Setores do PT trabalham para que empresas estatais possam financiar campanhas eleitorais. A ideia é criar um fundo constituído com recursos governamentais e doações de empresas privadas e de pessoas físicas para bancar campanhas para presidente, governadores, prefeitos, deputados e vereadores.
Prevista no relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma política na Câmara, a criação do Fundo de Financiamento de Campanhas Eleitorais (FFCE) é tão polêmica que desperta reações nos partidos aliados do governo Dilma Rousseff e até no PT.
"Não é por vias transversas, como as estatais, que vamos ter o financiamento público", diz o senador Wellington Dias (PT-PI). "Não dá para pôr empresa estatal no fundo. Não acredito que o financiamento público seja aprovado", opina o senador Walter Pinheiro (PT-BA).
Fontana diz que as empresas privadas terão, ao fazer doações para o fundo, "a oportunidade de provar que estão dispostas a contribuir para a democracia, que não há vinculação entre contribuição e retorno em favores parlamentares." As estatais, acredita, também poderiam doar porque o dinheiro chegaria ao fundo sem endereço partidário. Além disso, a distribuição seria feita pela Justiça Eleitoral e com critérios previamente definidos.
Líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ) considera "pouco saudável" a permissão para estatais doarem dinheiro para campanhas. "As estatais são empresas que já têm compromissos com programas sociais de diferentes governos."
Para líder da oposição, criação do fundo é "loucura"
O PMDB também tem restrições. "Se tivesse uma forma de enxugar os partidos, eu seria favorável. Mas com a quantidade de partidos que têm hoje, não dá", afirma o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO). "Estatal não foi feita para financiar campanha política de ninguém", fala o deputado Osmar Serraglio (PR).
O principal argumento contra o projeto é a falta de dinheiro para outros setores, como Saúde e Segurança. "Como explicar o financiamento público num momento de crise econômica?", questiona o líder do PP na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PB).
A oposição também não poupa críticas. "Esse fundo é uma loucura", sintetiza o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Nem governo nem classe política têm credibilidade para convencer a opinião pública da necessidade de um fundo para financiar campanhas", diz o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
"Não dá para pôr empresa estatal no fundo. Não acredito que o financiamento público seja aprovado no Congresso"
Fonte: A Gazeta
Prevista no relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma política na Câmara, a criação do Fundo de Financiamento de Campanhas Eleitorais (FFCE) é tão polêmica que desperta reações nos partidos aliados do governo Dilma Rousseff e até no PT.
"Não é por vias transversas, como as estatais, que vamos ter o financiamento público", diz o senador Wellington Dias (PT-PI). "Não dá para pôr empresa estatal no fundo. Não acredito que o financiamento público seja aprovado", opina o senador Walter Pinheiro (PT-BA).
Fontana diz que as empresas privadas terão, ao fazer doações para o fundo, "a oportunidade de provar que estão dispostas a contribuir para a democracia, que não há vinculação entre contribuição e retorno em favores parlamentares." As estatais, acredita, também poderiam doar porque o dinheiro chegaria ao fundo sem endereço partidário. Além disso, a distribuição seria feita pela Justiça Eleitoral e com critérios previamente definidos.
Líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ) considera "pouco saudável" a permissão para estatais doarem dinheiro para campanhas. "As estatais são empresas que já têm compromissos com programas sociais de diferentes governos."
Para líder da oposição, criação do fundo é "loucura"
O PMDB também tem restrições. "Se tivesse uma forma de enxugar os partidos, eu seria favorável. Mas com a quantidade de partidos que têm hoje, não dá", afirma o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO). "Estatal não foi feita para financiar campanha política de ninguém", fala o deputado Osmar Serraglio (PR).
O principal argumento contra o projeto é a falta de dinheiro para outros setores, como Saúde e Segurança. "Como explicar o financiamento público num momento de crise econômica?", questiona o líder do PP na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PB).
A oposição também não poupa críticas. "Esse fundo é uma loucura", sintetiza o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Nem governo nem classe política têm credibilidade para convencer a opinião pública da necessidade de um fundo para financiar campanhas", diz o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
"Não dá para pôr empresa estatal no fundo. Não acredito que o financiamento público seja aprovado no Congresso"
Fonte: A Gazeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário