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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MEMORIAL DA CORRUPÇÃO

A imprensa nos tem informado a respeito da “moda” vigente no País de erguer ou transformar logradouros e prédios, públicos ou não, em memoriais voltados para a preservação da lembrança de práticas e fatos que, por suas características criminosas, se pretende abolir do repertório das ameaças aos “Direitos Humanos” (DH) que se têm abatido sobre a Nação.
Assim, tomamos conhecimento de propostas para criá-los em locais supostamente usados, por exemplo, como “centros de tortura de presos políticos”, como o Museu da Resistência, na antiga sede do Departamento de Ordem e Política Social (DOPS), em São Paulo,ou o quartel do Batalhão de Polícia do Exército e o próprio Museu da Polícia Civil, ambos no Rio de Janeiro.
Seguindo esta tendência de “fazer lembrar para não repetir”, cabe transcrever o texto a seguir:
A corrupção representa uma violação das relações de convivência civil, social, econômica e política, fundadas na equidade, na justiça, na transparência e na legalidade. A corrupção fere de morte a cidadania. Num país tomado pela corrupção, como o Brasil, o cidadão se sente desmoralizado porque se sabe roubado e impotente. Sabe-se impotente porque não tem a quem recorrer. Descobre que os representantes traem a confiabilidade do seu voto, que as autoridades ou são corruptas ou omissas e indiferentes à corrupção, que os próprios políticos honestos são impotentes e que a estrutura do poder é inerentemente corruptora”. José Genoino em “A corrupção e morte da cidadania” - O Estado de S.Paulo, 29 de abril de 2000.
O texto não pode ser mais preciso e completo para definir um crime que, por atingir indiscriminadamente todos os cidadãos, toma a forma e a hediondez do genocídio. Mais completa se torna a descrição quando sabemos que o autor é um corrupto julgado, condenado e em vias de ter sua pena reduzida pela mesma via criminosa que tão bem ele define.
Em tempos de caça às bruxas, de passar a limpo o passado e de “comissões da verdade” que visam a fazer com que não se repitam práticas que, na verdade, nunca deixaram de existir e que se estendem de todas as formas, aí incluída a corrupção, ao conjunto da sociedade, nada mais justo e coerente do que erguer-se um “Memorial da Corrupção”, tendo como candidatos lógicos para abrigá-lo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, a Esplanada dos Ministérios, as sedes regionais e nacional do PT e de empresas públicas e, mais recentemente,o próprio Supremo Tribunal Federal.
Nenhuma outra prática, ação, ou mesmo omissão, de qualquer governo produz mais ofensas aos DH do que a corrupção. Ela é como uma bomba terrorista de destruição em massa, pois fere, mata e espalha destruição de forma indiscriminada em todo o território nacional.
No Brasil de hoje, patrocinados pelo oficialismo, os malfeitos já causaram mais vítimas entre nós, e seguem causando, do que todas as guerras que lutamos ao longo da nossa história.
Fica, pois, a proposta e a causa para serem abraçadas pelos operadores do direito e pelas organizações especializadas em petições públicas, disseminadas nas redes e mídias sociais, para a busca das assinaturas que, desde já, contam com a minha!
Gen Bda Paulo Chagas

sábado, 22 de junho de 2013

O DIA QUE OS MANIFESTANTES BATERAM NA PORTA DO PLANALTO

Reportagem de VEJA desta semana revela como Dilma Rousseff reagiu à maior manifestação popular desde as Diretas Já. Perdido, o governo tenta achar formas de ganhar tempo e vislumbrar um plano para serenar a fúria do povo

Otávio Cabral
ISOLADA - Um cordão de militares protegia o Palácio do Planalto na noite de quinta. Da janela do 4º andar, a presidente Dilma olhava os protestos
ISOLADA - Um cordão de militares protegia o Palácio do Planalto na noite de quinta. Da janela do 4º andar, a presidente Dilma olhava os protestos (Eraldo Peres/AP)
No dia 20 de junho de 2013, a presidente Dilma Rousseff ficou por quase duas horas acuada no Palácio do Planalto, impedida de deixar o local pela porta da frente por uma multidão que, do lado de fora, bradava contra a corrupção, a PEC 37, os gastos na Copa, ela, o seu governo, todos os governos e mais uma lista sem fim de insatisfações - todas naquele momento atribuídas aos políticos no poder.
"Como a Abin não percebeu nada disso?", perguntou a presidente ao general José Elito, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Naquele momento, 50 000 manifestantes desciam a Esplanada dos Ministérios rumo à Praça dos Três Poderes, enquanto um grupo tentava entrar à força no Congresso. Dilma, perplexa, assistia a tudo na televisão de seu gabinete no Palácio, àquela altura cercado por um cordão de militares que impedia a aproximação dos manifestantes. À pergunta da presidente, o general respondeu com silêncio. Dilma ainda deu dois telefonemas: um para o seu antecessor, o ex-presidente Lula, e o outro para o marqueteiro João Santana. Para o último, repetiu a pergunta feita ao general:"Como as suas pesquisas nunca pegaram isso, João?". Na noite mais tensa dos trinta meses de mandato de Dilma Rousseff na Presidência da República, 1 milhão de pessoas em uma centena de cidades brasileiras estavam nas ruas. Foi a maior manifestação popular desde o movimento Diretas Já. E o PT, o partido de Dilma e de seu antecessor, não tinha nenhum controle sobre ela.
Revista Veja

sábado, 1 de junho de 2013

O INFERNO ASTRAL DO PALÁCIO DO PLANALTO

    
A presidente Dilma e sua equipe parecem viver uma espécie de inferno astral
                                               
A presidente Dilma e sua equipe parecem viver uma espécie de inferno astral, a julgar pelos problemas em série surgidos nas últimas semanas. Os resultados ruins na economia, a relação difícil com a base partidária no Congresso (em especial na votação da MP dos Portos), a CPI da Petrobrás e a confusão envolvendo o Bolsa-Família não deram um momento sequer de tranquilidade à cúpula do Palácio do Planalto. Agora é a parceria com o PMDB que começa a azedar, colocando em risco candidaturas do PT e a aliança dos petistas com os peemedebistas em Estados como Bahia, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Minas e Rio.

Em paralelo, o imbróglio na votação da Medida Provisória das tarifas de energia colocou a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em rota de colisão.

São muitas notícias ruins de uma só vez, aumentado as instabilidades no entorno do governo. Como consequência, fica parecendo que o governo bate cabeça seguidamente e não consegue acertar a condução da política e da economia.

Se essa combinação de eventos perdurar, periga a abalar a imagem de gestora de Dilma e a da estabilidade de seu governo. O crescimento da inflação e o PIB baixo, por exemplo, já trazem incertezas quanto aos fundamentos da estabilidade econômica.

A gestão parece atrelada à agenda eleitoral, antecipada pelo próprio Lula e pela presidente. Por parecerem atreladas a essa agenda, as medidas do governo para segurar a alta de preços e manter a economia no rumo são colocadas em xeque.

Nem o Bolsa-Família, uma das principais vitrines do governo Lula, escapou dos desgastes. Primeiro ficou parecendo que partiu da oposição a boataria que provocou o corre-corre às agências da Caixa.

Integrantes do governo e do PT surfaram à vontade nessa onda. Dilma chegou a chamar o ato de “criminoso” e “desumano”. Depois a “Folha de S. Paulo” apontou que a Caixa depositou antecipadamente o benefício. E isso é que teria provocado os tumultos em boa parte do país.

Até hoje esse caso não foi bem esclarecido. O que sabe é que setores do governo erraram feio, e o Palácio do Planalto errou também ao culpar a oposição. E o fato é que, no geral, os sinais são de que o poder central vem tendo bem mais tropeços que acertos.

Se tudo isso terá reflexos na disputa de 2014, é cedo para dizer. De concreto, há a constatação que o caminho de Dilma vai se tornando acidentado demais. Isso não estava no radar dela, de Lula e do PT.


Radanezi Amorim  - A Gazeta