sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O INFERNO ASTRAL DE ROSE DE FREITAS

O inferno astral de Rose A deputada Rose de Freitas (PMDB) acabou tendo um desgaste bem maior que o esperado na eleição da presidência da Câmara. Ao colocar uma candidatura alternativa no próprio partido, ela desagradou aos cardeais nacionais do PMDB. Depois desse revés, fica mais distante a possibilidade de ela colocar uma eventual candidatura ao Senado em 2014.

Os 47 votos obtidos por Rose foram muito abaixo dos 150 esperados por ela. A deputada acreditava que ela e o também candidato Júlio Delgado (PSB-MG) poderiam levar a disputa para o segundo turno, o que não ocorreu, apesar da divisão dos votos.

Para piorar, a Rose é atribuída a confecção de um dossiê entregue anonimamente nos gabinetes dos deputados, na segunda-feira pela manhã, antes da eleição na Câmara. O material continha a lista de denúncias contra o candidato oficial do PMDB, Henrique Alves (RN).

Além disso, o discurso dela após a eleição soou como desabafo. Ela disse que os colegas de partido foram enquadrados para votar no agora presidente Henrique Alves.

“O ambiente para ela era de saída do partido”, avalia um colega de bancada de Rose. Diante do clima de mal-estar no PMDB, já surgem cogitações que a deputada poderia migrar para PSD – onde teria mais chances para pleitar a candidatura ao Senado ou a reeleição –, ou para o PSDB.

Qualquer que seja a opção, contudo, o resultado da eleição na Câmara fez Rose perder densidade política. É bom lembrar que ela sempre foi considerada uma espécie de “despachante” de prefeitos.

Porém, após ela bater de frente com o partido, não é improvável que agora passe a encontrar algumas portas fechadas na Esplanada dos Ministérios.

Para um integrante da bancada capixaba, Rose errou feio com a candidatura. Por ter sido vice-presidente, ela poderia ter negociado um espaço importante numa comissão da Câmara.

Até a eleição de 2014 ainda falta uma eternidade. Pode ser que até lá a deputada consiga se reinventar ou reduzir os desgastes. Mas, por enquanto, ela se tornou persona non grata no PMDB. E o clima já não andava bom para ela entre os companheiros da bancada capixaba. Por ora, a deputada vive uma espécie de inferno astral.

Fonte: A Gazeta

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