sábado, 18 de setembro de 2010

A UM PASSO DO BURACO.

Gutman Uchôa de Mendonça



Qualquer pessoa, razoavelmente sensata, sabe, admite sem rodeios, que existe uma acelerada deterioração moral em todos segmentos da sociedade, das instituições nacionais, em todos os níveis. Aliás, essa degenerescência moral das instituições, de forma generalizada, não está ocorrendo apenas no Brasil mas, principalmente, no conjunto de países latinoamericanos. Ninguém, nenhum, está a salvo... Qual a razão desse desmantelo social?

O conjunto latinamericano, desde os primórdios da sua colonização, por espanhóis ou portugueses, sempre se pautou pela corrupção, pela cornucópia do favoritismo oficial, onde todo conjunto social buscou a locupletação através da montagem de sucessivas oligarquias cartoriais, através do instrumento da estabilidade e da irremovibilidade no emprego. A tragédia do Brasil chama-se funcionalismo público estável, a fantástica máquina burocrática, alimentada pelo suor dos que trabalham.

Todo o conjunto latinamericano, a partir de 1500, vem passando por sucessivas provas de instabilidade social, com o predomínio do autoritarismo institucional, as ditaduras invariavelmente conduzidas por déspotas os mais ordinários. Nenhum país latino, no decurso de sua história, alcançou a tranquilidade política e econômica por mais de 20 anos seguidos.

Qual o país que não passou por turbulências políticas nos últimos dez anos? Nem o Brasil ficou livre! O caso de Cuba é emblemático, de como um povo pode se deixar acovardar por longos 50 anos, por uma família de tiranos, que não se apieda da miséria de uma parcela fantástica da sociedade, onde as mulheres sobrevivem a poder do dinheiro que conseguem na prostituição.

O que fez até hoje o conjunto latino para salvar a sociedade cubana das garras dessa família de inconsequentes? Nada! Existem ferrenhos defensores de Fidel Castro e sua choldra de bandidos perigosos, a começar pelo governo brasileiro que, vez por outra, vai beijar a mão do desequilibrado Fidel Castro que, embora fora do poder, continua mandando.

Não tem um país que não tenha seu caudilho, seu ditador, seu protótipo de autoridade marginal e cruel, que abusa do poder, dos recursos públicos para atender facções de aproveitadores, com objetivo para ter segurança e estabilidade no poder.

É impressionante, por exemplo, como nós, brasileiros, vivemos sob o império da demagogia. O governo, perdulário com o que arrecada, tirando dinheiro a força do bolso magro da sociedade para distribuir ajuda com uma massa ignara que, passiva, fica acocorada, sem ânimo para buscar uma atividade produtiva, lucrativa, preferindo a amarga dependência do Bolsa família, um instrumento perigosos de aliciamento de incautos, despreparados que se contentam com pouco ou quase nada na vida.

Vivemos num país de ficção, onde tudo é falso, mentiroso. Vive a nação ao sabor, por exemplo, das maiores exportações de matéria prima mineral. Os produtos agrícolas in natura, exportados (no mercado internacional chamam-os de commodities agrícolas e minerais) tem o valor depreciado porque não sofrem beneficiamento e, mesmo com esse volume exportado, no conjunto do mercado mundial, o Brasil participa com modestos 0,60% do volume das exportações globais.

Somos, por circunstâncias e por burrice, demasiadamente pobres e, internamente, consumimos os produtos mais caros do mundo e, pasmem, nossas exportações, para fora, valem menos da metade do valor dos produtos aqui comercializados, devido à excessiva carga de impostos.

Me assusta a crescente marginalidade, a desorganização e até o comprometimento da segurança pública com a marginalização (as milícias paramilitares que pululam), a tremenda falência da Justiça, pela mais absoluta ausência de leis adequadas, e a enervante corrupção que se alastra de forma incontrolável, gerando essa insegurança que avança sobre nossas casas, nos tornando impotentes.

O quadro político, nossa democracia, nossas instituições democráticas, que deveriam ser a caixa de ressonância das aspirações sociais, são esse trambolho que chamam de democracia.

Se prevalecer essa instabilidade social, que tanto nos apavora, pela falência dos mecanismos sociais mais importantes, a partir da Justiça, chegaremos a um ponto que iremos nos igualar a Cuba, a países africanos sem recuperação, Haiti e outras bibocas onde, quem reina, é a criminalidade, os corruptos, sem um mínimo de escrúpulos.

Um comentário:

  1. È ISSO AÍ ,NÓZ CONFIAMOS NOS NOSSOS GUARDIÕES DA NAÇÃO , VIU . NOSSO ESQUADRÃO É MTO INTELIGENTES . e O QUE QUE ESTÁ ESPERANDO!!! . MÃOS AS MASSAS , o VAI ESPERAR A COBRA CRIAR GUIZO

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