheiro público. Outra vergonha é essa movimentação toda pela Copa de 2014.

Por quê?

O dinheiro da construção de estádios poderia ser usado na Saúde, na Educação. Lula deu ao povo o que se dava durante o Império Romano: pão e circo. Ele dá Bolsa-Família, dá o futebol, shows, o povo vai se divertindo e vai votar em quem ele manda. Uma coisa é o Bolsa-Família eleitoreiro, a outra é dar o dinheiro e responsabilidade, Educação às pessoas.

Como viu o "ato contra o golpismo midiático", contrário ao que revelou o "manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão", do qual o senhor participou, ambos em São Paulo?

Lula sempre diz que há uma revolução midiática para retirá-lo do poder. Os pelegos dele é que fizeram o movimento em contrário ao nosso.

Seu grupo conseguiu sensibilizar a opinião pública?

Acho que sim. Ontem, mais de 20 mil pessoas já tinham assinado o nosso documento. A semente foi plantada, e agora depende da sociedade. Porque o problema é também de pós-eleição. Repetindo o que já foi dito: se você não vigia, não tem democracia. Deve-se vigiar permanentemente quem governa o país, para que não haja desvios. Seja quem for eleito, independentemente do partido político.

Vê méritos neste governo?

A questão é: o que o governo pretende com sua atuação? Para mim, só autoritarismo.

O senhor foi candidato a vice de Lula, na disputa pelo governo de São Paulo. Conviveu com ele e o admirou num determinado momento.

Sim, mas os tempos mudaram completamente. Ele acabou com as lideranças do partido, e lançou uma pessoa que nem era do partido, tradicionalmente, à presidente. Hoje o PT não tem diferença nenhuma dos outros partidos.

Mas o senhor declarou voto para Marina, do PSol...

Sim, porque entre os candidatos que estão aí, é ela quem tem as melhores condições, do ponto de vista de sua vida, do trabalho que já fez e se propõe a fazer. Plínio de Arruda Sampaio tem um discurso muito bom, mas não teria condições. Ele se propôs a fazer uma campanha para mostrar que a democracia não se exerce como o que se vê hoje no país. Presidente não se mete em eleição. Não pode praticar atos eleitorais em favor do seu candidato. Essa é a posição de um chefe de Estado.

O que o senhor diria para o eleitor que ainda está indeciso?

Ele tem que pensar: nós queremos democracia ou não queremos? Ninguém lembra mais do regime militar, da ditadura do Getúlio. E a ditadura civil é um risco. Veja a questão do sigilo fiscal, que é um direito individual, e que foi aberto em alguns casos por motivos políticos. Mal usado, o poder que a máquina pública tem é capaz de acabar com uma pessoa.

Mesmo com de tudo isso, votar continua sendo importante.

Claro! Existe uma corrente grande que defende o voto nulo como uma rebelião. Mas a omissão não é a melhor solução. Temos que mostrar o que pensamos através do voto.

Relação conflituosa do presidente com a imprensa levou à realização de manifestações públicas

Má-fé.

Nos últimos dias, Lula afirmou que a imprensa atua de má-fé e que os jornais e revistas agem como se fossem partido.

Opinião pública.

Durante comício realizado neste mês, em Campinas (SP), ele declarou: "Tem dias em que alguns setores da imprensa são uma vergonha. Os donos de jornais deviam ter vergonha. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partidos políticos. Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública".

Manifesto.

Por causa dessa postura do presidente, na semana passada, em São Paulo, houve um ato público onde foi lido um manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão, assinado por juristas, entre os quais Hélio Bicudo, e personalidades como o Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, atores e intelectuais como Ferreira Gullar.

Reação.

Um dia depois, o PT e centrais sindicais como a CUT fizeram um "ato contra a mídia golpista". O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, teria dito que grandes veículos de comunicação brasileiros organizaram uma "conspiração" contra Dilma Rousseff.

Entrevista publicada em A Gazeta.

sábado, 25 de setembro de 2010

VALE TUDO PELO MALOTE DOS CORREIOS.

Em junho, em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e o então presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, a então chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afirmou que os Correios enfrentavam uma crise operacional. Para exemplificar o quadro e constranger Custódio, Erenice contou a história de um envelope enviado por Sedex a ela a partir de Santo Antônio de Posse, no interior de São Paulo, para Brasília. Segundo ela, o pacote teria demorado entre quatro e cinco dias para chegar. Lula ficou mais impressionado com a origem do documento do que com a informação da demora do Sedex.

“Santo Antônio de Posse é a terra do Neto (ex-jogador do Corinthians e comentarista de futebol)”, disse Lula. “Mas o que é que você tem lá?” Erenice afirmou: “Meu marido é de lá”. Há pouco tempo, soube-se que o marido de Erenice, o empresário José Roberto Camargo Campos, foi beneficiado por decisões da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e tem cinco empresas de consultoria de telecomunicações e energia em Santo Antônio de Posse, a “cidade do Neto”.

A provocação de Erenice foi considerada parte de uma estratégia para afastar a diretoria dos Correios. No loteamento da administração pública, o setor estava nas mãos do PMDB. Custódio havia sido indicado pelo ex-ministro das Comunicações Hélio Costa e por políticos do partido. Erenice queria derrubar a turma do PMDB e distribuir os cargos para o PT. Pouco tempo após a reunião, o primeiro passo foi dado. Um dos protegidos de Hélio Costa, Marco Antônio Oliveira, foi exonerado da diretoria de Operações, área que mantém contratos bilionários. Três meses depois, surgiram as denúncias de que o filho de Erenice, Israel Guerra, atuou como lobista entre o governo e a MTA, empresa aérea que presta serviços de transporte de carga dos Correios. Era a deflagração da guerra entre PT e PMDB. A mesma que ensaia contaminar a montagem de um eventual governo Dilma Rousseff.

Marco Antônio Oliveira não foi o primeiro diretor dos Correios a perder o emprego por acaso. Sob sua responsabilidade estava um negócio promissor. Tratava-se de substituir as empresas aéreas que prestam serviço para os Correios pela criação de uma nova estatal. A empresa se dedicaria a transportar cargas dos Correios. A justificativa, no argumento de Hélio Costa, é que essa seria a solução para contornar as persistentes falhas nas aeronaves das prestadoras de serviços e, portanto, os atrasos na entrega de correspondências. Nos últimos dez anos, algumas empresas contratadas pelos Correios têm sido investigadas pelo Ministério Público e Polícia Federal por envolvimento em possíveis irregularidades. As empresas são acusadas de conluio para fraudar concorrências e suspeitas de pagar propina para obter contratos com a empresa estatal.

No final de julho, Erenice conseguiu o que queria. Afastou o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e o diretor de Recursos Humanos, Pedro Magalhães, ambos ligados ao PMDB, e nomeou para a diretoria operacional Eduardo Artur Rodrigues. Coronel da reserva da Aeronáutica, Rodrigues foi indicado a Erenice pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula. As demissões e as nomeações feitas por Erenice não passaram pelo crivo do ministro das Comunicações, José Artur Filardi, ex-chefe de Gabinete de Hélio Costa e, em última instância, o chefe dos Correios.

O escanteamento de Filardi reforça a ideia de que a Casa Civil estava disposta a não dividir as decisões relativas aos Correios com o PMDB. Mas Erenice enfrentou resistências. O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que havia apadrinhado Marco Antônio Oliveira para o cargo, esteve com Filardi e pediu a nomeação do ex-senador pelo Amapá Jonas Pinheiro Borges. Quintanilha também falou sobre o assunto com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Quintanilha afirma que não indicou ninguém para os Correios. Mas foi um dos quatro senadores a ter audiência com Erenice Guerra durante os cinco meses em que ela esteve à frente da Casa Civil. A insistência do PMDB em permanecer nos Correios chegou ao conhecimento de Lula. “Mas já não tirou o PMDB de lá?”, perguntou o presidente, dando a entender que o PMDB não tinha mais a diretoria de Operações dos Correios.

Antes de ser detonado pela Casa Civil, Marco Antônio levantou para a direção dos Correios a suspeita de que os carros que atendem o colegiado estariam grampeados. O assunto foi discutido numa reunião entre os diretores. No começo de maio, a estatal enviou ofícios à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à Polícia Federal solicitando os préstimos das duas instituições para apurar “eventual prática de crime contra a administração pública, decorrente de instalação, sem anuência ou s conhecimento prévio da ECT, de dispositivos de rastreamento em veículos usados por dirigentes da ECT”. No final de junho, a Polícia Federal respondeu aos Correios dizendo não haver justa causa para instaurar inquérito policial. A Abin nem respondeu à estatal porque o trabalho não faria parte de suas atribuições.

A confusão causada pelas desconfianças de Marco Antônio tem outra razão. De acordo com Renato Fonseca, responsável pela prestadora de serviço, o que houve foi a instalação de rastreadores nos veículos dos diretores para aferir a quilometragem e a localização dos carros. O contrato entre a locadora e os Correios previa um limite de 2.000 quilômetros por mês somente no Distrito Federal. “O Marco Antônio ia com o carro dos Correios e o motorista até para Juiz Fora”, diz Fonseca. “O carro que ficava à disposição dele excedia em até 5.000 quilômetros a franquia prevista no contrato.”

O substituto de Marco Antônio, coronel Eduardo Artur, apadrinhado de Roberto Teixeira, assumiu o cargo alardeando que compraria 13 aviões por US$ 30 milhões cada um. A criação de uma subsidiária dos Correios de capital misto já havia despertado o interesse de gigantes do setor aéreo. Consórcios estavam sendo organizados por empresas aéreas como a TAM e a Azul, a fabricante Embraer e até multinacionais como a francesa Peugeot, que tem um braço com atuação na área de logística, interessadas em participar da parceria. “Os Correios não têm experiência para cuidar desse negócio”, afirma Respício Espírito Santo, presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (Cepta). “É um equívoco. Certamente vai sair mais caro e pior do que se houvesse uma licitação realizada com correção.” Respício diz que haveria implicações de difícil solução, entre elas a necessidade em manter pilotos e tripulantes de avião, um tipo de mão de obra especializada estranho à estatal. Na semana passada, o coronel Eduardo Artur Rodrigues pediu demissão.

A ânsia de Erenice em controlar os Correios provocou efeitos colaterais há três semanas. Ela perdeu o emprego por causa do envolvimento do filho Israel Guerra nos negócios com a MTA. Entre março e julho, a MTA venceu quatro contratos e hoje é a segunda empresa que mais fatura em transporte de cargas dentro da estatal. Um dos parceiros de Israel Guerra nos negócios seria Vinícius Castro, funcionário da Casa Civil até o escândalo estourar. Castro participou de ao menos duas reuniões relacionadas aos Correios, onde seu tio, Marco Antônio Oliveira, foi diretor de Operações. Vinícius também caiu.

A família de Marco Antônio Oliveira e de Vinícius Castro é de Bicas, cidade mineira próxima a Juiz de Fora. Em abril, quando Hélio Costa já havia deixado o Ministério das Comunicações e fazia pré-campanha para ser governador pelo interior do Estado, visitou Bicas e participou da inauguração de uma agência dos Correios no município. Marco Antônio acompanhou Costa. Os dois chegaram de helicóptero à cidade. Marco Antônio reuniu as principais lideranças da comunidade num almoço oferecido ao aliado. Durante o evento, o ex-ministro considerou como certa a transferência do Centro de Distribuição dos Correios que funciona no Aeroporto Internacional Franco Montoro, em Guarulhos, São Paulo, para o Aeroporto Regional da Zona da Mata. A ideia é atribuída a Marco Antônio e serviria para Costa angariar votos no sul de Minas. Grande parte da coleta e entrega de correspondências está em São Paulo, onde funciona o atual Centro de Distribuição dos Correios.

Em meio às mudanças na direção dos Correios, a área financeira, comandada por Décio Oliveira, apresentou números do desempenho da estatal. O lucro da empresa triplicou nos sete primeiros meses de 2010 na comparação com o mesmo período do ano passado. “Diante desses números, não entendia as mudanças ocorridas na direção dos Correios”, afirma o ex-presidente da estatal Carlos Henrique Custódio. “Somente agora tenho uma compreensão melhor.” As mudanças promovidas por Erenice deveriam fazer com que os Correios voltassem à normalidade. Isso, ao menos por enquanto, está distante. A crise desencadeada pela disputa entre PT e PMDB ainda não acabou. Se está assim no final de um governo, a concorrência entre os dois partidos unidos na corrida eleitoral promete muito mais quando eles tiverem de dividir os milhares de cargos em um eventual governo Dilma Rousseff.

Revista Veja - http://bit.ly/bTBBWC

FOLHA E ESTADÃO SE POSICIONAM SOBRE SUCESSÃO.

Em editoriais em suas edições deste domingo (26), os jornais Folha de S.Paulo e o Estado de S.Paulo se posicionaram a respeito da sucessão presidencial no País. A Folha e o Estadão reagiram às críticas à imprensa feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Estadão declarou apoio ao candidato do PSDB à presidência da República, José Serra. A Folha criticou o presidente Lula e a "candidata oficial", Dilma Rousseff, do PT, e disse procurar manter uma orientação de "independência, pluralidade e apartidarismo editoriais".


Os dois jornais manifestaram oficialmente sua posição três dias depois de o presidente Lula afirmar, em entrevista exclusiva ao Terra, que a comunicação no País "é dominada por nove ou dez famílias" e que a imprensa "tem candidato e partido". Lula afirmou que os meios de comunicação deveriam manifestar claramente sua posição, em vez de defenderem "uma neutralidade disfarçada".

Estadão

Intitulado "O Mal a Evitar", o editorial do Estado de S. Paulo diz que "com todo o peso da responsabilidade (...), o Estado apoia a candidatura de José Serra à presidência da República". O jornal ressalta o "currículo exemplar de homem público e pelo que ele (Serra) pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos". O jornal diz que Serra "é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País".

Com o apoio, o jornal rechaça a acusação do presidente Lula de que a imprensa "se comporta como um partido político". "Há uma enorme diferença entre se comportar como um partido político e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste País", afirma o editorial, que cita Lula como "chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder".

No editorial, o Estadão ainda diz que "Lula e seu entorno" escolhem os piores meios "para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder" e cita as recentes denúncias de tráfico de influência na Casa Civil - o que culminou na demissão de ministra-chefe Erenice Guerra - e o "solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso". Ao final do texto, o Estadão avalia que a idéia de que Lula "é o cara" hipnotiza os brasileiros e serve como "mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: 'Se ele pode ignorar as instituições a atropelar as leis, por que não eu?' Este é o mal a evitar".

Além de dizer que Dilma é uma "invenção" de Lula, o jornal pede uma reflexão aos eleitores. "O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais (...) o que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido político como se fossem uma coisa só".

O jornal pondera os lados positivos do governo Lula, "como no desenvolvimento econômico quanto na ampliação de programas sociais", mas considera que, ao mesmo tempo, houve a "desconstrução historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto".

Folha

A Folha não deu apoio a qualquer candidato e, em texto em sua primeira página intitulado "Todo poder tem limite", ressaltou que procura manter uma orientação de "independência, pluralidade e apartidarismo editoriais", o que redunda, segundo o jornal, "em questionamentos incisivos durante períodos de polarização eleitoral". O jornal critica duramente o presidente e a candidata Dilma Rousseff. Para a Folha, Lula e Dilma "têm-se limitado até aqui a vituperar a imprensa, exercendo seu próprio direito à livre expressão, embora em termos incompatíveis com a serenidade requerida no exercício do cargo que pretendem intercambiar".

Ao final do editorial, o jornal afirma que "tentativas de controle da imprensa" serão repudiadas: "Fiquem ambos advertidos, porém, de que tais bravatas somente redobram a confiança na utilidade pública do jornalismo livre. Fiquem advertidos de que tentativas de controle da imprensa serão repudiadas - e qualquer governo terá de violar cláusulas pétreas da Constituição na aventura temerária de implantá-lo".

A Folha diz que "vai longe o tempo" em que maiorias não seriam respeitadas no Brasil. "As eleições são livres e diretas, as apurações, confiáveis - e ninguém questiona que o vencedor toma posse e governa. Se existe risco á vista, é do enfraquecimento do sistema de freios e contrapesos que protege as liberdades públicas e o direito ao dissenso quando se formam ondas eleitorais avassaladoras, ainda que passageiras". E prossegue: "Nesses períodos, é a imprensa independente quem emite o primeiro alarme, não sendo outro o motivo do nervosismo presidencial em relação a jornais e revistas nesta altura da campanha eleitoral".

O jornal ressalta ainda ter sido a imprensa quem revelou ao País que uma agência da Receita Federal em Mauá, no ABC paulista, teria sido "convertida em órgão de espionagem clandestina contra adversários". Foi também a imprensa "quem mostrou que o principal gabinete do governo, a assessoria imediata de Lula e de sua candidata Dilma Rousseff, estava minado por espantosa infiltração de interesses particulares". E acrescenta: "É de calcular o grau de desleixo com o dinheiro e os direitos do contribuinte ao longo da vasta extensão do Estado federal".

Apesar das duras críticas, a Folha reconhece que "os altos índices de aprovação popular do presidente não são fortuitos". Para o jornal, os altos índices de popularidade de Lula refletem "o ambiente internacional favorável aos países em desenvolvimento, apesar da crise que atinge o mundo desenvolvido" e "os acertos do atual chefe do Estado".

Fonte: Terra Noticias

SANTA CATARINA É DO DEM.

Colombo tem 43% em SC, Angela Amim registra 27%, segundo Ibope


Candidato do DEM ao governo teve crescimento de 9 pontos percentuais.

Na disputa pelo Senado, Luiz Henrique da Silveira segue na frente.


Pesquisa do Ibope divulgada na noite desta sexta-feira (24) mostra ampliação da vantagem de Raimundo Colombo (DEM) na corrida pelo governo local.

O candidato do Democratas aparece com 43% das intenções de voto, seguido por Angela Amim (PP), com 27%, e Ideli Salvatti (PT), que registrou 16%. Rogério Novaes (PV) e Valmir Martins (PSOL) apareceram com 1%. Brancos, nulos e indecisos somaram 13%.

A pesquisa do Ibope foi feita entre os dias 21 e 23 de setembro e ouviu 1.008 eleitores em Santa Catarina. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No levantamento anterior, realizado em 10 de setembro, o candidato Raimundo Colombo figurava com 34%, enquanto a candidata Angela Amim registrava os mesmos 27%. Já a petista Ideli Salvatti tinha 15%.

Senado Federal

A pesquisa Ibope também mostrou que o ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) segue na liderança na corrida pelas vagas do Senado Federal, com 45% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece Paulo Bauer (PSDB), com 25% e Cláudio Vignatti (PT) registra 21%.

Segundo os números do Ibope, o patamar de indecisos ainda é de 45%. O Instituto inforou que, dos eleitores entrevistados, 24% indicaram somente um candidato. O eleitor vota duas vezes para senador neste ano.

Em 11 de setembro, segundo pesquisa do Ibope, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) já aparecia com 45% das intenções de voto, Paulo Bauer registrava 23% e Cláudio Vignatti tinha 16% das intenções de voto.

GOIÁS É PSDB.

Perillo tem 43% em Goiás, Iris aparece com 33%, diz Ibope


Nova pesquisa do Ibope foi divulgada nesta sexta-feira (24).

Margem de erro é de três pontos percentuais.



O Ibope divulgou nesta sexta-feira (24) novos números para a corrida ao governo de Goiás e ao Senado Federal no estado. A pesquisa ouviu 812 eleitores e foi feita entre os dias 21 e 23 de setembro, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo os números da pesquisa, Marconi Perillo (PSDB) aparece em primeiro com 43% das intenções de voto. Iris Rezende (PMDB) vem em seguida com 33%. Vanderlan Cardoso (PR) aparece em terceiro com 12% das intenções.

Marta Jane (PCB) e Washington Fraga (Psol) não atingiram 1% na pesquisa. Os votos brancos e nulos somam 7%, e 4% estão indecisos.

Na pesquisa anterior, divulgada em 10 de setembro, Perillo aparecia com 42% das intenções de voto, enquanto Iris Rezende registrava 33%. Já Vanderlan Cardoso tinha 10% das intenções de voto do eleitorado.

Segundo turno

Em um eventual segundo turno, se os candidatos fossem Marconi Perillo e Iris Rezende, o tucano teria 47% dos votos, enquanto que o candidato do PMDB teria 37%. Neste caso, os indecisos somam 8% e os brancos e nulos 7%.

Senado Federal

A pesquisa do Ibope ouviu também as intenções de voto para o Senado Federal. Neste ano, cada eleitor vota em dois senadores.

Demóstenes Torres (DEM), aparece com 52% das intenções de voto. Lúcia Vânia (PSDB), tem 39% e Pedro Wilson (PT) tem 18%. Adib Elias (PMDB) registrou 11% das intenções de voto. Renner (PP), que abandonou a candidatura na semana passada, aparece com 7%, e Paulo Roberto Cunha (PP) com 6%. Elias Vaz (Psol) aparece com 3% das intenções. Já Rubens Donizete (PSTU) e Bernardo Bispo (PCB) aparecem com 1%. Brancos e nulos somam 9%, e 32% não sabem em quem votar.

EN LA MENTE DEL TERRORISTA.

¿Conocemos el ambiente y los pensamientos que rodean a un terrorista suicida? ¿Existen organizaciones rígidas capaces de lavar el cerebro a sus miembros para que se inmolen? ¿Qué se puede hacer para desactivar futuras redes ‘yihadistas’? Scott Atran, prestigioso antropólogo del Centro Nacional de Investigación Científica de París, ha realizado un minucioso estudio que defiende sorprendentes hallazgos sobre las razones por las que mueren y matan.




Nabeel Masood era un muchacho tímido y amable de 18 años, según el vecindario, que vivía en el campo de refugiados de Jabaliyah, en Gaza. A pesar de la muerte de dos de sus primos, militantes de Hamás, no se le recordaba una sola queja clamando venganza. El 14 de marzo de 2004, a las cinco de la tarde, Nabeel dio un paseo por el puerto de la ciudad israelí de Ashdod con un amigo y se inmoló al lado de una caseta donde estaban sentados algunos trabajadores. Segundos después, su compañero explotó cerca de un tráiler, cuyo techo saltó por los aires. Diez personas murieron al instante.

El padre de un terrorista: “Mi hijo no solo murió por una causa. Murió por la gente que amaba”
Noam Chomsky: “Los terroristas atacan a los que consideran la fuente de sus agravios”
Los ídolos de los chavales son muy cambiantes y pueden decantarse por unos u otros
Estudios afirman que los pobres no alientan la violencia, y mucho menos el terrorismo suicida
“El conocimiento, no las armas y las bombas, será más efectivo contra las redes yihadistas”
Las investigaciones posteriores descubrieron que Nabeel y Mahmoud Salem habían sido reclutados por Hamás para cometer una masacre mucho mayor que finalmente no ocurrió. Debían inmolarse cerca de unos enormes tanques de bromo. Los gases venenosos se habrían extendido en un radio de un kilómetro y medio, matando a miles de personas en minutos. La respuesta israelí fue fulminante. Poco más de dos semanas después, un misil acabó con el fundador espiritual de Hamás, Sheikh Ahmed Yassin.

En otoño de ese año, Scott Atran, un antropólogo del Centro Nacional de Investigación Científica en París, visitó la casa de los padres de Nabeel, en un segundo piso de un callejón en Jabaliyah. Se habían llevado todas las pertenencias de su antigua casa, destruida de acuerdo con la política de Israel. Pero al traspasar la puerta, Atran encontró a la madre leyendo una carta escrita en inglés y ahogando algunos sollozos. Su remitente era el director del colegio de Nabeel. Se refería a los progresos de su hijo en inglés en el grado 11, donde había aprobado todos los exámenes con éxito, en estos términos: “… Su hijo era el primero de la clase. No solo se diferenciaba por estudiar duro, por compartir y ser cariñoso, sino por su buena moral y amabilidad”. Agradecía de corazón a todos aquellos que habían contribuido a forjar el carácter de un chico –al que llamaba “mártir”– que había ganado una beca para estudiar en el Reino Unido, de la cual se enorgullecía.

Atran preguntó al padre si la muerte de su hijo había contribuido a mejorar la vida de los palestinos. “No. Esto no nos ha hecho avanzar ni un paso”. ¿Se sentía orgulloso, después de todo? El hombre le enseñó un panfleto impreso por la brigada de los Mártires de Al Aqsa donde aparecía una imagen de su hijo –cejas y tez oscura, un ligero vello encima de los labios, un joven palestino como cualquier otro– y le apretó las manos junto con el papel. Podía quemarlo si era su deseo. “Mi hijo amaba la vida. ¿Vale esto un hijo?”. Confesó que habría hecho todo lo posible para detenerle de averiguar sus intenciones.

La cobertura periodística internacional de los atentados suicidas llevados a cabo por palestinos suele centrarse más en los perpetradores que en las víctimas civiles. Pero después de conocer la historia de Nabeel resulta sobrecogedor contemplar las fotos de sus víctimas en una pantalla de ordenador y echar un vistazo a sus vidas. Mazal Marciano era una joven atractiva y sonriente de 30 años, ojos negros y pelo castaño, volcada con sus hijos de dos y cinco años, que había sido una reina de la belleza en su clase y que trabajaba en una compañía cárnica en el puerto de Ashdod. Aquel día tuvo la fatalidad de sentarse justo detrás de donde Nabeel o su compañero se inmolaron. La pregunta es casi un puñetazo: ¿qué impulsó a un joven educado y brillante, cuyo esfuerzo le había abierto una puerta para estudiar en el extranjero y salir de un hogar sin oportunidades ni futuro, a realizar un acto tan horrible?

“Mi hijo no solo murió por el bien de una causa, él murió también por sus primos y amigos. Murió por la gente que amaba”, respondió su padre. En una sola frase sintetiza la motivación que impulsó a Atran a escribir su último libro, Hablando con el enemigo (en inglés, Talking with the enemy, HarperCollins), que saldrá a la luz este noviembre en Estados Unidos, y que investiga los mecanismos que operan en la mente de un terrorista suicida.

Su trabajo va a contracorriente respecto a la tesis más convencional mantenida por las fuerzas antiterroristas y expertos gubernamentales desde los atentados de las Torres Gemelas. El terrorismo suicida que probablemente ha venido después no nace gracias a una estructura que recluta comandos y lava el cerebro a sus miembros para que se inmolen por una causa común. En cada caso no hay siniestros titiriteros en la trastienda que manejan los hilos de sus títeres sin cabeza para que cometan actos horribles. No hay una razón, ni un plan maestro, ni una mano en la sombra que señala un objetivo y ordena esta y otra masacre.

Juan Carlos Zárate, experto del Centro Internacional de Estudios Estratégicos, trabajó en el Consejo de Seguridad Nacional para asesorar al presidente Bush entre 2005 y 2009. Según relata a través de correo electrónico, el trabajo de Atran es “una investigación de primera. Nos muestra que la radicalización y violencia no pueden entenderse sin comprender primero el ambiente local, las condiciones y las experiencias que motivan a los terroristas. Erosiona algunos clichés rígidos y banales sobre la mentalidad monolítica, las motivaciones y el trasfondo de los terroristas”.

Como antropólogo, Atran ha realizado extensas entrevistas con terroristas que o bien estaban en prisión o en el pasado estuvieron involucrados en atentados o relacionados con líderes de diversas organizaciones en Palestina o en Asia que han proclamado la yihad –la guerra santa–, llevándola hasta las últimas consecuencias. “Los terroristas suicidas”, explica Atran en conversación telefónica, “dejan a un lado sus propias ambiciones personales en favor de la familia y sobre todo de sus amigos. Hay un proceso de formación de lazos duraderos entre ellos, hasta tal punto de que se sacrifican unos por otros, explotando un mecanismo psicológico en favor de una ideología, que es similar al mecanismo por el cual nosotros somos capaces de sacrificar nuestras vidas por nuestros hijos o hermanos, algo impreso en nuestros genes”.

En su obra, Atran describe una reunión que mantuvo en la Casa Blanca con los asesores de seguridad del entonces vicepresidente Dick Cheney y en la que expuso el caso de Nabeel. Preguntó a los norteamericanos qué habría ocurrido si a su compañero Salem, que le ayudó a perpetrar el ataque, se le hubiera ofrecido una beca para estudiar juntos en el extranjero. Evoca en sus páginas la voz autoritaria y orgullosa de una mujer joven del personal de seguridad de Cheney. “¿Es que esos chicos no se dan cuenta de que las decisiones que toman lo hacen bajo su responsabilidad, y que si utilizan la violencia contra nosotros, les bombardearemos?”. A lo que Atran respondió: “¿Bombardear? ¿A quién?”. Si los terroristas proceden de Marruecos, Madrid o Londres, reflexiona, “¿es allí donde habría que echar las bombas?”.

No hay rostros que señalar. La identidad personal no sirve de mucho. Es algo difuso. “Ese es el principal problema de la mayoría de las fuerzas de seguridad y de los Gobiernos”, explica este antropólogo. “La mayoría de los análisis no sirven de nada, ya que la gente solo se fija en el individuo que comete el acto criminal, lo que lleva a un callejón sin salida”. Estos análisis descartan a menudo las relaciones sociales del terrorista. “La persona que comete el acto es simplemente el resultado de un proceso aleatorio, de quien en particular está en el lugar y en el momento, y qué lugar ocupa en la red en ese tiempo”.

En este escenario, los futuros terroristas llegan a formar una familia. Esta red puede galvanizarse y obsesionarse con un objetivo. Una vez cumplido, sus integrantes mueren y la red se evapora. Recuerda en cierto sentido a nubes de langostas que comienzan con la agregación de varios individuos en solitario hasta formar un enjambre. En ellos se opera una metamorfosis y un cambio profundo de comportamiento. El enjambre causa un gran destrozo y luego se dispersa con el tiempo. Después de varios años de entrevistas en diversas partes del mundo, las conclusiones de Atran desafían la percepción occidental que tenemos sobre terrorismo. “No hay células, no hay lavados de cerebro, no hay organizaciones rígidas”.

Sus hallazgos han recibido elogios de pensadores como Noam Chomsky. “Su obra es un compendio excelente, y creo que muestra de una manera convincente que los terroristas mueren y matan por cada uno de ellos, de la misma manera que los soldados mueren típicamente en una batalla”, asegura Chomsky a El País Semanal en un correo electrónico. “Pero no creo que eso signifique que no luchen por una causa. Al Qaeda elige como objetivos España o Estados Unidos, no Japón o Brasil”. Para Chomsky, no se podrá entender “la mente de un terrorista” sin comprender las motivaciones que le llevan a cometer esos actos. La política es clave. “Los terroristas dirigen sus ataques a lo que ellos consideran la fuente de sus agravios”. Chomsky cita al presidente Eisenhower cuando, en 1958, preguntó a su personal por qué en aquellos momentos existía “una campaña de odio contra nosotros en el mundo árabe que no procedía de los Gobiernos, sino de entre la gente”. El Consejo de Seguridad Nacional elaboró un informe con la respuesta, explicando que había una percepción en el mundo árabe de que Estados Unidos estaba ayudando a regímenes totalitarios y opresores y que bloqueaba cualquier cambio democrático. La percepción que tenía la gente era “básicamente cierta”, concluía el informe, y las políticas, las correctas.

Chomsky detalla la encuesta que hizo el diario The Wall Street Journal después de los ataques de las Torres Gemelas en Nueva York dirigida a musulmanes con un alto poder adquisitivo, como directivos de multinacionales, banqueros, abogados que estaban en proyectos de globalización de Occidente. Los resultados fueron los mismos, señala, excepto que estos musulmanes acomodados añadieron a la lista de agravios “el apoyo norteamericano a los crímenes de Israel y las mortíferas sanciones a Irak, que Occidente ignoró, pero no el mundo árabe y musulmán”.

Los atentados de Madrid, describe Atran en su libro, son el resultado de un caldo de cultivo que empezó a cocinarse hace décadas. En los años ochenta, un pequeño número de inmigrantes procedentes de Siria llegaron a España huyendo de la represión del entonces presidente sirio, Hafez el Asad, contra la comunidad musulmana. A finales de los noventa, este mismo grupo estableció una red para atraer y radicalizar a jóvenes musulmanes para la guerra santa o yihad en Bosnia, Chechenia, Afganistán e Indonesia. Muchos de estos jóvenes eran inmigrantes de Marruecos. Finalmente, en 2002 cristalizó un grupo que posteriormente llevaría a cabo los atentados en los trenes.

Detallar la trama excede a este artículo, pero resulta revelador echar un vistazo a los orígenes de algunos de sus componentes. ¿Qué hacían antes de convertirse en terroristas y en suicidas? Serhane Fakhet, apodado El Tunecino y uno de los cerebros, se graduó en Economía Contable en Europa en el departamento de análisis económico de la Universidad Autónoma de Madrid gracias a una beca de estudios por la que vino a España en 1994. De familia acomodada, Fakhet quiso “promover las relaciones entre musulmanes y europeos”. Formó una asociación de estudiantes y una emisora de radio que no cuajaron. Posteriormente se radicalizó. Jamal Ahmidan, apodado El Chino, uno de los ejecutores de los atentados, operaba fundamentalmente en el mundo del crimen y del tráfico de drogas; Jamal Zougam vino de Marruecos cuando era un adolescente y posteriormente abrió una tienda de teléfonos móviles en la calle de Tribulete. La lista se va engrosando con más nombres, entre ellos el marroquí Rafa Zouheir, un antiguo portero de discoteca y bailarín de club que trapicheaba con droga en Madrid, y Rachid Aglif, apodado El Conejo, que trabajaba en una carnicería de Lavapiés.

“Eran un puñado de amigos, algunos más inteligentes, otros más estúpidos, que se acababan de conocer, que empezaron a figurarse la manera de hacer las cosas por sí mismos, que comenzaron a conectarse por Internet y que finalmente decidieron volar los trenes en Madrid”, explica Atran. Es un proceso que choca frontalmente con la idea intuitiva de un ataque calculado de antemano por una organización rígida con una mano ejecutora y un cerebro en la sombra. Para este experto, la circulación en Internet de un documento titulado Jihadi Irak, esperanzas y peligros, varios meses antes de la masacre, en el que llamaba a un ataque a España para forzar una retirada de las tropas en Irak, pudo actuar como catalizador, algo así como una piedra que discurre por la pendiente de una montaña va ganando fuerza con la gravedad. Las investigaciones posteriores encontraron este documento en uno de los ordenadores de los terroristas. “Tienes que fijarte en las redes sociales en las que estos tipos están involucrados. Son mucho más vastas que las personas en sí mismas”, continúa exponiendo Atran.

Pero ¿existen lazos en común dignos de rastrearse si se hurga en su pasado? “Cuando empecé a investigar el caso de Madrid”, recuerda este experto, “me quedé estupefacto al comprobar que cinco de los siete terroristas que se inmolaron en Leganés procedían del mismo barrio de Jamaa Mezuak, en Tetuán [al norte de Marruecos]. Ninguno de ellos tenía en principio una educación religiosa” (posteriormente, tres de ellos, los hermanos Rachid y Mohamed Oulad Akcha y Abdennabi Kounjaa, sí la adquirieron, y uno de ellos, Asri Rifaat Anouar, era un vendedor de caramelos nada religioso cuando se unió al grupo). La escuela primaria a la que acudieron impartía sus lecciones bajo los dibujos de Mickey Mouse, jugaban al fútbol en el patio del colegio o en el campo alrededor de la mezquita Dawa Tabligh –que empezó a promover la yihad o guerra santa– y seguramente veían la televisión en cafés donde uno puede encontrar una abundante variedad de almas errabundas que andan por ahí sin un objetivo. Si Atran tiene razón, ¿por qué esos cinco adolescentes decidieron matar y morir por sus amigos y por su fe de entre cientos de muchachos que no parecían en absoluto diferentes a ellos?

Quizá la única posibilidad de encontrar una respuesta sea convertirse en un observador del comportamiento humano. Como buen geólogo, hay que patear el terreno y desmenuzarlo entre los dedos. Al igual que los etnobotánicos que entablan conversaciones con los chamanes de las tribus amazónicas y terminan siendo aceptados como integrantes de esas comunidades, el antropólogo urbano debe poseer la habilidad para confundirse entre la gente, entablar conversaciones casuales, sentarse, observar y escuchar.

Atran visitó durante 2006, 2007 y 2008 dos zonas especialmente relevantes para documentarse. Una de ellas fue el barrio de Jamaa Mezuak, la cuna de algunos de los terroristas que volaron los trenes de Madrid, y la otra, el barrio ceutí del Príncipe Alonso, un arrabal que agrupa un conjunto de callejuelas y chabolas. La plaza del Padre Salvador Cervos tiene cafés donde se juntan aficionados del Madrid y del Barcelona, y los chavales suelen jugar al fútbol en ella vestidos con sus camisetas. Atran habló con ellos y realizó una pregunta informal. ¿Quiénes son tus héroes? ¿A quién te quieres parecer cuando seas mayor? El número uno resultó ser el jugador Ronaldinho. El número tres era Bin Laden. Y entre ambos, el personaje de Terminator, encarnado por Arnold Schwarzenneger.

Atran volvió a mediados de noviembre de 2008 al barrio de Jamaa Mezuak para continuar el estudio haciendo las mismas preguntas. “Fue el año de la elección de Obama, y obtuve los mismos nombres, excepto que Bin Laden había sido desplazado por Obama en el puesto número tres”, nos dice. “Y es fascinante. La noción que tienen estos chicos sobre los héroes y la línea que siguen es algo muy cambiante, y en esa edad uno puede decantarse por uno o por otro. Se trata de un proceso aleatorio. Depende de con quién se encuentren en un momento determinado”. Uno de los mensajes yihadistas que pueden atrapar a esos muchachos es: “Olvídate de la tradición. Olvida lo que han dicho los mayores. Decide por ti mismo. Cambia el mundo. Cualquiera puede unirse”.

Y eso puede estar ocurriendo ahora mismo. En cafés como los del barrio Príncipe Alonso o en Jamaa Mezuak, las noticias que pueden verse en el televisor están estructuradas de una forma radicalmente distinta a los telediarios de sobremesa en Occidente. La cadena Al Jazeera no tuvo impedimentos en mostrar toda la crudeza de una guerra como la de Irak, donde los cuerpos ensangrentados y amputados, las mujeres llorando, los hombres clamando venganza, copan casi todo el tiempo informativo.

Los muchachos de Jamaa Mezuak contemplaron una realidad completamente distinta de la de los adolescentes americanos. “Viven en universos paralelos. En cadenas como la Fox o la CNN, la guerra es como un videojuego. Ni siquiera hablan de ataúdes, los llaman cajas de transferencia, es ridículo”, afirma Atran. Los periodistas de Al Jazeera son muy profesionales, continúa relatando Atran, aunque el enfoque que proporcionan tiene su sesgo, como las emisiones americanas. “La gente se sienta en estos cafés, fuman cigarrillos de hachís o juegan al parchís, y ocasionalmente ven estas imágenes de Al Jazeera [en los momentos más intensos de la guerra, Irak ocupaba el 95% del tiempo de las noticias]. Y los chavales no pueden sentir empatía hacia lo que están viendo. Algunos de estos chicos, vestidos con camisetas de su equipo español favorito, que no saben qué hacer con sus vidas, se detienen a pensar y concluyen: quizá nosotros podamos hacer algo”. Es posible que formen parte de un enjambre de terroristas en el futuro. O quizá no.

La mayoría viven en barrios marginales, lo que ha alimentado el tópico de que la pobreza y la desigualdad se convierten en fábricas de terroristas suicidas. Sin embargo, estudios publicados en revistas de prestigio afirman insistentemente lo contrario: los pobres no alientan en absoluto la violencia, y mucho menos el terrorismo suicida. Hay muchos ejemplos de este tipo de investigaciones. Por ejemplo, una encuesta del Centro Palestino de Política e Investigación Sociológica en Palestina, realizada entre 1.357 adultos en Gaza, mostró en 2001 que el apoyo a los actos suicidas contra Israel era mayor entre el gremio profesional –mejor remunerado– que en los trabajadores.

El psiquiatra y forense Marc Sageman, ex oficial de la CIA y actualmente en el Instituto de Investigación en Política Exterior en Filadelfia (EE UU), realizó varios estudios en los que encontró que el 71% de los terroristas musulmanes, de un grupo de 132, había recibido educación universitaria. Y uno de los trabajos más recientes, llevado a cabo por Mark Tessler and Michael D. H. Robbins, Universidad de Michigan en Ann Arbor (Estados Unidos), y publicado en Journal of Conflict Resolution en 2007, examinó las actitudes de diversas capas socioeconómicas de países tan distintos como Argel y Jordania frente a los actos terroristas suicidas, a lo largo de encuestas cuidadosamente elaboradas durante 2002 entre 2.282 mujeres y hombres de ambos países. ¿Veían con buenos ojos los ataques terroristas contra los norteamericanos? La conclusión, según los autores del estudio, es que las orientaciones culturales y religiosas tienen “una influencia pequeña en las actitudes individuales” de aquellos que ven con buenos ojos actos suicidas contra el gigante americano. “El apoyo al terrorismo contra EE UU no es más probable en personas con un bajo nivel económico en Jordania ni Argel, pero hay evidencias de que ese apoyo es mayor en hombres y mujeres con una situación económica más ventajosa”. Las consideraciones políticas, en cambio, son otra cosa. “Los hombres y mujeres con menos confianza en las instituciones políticas locales y que desaprueban la política exterior americana expresan más su apoyo a los actos de terrorismo contra EE UU”.

Más pinceladas sorprendentes. El fervor religioso funciona como un antídoto para convertirse en un suicida. Jeremy Ginges, de la Escuela de Investigación Social de la Universidad de Nueva York, destacó en la revista Psychological Science que el tiempo de oración no estaba relacionado en absoluto con el apoyo al terrorismo suicida. Sin embargo, el hecho de acudir regularmente a la mezquita sí puede ser un factor de riesgo, probablemente los contactos se pueden realizar allí, un efecto que se constató en otros grupos religiosos.

Por último, los estudios psiquiátricos descartan que los terroristas suicidas pertenezcan al sector de la población ordinaria que por cualquier motivo se quita la vida. Por contradictorio que parezca, las enfermedades mentales no explican por qué un suicida decide inmolarse entre el gentío de un mercado: un terrorista suicida no es un suicida.

En la búsqueda de una respuesta, Atran viajó a uno de los lugares más peligrosos del mundo. Poso es un pueblo pequeño en la provincia de Célebes central, en Indonesia, que probablemente contiene más grupos islamistas violentos que ninguna otra parte de la Tierra. El paisaje urbano está compuesto por jóvenes que llevan los Kaláshnikov colgados de los hombros y machetes –los padang– en la cintura. Las refriegas entre las milicias de cristianos y musulmanes en esta parte del mundo dejan continuos baños de sangre en forma de decapitaciones, ataques suicidas y bombas.

El guía y guardaespaldas de Atran, Farhin, luchó contra los comunistas en Afganistán y más tarde se adhirió a la causa de la yihad. Hospedó a Khalid Sheikh, uno de los futuros terroristas que más tarde participarían en los atentados de las Torres Gemelas, y participó en el atentado contra la residencia del embajador de Filipinas en Yakarta en el que murieron dos indonesios. Atran visitó con él uno de los campos de entrenamiento, cercano a una zona donde viven habitantes procedentes de Bali. En esos momentos se celebraba una boda; a Farhin le desagradó el aspecto de las mujeres, y llegó a confesar que si dispusiera de una bomba en ese momento, la usaría sin contemplaciones. “¿Me matarías en nombre de la yihad?”, le preguntó Atran. “Sin problemas”, respondió Farhin, riéndose al principio. Y luego repitió con una mirada más seria: “Sí, te mataría”. Atran revela que había llegado a un punto sin retorno en el que no podía profundizar más. “Había algo en Farhin que era inconmensurablemente diferente de mí… mientras que casi todo lo demás no lo era”.

Decidió entrevistar a varios yihadistas. Una de las cuestiones versaba sobre si abandonarían las bombas por convertirse en peregrinos a la Meca, a lo que la mayoría respondieron afirmativamente. Incluso no perpetrarían ataques suicidas si pudieran conseguir los mismos resultados con un coche bomba. La lógica se rompió cuando Atran les preguntó si dejarían de inmolarse a cambio de peregrinar a la Meca una vez en toda su vida. La mayoría respondió negativamente. Convertirse en mártir resultaba en ellos algo tan poderoso que borraba todo lo demás.

“Cuando les proporcioné el cuestionario, empezaron a hablar entre ellos. Les dije: ‘No, no, no, cada uno tiene que rellenarlo por separado’. Y respondieron como si fueran estudiantes universitarios. Me preguntaron: ‘¿Podemos discutir esto con nuestros jefes religiosos?’. Y me negué. Y una de las preguntas que les hice fue: si un niño nace como judío sionista y se cría en un entorno acompañado de muyahidines, ¿se convertirá en un buen muyahidin o en un judío sionista?”. La mayoría respondieron que el muchacho se criaría como un buen musulmán. Pero unos pocos afirmaron que no. Esta fue una de las partes más peligrosas cuando se enteraron que yo era judío”.

Después de hablar cara a cara con ellos, Atran concluye en su obra que el conocimiento, no las armas ni las bombas, podría resultar más efectivo a la larga para desactivar las futuras redes yihadistas en las que los muchachos de las siguientes generaciones podrían entrar a formar parte: hay que desacreditar a sus héroes, mostrando los asesinatos y el infierno que traen a su propia gente, y proporcionándoles otros que colmen sus esperanzas y no las nuestras. Y no ayudarles a que se anuncien ni televisar nuestra respuesta a sus actos. “La publicidad es el oxígeno del terrorismo”.