terça-feira, 11 de outubro de 2011

CELSO DANIEL E A MALDIÇÃO DA MÚMIA.

O "sacristão" do Planalto perseguido por fantasmas e pela Justiça Do Observatório de Inteligência

A sociedade brasileira continua na letargia inaugurada em 2003 com a instalação do governo aparelhador do Estado, subjugador de dez partidos políticos sob o manto protetor da estrela vermelha do PT, que amarrou as cadeiras da Câmara Federal da República e anestesiou a opinião pública com a fanfarra da sua propaganda. A partir do último "7 de Setembro", timidamente indignadas , as novas gerações iniciaram duvidoso ensaio geral de protestos contra o desgoverno e a corrupção no país.

Usufruímos de um ciclo de progresso nos campos econômico e social favorecido pela conjuntura mundial, tirocínio do empresariado nacional e estímulos oficiais inarredáveis, dentro de um período governamental dos mais corruptos da história republicana, inclusive aos olhos clínicos de governos estrangeiros.

Pairam fatos que intrigam aos que não estão acostumados com os gabinetes executivo, legislativo e judiciário de Brasília, onde a cartilha dos fins tem justificado os meios e a acomodação de interesses permeia relações pessoas e corporativas. Tudo, parte do jogo de cena dentro do poder, onde moral e ética são valores adormecidos pelas conveniências da politicagem, cinicamente projetadas na mídia.

A dança das cadeiras e o fantasma de Santo André

Nos bastidores da mídia, nas redes da net e círculos esclarecidos da sociedade, afloram indagações sobre familiares e aparentados que vão se destacando na vida pública como atores de uma novela de espanto, suspense e terror.

O deputado federal Antonio Palocci, ex-poderoso ministro de Mr.Da Silva, recebeu uma penada da Sra. Rousseff e foi substituído, intempestivamente, pela senadora paranaense Gleisi Hoffmann, no Gabinete Civil da Presidência da República. Ex-diretora da ITAIPÚ Binacional, nada menos que esposa do sindicalista Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações , ex-ministro do Planejamento de Mr.Da Silva.

Professor Celso Daniel, torturado e morto nos moldes das organizações criminosas Gilberto Carvalho, paranaense,Secretário-Geral da Presidência da República, ex-chefe de gabinete de Mr.Da Silva, é irmão de Miriam Belchior, Ministra do Planejamento, que foi casada com Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, inusitadamente seqüestrado, torturado e assassinado em Juquitiba, jurisdição da delegacia seccional de Policia do Taboão da Serra.

Os manos Gilberto e Miriam foram seus secretários de governo em Santo André e o preparavam para ser Ministro do Planejamento de Mr.Da Silva. Em boa hora, a Sra Rousseff homenageou o desconhecido falecido , colocando a sua ex-consorte na cadeira a ele reservada. Ambos envolvidos no caso das malas da propina da municipalidade, que eram destinadas a Zé Dirceu, presidente do PT para investimentos em campanhas eleitorais, em pauta no judiciário.

A delegada da polícia civil de São Paulo, Elizabete Sato, escalada para o intrigante processo do extermínio do prefeito Celso Daniel, é tia de Marcelo Sato, marido da senhora Lurian que, por ironia do destino, é filha do ex- metalúrgico e ex- presidente Mr. Da Silva, cuidando de deixar guardados por 8 anos os emblemáticos esqueletos dos "cumpanheros", Celso Daniel , morto em janeiro de 2002, e de Toninho do PT, prefeito de Campinas, também assassinado misteriosamente, seis meses depois.

Pois é , Marcelo Sato, o genro do ex-presidente da República Federativa do Brasil, é sobrinho da delegada Elisabete Sato, titular do 78º DP. Foi justamente ela que manteve em banho-maria o emblemático processo da Secretaria de Segurança Púbica de São Paulo, afrontando a inteligência de promotores e procuradores da justiça.

A maldição da múmia

A delegada simplesmente concluiu que o caso Celso Daniel foi um "crime comum", sem motivação política, sucedido de 14 testemunhas misteriosamente mortas, inclusive do médico legista Carlos Delmonte Printes, cujo suicídio e alegadas motivações não foram convincentes para argutos policiais e promotores, no instante em que ultimava laudo pericial sustentando que o ex-prefeito de Santo André foi violentamente torturado entre as suas nádegas, agonizou e foi friamente morto a tiros.

Dr. Delmonte foi encontrado morto no dia 12 de outubro de 2005, em seu escritório na Vila Clementino, próximo à residência de "Zeca Diabo", o poderoso ex-ministro de Mr.Da Silva, exonerado em 2006.

A promotora de justiça Eliana Vendramini, em setembro de 2010 , teve seu carro blindado abalroado criminosamente em via expressa e escapou com vida. Ela apurava o crime da "Maldição da Múmia”.

Elisabete Sato prefere ficar eternamente muda sobre os fatos investigados e as três páginas da sua pálida conclusão encaminhada ao MP e à Justiça. A Justiça, instada pelas investigações do GAECO se empenha no ritual do processo que envolve Gilberto Carvalho, hoje, espião de Mr. D Silva e o PT, e quem sabe recuperará a dinheirama do assalto a Prefeitura de Santo André.

Senador-xerife Romeu Tuma, o homem que sabia demais Em Santa Catarina, a sociedade barriga-verde considera Marcelo Sato poderoso. Uusufruiu de vantajosa oportunidade de assessoria no Banco de Santa Catarina - BESC , hoje, federalizado pelo governo aparelhador, tendo como protetor Jorge Lorenzetti, diretor do banco. O mesmo que se tornou conhecido como o churrasqueiro- mor de Mr.Da Silva, e agente do escândalo da compra de dossiês cantado em prosa e verso pela mídia. A senadora petista Ideli Salvatti, ex-ministra da Pesca de Mr.Da Silva, hoje, ministra das Relações Institucionais da Sr. Rousseff, é mulher do churrasqueiro.
Sra.Rousseff quer distância do fantasma de Santo André

Nada é por acaso, mas quem poderia ter contado toda a verdade sobre a prematura desencarnação do martirizado Celso Daniel, já está em sua companhia, o saudoso senador-xerife Romeu Tuma, policial paulista que levou para o túmulo o grande segredo da máfia mortal de Santo André. Os filhos do "cumpanhero " mereceram as devidas deferências de Mr.Da Silva: o ex-delegado seccional de Taboão da Serra que investigou o trucidamento de Celso Daniel tornou-se Secretário Nacional de Segurança Pública e outro, diretor da Petrobrás.

A sra. Rousseff, hoje, avó e sexagenária, avessa a histórias de terror, assaltos e assassinatos, não quer nem ouvir e receber clippings da assessoria de comunicação palaciana, com notas da máfia e o fantasma de Santo André, pois sabe que o seu secretário geral no Palácio do Planalto está sujeito a acertar contas com a Justiça e ilustrar as páginas da mídia.

Esses são fatos que sugerem enredo de novela para a famosa TV carioca , ou uma história de fantasia política ou terror para inglês ler. (OI/Brasil acima de tudo)

BRASIL E TURQUIA REPETEM A PARCERIA PARA GARANTIR O TRIUNFO NO CAMPEONATO DO RIDÍCULO

Coluna de Augusto Nunes - 09/10/2011

No campeonato do ridículo, o Brasil Maravilha registrado em cartório é sempre um fortíssimo candidato ao título. Torna-se imbatível quando joga em parceria com a Turquia, confirmou Dilma Rousseff nesta sexta-feira. A última façanha da dupla ocorreu em maio de 2010, quando o presidente Lula e o primeiro-ministro Recep Erdogan baixaram no Irã para fechar um acordo com os aiatolás atômicos. A maluquice foi pulverizada pelas potências de verdade e os negociadores trapalhões tiveram de engolir o fiasco sem engasgos. Na passagem por Ancara, ao lado do colega turco Abdullah Gil, Dilma resolveu liquidar com um falatório a crise econômica internacional. Tem tantas chances de sucesso quanto a missão Lula-Erdogan em Teerã.

Em 2008, o reconstrutor do País do Carnaval ordenou a Barack Obama que proibisse o tsunami financeiro de cruzar o Atlântico. Dilma acaba de ordenar aos governantes europeus que deem um jeito nos problemas que andam criando. Depois de dar um pito nos países desenvolvidos, a presidente búlgara do Brasil torturou o tradutor com palavrórios desconexos, a gramática com pontapés na concordância e a Europa com conselhos sem pé nem cabeça ? concebidos, presume-se, para ensinar ao inexperiente Velho Mundo o que devia ter sido feito e o que é preciso fazer agora.

Reproduzidos sem correções, os trechos em itálico dão uma ideia do que foi a aula em dilmês castiço. “Os europeus não definiram os modelos de regulação capazes de resolver a pesada dívida soberana que pesa sobre seus própios bancos” (…) A Turquia e o Brasil têm sabido resisitir à crise porque aposta no fortalecimento dos seus mercados domésticos, porque aposta na expansão dos investimentos industriais, agrícolas e de infraestrutura. (…) E também tem estrutura de coordenação. (…) Todos nós devemos discutir como fazer para superar essa fase, que é uma fase grave das crise internacional até porque, indiretamente, ela afeta todos nós. Somos países muito similares e, como disse os que me antecederam, complementares“.

Em maio de 2010 depois do fiasco no Teerã, escrevi neste espaço que o problema não é o complexo de vira-lata diagnosticado por Nelson Rodrigues. Essa disfunção só deu as caras por aqui entre 1950, quando a derrota na final contra o Uruguai transformou o brasileiro no último dos torcedores, e 1958, quando a Seleção triunfou na Copa da Suécia. O problema destes trêfegos trópicos é o oposto do complexo de vira-lata: é a síndrome de com-o-Brasil-ninguém-pode.

Aprende-se ainda no útero que a nossa bandeira é a mais bonita do mundo, embora ninguém se atreva a sair por aí tentando combinar camisa azul, calça verde e paletó amarelo. Aprende-se no berço que o nosso hino é o mais bonito do mundo, muitos sustenidos e bemóis à frente da Marselhesa. Aprende-se no jardim da infância que Deus é brasileiro. Portador da síndrome em sua forma mais aguda, Lula botou na cabeça que um país assim merecia um governante que pode tudo.

No cérebro do ex-presidente, a área reservada à acumulação de conhecimentos é um terreno baldio. Por não ter assistido a uma só aula de geografia, precisa de ajuda para localizar o Oriente Médio no mapa-múndi. Mas achou que podia encerrar com duas reuniões confrontos sobre os quais nada sabe. Por nunca ter lido um livro de história, ignora que o Irã é a antiga Pérsia, confunde o xá com chá, não faz a menor ideia de quem foi Khomeini. Desconhece o passado que produziu os ahmadinejads do presente. Mas tratou como amigo de infância um psicopata sem remédio.

O Brasil é uma procissão de primitivismos. Há mais de 12 milhões de analfabetos, o sistema educacional não educa, a rede de saneamento básico atende a metade das moradias, cicatrizes apavorantes percorrem o sistema de saúde, favelas miseráveis seguem penduradas em morros sem lei, milhares de quilômetros de fronteira estão fora do alcance do Estado, zonas de exclusão encolheram o mapa oficial em milhões de quilômetros quadrados, a violência é epidêmica, a corrupção endêmica e impune sangra os cofres públicos, a infraestrutura é de terceiro mundo, há uma demasia de carências a eliminar.

Não é pouca coisa, e não é tudo. O mundo vai descobrindo que a potência de araque não sabe sequer organizar uma Copa do Mundo. Faltam aeroportos modernos, a rede ferroviária em frangalhos é um problema secundário para quem vive brincando de trem-bala, os farsantes celebram proezas inexistentes e inauguram pedras fundamentais. Como Lula durante oito anos, há nove meses Dilma faz de conta que isso é conversa de inimigo da pátria, traidor da nação, gente que torce para que tudo dê errado.

Depois que Lula se promoveu sem concurso a conselheiro político do universo, só faltava a doutora em nada nomear-se consultora econômica do planeta. Depois da performance na Turquia, já não falta mais nada.

Orion Alencastro

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