quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MARCHANDO CONTRA ...

Impossível não falar das “Marchas Contra a Corrupção”, que no dia 7 de setembro e, agora, no dia da Padroeira do Brasil e também dia da criançada tomaram conta de importantes avenidas e ruas de diversas cidades do País, convocadas pela internet que, assim, evidencia o seu formidável poder de mobilização.

É uma pequena chama, considerando - se uma população de muitos milhões, mas é abrasivo o suficiente para esquentar os ouvidos dos crápulas e atiçar o bando de revoltados, que ainda persiste acomodado sem coragem de reclamar.

Ao contrário das Marchas realizadas no dia 7 de setembro, estas, sem perderem a sua palavra de ordem de “Marcha Contra a Corrupção”, são mais incisivas.

Elas bradam pela efetiva aplicação da Lei da Ficha Limpa, reverberam contra o escandaloso voto secreto, esbravejam contra a propaganda eleitoral que poderá ser paga com o dinheiro publico e outras centenas de reivindicações pertinentes, pois, nitidamente, seus alvos são as mazelas elaboradas para abusar da população e para conceder aos seus representantes uma pletora de benesses imperdoáveis.

E tudo, apenas graças ao incentivo de uns tantos corajosos que se atreveram a convocar a revolta necessária contra alguns abusos flagrantes do poder.

E não faltam motivos para unir estas parcelas da população que se sentem vilipendiadas nos seus direitos e enganadas sob o império de leis impingidas em benefício de minorias e ou de grupos.

Sim, parece que há um pouco de vida inteligente abaixo da linha do Equador.

Alvissaras aos seus idealizadores, aos que não compareceram aos desfiles das paradas gays, não se juntaram às centenas de greves que proliferam neste País, aos que não votam no BBB, mas que saíram às ruas, não por melhores salários, mas clamando por um pouco de dignidade.

Hoje, as Marchas são pacíficas. As massas humanas que as compõem, exigem honestidade, correção, lisura, respeito. Os manifestantes trazem dentro de si a revolta dos conscientes, dos que acompanham a grande lixeira que a Nação está se transformando.

Não clamam por nenhum nome, por nenhum partido, por nenhuma ONG, por nenhum credo, raça ou cor, querem a volta dos valores, da cidadania, a volta da meritocracia e, claramente, demonstram que não suportam a impunidade, a corrupção.

Que fiquem atentos os crápulas e os desonestos de plantão, as Marchas, hoje são tranquilas, passeios pacíficos de indignados; mas acreditem os patifes, os manifestantes poderão transformar - se num incontrolável conjunto de revoltosos, caso não percebam nenhuma atitude das autoridades para atender aos seus justos reclamos.

Salvo melhor juízo, estamos começando a escutar o grito da maioria, que é tímido no seu início, titubeante nos seus primeiros passos, mas que se consolida, engrandece, fortalece e levará, no futuro, aos trambolhões, para a rua da amargura toda a canalhice que se instalou nos três Poderes.

Quem viver verá.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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