domingo, 5 de junho de 2011

BAFÔMETRO, DNA E CONSULTORIAS.


Celso Ferri

 Quando um motorista se recusa a soprar no bafômetro, ele é imediatamente suspeito de estar embriagado; quando um homem se recusa a fazer o teste de DNA para determinar paternidade, ele é imediatamente suspeito e alguns juízes aceitam a recusa como admissão tácita de que é realmente o pai do pimpolho.

Agora, quando um consultor se recusa a revelar a lista de seus clientes que lhe pagaram, como se diz, os olhos da cara por seus conselhos... aí tem coisa: ninguém iria lhe pagar por conselhos banais ou, mesmo, de algum valor comercial.
Pelas quantias pagas, é de se supor que a informação foi valiosíssima e partiu de quem tem conhecimentos que extrapolam a área comercial e entram "de com tudo" nos meandros do governo. 
Para saber como funciona o governo, não há necessidade de pagar tanto: todo mundo sabe. 

O busílis é saber como fazer mover a máquina a favor deste ou daquele interessado — e isto, o dr. Palocci sabe, vale ouro, diamantes e apartamentos de vários milhões.

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