terça-feira, 14 de setembro de 2010

DENÚNCIAS.

Reportagens mostram influência de Erenice Guerra no governo e atitudes suspeitas


A representação entregue nesta terça-feira (14) ao Ministério Público transcreve reportagens publicadas em veículos de circulação nacional desde o último fim de semana, a começar pela denúncia da "Veja" de que Israel Guerra comanda o escritório de lobby em Brasília que trabalharia para facilitar negócios de empresários com o governo.

Segundo a revista, há evidências de que que a ministra é responsável pelo sucesso dos negócios do filho com órgãos públicos. Israel defendeu interesses de duas empresas aéreas privadas junto a órgãos do governo, de acordo com a “Veja”. A atuação dele como lobista teria rendido um pagamento de cerca de R$ 5 milhões por parte da empresa MTA Linhas Aéreas.

Outras matérias revelam a ampla influência de Erenice no governo do PT. Segundo “O Estado de S. Paulo”, a família da ministra também operou no Ministério de Minas e Energia, pois o escritório de advocacia do irmão dela foi contratado por R$ 80 mil, sem licitação, com aval de outra irmã que era consultora jurídica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao ministério. Este mesmo escritório foi palco de trabalho de pelo menos três integrantes da família da ministra-chefe. Segundo "O Globo", um dos sócios da firma é Márcio Luiz Silva, da equipe de advogados eleitorais da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

E mais: a irmã de Erenice, segundo a “Folha.com”, despacha, quando está em Brasília, neste mesmo escritório que havia contratado quando era assessora jurídica da EPE. Já a reportagem do jornal “Folha de São Paulo” destaca que parentes de Erenice tiveram cargos federais. Desde 2005 na cúpula da Casa Civil, ela teve quatro parentes em postos comissionados na gestão do PT, incluindo Israel Guerra.

Além disso, matéria do jornal “O Globo” afirma que a ministra foi sócia direta de outras duas empresas enquanto ocupava cargos no governo Lula, a partir de 2003. A representação destaca ainda que a Comissão de Ética Pública, que investigará a conduta dela a pedido da ministra, está vinculada à própria Casa Civil. Segundo reportagem de “O Estado de S. Paulo”, acionar esse colegiado em tempos de escândalo é uma velha estratégia usada pelo Palácio do Planalto, mas com poucos resultados práticos.

As denúncias não param por aí. Também de acordo com o Estadão, Erenice patrocinou a abertura de uma empresa de arapongagem em nome de Israel chamada “Conservadora Asa Imperial”, que faria "atividades de investigação particular", "monitoramento de sistemas de segurança" e "vigilância e segurança privada". No entanto, para isso a família Guerra recorreu a uma "laranja" para omitir o nome da hoje ministra no papelório da empresa.

Na representação, os parlamentares cobram atenção especial para elucidar as reais atividades desenvolvidas pela “Asa Imperial”, pois o relatório da CPI das Escutas Clandestinas da Câmara dos Deputados, apresentado ano passado, destaca a necessidade de controle estatal sobre a atuação de escritórios de investigação particular. “A livre atuação desses escritórios opera no sentido de estimular o grampo
clandestino”, alerta trecho do relatório da CPI

Fonte: http://bit.ly/963WJ4

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