quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NO MEU GOVERNO NÃO VAI SE QUEBRAR SIGILOS, DIZ SERRA.

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, usou seu programa eleitoral na TV nesta quinta-feira para voltar a criticar a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a ele e afirmou que, em um eventual governo seu, "não vai se quebrar sigilo de ninguém".


"Nós lutamos muito para reconquistar a democracia e o direito de votar para presidente do Brasil. Por isso mesmo, ninguém pode achar natural os abusos que estão acontecendo nesta eleição", disse o tucano logo no início do horário reservado à sua coligação.

Serra se declarou "indignado" com as informações de quebra de sigilo de pessoas ligadas a ele, incluindo sua filha Verônica. O candidato mencionou ainda relatos de que o sigilo fiscal de seu genro e marido de Verônica, Alexandre Bourgeois, também teria sido violado, o que o Ministério da Fazenda nega.

"Os suspeitos são ligados ao PT. E diante de tudo isso, até agora, a campanha e o governo do PT debocham das vítimas e até insinuam que elas são culpadas. E a pessoa que deve explicações ao Brasil se esconde atrás de ministros e até do presidente da República", acrescentou, numa referência à candidata do PT, Dilma Rousseff.

No programa anterior da campanha de Dilma na TV, repetido na tarde desta quinta, Lula apareceu defendendo sua candidata e atacando Serra sem citá-lo nominalmente. Segundo o presidente, o tucano estaria baixando o nível da campanha e, ao atacar a candidata petista, estaria sendo preconceituoso com as mulheres.

"No meu governo, não vai se quebrar sigilo de ninguém, não se vai ameaçar a imprensa, nem perseguir jornalistas. O meu governo não vai ficar de amores com países que não respeitam a liberdade, a democracia, os direitos das mulheres, os direitos humanos. Nem com os que fazem corpo mole com os que fazem contrabando de drogas e de crack", disse Serra.

As relações do governo Lula com países como o Irã, acusado por entidades de defesa dos direitos humanos de violar os direitos dos cidadãos, são alvos de críticas da oposição. Serra também acusa o governo federal de ser complacente com o governo da Bolívia que, para Serra, é conivente com a entrada de cocaína no Brasil.

"O meu governo não vai ser um cabide de empregos para os amigos do partido", completou o tucano, que também acusa frequentemente o PT de ter aparelhado a máquina pública com pessoas ligadas à legenda.

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto atrás de Dilma, que de acordo com os últimos levantamentos venceria a eleição no primeiro turno, Serra afirmou que, a cerca de um mês do primeiro turno marcado para 3 de outubro, "ainda vai correr muita água por baixo da ponte",

"Rolam pesquisas, projeções, palpites e já tem até gente sentando na cadeira antes do voto. Olha, vamos deixar esse pessoal de lado, porque quem manda, quem decide mesmo, é você", disse, antes de fazer uma convocação para o eleitorado para que "venha comigo".

Fonte; http://bit.ly/9ggPaj

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